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AULA Nº 46 a 48
SUMÁRIO:
- Polifonia em Portugal:
- Influências francesa, inglesa e borgonhesa;
- A Capela Real;
- A Música profana na Corte.
- Principais centros de actividade musical.
- Fontes, compositores e Mestres-Capela
Após a morte de D. Fernando há uma crise dinástica na corte portuguesa, pois o rei
não tinha herdeiros masculinos. Após um Interregno de dois anos (1383-1385), e
após vitória na Batalha de Aljubarrota sobre a investida espanhola a Portugal, na
tentativa de ficar com o Reino, as cortes de Coimbra escolheram um meio-irmão de
D. Fernando para sucessor do trono português – D. João, Mestre de Avis, que
reinou entre 1385 e 1433) - (ver “Crise dinástica de 1383-1385” - Wikipédia)
Cabia à Capela Real celebrar diariamente a Missa, assim como celebrar ao longo
de todo o ano litúrgico o Ofício Divino, abrangendo o conjunto das horas canónicas
estabelecidas: Matinas, Laudes, Prima, Terça, Sexta, Nona, Vésperas e Completas,
sendo a maior parte destas cerimónias litúrgicas apenas recitadas, na maioria
das vezes sem qualquer intervenção de música e sobretudo sem a presença do
monarca.
Apesar de só se conhecer música escrita a partir do séc. XVI, sabe-se que existia
uma grande estrutura musical com influências vindas de início de França e depois de
Borgonha através de referências documentais, que terão sido exploradas, para
tentar reconstruir o que terá sido a nossa música. Esta carência de fontes musicais
polifónicas leva-nos a supor que terão sido entre nós escassas ou se terão perdido.
As obras dos Mestres das capelas reais do início do século XVI não chegaram até nós.
Entre eles encontramos nomes como Mateus de Fonte, Fernão Rodrigues ou João
de Vilhacastim.
que conjuga canções e dança com diálogos, desenvolve o tema da viagem de D. Beatriz.
Após o discurso da Providência, Júpiter, rei dos elementos, convoca as cortes e concerta
planetas e signos para favorecerem a viagem. Já reunidos, os deuses decidem proteger
a frota que conduzirá D. Beatriz ao seu novo país. Os habitantes de Lisboa e os membros
da corte transformam-se em peixes que escoltam os navios até ao alto mar. Marte exalta
a Fé de Portugal aquando da entrada da frota no Mediterrâneo, parcialmente dominado
pelos mouros.” (fonte: infopédia.pt). É neste auto que se apresenta a peça de Pedro de
Escobar Niña era la infanta.
O mesmo compositor chega a ser Mestre de Capela do Cardeal D. Afonso, filho de
D. Manuel, que é administrador das dioceses de Lisboa e Évora. Pedro Escobar viveu
em Évora nos anos 1534/35. É possível que tenha estado ligado à música da Sé.
Mateus de Aranda manteve-se em Évora de 1528 a 1544, tendo ido depois para
Coimbra onde foi Mestre de Música daquela Universidade.
Da Oficina de German Galharde, de Lisboa saíram duas das suas obras fundamentais: