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HISTÓRIA DA MÚSICA: DO

CLASSICISMO AO
CONTEMPORÂNEO
AULA 5

Profª Jeimely Heep Bornholdt


CONVERSA INICIAL

Chegamos finalmente ao século XX, uma nova etapa no estudo da


história da música e que ocorre em um contexto no qual vive um ser humano
complexo e perplexo com a evolução tecnológica e com a criação de novos
conhecimentos. Como é possível observar para o estudioso da história da
música, os compositores e cantores produzem peças musicais que refletem o
contexto social. Por sua vez, a aceitação musical entra em uma fase dialética:
o ser ou não ser nas diversas tendências revela uma competição que, muitas
vezes, demonstra não ser salutar. O esgotamento da fase romântica que
antecede a música contemporânea transforma a ousadia musical da fase
anterior, criando uma série de dogmas musicais. Assim, para muitos
historiadores, fica revelado um princípio de caos social, que vamos ver
estabelecido na Pós-modernidade. O período abrange os anos entre 1910 e
1980 e evolui até a atualidade.

TEMA 1 – CONTEXTO HISTÓRICO

Iniciamos nos anos 1910, em plena era do entusiasmo pelo surgimento e


pela divulgação do rádio, o qual promove um novo canal de veiculação para
compositores e cantores. O período, denominado “contemporâneo”, abrange
até o ano de 1980, considerado o final da contagem de tempo para essa era
musical.
Nessa época, a sociedade vive duas guerras mundiais e um período
entre as guerras que apresenta tensões sociais em diversas localidades do
território europeu. As ditaduras marcam fortemente as pessoas e as
características da música da época, chamada de a nova música. Chega-se a
esse termo por conta do surgimento de uma rejeição quase total dos princípios
consagrados, que, na época, eram direcionadores da tonalidade, do ritmo e da
forma musical.
As guerras mundiais, a Revolução Russa e o Nazismo na Alemanha
provocam notáveis transformações de cunho político.
Se no século XIX observamos grandes avanços, no século XX
continuamos a observá-los, principalmente nos âmbitos científico e tecnológico,
como o desenvolvimento de computadores, satélites e viagens espaciais e a
cura de várias enfermidades.

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Se na Idade Média ocorre o registro das músicas e sua escrita, no
mundo moderno vemos o início das gravações. Após os satélites e a gravação
de músicas, surge o rádio, cujas primeiras transmissões acontecem em 1920,
conforme Miranda e Justus (2010, p. 135). Mais tarde, o cinema e a televisão
também aparecem, desencadeando uma revolução nas mídias de
comunicação.

1.1 Arte no mundo contemporâneo

O período da música contemporânea corresponde aos períodos


moderno e pós-moderno, no contexto das artes em geral. Na primeira metade
do século XX, encontramos a arte moderna, e, na segunda metade, a arte pós-
moderna.
A arquitetura já não se preocupa com a ornamentação presente nos
períodos anteriores, como o visual extravagante do Barroco ou a sutileza nos
enfeites arquitetônicos do Classicismo. A ideia da arquitetura moderna é
desenvolver projetos que resultassem em construções funcionais, que possam
otimizar a função para a qual foram criados. Nos Estados Unidos, por exemplo,
essa busca resulta nos arranha-céus. Na Europa, Le Corbusier utiliza grandes
vitrôs que auxiliam na relação entre os ambientes interno e externo. Seguindo a
mesma tendência, que, a propósito, caracteriza a arquitetura da época, o
brasileiro Oscar Niemeyer torna-se conhecido mundialmente.

Créditos: Edusma7256/Shutterstock

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Créditos: Diego Grandi/Shutterstock

Créditos: Diego Grandi/Shutterstock

1.2 Literatura, Pintura, Dança e Teatro

Da mesma forma que a Música, as demais artes também desenvolvem


estilos distintos, como o Expressionismo e o Abstracionismo na Pintura. A arte
como um todo expressa as dificuldades vividas naqueles dias.

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MUNCH, Edvard. O grito. 1910.

KANDINSKY, Wassily. Composição IV. 1911.

Na Dança, o balé russo cresce em importância na Europa. Não obstante,


no Modernismo o objetivo do balé já não é mais trazer uma história encenada,
tampouco apresentar danças com passos rigidamente calculados. Pelo
contrário, assim como a tendência da época, o balé contemporâneo procura
expressar sentimentos por meio do Expressionismo. A formalidade da postura
é substituída por grandes movimentos que demandam excelente alongamento
muscular e senso de equilíbrio dos bailarinos.
No Teatro, observamos textos e performances mais próximas da
realidade. Devemos recordar que, no Período Barroco, as pessoas no meio
social vivem como se fossem personagens de uma grande peça teatral. Suas
roupas, posturas e falas quase fazem parte de uma grande encenação. No
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período da música contemporânea, ocorre o inverso. O teatro visa reproduzir a
sociedade tal qual ela é na vida real.

TEMA 2 – MÚSICA VOCAL

Estudos diversos apresentam algumas características da música


contemporânea vocal, considerando que um dos destaques mais evidentes é a
caracterização estética que surge com a incorporação do ruído como parte
integrante da linguagem vocal, na música contemporânea. Esse fato leva à
exploração de todas as possibilidades sônicas, com rompimento com o bel
canto, manifesto na criação de novas técnicas de emissão vocal.
Considera-se que as mudanças nas formas vocais estão diretamente
relacionadas às inovações tecnológicas e científicas, como afirma Becker
(2008), e que, a par de todas as inovações, ainda apresenta pouca exploração
no que diz respeito ao aproveitamento da flexibilidade da voz. Segundo a
autora, o que leva ao desenvolvimento da flexibilidade vocal é o incentivo à
utilização de uma união do corpo e da voz durante a performance musical. A
voz passa a ser categorizada como possível de provocar uma linha direta com
as emoções dos ouvintes.
Grey e Herr (s.d.) assinalam que a voz contemporânea é flexível,
confirmando outras colocações no mesmo sentido e com o mesmo significado.
A conclusão possível com análises semelhantes a que fizemos neste ponto é
que a eurritmia tem sua base no trabalho do corpo, do solfejo e da
improvisação, sendo utilizada como ferramenta para integrar voz e corpo. É
possível observarmos que a variedade resulta na cor e no tom. Dessa forma,
não há identificação de uma linguagem tonal específica, ainda que tenham sido
registradas tentativas por parte de alguns compositores.
Houve certa resistência e certo preconceito contra novas tendências
artísticas (tendo a música eletrônica como exemplo clássico). Mas, apesar
disso, considera-se que, na atmosfera dominante, se respiram os ares da
inovação e da criatividade.
Evolui a criação de corais que trazem a caracterização da flexibilidade
vocal, com o rompimento já assinalado anteriormente com o bel canto, aliado
ao uso combinado de sílabas, onomatopeias e ruídos. Isso possibilita concluir
que a música vocal contemporânea não mais está associada a canto sem

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vibrato, que é utilizado para dar dramaticidade e expressão às peças musicais
cantadas.
Esse novo posicionamento é composto também do uso da inspiração e
expiração; da utilização de diferentes regiões da extensão vocal e da aplicação
dos registros voz de cabeça e voz de peito – tudo isso registrado como
técnicas vocais. Elas podem ser estendidas: gemido; inspiração e expiração
(choro, risada, cliques com a língua). Toda essa variedade colabora para a
diversificação de gêneros musicais.
No que diz respeito à ópera, essa foi continuamente perdendo
popularidade com o passar dos anos.

TEMA 3 – MÚSICA INSTRUMENTAL

A era contemporânea encontra os instrumentos musicais prontos, em


fase de industrialização, o que facilita inovações em diversos aspectos da
música contemporânea. A grande mudança é que os instrumentos passam a
existir em função da música, e não mais o contrário. Eletroacústicos e
geradores de frequência ganham espaço e cada inovação tecnológica, quase
imediatamente, reflete-se na criação de instrumentos ou na melhoria dos já
existentes.
A formalidade da estruturação da música instrumental também é posta
de lado. A repetição deixa de ser utilizada e dá espaço para algo como uma
“livre criação”, o que causa bastante resistência de aceitação. Conforme Cavini
(2012), as obras mais curtas e com textos (ou seja, a música vocal), podiam
transmitir um censo de organização formal da estrutura musical, facilitando sua
aceitação.
Cavini (2012) ainda cita compositores como Debussy, Bartók e
Lutoslawski, que conseguem trazer inovação para a música contemporânea
sem ignorar a formalidade da estrutura musical existente até então. Segundo a
autora, a repetição foi substituída pelo “desenvolvimento contínuo”.
Podemos observar no período, ao contrário dos anteriores, uma
tendência à desestruturação da construção musical formal. Ou seja, os
elementos folclóricos e regionais são empregados de maneira mais livre,
resultando em uma forma musical própria do autor.

TEMA 4 – PRINCIPAIS COMPOSITORES


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A vivência de um mesmo compositor em mais de uma época pode
trazer alguma confusão ao leitor, porém é mais comum do que parece. Por
exemplo, se considerarmos o fim do Classicismo no ano de 1820, Beethoven
viveu nos períodos Clássico e Romântico, trazendo contribuições para o
primeiro e abrindo portas para as tendências do segundo. Caso semelhante é o
de Bach, que, embora sua morte tenha marcado o final do Período Barroco,
sua obra “O cravo bem temperado” deu início à nova modalidade de afinações
utilizadas no período seguinte. Na Era Contemporânea, estamos falando de
apenas sete décadas, o que sugere que esse fenômeno seja recorrente com os
compositores desse período. Independentemente dessas condições, há
músicos considerados expoentes da Música desse período, ainda que se
conheçam outras obras datadas fora dessas sete décadas.
Como efeito do nacionalismo, as composições se distinguiram de um
país para o outro. No mundo moderno e pós-moderno, a personificação das
composições, sem regras rígidas de estrutura, colabora para uma
diversificação de gêneros e estilos ainda maior. Torna-se difícil eleger os
principais compositores, pois poderia haver diversos critérios distintos de
avaliação. São várias nacionalidades e vários estilos e, cada autor, no decorrer
de sua vida, utiliza mais de um estilo. São muitas variáveis que nos impedem
de fazer uma classificação justa, pois cada autor tem sua importância em
determinado(s) país(es), em um momento específico da Era Contemporânea e
em certo(s) estilo(s). No entanto, vemos pelo menos três nomes que refletem
três nacionalidades e a utilização de diferentes estilos. Entre os importantes
compositores não relacionados a seguir, estão: Sergei Prokofiev (Ucrânia, na
época, parte do Império Russo), Béla Bartók (Hungria), Maurice Ravel
(França), Arnold Schöenberg (Áustria), entre outros

4.1 Heitor Villa-Lobos

Representando a música contemporânea brasileira, neste resumo


citamos Villa-Lobos (1887-1959). Embora sua origem seja de família rica, em
que as músicas de câmara estão presentes, “desde menino, preferia ouvir os
seresteiros nas ruas do Rio” (Massin, 1997, p. 1044). Como violonista e
violoncelista, toca em festas e carnavais com um grupo popular. Villa-Lobos
desenvolve excelente habilidade auditiva, tornando-se notável na percepção
musical. Isso o faz, em viagens pelo interior do país, reunir grande acervo de
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influências da música popular. Embora tenha a percepção musical aguçada,
não deixa de estudar partituras clássicas e românticas, o que colabora para
mesclar diferentes estilos e gêneros em sua obra, inserindo elementos
brasileiros às formas das composições tipicamente europeias. Como exemplo,
estão as nove “Bachianas Brasileiras”, compostas entre 1930 e 1944.

4.2 Claude Debussy

Debussy (1872-1884), compositor francês, é um bom representante do


Impressionismo (o qual abordaremos no Tema 5), após o ano de 1902, em
razão de “suas ideias revolucionárias de dissolução das regras e convenções
musicais tradicionais” (Cavini, 2012, p. 90), alterando toda a estrutura formal da
música, bem como a harmonia, o ritmo etc.

4.3 Ígor Fiodorovitch Stravinsky

Nascido na Rússia, Stravinsky (1882-1971) é um exemplo ideal do que


representa a música na Era Contemporânea. Embora apresente em sua obra
os estilos do Neoclassicismo e Politonalismo, cujo primeiro visa remontar
estilos anteriores ao Romantismo (veremos esses estilos no Tema 5),
Stravinsky é um bom exemplo na evolução da Era Contemporânea, pois “mais
talvez do que qualquer outro músico, ele parece aderir às opções e tensões de
nosso tempo” (Massin, 1997, p. 1011). Sua obra traz os conflitos do mundo
ocidental e do aspecto social, nem sempre sendo bem aceita. “A sagração da
primavera” retrata bem esse fenômeno. Antes de sua estreia em Paris, no ano
de 1913, apesar de todos os acontecimentos artísticos na Rússia e na
Alemanha, por exemplo, muitos olhos estavam voltados para esse evento, visto
que a promessa é que os parisienses estavam prestes a vivenciar o novo da
arte, ou até mesmo a verdadeira arte, trazida do balé russo. A expectativa era
muito grande e não foi atendida. Aliás, sua estreia é um verdadeiro escândalo,
não apenas pelo aspecto musical diferente, mas por toda a mensagem que a
peça carrega.

TEMA 5 – PRINCIPAIS GÊNEROS

Abordaremos agora algumas das tendências de estilo e técnicas


empregadas nas construções musicais do século XX. Diferentes entre si, visam

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ao mesmo objetivo, genericamente falando, de opor-se ao estilo musical do
Período Romântico. Esses estilos podem ser interpretados como tentativas ou
experiências realizadas para produzir algo novo no que diz respeito ao mundo
musical.

5.1 Impressionismo

Este foi um movimento artístico ocorrido na França, ainda no final do


século XIX. Na música, “a palavra impressionismo evoca uma técnica sem
equivalente musical; mas reteve-se dela apenas a imprecisão do desenho, o
esfumado que se pensava ser a característica dominante do estilo debussysta
[...]” (Candé, 1994b, p. 195). O termo estilo debussysta utilizado por Candé,
refere-se ao reconhecimento da obra de Debussy como representante do estilo
impressionista, ainda que ele discordasse desse título para suas composições.

5.2 Expressionismo

Este foi um movimento cultural que ocorreu no início do século XX, na


Alemanha. Sua manifestação na música consistiu na “distorção do Romantismo
Tardio, em que os compositores passaram a retratar em suas músicas uma
carga emocional mais intensa e profunda” (Cavini, 2012, p. 78).
Os compositores cujas obras são reconhecidamente expressionistas são
Arnold Schöenberg, Alban Berg e Anton Webern.

5.3 Dodecafonismo

Em 1923, após seis anos sem compor, “Schöenberg formulou um


método de composição com doze notas relacionadas exclusivamente entre si”
(Grout; Palisca, 2007, p. 733), dando origem à técnica dodecafônica, que
consiste em compor uma música “com base em uma série que é retirada da
escala de 12 notas cromáticas da escala de temperamento igual” (Cavini, 2012,
p. 78)

5.4 Neoclassicismo

Foi um estilo utilizado por compositores cujo objetivo era resgatar o


equilíbrio das formas musicais do Período Clássico e anteriores. O emprego
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das emoções, característico do Romantismo e da Era Contemporânea, foi
deixado de lado. Tocata, fuga e a sonata são exemplos das formas buscadas
pelos compositores neoclássicos. Contudo, conforme Cavini (2012), tais
compositores não deixaram de incluir em sua obra as tendências da então
atualidade, como modulações, dissonâncias e distorções. Entre os principais
compositores neoclássicos, está Ígor Stravinsky.

5.5 Politonalidade, atonalidade e microtonalidade

A politonalidade é uma técnica que utiliza várias tonalidades diferentes


de uma vez só. Pode ser observada no “Bolero”, de Maurice Ravel. É possível
adequar o termo para “bitonalidade”, quando se tratar de duas.
A atonalidade, como o próprio nome sugere, consiste na ausência de
tonalidade. É por vezes associada ao dodecafonismo, embora, conforme Cavini
(2012), a música dodecafônica não é necessariamente atonal. Wagner, no
Romantismo, já utilizava dissonâncias que enfraqueciam a tonalidade, técnica
que foi utilizada também por Debussy a fim de eliminá-la por completo.
A microtonalidade utiliza intervalos menores que o semitom. Embora
utilizados desde a Antiguidade Clássica, na Grécia, a empregabilidade do
microtom se dava principalmente na música oriental.
Cavini (2012) cita alguns compositores. Entre eles, Charles Ives, que
compôs uma obra para dois pianos afinados com intervalos de ¼ de tom.

5.6 Influências do Jazz

As características do jazz foram empregadas em diversas composições


como ferramenta para romper com o tradicionalismo romântico. Suas
características principais são “os ritmos sincopados, as melodias sincopadas
sobre ritmos constantes, a bemolização de algumas notas da escala (blue
notes), [...]” (Cavini, 2012, p. 82), entre outros.
Stravinsky, com “Ragtime”, e Ravel, com a “Sonata para violino”, são
alguns exemplos de emprego do Jazz.

5.7 Músicas aleatória, concreta e eletrônica


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A música aleatória, como o próprio nome sugere, utiliza elementos
randômicos de acordo com a vontade do artista no momento de sua
performance. Isso dispõe ao músico liberdade de interpretação e elementos de
improviso para serem utilizados livremente.
John Cage é um compositor americano que se destaca para representar
essa técnica, que pode ser observada em Imaginary Landscape nº 4.
A música concreta e a música eletrônica, muitas vezes confundidas
entre si, utilizam aparelhos eletroacústicos semelhantes. Contudo,
diferentemente da música eletrônica, a concreta não é composta
exclusivamente com frequências produzidas eletronicamente.

NA PRÁTICA

Muitos foram os estilos adotados nesse período. A diversificação musical


era cada vez maior, e o campo de conhecimento para o aluno de Música se
torna mais amplo. Considerando o Tema 5, eleja dois estilos que tenham
chamado mais sua atenção. Realize uma breve pesquisa complementar para
aprofundar seu conhecimento teórico e busque por obras que os representem.
Faça como faziam os compositores da época: ouça-as, observe-as, aprecie-as
e identifique as características que evidenciam o estilo, conforme aprendemos
ao longo da teoria.

FINALIZANDO

Você teve oportunidade de experimentar uma pequena visão sobre a


história da Música no período contemporâneo, que vai dos anos 1910 a 1980.
Foram 70 anos de evolução tecnológica, que, a partir dos anos 1960,
apresenta um desenvolvimento ainda não presenciado em diferentes campos
científicos. Em todas as inovações, é possível perceber a presença musical
como elemento de destaque. A música reflete, em seu vigor, em suas
angústias e em composições pesadas, o estado de confusão no qual o
desenvolvimento tecnológico coloca muitas pessoas, deslocadas de sua zona
de conforto e não preparadas para tal avalanche de novas informações, além
dos conflitantes aspectos sociais. No entanto, é possível perceber uma
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evolução musical na qual atingir e despertar as emoções das pessoas era uma
das propostas principais. A evolução para a Era Moderna dos anos 1980 até a
atualidade mostra que, nas sete décadas imediatamente anteriores, criaram-se
as bases para a produção musical da atualidade.

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REFERÊNCIAS

BECKER, S. A voz contemporânea. 213 f. Dissertação (Mestrado em Música)


– Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em:
<www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-07052009-
124351/publico/1729731.pdf. Acesso em: 6 out. 2019.

CANDÉ, Roland. História universal da música. v. 2 São Paulo: Martins


Fontes, 1994.

CAVINI, M. História da música ocidental. v. 2. São Carlos: EdUFSCar, 2012.

GREY, S.; HERR, M. A voz flexível na música performática


contemporânea. Disponível em:
<http://prope.unesp.br/cic/admin/ver_resumo.php?area=100064&subarea=1878
7&congresso=32&CPF=28041625835. Acesso em: 6 out. 2019.

GROUT, Donald J.; PALISCA, Claude V. História da música ocidental.


Lisboa: Gradiva, 2007.

MACHIN, J. R. A história da música ocidental. Rio de Janeiro: Nova


Fronteira, 1997.

MASSIN, Jean; MASSIN, Brigitte. História da música ocidental. Tradução de


Maria Teresa Resende Costa; Carlos Sussekind; Angela Ramalho Viana. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

MICHELS, Ulrich. Atlas de música 2. Lisboa: Gradiva, 2018.

MIRANDA, Clarice; JUSTUS, Liana. A música e sua relação com outras


artes. v. 1. Curitiba: Expoente, 2010.

TOSCANO, F. A música contemporânea (1900 – até a atualidade). Revista


Será. Disponível em: <https://revistasera.info/2016/12/a-musica-
contemporanea-1900-ate-a-atualidade-frederico-toscano/>. Acesso em: 6 out.
2019.

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