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Guillaume de Machaut

Reportório Musical I

Integrantes do Grupo:
Bruno Costa
Guilherme Guedes
Lucas Oliveira
João Tavares
Indice
- Introdução
- Biografia de Guillaume de Machaut
- Missa de Notre Dame
- Conclusão
- Referências Bibliográficas
- Anexos
Introdução
Neste trabalho, iremos abordar a vida de Guillaume de Machaut e falar sobre uma das
suas obras, a Missa de Notre Dame. Escolhemos falar sobre este compositor e sobre esta
obra, porque esta missa foi a primeira missa polifónica, sendo a origem de grande parte
da música de hoje em dia.
A partir deste trabalho, procuramos aprofundar os conhecimentos sobre Guillaume de
Machaut e a música da Idade Média.
Decidimos começar por falar sobre a vida de Guillaume de Machaut, não só sobre as
suas experiências vivenciadas por ele, mas também sobre a sua vida pessoal.
Posteriormente, abordaremos a Missa de Notre Dame.
Guillaume de Machaut

Guillaume de Machaut foi um compositor, poeta, músico e clérigo que nasceu


em 1300 em Reims, na França e faleceu em 1377. Machaut serviu diversos reis, entre
eles o rei de Boémia, João de Luxemburgo, (que o serviu por cerca de vinte anos e o
acompanhou nas suas guerras como capelão e secretário) e o rei de Navarra, Carlos II. É
mundialmente admirado pelos contemporâneos como o mestre da versificação francesa
e considerado o último dos trovadores e um dos principais compositores franceses do
Ars Nova (estilo musical do século XIV implementado por Philippe de Vitry no tratado
de Ars Nova). Foi o último grande poeta de França a pensar na lírica e no seu ambiente
musical como entidade única. Toda a sua música foi preservada em trinta e dois
manuscritos, representando uma grande parte de toda a música sobrevivente no seu
período.
Missa de Notre Dame
Uma das criações mais importantes de Guillaume de Machaut foi a missa de
Notre Dame que é uma missa polifónica, a quatro vozes: o Tenor e o Contratenor nos
registos mais graves, e o Moteto e o Triplum nos registos agudos (algumas vezes
dobradas por instrumentos), composta para a Catedral de Notre Dame entre 1360 e
1365. Diz-se que é a obra mais importante da música da idade média e a obra mais
antiga do ordinário da missa. Está missa é composta por seis partes: Kyrie, Gloria,
Credo, Sanctus, Agnus Dei e termina com o Ite Missa Est. Nesta missa, o Glória e o
Credo possuem um estilo silábico, enquanto as outras quatro partes são escritas em
Cantus Firmus. O seu texto é em latim e em muitos manuscritos da missa existe uma
falta de texto para o tenor e o contratenor.
Considerou-se que a missa de Notre Dame tenha sido composta para coroação de
Carlos V em 1364, mas em 1769 foi questionado essa ideia devido a um aviso num
catálogo numa biblioteca. No entanto, Théodore Gérold com a sua obra A Musica na
Idade Média fala que é incerto comprovar esse acontecimento já que não existe muitas
informações e essas poucas informações não são viáveis. Mais tarde, em 1955, Armand
Machabey mostrou que Machaut relatou a coroação do Rei Carlos V em La Prize
d’Alexandrie onde não fez qualquer alusão à Missa de Notre Dame. Outra informação
que refuta esta hipótese é o facto que a coroação do rei, segundo a tradição, foi feita em
cantochão. Esta missa está preservada na Biblioteca Nacional de França.
Abordando agora a Missa em termos de composição, esta missa é dividida em
seis partes e cada uma possui as suas características que as diferenciam umas das outras.
A primeira parte desta Missa é o Kyrie e nesta parte, a linha do Tenor é baseada no
Kyrie Cunctipotens Genitor, as três invocações Kyrie eleison, Christe eleison, Kyrie
eleison estão presentes neste Kyrie, e possui um estilo melismático.
A segunda parte é o Gloria que começa com a frase Gloria in excelsis Deo numa
única linha melódica e, após essa frase, a polifonia inicia na frase Et in terra pax. Esta
frase polifónica, segundo Richard Hoppin, musicólogo americano, remete á Guerra dos
Cem Anos, guerra esta que aconteceu de 1337 até 1453. A escrita é silábica e podemos
ver que, durante o Gloria, existe um Conductus Polifónico, que é uma característica
herdada da Escola de Notre Dame, Marcel Pérès, musicólogo, compositor, organista e
cantor francês, aponta que há uma possibilidade de que todos os ornamentos presentes
no Gloria, poderão ter sido improvisados pelos cantores.
A terceira parte da Missa de Notre Dame é o Credo, e tal como o Gloria, a frase
inicial Credo in unum Deum é a uma voz, na qual posteriormente, na frase seguinte
Patrem omnipotentem, entra em polifonia. Vemos que a escrita é semelhante ao Gloria
devido a ter escrita silábica.
Concluindo, conseguimos cumprir os objetivos deste trabalho, principalmente
enriquecer os nossos conhecimentos relativamente a Guillaume Machaut. Podemos investigar
alguns factos sobre a Missa de Notre Dame e a sua estrutura e composição. Assim como
explorar um pouco mais a vida do ultimo trovador francês e de um dos mais importantes
compositores do Ars Nova.

https://www.casadamusica.com/artistas-e-obras/compositores/m/machaut-
guillaume-de/#tab=0
https://pt.frwiki.wiki/wiki/Messe_de_Notre_Dame
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guillaume_de_Machaut

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