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Música clássica
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
gêneros musicais normalmente associados à Alto - Antonio Vivaldi, Johann Sebastian Bach,
música popular e que simultaneamente são fruto Wolfgang Amadeus Mozart, Ludwig van
do estudo. Dessa forma, a linha que separa a Beethoven;
chamada música erudita da música popular seria segunda fila - Franz Schubert, Frédéric Chopin,
muito frágil, e nunca houve de fato um consenso Richard Wagner, Piotr Ilitch Tchaikovski;
de onde estaria o ponto em que ocorreria uma terceira fila - Johannes Brahms, Antonín Dvořák,
suposta separação. Segundo grandes estudiosos da Igor Stravinsky, Dimitri Shostakovich;
música e de teoria musical, o termo que melhor Última fila - Béla Bartók, George Gershwin, Heitor
representa a música dos grandes compositores é Villa-Lobos, Krzysztof Penderecki
música de concerto, o que demonstra a
impossibilidade de classificá-la, pois como afirma Ênio Squeff,
4:16
"Beethoven não tem nada de erudito, nem Villa-Lobos. A
música de concerto é aquela inclassificável. É a gênese da Obra de Stravinsky, 'O pássaro de
atividade musical". [3] fogo'
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gênero vem entrando em declínio desde o fim do século XX, marcadamente nos países
anglófonos.[7] Este período viu a música clássica ficar para trás do imenso sucesso comercial da
música popular, embora o número de CDs vendidos não seja o único indicador da popularidade do
gênero.[8]
O termo "música clássica" abrange uma série de estilos musicais, desde intricadas técnicas
composicionais (como a fuga)[9] até simples entretenimento (operetas).[10] O termo só apareceu
originalmente no início do século XIX, numa tentativa de se "canonizar" o período que vai de Bach
até Beethoven como uma era de ouro.[11] Na língua inglesa, a primeira referência ao termo foi
registrada pelo Oxford English Dictionary, em cerca de 1836.[1][12] Hoje em dia, o termo "clássico"
aplica-se aos dois usos: "música clássica" no sentido que alude à música escrita "modelar,"
"exemplar," ou seja, "de mais alta qualidade", e, stricto sensu, para se referir à música do
classicismo, que abrange o final do século XVIII e parte do século XIX.
Características
Devido à grande diversidade de formas, estilos, gêneros e períodos históricos que geralmente são
descritos pelo termo "música clássica", é uma tarefa complexa listar características que possam ser
atribuídas a todas as obras deste tipo de música. Existem, no entanto, características que a música
clássica tem e que poucos (ou até mesmo nenhum outro) tipos de músicas apresentam.
Instrumentação
orquestras: Uma orquestra composta por todas as famílias instrumentais acústicas: as cordas
(violino, viola, violoncelo e contrabaixo), as madeiras (flauta, oboé, clarineta, fagote, etc.), os
metais (trompete, trompa, trombone, tuba) e a percussão (tímpano, gongo, xilofone etc.).
Saxofone e violão eventualmente também participam de uma orquestra, além de pianos,
órgãos e celestas.[13] Para as orquestras são escritas as sinfonias. Quando se destaca um
instrumento da orquestra que será a voz principal, para o qual a melodia foi composta, trata-
se de um concerto.Mesmo destacando-se um instrumento ou conjunto de instrumentos nos
concertos, a orquestra toda pode estar presente. As orquestras também realizam os
acompanhamentos das óperas, que são compostas para a voz humana. A voz pode ser
classificada da mesma maneira que os instrumentos, observando-se a extensão de notas
alcançada por ela. As vozes mais agudas são chamadas "soprano", as vozes mais graves são
os "baixo", que alcançam as notas mais graves.[13]
Os instrumentos usados na música clássica foram, em grande parte, inventados antes de meados
do século XIX (frequentemente muito antes disso), e seu uso foi codificado nos séculos XVII e
XIX; consistem de todos os instrumentos tipicamente encontrados numa orquestra, acrescidos de
outros como o piano, o cravo e o órgão.
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Nenhum dos instrumentos categorizados como baixo existiam até o Renascimento. Na música
medieval os instrumentos dividiam-se em duas categorias: instrumentos de volume mais alto,
utilizados ao ar livre ou em igrejas, e os instrumentos mais silenciosos, usados internamente.
Diversos dos instrumentos associados hoje em dia com a música popular costumavam ter um
papel importante na música clássica arcaica, tais como gaitas de fole, vihuelas, hurdy-gurdies e
algumas madeiras. Por outro lado, instrumentos como o violão, que eram associados
principalmente à música popular, ganharam destaque na música clássica ao longo dos séculos XIX
e XX.
Embora o temperamento igual tenha passado gradualmente a ser aceito como o temperamento
dominante durante o século XIX, diferentes temperamentos foram usados, historicamente, nas
músicas dos períodos mais arcaicos.[15][16] Por exemplo, a música do Renascimento Inglês
frequentemente é executada no temperamento mesotônico. Os instrumentos de teclado quase
todos partilham a mesma disposição das teclas (chamado frequentemente de 'teclado de piano'),
embora sejam quase sempre tocados com técnicas diferentes de acordo com cada instrumento.
Enquanto a maior parte dos estilos de música popular utilize o formato de canções, a música
clássica utiliza outras formas como o concerto, a sinfonia, a ópera, a música de dança, a suíte, o
estudo, o poema sinfônico, entre outros.
O desejo da parte dos compositores da música clássica de obter grandes feitos técnicos ao compor
sua música, partilhado pelos músicos do estilo, que se deparam com metas similares de domínio
técnico, é demonstrado pela quantidade proporcionalmente alta de tempo que dedicam a instrução
e estudo, comparado aos músicos "populares", e pelo grande número de escolas secundárias,
incluindo conservatórios, dedicados ao estudo e ensino da música clássica. O único outro gênero
de música, no Ocidente, que apresenta oportunidades comparáveis de educação secundária é o
jazz.
Complexidade
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determinado período, compositor e obra musical estão entre as aptidões mais essenciais para um
músico com treinamento clássico. Obras do repertório clássico frequentemente exibem uma
complexidade artística através do uso do desenvolvimento temático, do fraseado, da modulação,
dos períodos, seções e movimentos. A análise musical de uma composição tem como meta atingir
uma maior compreensão desta obra, levando a uma audição mais plena de significado, e com
maior apreciação, do estilo de um compositor.
Sociedade
Para nós, hoje acostumados com uma atmosfera solene e silenciosa nos concertos, é difícil
acreditar que nos teatros italianos dos séculos XVII e XVIII, a plateia assistia às óperas e concertos
em verdadeiro caos, conversando, se provocando e até mesmo jantando durante as apresentações!
Toda a confusão apenas parava quando o grande solista da noite se apresentava, como, na época
dos Castrati, acontecia quando um grande nome como Cafarelli ou Farinelli apresentava uma de
suas grandes árias do repertório.
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E cada vez mais frequentemente, surgem os espetáculos que pretendem desmitificar esse lado
"snob". Os concertos Promenade, na Inglaterra; a Folle Journée na França (em Nantes); a "Festa
da Música" em Portugal, no Centro Cultural de Belém e O "Festival Internacional de Inverno (htt
p://www.festivaldomingosmartins.com/)" no Brasil (em Domingos Martins) são iniciativas que
marcam a democratização de um gênero musical que faz, sem dúvida, parte do patrimônio cultural
da humanidade.
do maestro perfeccionista, que o que ouvira era interessante… Mas não era o seu Bolero. Toscanini
havia acelerado os tempos, especialmente no final, o que ia totalmente contra as intenções de
Ravel.
Esse respeito quase religioso às intenções originais do compositor levaram mesmo à criação de
peças musicais que quase parecem, ou são mesmo, reflexões sobre o poder do compositor sobre os
intérpretes - as mais extravagantes exigências de alguns autores são respeitadas. No entanto, é
certo que o intérprete tem uma importância extrema na música erudita - ou como um transmissor
fiel da partitura ou como um segundo autor da obra - mesmo que pouco ou nada saibam,
formalmente, sobre composição. Alguns teóricos, como Umberto Eco no seu ensaio "A Obra
Aberta" (Opera aperta), chamam a atenção para a irrepetibilidade de qualquer execução musical.
Mesmo os mais fiéis executores da composição não tocam o mesmo trecho, da mesma forma, duas
vezes, o que leva à apologia da recriação do reportório erudito e da improvisação, para a qual a
música erudita contemporânea continua pouco sensível, ao contrário de certos gêneros como o
jazz no qual a improvisação tem lugar central.
Durante a época barroca, a improvisação era muito comum. Interpretações recentes das obras
pertencentes a esse período pretendem fazer reviver a prática da improvisação, tal como era feita
nessa fase da história da música. Durante o período clássico, Mozart e Beethoven improvisavam,
por exemplo, as cadenzas dos seus concertos para piano, quando eram eles mesmos os solistas -
dando menos liberdade se o pianista fosse qualquer outro; razão para dizer que não deixavam a
sua reputação em mãos alheias.
Outra polémica que costuma existir como consequência da veneração da obra original do
compositor tem a ver com a utilização ou não de instrumentos da época da composição da obra,
nas interpretações modernas das peças musicais mais antigas. Alguns intérpretes e condutores,
como Jordi Savall, têm uma abordagem mais historicista: pretende-se tocar a obra nas mesmas
condições em que foi criada, ainda que os instrumentos actuais sejam perfeitamente idóneos, ou
superiores, em termos técnicos. Outros, como o já citado Glenn Gould, não se preocupam ao
adaptar ou mesmo melhorar obras eruditas escritas para um instrumento, tocando-as noutro,
mais moderno. Nesse último caso está a interpretação em piano de obras escritas para cravo, por
Johann Sebastian Bach.
História
Ver também: História da música
As principais divisões cronológicas da música clássica são: o período da música antiga, que inclui a
música medieval (476 – 1400) e a renascentista (1400 – 1600), o período da prática comum, que
inclui os períodos barroco (1600 – 1750), clássico (1730 – 1820) e romântico (1815 – 1910), e os
períodos moderno e contemporâneo, que incluem a música clássica do século XX (1900 – 2000) e
a música clássica contemporânea (1975 – presente).
O prefixo neo- é utilizado para descrever uma obra feita no século XX ou contemporânea porém
composta no estilo de um período anterior, como clássico ou romântico. O balé Pulcinella, de
Stravinsky, por exemplo, é uma composição neoclássica porque é estilisticamente semelhante a
obras do período clássico.
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Origem
A origem da música clássica ocidental estão na música litúrgica cristã, embora tenha influências
que datam da Grécia Antiga; o desenvolvimento de determinadas tonalidades e escalas já havia
sido estabelecido por antigos gregos como Aristoxeno e Pitágoras.[19] Pitágoras criou um sistema
de afinação, e ajudou a codificar a notação musical em uso na época. Antigos instrumentos usados
na Grécia, como o aulo (um instrumento de palheta) e a lira (semelhante a uma pequena harpa)
levaram ao eventual desenvolvimento dos instrumentos usados atualmente nas orquestras
clássicas ocidentais.[20] Este período na história da música, que vai até a queda do Império
Romano (476 d.C.), é chamado de música da Antiguidade; pouco restou do período, no entanto,
em termos de evidências musicais, e a sua maior parte veio do mundo grego.
Período antigo
Entre os instrumentos de corda típicos do período antigo estão a harpa, o alaúde, a viela e o
saltério, enquanto instrumentos de sopro incluíam a família da flauta (incluindo a flauta doce), a
charamela (um membro antigo da família do oboé), o trompete e a gaita de foles. Alguns órgãos
existiam, porém estavam em sua maioria restritos a igrejas, embora existissem variantes
razoavelmente portáteis.[25] Posteriormente, ao fim do período, começaram a surgiram versões
antigas dos instrumentos de teclado, como o clavicórdio e o cravo. Instrumentos de corda como a
viola da gamba também começaram a aparecer no século XVI, juntamente com uma ampla gama
de instrumentos de metais e madeiras. A impressão permitiu a padronização das descrições e das
especificações destes instrumentos, juntamente com uma maior difusão das instruções de seu
uso.[26]
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Surge o cromatismo e aumenta-se o uso de instrumentação. um dos principais estilos da época foi
o madrigal.
O chamado período da prática comum ocorreu quando a maior parte das ideias que pautam a
música clássica ocidental tomou forma, foi padronizada e codificada. Iniciou-se com o período
barroco, que vai aproximadamente de 1600 até a metade do século XVIII; seguiu-se o período
clássico, que terminou aproximadamente em 1820, com o advento do período romântico, que
percorreu todo o século XIX e terminou por volta de 1910.
Período barroco
A música barroca caracteriza-se pelo uso de complexos contrapontos tonais e pelo uso de uma
linha contínua de baixo. Os inícios da forma sonata foram estabelecidos na canzona, bem como
uma noção mais formal de tema e variações. As tonalidades maior e menor também tomaram
forma como meio de administrar a dissonância e o cromatismo na música.[27]
Durante o período, a música tocada em instrumentos de teclado, como o cravo e o órgão tornaram-
se gradativamente mais populares, e a família de instrumentos de corda do violino assumiu a
forma pela qual é conhecida hoje. A ópera, uma forma de drama musical sobre o palco, começou a
se diferenciar das outras formas musicais e dramáticas, e outras formas vocais como a cantata e o
oratório também se tornaram mais comuns.[28] Grupos instrumentais passaram a ficar cada vez
mais diversificados, e suas formações foram se padronizando; surgiram os grandes grupos de
músicos, as primeiras orquestras, e a música de câmara, composta para grupos menores de
instrumentos, onde cada parte era executada por um instrumento individual, no lugar de um
grupo de instrumentos semelhantes. O concerto, como veículo para uma performance solo
acompanhada de uma orquestra, tornou-se extremamente difundido - embora a relação entre
solista e orquestra ainda fosse relativamente simples. As teorias em torno do temperamento igual
começaram a ser postas em prática, na medida em que possibilitavam uma amplitude maior de
possibilidades cromáticas em instrumentos de teclado de difícil afinação. O temperamento igual
possibilitou, por exemplo, a composição do Cravo Bem Temperado, de Johann Sebastian Bach.[29]
Período clássico
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O Classicismo na música é caracterizado pela claridade, simetria e equilíbrio, seu período coincidiu
com o Iluminismo, que enfatizava a razão e a lógica.
Como já foi dito, a "música clássica", propriamente dita, corresponde a um período da história da
música, também referido como Classicismo vienense. Alguns autores preferem escrever, para
evitar confusões, música Clássica (com o C maiúsculo) para referir-se a música Erudita composta
no período do Classicismo.
Período romântico
A música do período romântico, que vai aproximadamente da segunda década do século XIX ao
início do século XX, caracterizou-se por uma atenção cada vez maior a uma linha melódica
extensa, assim como elementos expressivos e emotivos, paralelando o Romantismo nas outras
formas de arte. As formas musicais começaram a se distanciar dos moldes usados na era clássica
(mesmo aqueles que já haviam sido codificados), e surgem peças em forma livre como noturnos,
fantasias e prelúdios, ao mesmo tempo em que as ideias preconcebidas a respeito da exposição e
do desenvolvimento destes temas passaram a ser minimizadas ou mesmo ignoradas.[31] A música
tornou-se mais cromática, dissonante, com tonalidades mais coloridas e um aumento nas tensões
(no que diz respeito às normas aceitas pelas formas anteriores) envolvendo as armaduras
tonais.[32] A canção de arte (ou Lied) amadureceu neste período, bem como as proporções épicas
da grand opéra, que culminaram com o Ciclo dos Aneis, de Richard Wagner.[33] Este período foi
marcado por Beethoven.
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O período moderno se iniciou com a música impressionista, de 1910 a 1920, dominada por
compositores franceses (em oposição ao domínio existente até então dos alemães na arte e,
principalmente, na música). Compositores impressionistas como Erik Satie, Claude Debussy e
Maurice Ravel usavam escalas pentatônicas, um fraseado longo e ondulante, e ritmos livres. O
modernismo (1905 - 1985) marcou um período no qual diversos compositores rejeitaram
determinados valores do período da prática comum, tais como a tonalidade, a melodia, a
instrumentação e a estrutura tradicionais. Nomes como Dmitri Shostakovich e Heitor Villa-Lobos
se destacam nesse período. Compositores, acadêmicos e músicos desenvolveram extensões da
teoria e da técnica musical. A música clássica do século XX engloba uma ampla variedade de
estilos pós-românticos, inclui os estilos de composição do romântico tardio, expressionista,
modernista e pós-modernista, e a música de vanguarda. O termo "música contemporânea"
costuma ser utilizado para descrever a música composta no fim do século XX até os dias de hoje e
incluí a música eletrônica de vanguarda, música eletroacústica, a música concreta francesa, neo
romantismo, minimalismo, entre outros. Seus maiores expoentes incluem John Cage, Karlheinz
Stockhausen, Iannis Xenakis, Philip Glass e Steve Reich.
No século XXI, verifica-se uma tendência de retorno à tonalidade, ao mesmo tempo em que
recursos surgidos no século XX continuam sendo aproveitados. Importantes compositores em
atividade no século XXI são Krzysztof Penderecki, Arvo Pärt e Thomas Adès. Neste século
destacam-se também compositoras mulheres, como Missy Mazzoli e Cheryl Frances-Road, além
da menina-prodígio Alma Deutscher, nascida em 2005.
mau gosto (consoante as épocas, podendo mais tarde ser recuperadas, ou não) ou, mesmo,
tornarem-se populares, ao serem incluídas em filmes ou anúncios publicitários, por exemplo.
Quase toda a gente conhece e chega a trautear algumas melodias de música erudita, mesmo sem
saber quem foi o compositor. É comum, por exemplo, associar árias de ópera com momentos
desportivos, no futebol, por exemplo, em que a ária "Nessun dorma" da Turandot é explorada até à
exaustão e o conhecido hino da liga dos campeões é tocado por uma orquestra sinfônica
acompanhada de coro, seguindo um estilo mais clássico.
Pode-se argumentar que a música erudita, em grande parte, mas nem sempre, tem como
característica uma maior complexidade. Mais especificamente, a música erudita envolve um maior
número de modulações (mudança da tónica), recorre menos à repetição de trechos substanciais da
peça musical (na música popular o refrão é comum), além de recorrer a um uso mais vasto das
frases musicais, que não são limitadas por uma extensão conveniente para a sua popularidade
entre o público (ou seja, que permita à música "entrar no ouvido" ou seja, na memória). Na música
erudita, o minimalismo vai contra estas tendências que se acabaram de aplicar. No entanto, é
normal que a música erudita permita a execução de obras mais vastas em termos de duração
(variando de meia hora a três horas), usualmente divididas em partes mais pequenas (os
"movimentos"). Também aqui existem excepções: as miniaturas, as bagatelas e as canções (como
as de Schubert).
A música popular pode no entanto ser bastante complexa em diferentes dimensões. O jazz pode
fazer uso de uma complexidade rítmica que não acontece numa larga maioria de obras clássicas. A
música popular pode recorrer também a acordes complexos que destoariam (ou não, mas, em todo
o caso são pouco usados) numa peça erudita. A verdade é que aquilo a que se chama de música
erudita é um campo de uma vastidão enorme, difícil de espartilhar numa ou noutra regra.
A escolha dos instrumentos utilizados para a execução das obras também pode diferir muito. No
início, a música erudita apenas se utilizou de instrumentos acústicos, não elétricos, e que foram, na
sua maioria, inventados antes de meados do século XIX, ou muito antes disso. Consistem,
essencialmente, nos instrumentos que fazem parte de uma orquestra, em conjunto com alguns
instrumentos solistas (o piano, a harpa, o órgão…). Na música popular (pelo menos na moderna),
a guitarra eléctrica tem um grande protagonismo, enquanto que sua participação só passou a ser
considerada anos depois por parte dos compositores contemporâneos. A partir daí, os dois gêneros
vem experimentando instrumentos eletrônicos e elétricos (como o sintetizador, a banda
magnética…) bem como instrumentos de outras culturas até agora afastadas da tradição musical
ocidental (como o conjunto de instrumentos de percussão orientais chamados de gamelan).
Outra especulação interessante é saber se as peças de música popular continuarão a ser ouvidas,
ao longo do tempo, permanecendo tanto quanto as peças de música erudita. Enquanto que estas
permaneciam devido à sua natureza escrita, a música popular (bem como as interpretações
individuais das obras clássicas) tem hoje à sua disposição os registros gravados em suporte de
qualidade. Se é certo que algumas peças de música popular que eram grandes êxitos há poucos
anos já estão praticamente esquecidos, a verdade é que também muitas peças musicais ditas
eruditas deixam de fazer parte do repertório das orquestras, reaparecendo pontualmente, quando
algum intérprete as "descobre". Os adeptos da música erudita podem acreditar que o seu gênero
tende mais para a intemporalidade. No entanto, muitos artistas populares poderão permanecer e
ganhar o estatuto de músicos de culto. Ainda que quando alguém ouve música popular
relativamente antiga (de algumas décadas atrás) se utilize mais a expressão "nostalgia" por algo
passado, que não pertence ao presente; sentimento que raramente se encontra entre os adeptos da
música erudita. Só o tempo poderá demonstrar qual a música que permanecerá. Erudita ou
popular, a qualidade de cada uma estará sempre sujeita à avaliação subjectiva dos ouvintes do
futuro, Heitor Villa-Lobos já na década de 1930 demonstrou que as barreiras entre os dois estilos
são muito frágeis ao beber na fonte do Choro, da música popular Brasileira e de Bach para compor
as suas Bachianas Brasileiras. Radamés Gnattali também foi um grande responsável pela diluição
das fronteiras entre erudito e popular no Brasil, atuando em praticamente todos os terrenos:
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deixou larga obra sinfônica e camerística e foi um dos mais importantes arranjadores brasileiros,
de atuação na música popular. César Guerra-Peixe utilizou amplamente temas folclóricos e
regionais do nordeste brasileiro para compor a sua obra.
Diversos compositores eruditos apresentaram abordagens para a educação musical. O alemão Carl
Orff propôs o instrumental Orff, um método para que crianças pudessem aprender música. Tal
método usa formas rudimentares de atividades diárias para jovens, como cantar em grupo,
praticar rimas e tocar instrumentos de percussão. É baseado amplamente na improvisação e em
construções tonais originais para que a pessoa ganhe confiança e interesse no processo de pensar
criativamente.
Ver também
Lista de compositores de música erudita
Termos associados
Música atonal
Altura
Contraponto Música tonal
Forma musical Polifonia
Harmonia Ritmo
Interpretação musical Textura
Timbre
Melodia
Referências
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Webber declarou que "o declínio das plateias, cortes de gastos governamentais, desastrosas
vendas de CD, patrocinadores deixando de financiar as artes, menos crianças aprendendo
instrumentos musicais, e uma total falta de interesse pela mídia em geral, a não ser com
violinistas "gostosas" seminuas… têm relação com o fato. … Isto está em contraste absoluto
com o que ocorre no Extremo Oriente, onde ainda existem números enormes de crianças
aprendendo instrumentos, as vendas de CD de música clássica estão em pleno vigor, a mídia
tem um interesse real na música clássica e, acima de tudo, salas de concerto estão repletas
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ISBN 978-0-393-95627-6
Swafford, Jan (1992). The Vintage Guide to Classical Music. Nova York: Vintage Books.
ISBN 0-679-72805-8
Sadie, Stanley. Jorge Zahar Ed., ed. Dicionário Grove de música: edição concisa. 1994. Rio
de Janeiro: [s.n.] ISBN 85-7110-301-1
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Ligações externas
«Classical Composers Database» (http://www.classical-composers.org/) (em inglês).
compositores de música clássica de todos os períodos e de diversos países, com biografias e
listas de obras
«MusicWeb International» (http://www.musicweb-international.com) (em inglês). artigos sobre
compositores, críticas de CDs, livros, concertos
«Gravações históricas de música clássica do British Library Sound Archive» (http://sounds.bl.u
k/BrowseCategory.aspx?category=Classical-music) (em inglês)
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