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O Contraste como elemento dramático
Importante no drama de uma composição barroca o contraste são as
diferenças entre os fortes e pianos, solistas e tuttis (como no concerto), diferentes
instrumentos e timbres aonde todos cumprem um papel importante em muitas
composições barrocas. O intérprete era permitido a escolher a instrumentação pelos
grandes compositores. Também cresceram em popularidade o trompete e o violino.
Detalhes técnicos
Em torno do ano 1600 na harmonia abandonaram-se os modos gregos ainda
prevalentes no século anterior para adotar-se o sistema tonal, construído a partir de
apenas duas escalas, a maior (jônico) e a menor (eólio).
Afinação: Por volta de 1859, como norma de tom, muitos conjuntos barrocos
ajustam sua sintonia como repertório que se realiza: Lá = 415Hz para a música do
barroco tardio, Lá= 392Hz para a música francesa, Lá = 440Hz para a música
italiana temprana e Lá= 430Hz para o repertório clássico.
Timbre: O cravo era o principal instrumento de teclado nos séculos XVI e
XVII. As variações nos instrumentos ainda populares também deram ao Baroque
Ensemble um som diferente. Instrumentos de corda como o violino, viola e cello
utilizam cordas de tripa em lugar das cordas de metal como atualmente, dando-lhes
um tom mais suave.
Técnica de execução: Diferenças mecânicas entre instrumentos barrocos e
modernos sugerem que os instrumentos mais antigos teriam soado diferente. Devido
aos arcos barrocos e modernos serem estruturalmente diferentes, por exemplo,
músicos utilizando arcos modernos com frequência usam num ataque mais suave e
crescendo e diminuindo nas notas mais compridas. O vibrato foi utilizado com
moderação para momentos mais expressivos.
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A vida cultural nas Minas Gerais
Assim como se produziu artes plásticas (escultura, pintura e arquitetura),
produziu-se muita música para as cerimônias religiosas e eventos especiais da corte
portuguesa. A produção musical circulava somente em manuscritos. Chegando ao
Brasil em 1944, o musicólogo alemão Francisco Curt Lange (1903-1997), começou a
pesquisar o interior de Minas Gerais à busca de partituras existentes entre as
famílias de músicos do passado. Assim, Lange percorreu cidades como Prados,
Mariana, São João d’El Rey e Tiradentes. No final dos anos 1950, ele já havia
reunido milhares de partituras, cujo provável destino seria a destruição. As partituras
colecionadas por ele fazem parte hoje do acervo do Museu da Inconfidência, em
Ouro Preto.