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A Música Barroca (1600 - 1750)

Estilo artístico nascido na Itália o Barroco, dentre uma de suas características


básicas eram os temas míticos ou religiosos e cenas cotidianas foi amplamente
utilizado pela Igreja Católica pela sua arte sacra como instrumento de proselitismo e
atrair mais fiéis visto que havia perdido muito deles na Reforma Protestante.
Também é repensado o poder da música.

A música barroca se classifica em 3 fases: barroco primitivo, meio e tardio e


durante a sua fase é que surge a orquestra aonde em que os instrumentos de
cordas se predominam e em seguida somam-se os de sopros e percussão. Além do
emprego de baixo contínuo, interpretado por um ou mais instrumentos melódicos
graves, se deu o desenvolvimento da harmonia tonal, alternando muito
frequentemente os acordes.

Basicamente interpretada por músicos amadores de classe alta a música


barroca era concebida para embelezar os eventos privados do passado em que
público não era permitido. A música era apenas escrita em um manuscrito sendo
propriedade privada do patrocinador do evento.

Nos estilos criados os compositores barrocos escreveram em diversos


gêneros musicais dentre eles, e também já criada no período renascentista, a ópera
teve seu maior desenvolvimento nas suas obras através de Alessandro Scarlatti,
Handel e tantos outros assim como o oratório popularizado por Bach e Handel sendo
que os dois estilos usavam a ária da capo como forma musical semelhante.

Na música litúrgica a cantata prosperou principalmente com seus


compositores protestantes como Bach por exemplo. Organistas se destacam em seu
virtuosismo com o uso de tocatas, fugas e outros trabalhos. Sonatas instrumentais e
suítes para dança foram escritas para instrumentos individuais, para grupos de
música de câmara, e pequenas orquestras.
O concerto emergiu, tanto na forma para o intérprete solista como para
orquestra, assim como o concerto groso. A Abertura Francesa se caracterizava por
seu típico contraste de seções rápidas e outras lentas e as obras para teclado eram
algumas vezes escritas para grupos maiores.

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O Contraste como elemento dramático
Importante no drama de uma composição barroca o contraste são as
diferenças entre os fortes e pianos, solistas e tuttis (como no concerto), diferentes
instrumentos e timbres aonde todos cumprem um papel importante em muitas
composições barrocas. O intérprete era permitido a escolher a instrumentação pelos
grandes compositores. Também cresceram em popularidade o trompete e o violino.

A Monodia e o advento do baixo contínuo


A música até então consistia numa melodia, ou várias melodias tocadas
simultaneamente. Na época barroca o conceito de “melodia” e “harmonia” começa a
articular-se. Com a necessidade de um poderoso orador se destacou o solista vocal.

Detalhes técnicos
Em torno do ano 1600 na harmonia abandonaram-se os modos gregos ainda
prevalentes no século anterior para adotar-se o sistema tonal, construído a partir de
apenas duas escalas, a maior (jônico) e a menor (eólio).
Afinação: Por volta de 1859, como norma de tom, muitos conjuntos barrocos
ajustam sua sintonia como repertório que se realiza: Lá = 415Hz para a música do
barroco tardio, Lá= 392Hz para a música francesa, Lá = 440Hz para a música
italiana temprana e Lá= 430Hz para o repertório clássico.
Timbre: O cravo era o principal instrumento de teclado nos séculos XVI e
XVII. As variações nos instrumentos ainda populares também deram ao Baroque
Ensemble um som diferente. Instrumentos de corda como o violino, viola e cello
utilizam cordas de tripa em lugar das cordas de metal como atualmente, dando-lhes
um tom mais suave.
Técnica de execução: Diferenças mecânicas entre instrumentos barrocos e
modernos sugerem que os instrumentos mais antigos teriam soado diferente. Devido
aos arcos barrocos e modernos serem estruturalmente diferentes, por exemplo,
músicos utilizando arcos modernos com frequência usam num ataque mais suave e
crescendo e diminuindo nas notas mais compridas. O vibrato foi utilizado com
moderação para momentos mais expressivos.

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A vida cultural nas Minas Gerais
Assim como se produziu artes plásticas (escultura, pintura e arquitetura),
produziu-se muita música para as cerimônias religiosas e eventos especiais da corte
portuguesa. A produção musical circulava somente em manuscritos. Chegando ao
Brasil em 1944, o musicólogo alemão Francisco Curt Lange (1903-1997), começou a
pesquisar o interior de Minas Gerais à busca de partituras existentes entre as
famílias de músicos do passado. Assim, Lange percorreu cidades como Prados,
Mariana, São João d’El Rey e Tiradentes. No final dos anos 1950, ele já havia
reunido milhares de partituras, cujo provável destino seria a destruição. As partituras
colecionadas por ele fazem parte hoje do acervo do Museu da Inconfidência, em
Ouro Preto.

A Casa da Ópera de Vila Rica (1770).

Desde os primórdios da colonização do Brasil, a arte em geral, aliada à


religião, contribuíram para a formação da nação. Em Vila Rica, capital das Minas
Gerais fundada em 1711, a produção cultural era tão profícua quanto aurífera.
Assim, na Rua Santa Quitéria, em 1769/1770, inaugurava-se a Casa da Ópera de
Vila Rica aonde hoje é o Teatro Municipal de Ouro Preto que ostenta, segundo a
tradição, o título de mais antiga casa de espetáculos em funcionamento da América
do Sul. A casa de espetáculo traz também no seu histórico o fato de ter sido o
primeiro teatro onde mulheres pisaram em um palco no Brasil.

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