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Música e Cultura Ocidentais I

18/09/2023
Avaliação
 2 testes (audição musical)

Recursos bibliográficos
 História concisa da música ocidental  Paul Griffibs
 História da música ocidental  Donald J. Grout e Claude V. Palista
 A history of western music
 Music in the medieval west
 Music in the renaissance
 Music in the baroque

Levantamento de bibliografia
 Jstor (Utilizador: FaculdadedeLetras; Pass: coimbra)
 Estudo geral, RUN, RIA
 Google Scholar, Academia
 Dialnet, Latindex

20/09/2023
Idade Média
 Começa no séc. IV com a queda do império romano.
 Começa a invasão dos vikings (Bárbaros) à Europa.
 Enorme desenvolvimento tecnológico com a passagem do papiro/rolo para o
pergaminho/livro.
 O espaço geográfico e cultural da Cristandade será pelo desenvolvimento e difusão do
livro.
 A grande ferramenta da idade média é a memória.
 Difusão da tradução por S. Jerónimo do hebraico para o latim do Livro dos Salmos.
 Difusão dos comentários de Santo Agostinho aos Salmos gerando outros géneros
litúrgico-musicais.
 Difusão da tradução / releitura da teoria musical grega (Boécio séc. V-VI).
 No entanto, o livro (e a capacidade de ler e escrever) era um bem muito raro durante
toda a idade média.
 Eram poucos os que sabiam ler, e ainda menos os que possuíam livros.
 As instituições religiosas (catedrais, casas monásticas (mosteiros e conventos)) eram
seguramente a principal exceção à regra.
 Os músicos trabalham essencialmente de memória.
 A memoria é uma peça absolutamente fundamental para compreendermos a forma
como os músicos medievais trabalhavam:
o A formação musical
o A notação musical
o A forma como o repertório circulava
o A composição musical

25/09/2023
Legado greco-latino:
 Teoria musical grega
o Alturas
o Intervalos
o Notação
o Modos
o Etc.
Legado judaico-cristão:
 Construção da liturgia cristã/católica
o Livro dos salmos
o Tons salmódicos
o Hinos
o Etc.

Organização da liturgia católica:


 Missa
 Ofício Divino (prática diária de aproximação a Deus)
30/10/2023
Inovações musicais do séc. XV
 Identificam-se como herdeiros dos poetas músicos dos seculos XII-XIV continuando a
pôr em música as formas fixas (Rondeau, virelai, ballade, chanson, etc.) mas
recorrendo às novas praticas polifónicas
 Forte circulação de músicos entre o Norte e o Sul da europa
o Grande capacidade de formação de músicos nas catedrais do norte da europa
o Constituição de um intenso mercado musical
 Uma geração de compositores com uma clara consciência da sua posição histórica
perseguindo noas ideias:
o Construção polifónica (contraponto) que privilegia os intervalos de terceira e
sexta
o Consequente de uma nova forma de afinar que permita uma melhor atuação
entre vozes, instrumentos e as novas formas de compor
o Extensão do conceito de cantus firmus ao Ordinário da Missa polifónico
 Identificam-se como herdeiros dos poetas-músicos dos séculos XII-XIV
 Os compositores do séc. XV, sobretudo da segunda metade, parecem concentrar-se
nos seguintes géneros:
o Chansons
o Motetes
o Magnificats
o Ciclos polifónicos do Ordinário da Missa

Ordinário da Missa
1. Kyrie
2. Gloria
3. Credo
4. Sanctus
5. Agnus Dei

Isorrítmia – mesmo ritmo


15/11/2023
Séc. XV
A península italiana tem mais cidades do que toda a Europa junta.
Península ibérica – vilancico
França – chanson
Itália – madrigal

Repertório secular ao longo do séc. XVI


 O séc. XVI parece reagir ao século anterior e, progressivamente, construir e afirmar
diferentes estilos regionais / nacionais.
 Vamos tomar como exemplo apenas três regiões / países, de uma forma geral
o Península ibérica – vilancico
o França – chanson
o Itália – madrigal

Vilancico
 Será formado desde o fim do século XV pelas cortes espanhola e portuguesa.
 Forma poética fixa com estribilho de três versos acompanhados de uma ou mais coplas.
 Curiosamente a impressão não terá sido a maior forma de difusão do vilancico.

Chanson
 Conhece uma enorme difusão, nacional e internacional, em grande medida, apoiada na
impressão musical (com particular desataque para a oficina de Pierre Attaingnant).
 Tal como o vilancico, assenta numa forma poética fixa cuja linguagem poética musical
se pretende mais acessível, longe de complexidade do século anterior.
 É importante ter consciência que, a per deste movimento literário, a frança conheceu
outras manifestações literárias e artísticas muitas vezes e, reação.
 Uma das mais famosas, ainda que não tenha conhecido grandes consequências
geográficas e cronológicas, será seguramente o da musique mesurée da Academie de
Poesie et de Musique.

Madrigal
 O madrigal é inequivocamente o género musical secular mais importante da Itália do
séc. XVI (e parte do séc. XVII)
 É seguramente um dos géneros musicais mais relevantes do repertório secular
renascentista europeu
 A forte preocupação em representar musicalmente o texto poético leva a que o madrigal
progressivamente seja a primeira grande ilustração da música como uma arte
dramática.
 É o madrigal que nos leva, no início de 1600, á ópera.
 O madrigal tanto pode assentar sobre um soneto como de uma forma poética livre
 O madrigal afasta-se daquela que era a norma do repertorio secular até aqui, a forma
poética fixa
 Num madrigal típico do séc. XVI, não há refrão, nem frases musicais repetidas, é uma
obra de composição continua
 O texto é absolutamente central com a música a ser composta com a preocupação em
representar, ilustrar musicalmente a frase da poesia
 Destinado à elite, sobretudo para consumo / entretenimento próprio.

Primeiros compositores de madrigais


 Philippe Vedelot (?-1503)
 Jacques Arcadelt (?-1568)
 Adrien Wilaert (?-1562)
 Cipriano de Rore (1516-1565)
 Nicola Vicentino (1511-1576)
 Etc.

Compositores de madrigais da segunda metade do séc. XVI


 Orlande de Lassus (1532-1594)
 Philippe de Monte (1521-1603)
 Giaches de Wert (1535-1596)
 Luca Marenzo (1553-1599)
 Carlo Gesualdo (1566-1613)
 Etc.

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