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Projeto de leis anotadas do Cejurnorteconcursos, o “NL” trouxe para o ano de 2022 uma abordagem
inovadora para o estudo da lei seca. O conteúdo produzido é ideal para você, que, muitas vezes, precisa
recorrer a diversas fontes de estudo, para esgotar um determinado assunto.
Confeccionamos um material ÚNICO, COMPLETO, DIDÁTICO e OBJETIVO, ideal tanto para o estudo diário
do aluno, quanto para o estudo de véspera.
Coautores:
Bruno Câmara - Promotor de Justiça do Estado do Pará (8 aprovações em concursos de MP e Delegado.
Lucas Epifanio - Sócio e coordenador de projetos online do @cejurnorteconcursos.
Revisores:
André Epifanio - Promotor de Justiça do Amazonas (desde 2017). Ex-procurador/PA. Aprovado
Defensor/PA. Professor de Processo Penal do @cejurnorteconcursos.
Márcia Pessoa - Aprovada na Magistratura Estadual.
Equipe de apoio/criação:
Raquel Melina, Ramon Mesquita, Bianca Pantoja e Jessica Bastos.
IG:
https://t.me/cejurcompartilha
https://www.plataformacejurnorte.com.br/norte-legal
WWW.PLATAFORMACEJURNORTE.COM.BR
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SUMÁRIO
......................................................................................................................................................................................................210
TÍTULO I.......................................................................................................................................................................................281
CAPÍTULO II - DA REABILITAÇÃO.......................................................................................................................................281
NORTE LEGAL
LEGISLAÇÃO: CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
ABRANGÊNCIA: ART. 1 AO 23
Não há contraditório.
Juiz com ampla iniciativa probatória (chamada gestão de provas), na investigação e no
processo.
Acusado é mero objeto do processo.
SISTEMA
Princípio da verdade real (superado): magistrado deve buscar verdade, podendo, para
INQUISITORIAL tanto, utilizar provas ilícitas (ex, tortura admitida).
Confissão do réu é a rainha das provas.
1a fase: Inquisitorial, com instrução escrita e secreta, sem acusação e, por isso, sem
contraditório.
SISTEMA MISTO OU
FRANCÊS 2a fase: Acusatório. Acusador apresenta acusação, réu se defende e Juiz julga,
vigorando, em regra, a publicidade e a oralidade.
Quando o CPP entrou em vigor, prevalecia que o sistema nele previsto era o misto.
Porém, com o advento da CF, que prevê de maneira expressa a separação das funções
de acusar e defender, adotou-se o Sistema Acusatório.
CADH CF
Art. 8o, §2o: Toda pessoa acusada Art. 5o (...), LVII – ninguém será
de um delito tem direito a que se considerado culpado até o
presuma sua inocência, enquanto trânsito em julgado de sentença
não for legalmente comprovada a penal condenatória.
sua culpa.
PRINCÍPIO DA
PRESUNÇÃO DE Aqui, aplica-se o princípio pro homine, segundo o qual havendo tratamento
INOCÊNCIA (DUDH) OU diferenciado na legislação internacional e na interna, deve prevalecer o que for mais
PRESUNÇÃO DE NÃO benéfico ao acusado. Nesse caso, será a CF.
CULPABILIDADE (CF)
No dia 07/11/2019, o STF, ao julgar as ADCs 43, 44 e 54), afirmou que o cumprimento da
pena somente pode ter início com o esgotamento de todos os recursos. Assim, é
proibida a execução provisória da pena.
Para este princípio, ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. Veda- se a
autoincriminação.
CADH CF
OBS2. ADVERTÊNCIA. Nos termos do art. 5o, LXIII da CF, o cidadão deve ser,
obrigatoriamente, informado do seu direito ao silêncio, sob pena de nulidade. Perceba
que a não observância de tal dever PODE acarretar a ilicitude das provas. Sobre o tema,
temos um julgado recente (11/05/2021) do STJ:
(...) 4. No que concerne à alegada nulidade do depoimento prestado perante a autoridade policial,
em virtude da ausência de informação a respeito do direito de permanecer em silêncio, consigno
que, no moderno processo penal, eventual alegação de nulidade deve vir acompanhada da efetiva
demonstração do prejuízo, o que não foi sequer indicado no presente recurso. Nesse contexto, a
simples alegação de que o recorrente não foi alertado do seu direito ao silêncio, em nada
repercute sobre a higidez processual. (...) STJ. 5ª Turma. RHC 77.238/PR.
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3) Crime do art. 305 do CTB (afastar-se do local do acidente)? Não viola o referido
princípio.
Art. 305, CTB. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à
responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída: Penas - detenção, de seis
meses a um ano, ou multa.
Com o advento da Nova Lei de Abuso de Autoridade, passou a ser crime de abuso de
autoridade o prosseguimento de interrogatório, policial ou judicial, de imputado que
decidiu exercer o seu direito ao direito.
Art. 15. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem prossegue com o interrogatório:
Respaldado constitucionalmente pelo art. 5o, LV da CF, impõe que às partes (acusação
e defesa) devem ser dadas a possibilidade de influir no convencimento do magistrado,
oportunizando-se a participação e manifestação sobre os atos que constituem a
evolução pessoal. O contraditório abrange o direito de produzir prova, o direito de
alegar, de se manifestar, de ser cientificado, dentre outros.
Exemplo:
Deve ser assegurada a ampla possibilidade de defesa, lançando-se mão dos meios e
recursos disponíveis a ela inerentes (art. 5o, LV da CF/88).
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
4) Tem caráter irrenunciável. (Mesmo Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista
que o acusado não queira, juiz tem pessoal e reservada do preso com seu advogado:
que nomear um defensor).
Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, e multa.
5) Direito de escolha do defensor:
direito do próprio acusado. O juiz não
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem
pode se sobrepor à sua vontade. Isto impede o preso, o réu solto ou o investigado de
é, quando o advogado constituído entrevistar-se pessoal e reservadamente com
abandona o processo, não pode o juiz seu advogado ou defensor, por prazo razoável,
enviar os autos à Defensoria sem que antes de audiência judicial, e de sentar-se ao seu
lado e com ele comunicar-se durante a
dê ciência ao acusado para que audiência, salvo no curso de interrogatório ou no
escolha outro advogado de sua caso de audiência realizada por
confiança. Apenas em caso de videoconferência.
inércia, após a intimação pessoal, é
que o juiz poderá remeter os autos à
Defensoria.
6) Próprio acusado pode exercer sua
defesa técnica? Sim, desde que seja
profissional da advocacia habilitado.
7) Defesa técnica de 2 ou mais
acusados e um único defensor é
possível, desde que não ocorra
colidência de teses pessoais.
8) No IPL, a defesa técnica é limitada.
A doutrina aduz que a defesa técnica
na fase pré- processual tem uma
atuação essencialmente exógena,
através do exercício do HC e do MS,
PRINCÍPIO DA AMPLA que, em última análise, corporificam
o exercício do direito de defesa fora
DEFESA
do IPL. Dentro do IPL basicamente só
existe a possibilidade de solicitar
diligências, nos limites do art. 14 do
CPP. Contudo, é errado dizer que não
existe direito de defesa no IPL.
Existir, existe, desde 1941, ainda que
não tenha a eficácia que a
Constituição exija.
Ampla defesa no PAD: A Súmula Vinculante no 5 não se aplica ao PAD promovido para
averiguar o cometimento de falta grave no curso da execução penal, tendo em vista
estar em jogo a liberdade de ir e vir. É necessária a presença de defesa técnica.
Súmula vinculante no 5: “A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo
disciplinar não ofende a constituição”
Assim, quando o Juízo das Execuções decretar a regressão de regime sem que o
condenado seja assistido por defensor durante PAD instaurado para apurar falta grave,
há de se reconhecer a nulidade do feito, haja vista a violação aos princípios do
contraditório e da ampla defesa.
Ampla defesa e execução penal: A ampla defesa deve ser assegurada no processo de
execução penal, conforme entendimento sumulado do STJ.
Súmula nº 533 do STJ: “Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da
execução penal, é imprescindível a instauração de procedimento administrativo pelo diretor do
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Súmula nº 639 do STJ: “ Não fere o contraditório e o devido processo decisão que, sem ouvida
prévia da defesa, determine transferência ou permanência de custodiado em estabelecimento
penitenciário federal.
Julgado Novo (Info 720, STJ) – 26/11/2021: Se a defesa técnica teve pleno acesso aos
autos da ação penal, anexos e mídias eletrônicas, a negativa de ingresso de notebook
na unidade prisional para que o custodiado visualize as peças eletrônicas não configura
violação do princípio da ampla defesa.
PRINCÍPIO DA AMPLA
DEFESA Entenda o julgado: A garantia constitucional à ampla defesa, prevista no art. 5º, LV, da
CF, envolve a defesa em sentido técnico (defesa técnica), realizada pelo advogado, e a
defesa em sentido material (autodefesa), por meio de qualquer atividade defensiva
desenvolvida pelo próprio acusado, em especial durante seu interrogatório. Contudo,
no caso, a restrição ao ingresso de notebook na unidade prisional justificava-se pelo
risco de ofensa à segregação prisional.
Ademais, tal restrição não representava obstáculo à ampla defesa, pois as peças
processuais relevantes ou de interesse poderiam ter sido impressas e levadas ao
preso. Frise-se que, embora o custodiado tenha formação jurídica, sua defesa técnica
está sendo patrocinada por advogados habilitados nos autos, os quais tiveram pleno
acesso aos autos da ação penal, anexos e mídias eletrônicas. Portanto, assegurado à
defesa técnica amplo acesso à integralidade dos elementos probatórios encartados
nos autos, já estando o custodiado ciente das imputações descritas na denúncia, não
há falar em nulidade processual.
É o direito que o acusado possui de conhecer antecipadamente o juiz que irá julgar
eventual crime praticado. Está ligado à imparcialidade.
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
Descontaminação do julgado: Encontra-se prevista no art. 157, §5o do CPP, incluído pelo
Pacote Anticrime. Vejamos:
Art. 157, § 5o O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá
proferir a sentença ou acórdão. (Incluído pela Lei no 13.964, de 2019) (Eficácia Suspensa)
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1) Crimes dolosos contra a vida praticados por militares, ainda que em serviço,
contra civis. Todos os processos que estivessem em 1ª instância deviam ser
remetidos ao Júri, salvo se já houver sentença de mérito, caso em que o
processo deve permanecer na justiça de origem;
A publicidade dos atos processuais é a regra, o sigilo pode ser admissível quando a
defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem, sem prejuízo do interesse público
à informação (artigos 5o, LX e 93, IX da CF/88) ou se dá publicidade do ato puder ocorrer
escândalo, inconveniente grave ou perturbação da ordem (artigo 792, §1o do CPP).
(Predominância do direito de liberdade do acusado quando em confronto com o direito de punir do estado)
▪ Liberdade Provisória.
Admite a É quando a
LEI PENAL NO ESPAÇO retroatividade, “norma está no
Lei nova não
retroage nem se benéfica ao diploma errado”.
DIREITO PENAL PROCESSO PENAL
mesmo para réu. Normas penais
Princípios: Princípio da beneficiar o réu. no CPP, ou
Territorialidade (Lex normas
▪ Territorialidade; Exemplo: art.
Fori). processuais no
366 do CPP que
▪ Extraterritorialidade, Exemplo: CP.
extinção do foi alterado pela
que pode ser Lei 9.271/96, não
▪ Motivo óbvio: processo por
incondicionada ou tendo aplicação Admite-se a
novo júri trazido
condicionada. atividade jurisdicional é retroativa. retroatividade
pela Lei
ato de soberania, não se benéfica ao
11.689/2008.
podendo ser exercida Art. 366 Se o acusado,
réu.
além das fronteiras. citado por edital, não
comparecer, nem
constituir advogado,
ficarão suspensos o
▪ Exceção: submissão processo e o curso do
prazo prescricional,
ao Tribunal Penal podendo o juiz
Internacional. determinar a
produção antecipada
das provas
consideradas
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á DESDE urgentes e, se for o
LOGO, sem prejuízo da validade dos atos realizados caso, decretar prisão
preventiva, nos
sob a vigência da lei anterior. termos do disposto no
art. 312. (Norma
processual híbrida,
LEI PROCESSUAL NO TEMPO não pode retroagir)
A norma puramente processual tem eficácia a partir Ex2: Aplicação do art. 397 do
da data de sua vigência, conservando-se os efeitos CPC: "É lícito às partes, em
dos atos já praticados. Entende-se por norma qualquer tempo, juntar aos
puramente processual aquela que regulamente autos documentos novos,
procedimento sem interferir na pretensão punitiva do quando destinados a fazer
Estado. A norma procedimental que modifica a prova de fatos ocorridos
pretensão punitiva do Estado deve ser considerada depois dos articulados ou
norma de direito material, que pode retroagir se for para contrapô-los aos que
mais benéfica ao acusado. foram produzidos nos autos"
Diferentemente do que vimos acima no processo Não está restrito apenas ao IPL. Qualquer início de
penal, no direito penal predomina que não se admite investigação, a exemplo de uma portaria e do
interpretação extensiva em prejuízo do réu. procedimento investigatório presidido pelo MP,
deve ser informada ao juiz das garantias, que irá
E, ainda, no direito penal, é possível o emprego da verificar sua legalidade.
analogia desde que seja in bonnan partem (em favor
do réu). O princípio da legalidade proíbe a analogia in V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória
mallan partem (contra o réu). ou outra medida cautelar, observado o disposto no §
1º deste artigo;
Já no que tange à interpretação analógica, tanto o
direito processual penal, quanto o direito penal, VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida
admitem. cautelar, bem como substituí-las ou revogá-las,
assegurado, no PRIMEIRO CASO, o exercício do
Art. 3º-A. O processo penal terá ESTRUTURA contraditório em audiência pública e oral, na forma do
ACUSATÓRIA, vedadas a iniciativa do juiz na fase de disposto neste Código ou em legislação especial
investigação e a substituição da atuação probatória do pertinente;
órgão de acusação. (2019)
Depreende-se da leitura desse dispositivo que a
# AGORAESTÁPREVISTO obrigatoriedade de contraditório, com audiência
pública e oral, está presente apenas no caso de
Perceba que, com o advento da Lei Anticrime, prorrogação da prisão provisória ou outra medida
adotou-se expressamente o sistema acusatório. cautelar. Assim, no caso de substituição ou
revogação, não há necessidade de audiência.
Remete-se o leitor para a tabela situada nas “notas
introdutórias” que trata sobre as “modalidades de VII - decidir sobre o requerimento de produção
sistemas processuais”. antecipada de provas consideradas urgentes e não
repetíveis, assegurados o contraditório e a ampla
Art. 3º-B. O JUIZ DAS GARANTIAS é responsável pelo defesa em audiência pública e oral;
CONTROLE DA LEGALIDADE DA INVESTIGAÇÃO
CRIMINAL e pela SALVAGUARDA DOS DIREITOS ATENÇÃO: Embora esteja com sua eficácia
INDIVIDUAIS cuja franquia tenha sido reservada à suspensa, o inciso VII deve ser interpretado
autorização prévia do Poder Judiciário, COMPETINDO- restritivamente, aplicando-se apenas à prova
LHE ESPECIALMENTE (ROL EXEMPLIFICATIVO): antecipada, uma vez que as provas irrepetíveis não
(Dispositivo acrescentado com a Lei 13.964/2019) dependem de autorização judicial.
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito,
termos do inciso LXII do caput do Art. 5º da CF; estando o investigado preso, em vista das razões
apresentadas pela autoridade policial e observado o
II - receber o auto da prisão em flagrante para o disposto no § 2º deste artigo;
controle da legalidade da prisão, observado o disposto
no Art. 310 deste Código; IX - determinar o trancamento do inquérito policial
quando não houver fundamento razoável para sua
III - zelar pela observância dos direitos do preso, instauração ou prosseguimento;
podendo determinar que este seja conduzido à sua
presença, a QUALQUER TEMPO; X - requisitar documentos, laudos e informações ao
delegado de polícia sobre o andamento da
IV - ser informado sobre a instauração de QUALQUER investigação;
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL;
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XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico OBS3: no dia 28/06/2021, o Min. Nunes Marques
para acompanhar a produção da perícia; concedeu parcialmente liminar na ADI 6841
(liminar essa que foi referendada por maioria do
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não STF, no dia 1-7-2021), suspendendo os efeitos da
persecução penal ou os de colaboração premiada, expressão "vedado o emprego de
quando formalizados durante a investigação; videoconferência", prevista no art. 3-B, § 1º, do CPP,
inserido pelo Pacote Anticrime, de modo a permitir
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições a realização das audiências de custódia por
definidas no caput deste artigo. videoconferência, enquanto perdurar a pandemia
de Covid-19, conforme art. 19, da Resolução n.
1º O preso em flagrante ou por força de mandado de 329/2020, CNJ, na redação que lhe foi dada pela
prisão provisória será encaminhado à presença do juiz Resolução n. 357/2020, CNJ, na forma do art. 10, §
de garantias no prazo de 24 HORAS, momento em que 3°, Lei n. 9.868/99, bem como no art. 21, V, do RISTF.
se realizará audiência com a presença do Ministério
Público e da Defensoria Pública ou de advogado
constituído, vedado o emprego de videoconferência.
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Imparcialidade do
ABRANGÊNCIA DA Todas as infrações penais,
magistrado, princípio
COMPETÊNCIA DO EXCETO as IMPO.
supremo do processo,
JG
FUNDAMENTO segundo o qual o juiz não
Com o RECEBIMENTO DA pode ter interesse (direito ou
CESSAÇÃO DA DENÚNCIA/QUEIXA. indireto) no resultado do
COMPETÊNCIA DO Após, até mesmo eventuais processo.
JG questões pendentes serão
decididas pelo juiz da AFINAL, COM O
instrução e julgamento. ADVENTO DO
PACOTE ANTICRIME,
O QUE O JUIZ NADA! Só pode agir
§ 1º RECEBIDA a DENÚNCIA ou QUEIXA, as QUESTÕES PODERÁ FAZER DE mediante provocação.
PENDENTES serão decididas pelo JUIZ DA INSTRUÇÃO OFÍCIO NA FASE
E JULGAMENTO. INVESTIGATÓRIA?
Espaço p/ anotações:
Perceba que esse reexame das medidas cautelares presos, impedindo o acordo ou ajuste de qualquer
em curso determinadas pelo JG ocorrerá pelo JIJ, autoridade com órgãos da imprensa para explorar a
de ofício, independentemente de qualquer imagem da pessoa submetida à prisão, sob pena de
provocação da acusação ou defesa. responsabilidade civil, administrativa e penal.
Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, Com a norma, o MP deveria comunicar a vítima, o
PRATICAR QUALQUER ATO incluído nas competências investigado e a polícia no caso de arquivamento do
dos arts. 4º e 5º deste Código FICARÁ IMPEDIDO DE inquérito, além de encaminhar os "autos para a
FUNCIONAR NO PROCESSO. instância de revisão ministerial para fins de
homologação, na forma da lei". Para Fux, a medida
Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar
desconsiderou os impactos financeiros no âmbito do
apenas um juiz, os tribunais criarão um sistema de
MP em todo o país.
rodízio de magistrados, a fim de atender às
disposições deste Capítulo. No último ponto, o ministro entendeu que também
deve ser suspensa a regra que definiu que o juiz do
Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado
caso não pode proferir a sentença se declarar uma
conforme as normas de organização judiciária da
das provas inadmissíveis. Segundo o ministro, a
União, dos Estados e do Distrito Federal, observando
norma é "extremamente vaga" e pode "gerar inúmeras
critérios objetivos a serem periodicamente divulgados
dúvidas" sobre sua aplicação.
pelo respectivo tribunal.
POLÍCIA JUDICIÁRIA
PROCEDIMENTO Fornecer elementos de informação para o titular da ação penal ingressar em juízo.
PREPARATÓRIO É o objetivo final do IPL, consagrando a justa causa, nos termos do art. 395, III do
CPP.
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PROCEDIMENTO Instaurado o IPL, Delegado não pode arquivar. Só o Juiz pode, a pedido do MP
INDISPONÍVEL (Arquivamento pelo MP está temporariamente suspenso).
O Estatuto da OAB (art. 7, XXI) prevê nulidade absoluta para os casos em que o
interrogatório ou depoimento é feito sem a presença do advogado. Para Renato
Brasileiro, não se trata de nulidade (sanção aplicada a atos processuais
defeituosos), mas sim de ilegalidade.
PROCEDIMENTO
INQUISITÓRIO O STF entende que essa previsão não impõe ao Delegado um dever de
intimar previamente o advogado constituído para os atos de investigação.
Embora constitua prerrogativa do advogado apresentar razões e quesitos
no curso de investigação criminal, daí não se pode extrair direito subjetivo
de que se intime a defesa previamente e com a necessária antecedência
quanto ao calendário de inquirições a ser definido pelo Delegado. Ademais,
ainda que o direito não tenha sido observado, para o reconhecimento da
suposta “nulidade” é necessário comprovar o prejuízo.
PROCEDIMENTO PRESO: 10 dias para conclusão, podendo ser prorrogado por mais 15 dias, nos
TEMPORÁRIO termos do art. 3o-B, §2o do CPP (eficácia suspensa).
TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O ACESSO DO ADVOGADO AOS AUTOS DO IPL.
COTEJANDO A SÚMULA VINCULANTE Nº 14 COM O ART. 7º, XIV DO ESTATUTO DA OAB, À LUZ DO
ENTENDIMENTO DO STF
Súmula Vinculante no 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos
de prova (informação) que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com
competência de polícia judiciária (atribuições investigatórias – Autoridade Policial, MP), digam respeito ao
exercício do direito de defesa.
Art. 7o, XIV do Estatuto da OAB - Art. 7º São direitos do advogado: [...] examinar, em qualquer instituição
responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de
qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar
apontamentos, em meio físico ou digital;
▪ Advogado pode examinar autos em qualquer instituição responsável por conduzir investigações (Autoridade
Policial ou MP).
▪ Advogado NÃO precisa de PROCURAÇÃO para ter acesso ao IPL, salvo os casos de segredo de justiça (a
exemplo dos crimes sexuais).
▪ Mesmo que investigação criminal tramite em segredo de justiça, investigado pode ter acesso amplo aos autos,
inclusive a eventual relatório de inteligência financeira do COAF, sendo permitido, contudo, que se negue o
acesso a peças que digam respeito a dados de terceiros protegidos pelo segredo de justiça. Essa restrição
parcial NÃO VIOLA a SV 14, pois é excessivo o acesso de um dos investigados a informações, de caráter privado
de diversas pessoas, que não dizem respeito ao direito de defesa dele. (Info 964, STF).
▪ O MP pode escolher quais elementos obtidos na busca e apreensão serão utilizados pela acusação; no entanto,
o material restante deve permanecer à livre consulta do acusado, para o exercício de suas faculdades
defensivas. Realizada a busca e apreensão, apesar de o relatório sobre o resultado da diligência ficar adstrito
aos elementos relacionados com os fatos sob apuração, deve ser assegurado à defesa acesso à integra dos
dados obtidos no cumprimento do mandado judicial. É a aplicação do Princípio da comunhão da prova. Essa é a
ratio essendi da SV 14. O MP juntou aos autos apenas aquilo que entendeu necessário para a imputação
ministerial. Logo, é evidente que o acusado tem o direito de saber se, no restante do material apreendido, existe
mais algum elemento que interesse à sua defesa. O órgão responsável pela acusação não pode ter a prerrogativa
de escolher o material que irá ser disponibilizado ao réu, como se a ele pertencesse a prova. Na verdade, as
fontes e o resultado da prova são de interesse comum de ambas as partes e do juiz. (Info 692, STJ. 2021)
▪ Terceiros que tenham sido mencionados pelos colaboradores podem obter acesso integral aos termos dos
colaboradores para viabilizar, de forma plena e adequada, sua defesa, invocando a SV 14? SIM, desde que estejam
presentes os requisitos positivo e negativo.
a) REQUISITO POSITIVO: o acesso deve abranger somente documentos em que o requerente é de fato mencionado
como tendo praticado crime (o ato de colaboração deve apontar a responsabilidade criminal do requerente); e
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b) REQUISITO NEGATIVO: o ato de colaboração não se deve referir a diligência em andamento (devem ser
excluídos os atos investigativos e diligências que ainda se encontram em andamento e não foram
consubstanciados e relatados no inquérito ou na ação penal em tramitação). (Info 978, STF).
▪ Na delação premiada, o delatado possui o direito de ter acesso às declarações prestadas pelos colaboradores
que o incriminem, desde que já documentadas e que não se refiram à diligência em andamento que possa ser
prejudicada. (Info 965, STF)
▪ Não há violação da SV 14 (direito do defensor de ter amplo acesso aos elementos de prova já documentados)
se os elementos de prova estão disponíveis nos autos para partes (áudios interceptados foram juntados ao IPL
e sempre estiveram disponíveis para as partes, inclusive na forma digitalizada).
Exceção: Na Lei de Organizações Criminosas, o juiz pode decretar o sigilo da investigação, só permitindo o acesso
com sua prévia autorização.
▪ MANDADO DE SEGURANÇA
▪ Configuração do crime de ABUSO DE AUTORIDADE pela Autoridade policial. (Art. 32 da Lei 13.869/2019)
▪ Alguns doutrinadores sustentam que o §4o, do art. 2o, da Lei 12.830/2013 (Lei da investigação criminal conduzida
pelo delegado de polícia) consagra o princípio do delegado natural:
§ 4º O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado (chamar
para si) ou redistribuído (manda para outro delegado) por superior hierárquico, mediante despacho
fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos
em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação.
▪ O delegado de polícia não é dotado de inamovibilidade (garantia do Juiz, Promotor, Defensor), podendo,
portanto, ser removido com a devida fundamentação. (§5o do art. 2o, da Lei 12.830/2013)
CRIME MILITAR NÃO. É o que ocorre dentro do quartel da PM, por exemplo. Quem vai investigá-lo é a própria
ESTADUAL polícia militar/corpo de bombeiros, o comandante vai designar um encarregado.
CRIME A atribuição é, em tese, da polícia federal. Todavia, o TSE entende que as investigações
ELEITORAL poderão ser feitas pela polícia civil, quando não houver delegacia da PF na cidade.
O princípio da RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO SE APLICA ao IPL. Mesmo sendo impróprio (réu solto), o
prazo não pode ser prorrogado ad eternum.
OBS: A Nova Lei de Abuso de Autoridade criminalizou a conduta de estender injustificadamente a investigação
(art. 31).
Vícios do IPL são ENDOPROCEDIMENTAL (Endo de DENTRO do PROCEDIMENTO. Não contaminam a ação penal).
Não se pode opor suspeição à Delta, mas ele DEVE se declarar suspeito (de ofício), se ocorrer motivo legal.
Elementos de informação, isoladamente considerados, não podem fundamentar uma sentença. Mas, não devem
ser desprezados durante fase judicial, podendo se somar à prova produzida em juízo para auxiliar na formação
da convicção do Juiz.
Trancamento do IPL: Medida de natureza excepcional, que será determinada pelo juiz das garantias (art. 3o-B,
IX do CPP - ainda com eficácia suspensa) somente sendo possível quando:
4) Ausência de manifestação da vontade da vítima nos crimes de ação privada ou pública condicionada.
2) MS: nos casos de pessoa jurídica, em que não há risco à liberdade de locomoção.
VÍCIOS NULIDADES
Relacionada à segurança, visando impedir a prática de Visa auxiliar a Justiça. Por isso, o STF chama de
atos lesivos à sociedade. “polícia judiciária”, seja em auxílio ao Poder Judiciário
fazendo cumprir suas ordens ou investigando e
apurando infrações penais.
É realizada pela Polícia Militar. É exercida pela Polícia Civil e pela Polícia Federal.
TCO IPL
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O juiz deve intervir apenas quando necessário, e desde A prova deve ser produzida na presença do juiz, física
que seja provocado neste sentido. O juiz não é dotado ou remota (vídeoconferência).
de iniciativa acusatória, deve ficar distante, cabendo ao
Durante o curso do processo, o juiz não é mais dotado
MP e à polícia a investigação.
de iniciativa probatória, nos termos do art. 3o-A do CPP
(eficácia suspensa ainda).
Finalidade: úteis na decretação das medidas Finalidade: auxiliar na formação da convicção do juiz.
cautelares e auxiliar na formação da opinio delicti.
Espaço p/ anotações:
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PREVISÃO LEGAL ART. 2O, §6º DA LEI Nº 12.830/2013: O indiciamento, privativo do delegado de polícia,
dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá
indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.
MOMENTO Desde a lavratura do auto da prisão em flagrante (APF) até o relatório final do IPL.
ATO VINCULADO Presentes os elementos informativos apontando na direção do investigado, não resta
ao Delegado outra opção senão seu indiciamento.
EXCLUSIVIDADE NA Ato exclusivo da fase investigatória. Iniciada a ação penal, não mais é possível
INVESTIGAÇÃO indiciar.
PRIVATIVIDADE Obs: não é possível que o juiz, o MP ou uma CPI requisitem ao delegado de polícia o
indiciamento de alguém. O que se pode requisitar é a instauração de um IPL.
Obs. Pelo princípio da simetria, entende-se que o Delegado também pode desincidiar
(se retratar).
Espaço p/ anotações:
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# Jurisprudência Correlata
NOTITIA CRIMINIS
IV - ouvir o ofendido;
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V - ouvir o indiciado, com observância, no que for REPRODUÇÃO SIMULADA DOS FATOS
aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste (RECONSTITUIÇÃO DO CRIME)
Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por 2
TESTEMUNHAS que Ihe tenham ouvido a leitura; Prova TÍPICA (prevista no CPP), mas INOMINADA (não
tem seu procedimento delineado no CPP).
VI - proceder a RECONHECIMENTO DE PESSOAS E
COISAS e a ACAREAÇÕES; Acusado NÃO é obrigado a participar dela, pois não
se pode exigir comportamento ativo. O investigado
VII - determinar, se for caso, que se proceda a EXAME sequer pode ser obrigado a ir ao local da reprodução.
DE CORPO DE DELITO e a QUAISQUER OUTRAS (STF).
PERÍCIAS;
Cuidado: Há quem entenda que ele está obrigado a
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo pelo menos a ir ao local.
datiloscópico, SE POSSÍVEL, e fazer juntar aos autos
Delegado NÃO precisa de autorização judicial.
sua folha de antecedentes;
Requisito: não contrariar a moralidade ou ordem
Promotores de Justiça e magistrados não podem ser pública.
identificados criminalmente. As respectivas leis
orgânicas (LOMP e a LOMAN) proíbem o indiciamento
deles. #MNEMÔNICO:
“ACUSADO/INVESTIGADO/SUSPEITO NÃO É
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto OBRIGADO A COMPARECER NO ‘BARE’” (Não
de vista individual, familiar e social, sua condição cabe condução coercitiva)
econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e
depois do crime e durante ele, e quaisquer outros B Bafômetro
elementos que contribuírem para a apreciação do seu
A Acareação
temperamento e caráter.
R Reprodução simulada dos fatos
X - colher INFORMAÇÕES SOBRE a EXISTÊNCIA DE
FILHOS, respectivas IDADES e se possuem alguma E Exame datiloscópioco.
DEFICIÊNCIA e o NOME e o CONTATO de eventual
RESPONSÁVEL pelos cuidados dos filhos, indicado pela
pessoa presa.
Art. 8o Havendo prisão em flagrante, será observado o
disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro.
Quando for o caso, o Delegado deverá (e não poderá)
proceder ao reconhecimento de pessoas e coisas, Art. 9o TODAS as peças do IPL serão, num só
fazer acareações, determinar a realização de exame processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e,
de corpo de delito e outras perícias. Não se trata de neste caso, rubricadas pela autoridade.
mera possibilidade, mas de dever legal. Não precisa
de autorização judicial para nenhumas dessas
Art. 10. O IPL deverá terminar no prazo de 10 DIAS, se
diligências.
o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver
preso preventivamente, contado o prazo, nesta
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de
infração sido praticada de determinado modo, a prisão, ou no prazo de 30 DIAS, quando estiver solto,
autoridade policial PODERÁ proceder à REPRODUÇÃO mediante fiança ou sem ela.
SIMULADA DOS FATOS, desde que esta NÃO contrarie a
MORALIDADE ou a ORDEM PÚBLICA.
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*Eficácia suspensa.
▪ PRAZO É PROCESSUAL
PENAL: dia do início não é
§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver
computado.
RÉU SOLTO sido apurado e enviará autos ao JUIZ COMPETENTE.
§ 2o No relatório poderá (e não deverá) a autoridade
Início do Prazo: indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas,
▪ Expedição da portaria (na mencionando o lugar onde possam ser encontradas.
instauração de ofício).
# Comentários
▪ Recebimento dos docs pelo
Delegado (na instauração por ▪ Relatório não é uma peça obrigatória para
requisição). oferecimento de denúncia. É uma peça
essencialmente descritiva. Não é necessário que o
CUIDADO: Prazo da prisão (temporária, por exemplo) Delegado faça juízo de valor (quem faz é o MP). O IPL
não se confunde com prazo para conclusão do IP.
é uma peça descritiva.
Exceção: Na Lei de Drogas (Art. 52, I), o Delegado é
Espaço p/ anotações: obrigado a explicar as razões que o levaram a
classificação do delito, quantidade e indícios que
classifiquem o indiciado como usuário ou traficante.
▪ A autoridade policial sempre deverá indicar o tipo
penal em que acha incurso o investigado. Isso se
denomina juízo de subsunção precária. O juízo de
subsunção próprio cabe ao MP, por ocasião da
denúncia.
▪ Os autos do IPL devem ser encaminhados ao juízo
competente, e não diretamente ao MP.
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Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão
que interessarem à prova, acompanharão os autos do dos crimes relacionados ao TRÁFICO DE PESSOAS, o
IPL. membro do MINISTÉRIO PÚBLICO ou o DELEGADO DE
POLÍCIA poderão REQUISITAR, mediante AUTORIZAÇÃO
Art. 12. O Inquérito policial acompanhará a denúncia ou
JUDICIAL, às empresas prestadoras de serviço de
queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. (E
telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem
não em todos os casos)
imediatamente os meios técnicos adequados – como
sinais, informações e outros – que permitam a
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:
LOCALIZAÇÃO DA VÍTIMA OU DOS SUSPEITOS do delito
I - fornecer às autoridades judiciárias as informações em curso.
necessárias à instrução e julgamento dos processos; § 1o Para os efeitos deste artigo, SINAL significa
II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo POSICIONAMENTO DA ESTAÇÃO DE COBERTURA,
MP; SETORIZAÇÃO E INTENSIDADE DE RADIOFREQUÊNCIA.
III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas § 2o Na hipótese de que trata o caput, o SINAL:
autoridades judiciárias;
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação
IV - representar acerca da prisão preventiva. de qualquer natureza, que dependerá de autorização
judicial, conforme disposto em lei;
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149- II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia
A, no § 3º do Art. 158 e 159 do Código Penal e no Art. 239 móvel celular por período não superior a 30 DIAS,
do ECA, o membro do MINISTÉRIO PÚBLICO ou o renovável por uma única vez, por igual período;
DELEGADO DE POLÍCIA poderá requisitar, de III - para períodos superiores àquele de que trata o
QUAISQUER ÓRGÃOS do PODER PÚBLICO ou de inciso II, será necessária a apresentação de ordem
EMPRESAS DA INICIATIVA PRIVADA, DADOS E judicial.
INFORMAÇÕES CADASTRAIS da VÍTIMA ou de
SUSPEITOS. § 3o Na hipótese prevista neste artigo, o INQUÉRITO
POLICIAL DEVERÁ SER INSTAURADO no prazo máximo
de 72 HORAS, contado do registro da respectiva
Esse dispositivo trata dos crimes de “PRIVAÇÃO DE
LIBERDADE”. SÃO ELES: ocorrência policial.
§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12
▪ Sequestro e cárcere privado
HORAS, a autoridade competente requisitará às
▪ Condição análoga à de escravo empresas prestadoras de serviço de telecomunicações
e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os
▪ Extorsão mediante Sequestro
meios técnicos adequados – como sinais, informações
▪ Sequestro relâmpago e outros – que permitam a localização da vítima ou dos
suspeitos do delito em curso, com imediata
▪ Tráfico de Pessoas comunicação ao juiz.
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Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o Juiz não pode indeferir o pedido de diligências,
indiciado poderão requerer qualquer diligência, que porque não cabe ao juiz à análise desses elementos
será realizada, ou não, a juízo da autoridade. neste momento, aqui ele estaria realizando um ato
tumultuário, pois interferindo no desenvolvimento da
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às convicção do MP, titular da ação penal. Caso o juiz
instituições dispostas no Art. 144 da Constituição indefira o pedido de devolução dos autos à
Federal figurarem como investigados em inquéritos autoridade policial, caberá Correição Parcial.
policiais, inquéritos policiais militares e demais
procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar
investigação de fatos relacionados ao uso da força letal arquivar autos de inquérito.
praticados no exercício profissional, de forma
consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do
no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base
1940 (Código Penal), o indiciado poderá constituir para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder
defensor. (2019) a novas pesquisas, SE de outras provas tiver notícia.
(Súmula 524, STF) Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os
autos do inquérito (ação penal privada) serão remetidos
ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do
Ausência de pressuposto SIM
ofendido ou de seu representante legal, ou serão
processual ou de
entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.
condição da ação penal
Crime é de AÇÃO PENAL Crime é de AÇÃO PENAL
Falta de justa causa para PÚBLICA PRIVADA
a ação penal (não há Autos são remetidos ao Autos ficam em cartório
indícios de autoria ou SIM
MP aguardando a iniciativa da
prova da materialidade) vítima.
Existência manifesta de STJ: NÃO (REsp Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe
causa excludente de 791471/RJ) forem solicitados, a autoridade policial NÃO poderá
ilicitude mencionar QUAISQUER ANOTAÇÕES referentes a
STF: SIM (HC 125101/SP) instauração de inquérito policial contra os requerentes.
ATIVA PASSIVA
▪ Ação Penal Privada: Ofendido (Pessoa Física ou ▪ Pessoa Jurídica: apenas nos crimes ambientais.
Pessoa Jurídica) ou seu Representante Legal.
Obs. Não há mais a exigência de dupla imputação
obrigatória.
INTERESSE DE AGIR
JUSTA CAUSA
Lastro probatório mínimo para Prevalece que é a 4a condição da ação. Rejeição da denúncia
o ingresso da ação penal.
Art. 395: Denúncia| queixa será́ rejeitada:
(fumus comissi delicti)
I - manifestamente inepta;
Presente na ação penal nos crimes de LAVAGEM DE CAPITAIS. Decorre da premissa de que não basta demonstrar
a presença de lastro probatório quanto à ocultação de bens, direitos ou valores, sendo indispensável que a
denúncia também seja instruída com suporte probatório demonstrado que tais valores são provenientes, direta
ou indiretamente, de infrações penais, Em outras palavras, como já dissemos, a justa causa é considerada uma
das condições da ação penal, consistindo no suporte probatório mínimo para deflagrar o processo penal
consistindo em prova de autoria e materialidade do fato. Em alguns casos, como é o caso da lavagem de dinheiro,
a acusação deve apresentar indícios suficientes de que ocorreu crime antecedente. A isso se dá o nome de justa
causa duplicada.
Quanto à Pessoa do acusado Ex: autorização da Câmara dos Deputados para o processo e
julgamento do Presidente da República.
Condição tem que ser implementada para que o Processo está EM ANDAMENTO, mas a lei impõe o
processo tenha INÍCIO. implemento de uma condição para ele prosseguir.
Ex: Representação num crime de estupro de 2016 Ex: A Lei nº 9.099/95 passou a exigir a representação nos
(antes da lei que definiu que todos os crimes crimes de lesão corporal leve e culposa. Para os processos
sexuais são de ação penal pública incondicionada). que estavam em tramite perante o Juizado, a representação
Sem ela, o MP não poderia denunciar o réu. funcionou como condição de prosseguibilidade. No entanto,
nos processos que fossem começar a representação seria
uma condição de procedibilidade.
Temos ainda a CONDIÇÃO DE PUNIBILIDADE: Acontecimento futuro e incerto, localizado entre o preceito primário
e secundário da norma penal incriminadora, condicionando a existência da pretensão punitiva do Estado.
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Ex1: Sentença que decreta a falência, concede a recuperação judicial ou extrajudicial é condição objetiva de
punibilidade dos crimes falimentares.
Ex2: Decisão final do procedimento administrativo nos crimes materiais contra a ordem tributária.
EXCEÇÕES:
INJÚRIA REAL MEDIANTE VIOLÊNCIA ▪ Injúria real mediante LESÃO CORPORAL LEVE: AP PÚBLICA
OU VIAS DE FATO CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO.
▪ 2 possibilidades:
Espaço p/ anotações:
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A partir da vigência da Lei 13.718/2018, todos os crimes contra a liberdade sexual passaram a ser de AÇÃO
PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA. São eles:
▪ Estupro;
▪ Importunação sexual;
▪ Assédio sexual;
▪ Estupro de vulnerável;
▪ Corrupção de menores;
O Art. 225 do CP prevê a AP PÚBLICA INCONDICIONADA para os crimes previstos nos capítulos I e II (os
listados acima). Como ficam os crimes previstos nos demais capítulos? Renato Brasileiro afirma que, apesar
do silêncio do legislador, também são de AP PÚBLICA INCONDICIONADA. A regra para todo e qualquer crime
é AP PÚBLICA INCONDICIONADA, sendo de AP PRIVADA ou de AP PÚBLICA CONDICIONADA À
REPRESENTAÇÃO apenas quando a lei assim prever, no silêncio da lei segue a regra geral.
▪ Só existe conflito de atribuições se divergência ficar restrita aos membros do MP. Se juízes encamparem as
teses dos membros do MP, haverá um conflito de competência.
▪ Caso haja um conflito de atribuições entre membros do MP, quem irá decidir qual dos dois órgãos irá atuar?
Depende. Podemos identificar situações diferentes:
ESPÉCIES DE DENÚNCIA
Denuncia não individualiza a conduta do agente. Imputa fato a agente sem descrever a
DENÚNCIA conduta ou o descreve diversos fatos aos agentes indistintamente, sem dizer como cada
GENÉRICA (NÃO um contribuiu.
ACEITA)
Importância: nos crimes societários (de gabinete). É aquela que inclui diretor, gerente,
preposto da Pessoa Jurídica na ação apenas por ele ostentar essa qualidade, mas não
descreve qual conduta criminosa dessa pessoa. É INEPTA.
Atribui crime a mais de 1 pessoa, mas apenas uma Atribui alternativamente os vários crimes a uma
cometeu. (Juiz, ou foi Zé ou foi Chico) mesma pessoa. (Juiz, ou foi furto ou roubo)
Dúvida sobre a Dúvida sobre a autoria e se houve Incide sobre a ação Incide sobre
autoria. crime. principal. circunstância ou
qualificadora.
Ex: furto e receptação
Na denúncia, os fatos são imputados ao agente de forma Ocorre na mutatio libelli, quando o MP adita a
alternativa. Não se admite! denúncia. Ex: Na audiência de instrução e
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ADITAMENTO DA DENÚNCIA
▪ Inclui novo fato investigado (REAL) ou novos indiciados ▪ Corrige falha na denúncia, esclarecimentos que
(PESSOAL) na denúncia. não inovam o fato imputado, ou mesmo em
retificação simples ou ratificação da denúncia.
▪ ADITAMENTO PRÓPRIO REAL: diz respeito a fatos
delituosos, incluídos, qualificadoras ou causas de ▪ Não interrompe a prescrição.
aumento.
Ex: equivoco na qualificação do acusado, local exato
▪ ADITAMENTO PRÓPRIO REAL MATERIAL: acrescenta fato do delito. Fundamenta-se no 569 do CPP que
à denúncia, qualificando ou agravando o já imputado, com permite a correção de omissões da denúncia a todo
a adição de circunstância não contida na inicial, ou mesmo tempo, antes de sentença final.
fato novo que importa imputação de outro ou de mais de
um crime.
I - RECEBIMENTO da DENÚNCIA
II - Decisão de PRONÚNCIA
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# Tudo que você precisa saber sobre a ▪ MP pode dispensar o IPL, se com a representação
REPRESENTAÇÃO na AÇÃO PENAL PÚBLICA forem oferecidos elementos que o habilitem a
CONDICIONADA à REPRESENTAÇÃO promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a
denúncia no prazo de 15 dias.
É CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE e sem ela não há
que se falar em APF, IPL ou PROCESSO. ▪ MORTE do ofendido ou declarado AUSENTE? Direito
Excepcionalmente, será condição de de REPRESENTAÇÃO passa ao CADI.
prosseguibilidade (Ex: Art. 91 da Lei 9.099/95)
▪ IPL iniciado sem ela? Cabe MS para trancamento. Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada
com o auto de prisão em flagrante ou por meio de
▪ RETRATAÇÃO da REPRESENTAÇÃO: possível ATÉ O portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial.
OFERECIMENTO da DENÚNCIA.
▪ EFICÁCIA OBJETIVA da REPRESENTAÇÃO: quando Esse dispositivo (Processo Judicialiforme) NÃO foi
feita, é válida contra TODOS coautores e partícipes. RECEPCIONADO pela CF/88. O MP é o titular da ação
Se a vítima representou quanto a um fato delituoso, o penal!
MP pode denunciar todo mundo. No entanto, feita Art. 129 da CF/88. São funções institucionais do
quanto a um crime, não autoriza o MP a agir quanto a Ministério Público: I - promover, privativamente, a
outros crimes que não foram objeto de ação penal pública, na forma da lei; [...]
representação.
▪ Direito de Representação pode ser exercido, Art. 27. QUALQUER PESSOA DO POVO PODERÁ
pessoalmente ou por procurador com poderes provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos em
especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita que caiba a AÇÃO PÚBLICA, fornecendo-lhe, POR
ao Juiz, ao órgão do MP, ou ao Delegado. ESCRITO, informações sobre o fato e a autoria e
indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.
▪ Representação feita oralmente ou por escrito, sem
assinatura devidamente autenticada do Ofendido ou
Art. 28. Ordenado o ARQUIVAMENTO do inquérito
RL ou procurador, será reduzida a termo, perante
policial ou de quaisquer elementos informativos da
Juiz ou Delegado, presente o MP, quando a este
mesma natureza, o órgão do Ministério Público
houver sido dirigida.
comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade
▪ Representação, quando feita ao Juiz ou perante este policial e encaminhará os autos para a INSTÂNCIA DE
reduzida a termo, será remetida à Delegado para que REVISÃO MINISTERIAL para fins de HOMOLOGAÇÃO, na
esta proceda a IPL. forma da lei.
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▪ Artigo 310, §4°, do CPP: trata da liberação da prisão (submetido a Tribunais, uma vez que os agentes
pela não realização da audiência de custodia no detêm foro por prerrogativa de função), quando a
prazo de 24 horas. decisão de arquivamento gerar coisa julgada
material, o Tribunal pode analisar o mérito do
OBS: A suspensão foi baseada no exíguo prazo (30 arquivamento, inclusive, rejeitando-o.
dias) para a implementação da nova sistemática do
arquivamento do IPL. STF entende que o pedido de arquivamento, em
regra, deve ser acolhido sem que se questione ou se
entre no mérito da avaliação deduzida pelo titular da
# Jurisprudência correlata ação penal. Contudo, há 2 hipóteses em que o
tribunal poderá analisar o mérito das alegações
O STF pode, de ofício, arquivar inquérito se verificar trazidas pelo PGR ou PGJ, nos casos de sua
que, mesmo após terem sido feitas diligências de competência originária, pois fazem coisa julgada
investigação e terem sido descumpridos os prazos material, quais sejam:
para a instrução do inquérito, não se tem indícios
mínimos de autoria ou materialidade. • ATIPICIDADE DA CONDUTA
A pendência de investigação, por prazo irrazoável,
ofende o direito à razoável duração do processo • EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
e a dignidade da pessoa humana (Info 912, STF).
Nos demais casos, com o pedido de arquivamento do
Atenção: Esse informativo é anterior ao PACOTE
Procurador-Geral, este deve ser feito, não sendo,
ANTICRIME.
logicamente, possível a aplicação do Art. 28 do CPP.
Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o § 1º Para AFERIÇÃO DA PENA MÍNIMA cominada ao
investigado CONFESSADO FORMAL e delito a que se refere o caput deste artigo, serão
CIRCUNSTANCIALMENTE a prática de infração penal consideradas as CAUSAS DE AUMENTO e DIMINUIÇÃO
SEM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA e com PENA aplicáveis ao caso concreto.
MÍNIMA INFERIOR a 4 ANOS, O MINISTÉRIO PÚBLICO
PODERÁ propor ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO § 2º O disposto no caput deste artigo NÃO SE APLICA
PENAL, desde que necessário e suficiente para nas SEGUINTES HIPÓTESES:
reprovação e prevenção
do crime, mediante as seguintes CONDIÇÕES I - se for cabível TRANSAÇÃO PENAL de competência
AJUSTADAS CUMULATIVA E ALTERNATIVAMENTE: dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei;
(2019)
II - se o investigado for REINCIDENTE ou se houver
I - REPARAR O DANO OU RESTITUIR A COISA À VÍTIMA, elementos probatórios que indiquem CONDUTA
exceto na impossibilidade de fazê-lo; CRIMINAL HABITUAL, REITERADA OU PROFISSIONAL,
EXCETO se insignificantes as infrações penais
II - RENUNCIAR VOLUNTARIAMENTE A BENS E pretéritas;
DIREITOS indicados pelo Ministério Público como
instrumentos, produto ou proveito do crime; ATENÇÃO: Não confunda criminoso habitual
(referido acima) com crime habitual, em que uma
III - PRESTAR SERVIÇO À COMUNIDADE OU A conduta isolada não será suficiente para a
ENTIDADES PÚBLICAS por período correspondente à caracterização de uma infração penal, a exemplo do
PENA MÍNIMA COMINADA AO DELITO DIMINUÍDA de UM exercício ilegal de profissão.
A DOIS TERÇOS, em local a ser indicado pelo juízo da
execução, na forma do Art. 46 do Código Penal; Contradição na utilização da expressão “exceto se
insignificantes as infrações penais pretéritas”: Como
IV - pagar PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA, a ser estipulada se sabe, o princípio da insignificância exclui a
nos termos do Art. 45 do Código Penal, a entidade tipicidade material, portanto, não haveria como
pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo existir uma infração penal pretérita. Por isso, a
da execução, que tenha, preferencialmente, como melhor leitura da expressão “insignificância”, de
função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes acordo com Renato Brasileiro, é no sentido de
aos aparentemente lesados pelo delito; ou infração de menor potencial ofensivo.
V - cumprir, por PRAZO DETERMINADO, OUTRA III - ter sido o agente BENEFICIADO NOS 5 ANOS
CONDIÇÃO INDICADA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, ANTERIORES AO COMETIMENTO DA INFRAÇÃO, em
desde que proporcional e compatível com a infração ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL, TRANSAÇÃO
penal imputada. PENAL ou SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO; e
CUIDADO: A violência ou grave ameaça, citada no art. IV - nos crimes praticados no âmbito de VIOLÊNCIA
28-A, deve ser praticada na conduta. Portanto, em DOMÉSTICA OU FAMILIAR, OU praticados contra a
crimes culposos, ainda que resultem violência MULHER por razões da condição de sexo feminino, em
contra pessoa, será cabível o acordo. favor do agressor.
A vedação alcança a violência imprópria, que é a ATENÇÃO: Crimes praticados no âmbito de violência
denominação que se dá a quem usa qualquer outro doméstica ou familiar, pouco importando o sexo da
meio para impossibilitar a defesa da vítima do roubo. vítima, não admitem o ANPP. Crime contra a mulher
Exemplos: uso de sonífero, boa noite cinderela ou por razões da condição de sexo feminino, ainda que
hipnose. cometido fora do ambiente doméstico e familiar,
também não.
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IV - Infração penal com PENA MÍNIMA INFERIOR A 4 § 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos
ANOS ao Ministério Público para a análise da necessidade de
complementação das investigações ou o oferecimento
ANPP NÃO SE APLICA SE:
da denúncia.
(REQUISITOS NEGATIVOS)
§ 3º O acordo de não persecução penal será § 11. O DESCUMPRIMENTO do acordo de não persecução
FORMALIZADO POR ESCRITO e será firmado pelo penal pelo investigado TAMBÉM PODERÁ SER
membro do MINISTÉRIO PÚBLICO, pelo INVESTIGADO e UTILIZADO pelo Ministério Público como JUSTIFICATIVA
por seu DEFENSOR. PARA O EVENTUAL NÃO OFERECIMENTO de
SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO.
§ 4º Para a HOMOLOGAÇÃO do acordo de não
persecução penal, será realizada AUDIÊNCIA na qual o § 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não
juiz deverá verificar a sua VOLUNTARIEDADE, por meio persecução penal não constarão de certidão de
da oitiva do investigado na presença do seu defensor, e antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no
sua LEGALIDADE. inciso III do § 2º deste artigo.
Espaço p/ anotações:
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▪ Perda do direito de AP ▪ Perda do direito de Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito
PRIVADA ou de prosseguir, no exercício da de queixa, terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o
representação na APPCR AP PRIVADA ou AP PRIVADA parente mais próximo na ordem de enumeração
pelo seu não exercício nos PERSONALÍSSIMA, por
6 meses. DESÍDIA do querelante. constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer
delas prosseguir na ação, caso o querelante desista da
▪ Prazo começa a fluir, em ▪ Cabe na AP PRIVADA instância ou a abandone.
regra, a partir do momento SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA?
do conhecimento da NÃO. Se querelante for
autoria. desidioso, MP volta a Art. 37. As FUNDAÇÕES, ASSOCIAÇÕES OU
assumir titularidade. SOCIEDADES legalmente constituídas PODERÃO
EXERCER A AÇÃO PENAL, devendo ser representadas
por quem os respectivos contratos ou estatutos
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para
designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores
representá-lo caberá intentar a AÇÃO PRIVADA.
ou sócios-gerentes.
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# Jurisprudência correlata Art. 45. A QUEIXA, ainda quando a ação penal for
privativa do ofendido, PODERÁ SER ADITADA PELO
▪ É possível o oferecimento de ação penal (denúncia) MINISTÉRIO PÚBLICO, a quem caberá intervir em todos
com base em provas colhidas no âmbito de inquérito os termos subseqüentes do processo.
civil conduzido por membro do MP. (Info 714, STF).
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia,
▪ É fundamental que haja o mínimo de estando o RÉU PRESO, será de 5 DIAS, contado da data
individualização da conduta para permitir o em que o órgão do Ministério Público receber os autos
recebimento da denúncia (STF, 2016). do inquérito policial, e de 15 DIAS, se o RÉU ESTIVER
SOLTO ou afiançado. No último caso, se houver
▪ Se a denúncia se limita a descrever a posição devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16),
hierárquica do denunciado na empresa, ela deverá contar-se-á o prazo da data em que o órgão do MP
ser considerada inepta (STF, 2016). receber novamente os autos.
▪ Caso haja algum vício na procuração para a § 2o O prazo para o ADITAMENTO DA QUEIXA será de 3
queixa-crime, esse vício deverá ser corrigido antes DIAS, contado da data em que o órgão do Ministério
do fim do prazo decadencial de 6 meses, sob pena de Público receber os autos, e, se este não se pronunciar
decadência e extinção da punibilidade (Info 665, STF). dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o que
▪ O vício na representação processual do querelante aditar, prosseguindo-se nos demais termos do
é sanável, desde que dentro do prazo decadencial. processo.
(STJ, 2015)
Art. 47. Se o Ministério Público julgar necessários
▪ É desnecessário o reconhecimento de firma em maiores esclarecimentos e documentos
procuração outorgando poderes especiais para a complementares ou novos elementos de convicção,
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Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a
assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou punibilidade.
procurador com poderes especiais.
Art. 59. A aceitação do perdão FORA do processo
Parágrafo único. A renúncia do representante legal do
constará de declaração assinada pelo querelado, por
menor que houver completado 18 anos não privará este
seu representante legal ou procurador com poderes
do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá
especiais.
o direito do primeiro.
Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados Art. 60. Nos casos em que somente se procede
aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em mediante queixa, considerar-se-á PEREMPTA a ação
penal:
relação ao que o recusar.
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de
Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e maior de 18 promover o andamento do processo durante 30 DIAS
seguidos;
anos, o direito de perdão poderá ser exercido por ele ou
por seu representante legal, mas o perdão concedido II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo
por um, havendo oposição do outro, não produzirá sua incapacidade, não comparecer em juízo, para
efeito. prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 DIAS,
qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo,
ressalvado o disposto no art. 36;
Dispositivo não recepcionado pela CF.
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem
motivo justificado, a qualquer ato do processo a que
Art. 53. Se o querelado for MENTALMENTE ENFERMO deva estar presente, ou deixar de formular o pedido
ou RETARDADO MENTAL e NÃO TIVER REPRESENTANTE de condenação nas alegações finais;
LEGAL, ou COLIDIREM OS INTERESSES deste com os do
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Parágrafo único. No caso de requerimento do MP, do COMPETÊNCIA Juízo Cível Juízo Cível
▪ Representante ▪ Representante
Art. 62. No caso de MORTE do acusado, o juiz Legal Legal
LEGITIMADOS
SOMENTE à vista da CERTIDÃO DE ÓBITO, e depois de ATIVOS ▪ Herdeiros ▪ Herdeiros
OUVIDO o MP, declarará extinta a punibilidade.
Improrrogável ou imodificável. Desta forma, não pode Prorrogável ou derrogável. Assim, a conexão e a
ser alterada pela conexão e/ou pela continência. continência poderão modificá-la.
Conexão e continência.
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Art.567. A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando for declarada a
nulidade, ser remetido ao juiz competente.
Doutrina: O art. 567 do CPP refere-se apenas à incompetência relativa, uma vez que faz referência á anulação
apenas dos atos decisórios. Tratando-se de incompetência absoluta, tanto os atos decisórios quanto os atos
probatórios deverão ser anulados. Princípio da Identidade física do juiz colabora para esse entendimento.
Jurisprudência: Entende que não há necessidade de anulação dos atos decisórios, desde que sejam ratificados
pelo juízo competente.
STF HC 83.006/SP – (...) tanto a denúncia quanto o seu recebimento, emanados de autoridades incompetentes,
rationae materiae são ratificáveis no juízo competente.
Obs1. Crimes políticos são os previstos na Lei 7.170/83 (Lei de Segurança Nacional). Além da
previsão legal, deve haver motivação política.
LESÃO
União
Art. 109, IV BENS Autarquia Federal
Empresa Pública Federal
União
SERVIÇOS Autarquia Federal
Empresa Pública Federal
União
INTERESSES Autarquia Federal
Empresa Pública Federal
Ex1: Indivíduo que furtou dinheiro do INSS (bens de uma autarquia federal);
Ex2: Indivíduo que falsificou moeda (interesse da União, pois a competência pra emitir é sua)
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1) Roubo contra casa lotérica: competência é da Justiça Estadual, pois se trata de uma
pessoa jurídica de direito privado (permissionária de serviço público).
2) Roubo contra agência dos correios: se o crime for praticado em detrimento de uma
franquia dos Correios, a competência será da Justiça Estadual; se o crime for cometido
contra o próprio ente da Administração Indireta Federal ou contra um carteiro, a
competência será da Justiça Federal (STJ HC 39200). Em suma:
Agência própria: JF
Carteiro: JF
Agência franqueada: JE
6) Crime de esbulho possessório de imóvel vinculado ao Programa Minha Casa Minha Vida:
Justiça Federal. Tais imóveis são subsidiados pela União, a qual efetiva parte do
pagamento do bem, com recursos orçamentários, no momento da assinatura do
contrato com o agente financeiro. (Info 700, STJ, 2021)
7) Crime cometido contra (ou por)) funcionário público federal. Depende. Quando o crime
tiver sido praticado em razão da função, a competência será da Justiça Federal.
Súmula nº 147, STJ: Compete à justiça federal processar e julgar os crimes praticados CONTRA (E
POR) funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função.
Atenção:O STF (HC 157.012/MS) entende que a mera condição de servidor público federal não basta
para atrair a competência da Justiça Federal, na medida em que o interesse da União há de
sobressair das funções institucionais, não da pessoa do acusado. Por isso, num caso concreto
envolvendo suposto crime de homicídio qualificado praticado por policial rodoviário federal,
quando se encontrava em deslocamento no trajeto de sua residência para o local de trabalho, a
competência é, a priori, da Justiça Estadual.
Crimes previstos em tratado ou convenção internacional, desde que iniciada a execução no país o
resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro ou reciprocamente;
Para que o crime seja de competência da JUSTIÇA FEDERAL é necessário a presença dos
seguintes REQUISITOS CUMULATIVOS:
Art. 109, V
Assim, não é suficiente que o crime esteja previsto em tratado ou convenção internacional para
ser julgado pela Justiça Federal. Pode-se citar os seguintes exemplos de crimes que poderão ser
submetidos a julgamento pela JF com fundamento no art. 109, V, da CF/88, desde que haja relação
de internacionalidade, por serem previstos em tratados internacionais:
a) Tráfico internacional de arma de fogo (art. 18 da Lei no 10.826/2003);
b) Tráfico internacional de pessoas para fim de exploração sexual (art. 231 do CP);
c) Envio ilegal de criança ou adolescente para o exterior (art. 239 do ECA).
d) Tráfico transnacional de drogas (art. 70, da Lei no 11.343/2006). Aqui, temos algumas
observações:
O fato de a droga não ser produzida no Brasil não caracteriza, de imediato, tráfico
internacional. É necessária a análise do caso concreto, pois o agente pode ter
comprado a droga para revender em Salvador, o que caracteriza o tráfico doméstico.
Obviamente, quem trouxe a droga do exterior irá responder pelo tráfico internacional.
A apreensão de drogas em uma cidade na fronteira, a exemplo de Foz do Iguaçu, não
caracteriza, de imediato, tráfico internacional. É necessária a análise do caso concreto.
A aquisição de substância que não é considerada droga no país de origem, mas é
Art. 109, V considerada entorpecente no Brasil, não caracteriza tráfico internacional de drogas.
A prisão na área de embarque internacional, já com a passagem para outro país,
caracteriza tráfico internacional, pois a execução foi iniciada no país e o resultado
deveria ocorrer em outro país.
IMPORTAÇÃO DA DROGA VIA POSTAL (CORREIOS)
Súmula 528, STJ: Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida
do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional.
Art. 109, V OBS. Ressalte-se que a 3ª Seção, no julgamento do CC 172.392, já havia flexibilizado a
incidência da Súmula 151 nas hipóteses em que a mercadoria apreendida, objeto de
contrabando e descaminho, estiver em trânsito e for conhecido o endereço da empresa
à qual se destina.
ATENÇÃO: Logo, para fins de concurso público, deve-se adotar essa expressão
(“flexibilização da Súmula 528 do STJ”). Na prática, contudo, o que se percebe é que o
enunciado foi superado, ou seja, seu entendimento não mais representa a
jurisprudência atual do Tribunal e, na minha opinião, não resta outro caminho a não ser
cancelar a súmula ou, no mínimo, alterar a sua redação. Tanto isso é verdade que o
Min. Relator Joel Ilan Paciornik determinou que fosse encaminhada cópia da decisão “à
Comissão de Jurisprudência para adequação da Súmula n. 528/STJ”.
Fonte:https://www.dizerodireito.com.br/2021/07/importacao-de-droga-via-postal.html
No caso de desclassificação de tráfico internacional para doméstico, STJ/STF
entendem que não pode ser utilizado o 81 do CPP (perpetuação de jurisdição), porque
este se refere a crimes CONEXOS, o que não ocorre no caso de desclassificação.
Quando desclassifica, seria como se declarasse sua incompetência absoluta. Os autos
devem ser remetidos à Justiça Estadual. E mais, mudança ratione matéria é absoluta.
Mudança é imperativa.
Causas relativas a DIREITOS HUMANOS a que se refere o § 5o:
§ 5o Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o PGR, com a finalidade de assegurar
Art. 109, V-A o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos
quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o STJ, em qualquer fase do inquérito ou
processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.
Para o STJ, os crimes dos arts. 197 a 207 do CP só serão de competência da Justiça Federal quando
ficar demonstrado, no caso concreto, que o delito provocou lesão a:
• Direito dos trabalhadores coletivamente considerados; ou
• Organização geral do trabalho.
Para o STF, compete à JUSTIÇA FEDERAL processar e julgar o crime de REDUÇÃO À CONDIÇÃO
ANÁLOGA à de escravo (art. 149 do CP). O tipo previsto no art. 149 do CP caracteriza-se como
crime contra a organização do trabalho, além de violar direitos humanos, portanto, atrai a
competência da justiça federal (art. 109, VI, da CF/88). (Info 809, STF)
Para que esses crimes sejam da competência federal, a lei deve assim dizer. Se a lei não dispôs,
não há o que falar, nesses crimes, em competência da JF. Cuidado:
Crimes contra a
economia Justiça Estadual. Lei nada fala.
popular
(Lei nº 1.521/51)
Crimes contra o
Sistema
Art. 109 VI Financeiro
Justiça Federal. Art. 26.
Nacional
(Lei nº 7.492/86)
Contra aordem Será definida pela
Crimes da tributária natureza do tributo.
Lei nº 8.137/90 Contra a ordem Justiça Estadual
econômica
Contra as relações de Justiça Estadual
consumo
REGRA Justiça Estadual
1) Quando praticados CONTRA o
Lavagem de SISTEMA FINANCEIRO e a ORDEM
Capitais ECONÔNICO-FINANCEIRA, ou em
(Lei nº 9.613/98) detrimento de bens, serviços ou
EXCEÇÕES INTERESSES da UNIÃO, ou de suas
(JUSTIÇA entidades autárquicas ou empresas
FEDERAL) públicas;
2) Quando a INFRAÇÃO PENAL
ANTECEDENTE for de COMPETÊNCIA
da JUSTIÇA FEDERAL.
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Em regra, crime praticado por e contra índio será julgado e processado pela Justiça Estadual.
Súmula nº 140, STJ: Compete a justiça comum estadual processar e julgar crime em
que o indígena figure como autor ou vítima.
Art. 109, XI
A competência será da Justiça Federal quando os direitos indígenas forem violados. Fundamento
no art. 231 da CF:
Art. 231, CF. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas,
crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente
ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus
bens
OUTROS CRIMES
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5 EXCEÇÕES
CRIMES CONTRA QUE LEVAM • Crime ambiental praticado no Rio Real (divisa de Sergipe e
O MEIO PRA JUSTIÇA Bahia). É da JF, pois rio que faz divisa ou fronteira é bem da União;
AMBIENTE FEDERAL
• Extração ilegal de recursos minerais (bens da União);
CRIMES CONTRA
A FÉ PÚBLICA Competência é fixada com base na pessoa prejudicada pelo uso,
USO DE pouco importando o órgão emissor do documento.
DOCUMENTO Ex: João, em uma blitz do órgão municipal de trânsito, apresentou
FALSO sua Carteira de Habilitação falsificada. O agente de trânsito,
percebendo a falsificação, chamou um PM e João foi preso em
flagrante por uso de documento falso (art. 304 do CP).
Competência é da JE.
CRIME DE Ocorre quando a falsificação é cometida para que outro crime seja
FALSO COMO praticado. Assim, quando a potencialidade lesiva do crime-meio se
CRIME-MEIO exaurir no crime-fim, a competência será determinada pelo
crime-fim.
Súmula 38, STJ: Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988,
o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços
ou interesse da União ou de suas entidades.
Exceção: contravenção praticada por agente com foro por prerrogativa de função. A
contravenção então poderá ser julgada na justiça federal. Ex.: Juiz federal→TRF.
PEDOFILIA NA 1) Envio de fotos por e-mail para uma cidade dentro do Brasil: Justiça Estadual.
INTERNET 2) Armazenamento de fotos em um site: Justiça Federal.
Espaço p/ anotações:
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Art. 69. Determinará a competência jurisdicional: Quando se falar em INCERTEZA é caso de PREVENÇÃO.
Lei Ordinária pode ampliar a competência ▪ A Polícia Federal, sob a supervisão do Ministério
constitucional do Júri, pois a Constituição Federal Público estadual e do Juízo de Direito, conduziu IPL
traz apenas uma competência mínima. destinado a apurar crimes de competência da
Justiça Estadual. Entendeu-se que a PF não tinha
Súmula vinculante 45, STF: A competência atribuição para apurar tais delitos considerando que
constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o não se enquadravam nas hipóteses do art. 144, § 1º
foro por prerrogativa de função estabelecido da CF/88 e do art. 1º da Lei nº 10.446/2002. Em que
exclusivamente pela Constituição estadual. pese isso, o STF entendeu que não havia nulidade na
ação penal instaurada com base nos elementos
informativos colhidos, vez que o fato de os crimes de
# Jurisprudência Correlata competência da Justiça Estadual terem sido
▪ Compete à Justiça comum (Tribunal do Júri) o investigados pela PF não geram nulidade. Ora, tal
julgamento de homicídio praticado por militar contra procedimento investigatório, presidido por
outro quando ambos estejam fora do serviço ou da autoridade de PF, foi supervisionado pelo Juízo
função no momento do crime. estadual (juízo competente) e por membro do MPE
(que tinha a atribuição para a causa). Logo, não é
Caso concreto: Francisco era soldado da PM do Maranhão.
possível anular provas ou processos em tramitação
Samuel era cabo da PM do Piauí. Certo dia, Francisco,
estava de férias, em Teresina (PI). Samuel percebeu que com base no argumento de que a PF não teria
Francisco estava armado e, mesmo estando de folga, atribuição para investigar os crimes apurados. (Info
abordou o soldado indagando sobre a arma. Iniciou-se 964, STF)
uma discussão e Francisco atirou 3 vezes contra Samuel,
que faleceu em razão dos disparos. A vítima e o réu - ▪ Compete à Justiça Federal julgar crime contra a
ambos PM’s à época dos fatos - estavam fora de serviço
vida em desfavor de policiais militares, consumado
quando iniciaram a discussão. Logo, não se pode falar que
ou tentado, praticado no contexto de crime de roubo
houve crime militar, devendo, portanto, o réu ser julgado
armado contra órgãos, autarquias ou empresas
pela Justiça Comum estadual (Tribunal do Júri). (Info 667,
STJ) públicas da União. (Info 659, STF)
▪ A Justiça do DF é a competente para julgar o crime
de falso testemunho praticado em processos sob # Jurisprudência Correlata (08/11/2021)
sua jurisdição. O TJDFT faz parte do Poder Judiciário
da União. Mesmo assim, se for praticado falso Não compete à Justiça Federal processar e julgar o
testemunho em processo que ali tramita, a desvio de valores do auxílio emergencial pagos
competência será da Justiça do Distrito Federal (e durante a pandemia da covid-19, por meio de violação
não da Justiça Federal comum). (Info 681, STJ). do sistema de segurança de instituição privada, sem
que haja fraude direcionada à instituição financeira
▪ Policial Rodoviário Federal, durante o trajeto de
federal. (Info 716, STJ)
sua casa para o trabalho, envolveu-se em uma
desavença no trânsito com o condutor de um veículo Entenda o caso: O núcleo da controvérsia consiste em
que dirigia sem respeitar a sinalização e em alta definir o Juízo competente no âmbito de inquérito policial
velocidade. O Policial efetuou disparos que instaurado para investigar conduta de desvio de valores
resultaram na morte do condutor. A competência relativos ao auxílio emergencial pago durante a pandemia
do Covid-19. No caso concreto não se identificou ofensa
para julgar essa acusação de homicídio é da justiça
direta à Caixa Econômica Federal - CEF ou à União, uma vez
estadual. A competência da Justiça Federal
que não houve qualquer notícia de que a beneficiária tenha
pressupõe a demonstração concreta das situações
empregado fraude. Em outras palavras, houve ingresso
veiculadas no art. 109 da CF/88. A mera condição de lícito no programa referente ao auxílio emergencial e
servidor público não basta para atraí-la, na medida transferência lícita da conta da Caixa Econômica Federal
em que o interesse da União há de sobressair das para a conta do Mercado Pago, ambas de titularidade da
funções institucionais, não da pessoa do agente. beneficiária do auxílio.
(Info 963, STF).
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§ 2o Se, iniciado o processo perante um juiz, houver Súmula 104, STJ: Compete à Justiça Estadual o
desclassificação para infração da competência de outro, processo e julgamento dos crimes de falsificação e
a este será remetido o processo, salvo se mais uso de documento falso relativo a estabelecimento
graduada for a jurisdição do primeiro, que, em tal caso, particular de ensino.
terá sua competência prorrogada.
Súmula 140, STJ: Compete à Justiça Comum Estadual
§ 3o Se o juiz da pronúncia desclassificar a infração para processar e julgar crime em que o indígena figure
outra atribuída à competência de juiz singular, como autor ou vítima.
observar-se-á o disposto no art. 410; mas, se a
desclassificação for feita pelo próprio Tribunal do Júri, Súmula 107, STJ: Compete à Justiça Comum Estadual
a seu presidente caberá proferir a sentença (art. 492, § processar e julgar crime de estelionato praticado
2o). mediante falsificação das guias de recolhimento das
contribuições previdenciárias, quando não ocorrente
Súmula 498, STF: Compete a justiça dos estados, em
lesão à autarquia federal.
ambas as instâncias, o processo e o julgamento dos
crimes contra a economia popular.
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Súmula 546, STJ: A competência para processar e ▪Compete à Justiça Federal julgar os crimes dos
julgar o crime de uso de documento falso é firmada arts. 241, 241-A e 241-B do ECA, se a conduta de
em razão da entidade ou órgão ao qual foi disponibilizar ou adquirir material pornográfico
apresentado o documento público, não importando a envolvendo criança ou adolescente tiver sido
qualificação do órgão expedidor. praticada pela internet e for acessível
transnacionalmente. (Info 990, STF).
Súmula 147, STJ: Compete à Justiça Federal
processar e julgar os crimes praticados contra
▪ Em regra, compete à Justiça Estadual julgar HC
funcionário público federal, quando relacionados
preventivo destinado a permitir o cultivo e o porte de
com o exercício da função.
maconha para fins medicinais. (Info 673, STJ).
CAPÍTULO V - DA COMPETÊNCIA POR CONEXÃO OU Art. 77. A competência será determinada pela
CONTINÊNCIA CONTINÊNCIA quando:
Art. 76. A competência será determinada pela I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma
CONEXÃO: infração;
I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido II - no caso de infração cometida nas condições
praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas previstas nos arts. 51, § 1o, 53, segunda parte, e 54 do
reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora Código Penal.
diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas
contra as outras; COMPETÊNCIA pela CONTINÊNCIA
II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas ▪ 2 ou + pessoas acusadas pela mesma infração
(CUMULAÇÃO SUBJETIVA)
para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir
impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas; Ex: Crime de homicídio praticado em coautoria.
Serão julgados separadamente ou juntos? Art. 152. Se se verificar que a doença mental
Qual será a Justiça competente? Justiça ELEITORAL. SOBREVEIO À INFRAÇÃO O PROCESSO CONTINUARÁ
SUSPENSO até que o acusado se restabeleça, observado
Competirá à Justiça Eleitoral julgar todos os delitos. o § 2o do Art. 149
Segundo entende o STF: Compete à Justiça Eleitoral Nesse caso, o processo em relação ao corréu doente
julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhes mental é desmembrado e ficará suspenso, até que
forem conexos (Inq 4435 AgR-quarto/DF, Rel. Min. ele se reestabeleça.
Marco Aurélio, julgado em 13 e 14/3/2019).
§ 2o A unidade do processo não importará a do
Ocorre que, no caso concreto, há uma peculiaridade: julgamento, se houver co-réu foragido que não possa
ainda durante o inquérito, ficou reconhecida a ser julgado à revelia, ou ocorrer a hipótese do art. 461.
prescrição da pretensão punitiva em relação ao crime
eleitoral. Logo, houve arquivamento do inquérito no
Art. 461. O julgamento NÃO será adiado se a testemunha
que tange ao crime eleitoral. Diante disso, indaga-se: deixar de comparecer, SALVO se uma das partes tiver
mesmo assim, a Justiça Eleitoral continuará sendo requerido a sua intimação por mandado, na oportunidade
competente para julgar os demais delitos? SIM. de que trata o art. 422 deste Código, declarando não
Mesmo operada a prescrição quanto ao crime prescindir do depoimento e indicando a sua localização.
eleitoral, subsiste a competência da Justiça Eleitoral.
Trata-se de aplicação lógica do disposto no art. 81 do Nesse caso, em relação aos réus cujas testemunhas
CPP. STF. 2ª Turma. RHC 177243/MG, Rel. Min. Gilmar estão presentes, a sessão de júri ocorrerá
Mendes, julgado em 29/6/2021 (Info 1024). normalmente.
Art. 84. A competência pela prerrogativa de função é do II - os ministros de Estado, salvo nos crimes conexos
Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de com os do Presidente da República;
Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de
Justiça dos Estados e do Distrito Federal, relativamente III - o procurador-geral da República, os
às pessoas que devam responder perante eles por desembargadores dos Tribunais de Apelação, os
crimes comuns e de responsabilidade. ministros do Tribunal de Contas e os embaixadores e
ministros diplomáticos, nos crimes comuns e de
§ 1o A competência especial por prerrogativa de função, responsabilidade.
relativa a atos administrativos do agente, prevalece
ainda que o inquérito ou a ação judicial sejam iniciados Art. 87. Competirá, originariamente, aos Tribunais de
após a cessação do exercício da função pública. (Vide Apelação o julgamento dos governadores ou
ADIN nº 2797) interventores nos Estados ou Territórios, e prefeito do
Distrito Federal, seus respectivos secretários e chefes
§ 2o A ação de improbidade, de que trata a Lei no 8.429, de Polícia, juízes de instância inferior e órgãos do
de 2 de junho de 1992, será proposta perante o tribunal Ministério Público.
competente para processar e julgar criminalmente o
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Súmula 451, STF: A competência especial por CRIMES COMETIDOS POR DEPUTADO FEDERAL OU
prerrogativa de função não se estende ao crime SENADOR
cometido após a cessação definitiva do exercício
SITUAÇÃO COMPETÊNCIA
funcional.
Crime cometido ANTES DA
Súmula 704, STF: Não viola as garantias do juiz DIPLOMAÇÃO como Deputado
natural, da ampla defesa e do devido processo legal ou Senador.
a atração por continência ou conexão do processo do Crime cometido depois da JUÍZO DE 1ª
co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos diplomação (durante exercício INSTÂNCIA
denunciados. do cargo), mas o DELITO NÃO
TEM RELAÇÃO COM AS
Súmula 702, STF: A competência do Tribunal de FUNÇÕES DESEMPENHADAS.
Justiça para julgar Prefeitos restringe-se aos Ex. embriaguez ao volante.
crimes de competência da Justiça comum estadual;
Crime cometido depois da
nos demais casos, a competência originária caberá diplomação (DURANTE
ao respectivo tribunal de segundo grau. EXERCÍCIO DO CARGO) E
RELACIONADO COM AS STF
Súmula 208, STJ: Compete à justiça federal FUNÇÕES DESEMPENHADAS.
processar e julgar prefeito municipal por desvio de Ex. corrupção passiva.
verba sujeita a prestação de contas perante órgão
federal.
reconhece a competência dos Tribunais de Justiça em 23/09/2015. Para o STF, no caso concreto, não
Estaduais para julgamento de delitos comuns em ficou demonstrado que as condutas atribuídas ao ex-
tese praticados por Promotores de Justiça. Presidente Lula tenham relação direta com os
ilícitos praticados em detrimento da Petrobras S/A.
Se o réu deixou cargo depois do término da 1º grau vinculado ao mesmo tribunal. Se fosse
Audiência de Instrução e Julgamento terminar: STF perante um juiz de 1º grau de outro estado, não
permanece competente. haveria óbice.
Mas CUIDADO: João foi condenado em 1ª instância e ▪ A iminente prescrição de crime praticado por
apelou. Antes do julgamento de apelação, foi Desembargador excepciona o entendimento
diplomado como Deputado Federal. João terá direito consolidado na Ação penal 937 – que diz que o FPF é
de ter a apelação julgada? Recurso será julgado pelo restrito a crimes cometidos ao tempo do exercício do
próprio STF, já que direito aplicado aos recursos é o cargo e que tenham relação com o cargo - e
vigente à época em que a decisão foi proferida. prorroga a competência do stj. Trata-se de exceção
para evitar a impunidade.
▪ Acusados com FPF não possuem direito ao duplo
grau de jurisdição, o que não significa dizer que não ▪ Prerrogativa de foro de membro do MP é
podem recorrer contra decisões dos tribunais. preservada quando possível participação deste em
Contudo, tratam-se de recursos de direito apenas, conduta criminosa é comunicada com celeridade ao
sem reexame fático. PGJ.
▪ Diferença entre a Regra da Contemporaneidade e Caso concreto: Se uma pessoa sem foro por
da Atualidade. prerrogativa está sendo interceptada por decisão do
juiz de 1ª instância e ela liga para uma autoridade
Regra da contemporaneidade: Foro por prerrogativa com foro (ex: Promotor de Justiça), a gravação desta
de função deve ser preservada caso a infração penal conversa não é ilícita. Isso porque se trata de
tenha sido cometida à época e em razão do exercício encontro fortuito de provas (encontro fortuito de
funcional. Atualmente, é a adotada! crimes), também chamado de serendipidade ou
crime achado Se após essa ligação, o Delegado ainda
Regra da atualidade: agente só faz jus ao FPF demora três dias para comunicar o fato às
enquanto estiver exercendo função. Cessada a autoridade competentes para apurar a conduta do
função, cessa FPF. Essa regra gera alguns Promotor, este tempo não é considerado excessivo
problemas. tendo em vista a dinâmica que envolve as
interceptações telefônicas. Inclusive, tais gravações,
Em 2018, voltando a adotar a REGRA DA por serem lícitas, podem servir como fundamento
CONTEMPORANEIDADE, o STF estabeleceu que para que o CNMP aplique sanção de aposentadoria
hipóteses de FPF devem ser interpretadas compulsória a este Promotor.
restritivamente, aplicando-se apenas aos crimes
que tenham sido praticados durante exercício do ▪ Se pessoa com FPF previsto na CF (ex, Prefeito é
cargo e em razão dele. julgado pelo TJ) mata alguém dolosamente,
considerando que os crimes dolosos contra a vida
▪ O STJ não é competente para julgar crime são de competência do tribunal do júri, qual o juízo
praticado por Governador no exercício do mandato competente? O Princípio da especialidade resolve. É
se o agente deixou o cargo e atualmente voltou a ser dizer, o FPF prevalecerá sobre o tribunal do júri,
Governador por força de uma nova eleição. exceto se a competência estiver prevista na
Constituição Estadual, aí prevalece a do júri.
▪ O STJ é o tribunal competente para julgamento nas
hipóteses em que, não fosse o FPF, o Exemplos:
desembargador acusado, mesmo que o crime Governador mata dolosamente uma pessoa: STJ
cometido não esteja relacionado com suas funções, julga.
houvesse de responder à ação penal perante Juiz de
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alegada em momento oportuno, sob pena de cultura indígenas, o que atrai a competência da
preclusão. Justiça Federal.
15) Compete a Justiça Federal processar e julgar os
6) A competência é determinada pelo lugar em que
crimes praticados contra funcionário público federal,
se consumou a infração (art. 70 do CPP), sendo
quando relacionados com o exercício da função.
possível a sua modificação na hipótese em que outro
(Súmula no 147/STJ)
local seja o melhor para a formação da verdade real.
16) Há conflito de competência, e não de atribuição,
7) Compete ao TRF ou ao TJ decidir os conflitos de sempre que a autoridade judiciária se pronuncia a
competência entre juizado especial e juízo comum respeito da controvérsia, acolhendo expressamente
da mesma seção judiciária ou do mesmo Estado. as manifestações do Ministério Público.
8) Compete à Justiça Federal o processo e 17) Compete ao Juízo das Execuções Penais do
julgamento unificado dos crimes conexos de Estado a execução das penas impostas a
competência federal e estadual, não se aplicando a sentenciados pela Justiça Federal, Militar ou
regra do art. 78, II, a, do CPP. (Súmula n. 122/STJ) Eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos
sujeitos a Administração Estadual. (Súmula no
9) Inexistindo conexão probatória, não é da Justiça 192/STJ)
Federal a competência para processar e julgar
crimes de competência da Justiça Estadual, ainda 18) A mudança de domicílio pelo condenado que
que os delitos tenham sido descobertos em um cumpre pena restritiva de direitos ou que seja
mesmo contexto fático. beneficiário de livramento condicional não tem o
condão de modificar a competência da execução
10) No concurso de infrações de menor potencial penal, que permanece com o juízo da condenação,
ofensivo, afasta-se a competência dos Juizados sendo deprecada ao juízo onde fixa nova residência
Especiais quando a soma das penas ultrapassar 2 somente a supervisão e o acompanhamento do
anos. cumprimento da medida imposta.
11) Compete à Justiça Federal processar e julgar 19) A ofensa indireta, genérica ou reflexa praticada
crimes relativos ao desvio de verbas públicas em detrimento de bens, serviços ou interesse da
repassadas pela União aos municípios e sujeitas à União, de suas entidades autárquicas ou empresas
prestação de contas perante órgão federal. públicas federais não atrai a competência da Justiça
Federal (art. 109, IV, da CF/88).
12) Compete à Justiça Estadual processar e julgar
prefeito por desvio de verba transferida e
Espaço p/ anotações:
incorporada ao patrimônio municipal. (Súmula no.
209/STJ)
IV - ILEGITIMIDADE DE PARTE;
Circunstância Circunstâncias Todas as razões
V - COISA JULGADA. objetiva, subjetivas, que afetam a
relacionada a relacionadas a imparcialidade do
fatos internos do fatos externos Juiz e que não
processo, capaz capazes de estão incluídas
# Comentários prejudicar
de prejudicar a entre as causas de
Exceções serão processadas em autos apartados e, imparcialidade do imparcialidade impedimento e
juiz. Presente do Juiz suspeição.
em regra, não suspendem o processo, SALVO: (presunção
uma delas, há
I - Juiz se declara SUSPEITO (de ofício); presunção relativa).
absoluta de
II - Relator pode suspender, quando ambas as partes parcialidade do
entendem que o Juiz é suspeito. juiz. Rol do art.
Regra: contra todos os julgamentos de exceções 254.
Rol do art. 252.
cabe RESE, pois são julgadas por juiz de 1º grau.
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ATENÇÃO: A procuração com poderes especiais é § 1o Se não for relator nem revisor, o juiz que houver de
necessária, inclusive, para defensores públicos , que, dar-se por suspeito, deverá fazê-lo verbalmente, na
conforme LC 80/94, não necessitam de procuração para sessão de julgamento, registrando-se na ata a
a prática de atos judiciais. Contudo, quando a própria lei declaração.
exige poderes especiais na procuração, o defensor
público precisa dela. § 2o Se o presidente do tribunal se der por suspeito,
competirá ao seu substituto designar dia para o
Art. 99. Se reconhecer a suspeição, o juiz sustará a julgamento e presidi-lo.
marcha do processo, mandará juntar aos autos a
petição do recusante com os documentos que a § 3o Observar-se-á, quanto à argüição de suspeição
instruam, e por despacho se declarará suspeito, pela parte, o disposto nos arts. 98 a 101, no que Ihe for
ordenando a remessa dos autos ao substituto. aplicável, atendido, se o juiz a reconhecer, o que
estabelece este artigo.
Art. 100. Não aceitando a suspeição, o juiz mandará
autuar em apartado a petição, dará sua resposta dentro § 4o A suspeição, não sendo reconhecida, será julgada
em 3 DIAS, podendo instruí-la e oferecer testemunhas, pelo tribunal pleno, funcionando como relator o
e, em seguida, determinará sejam os autos da exceção presidente.
remetidos, dentro em 24 HORAS, ao juiz ou tribunal a
quem competir o julgamento. § 5o Se o recusado for o presidente do tribunal, o relator
será o vice-presidente.
§ 1o Reconhecida, preliminarmente, a relevância da
argüição, o juiz ou tribunal, com citação das partes, Art. 104. Se for argüida a SUSPEIÇÃO do órgão do
marcará dia e hora para a inquirição das testemunhas, MINISTÉRIO PÚBLICO, o juiz, DEPOIS DE OUVI-LO,
seguindo-se o julgamento, independentemente de mais decidirá, sem recurso, PODENDO antes admitir a
alegações. PRODUÇÃO DE PROVAS no prazo de 3 DIAS.
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Art. 105. As partes poderão também argüir de suspeitos não afetam a ação penal. Lembre-se que, ressalvadas
os peritos, os intérpretes e os serventuários ou as provas irrepetíveis, cautelares e antecipadas, nos
funcionários de justiça, decidindo o juiz de plano e sem termos do art. 155 do CPP, não há propriamente
recurso, à vista da matéria alegada e prova imediata. produção de provas na fase inquisitorial, mas apenas
colheita de elementos informativos para subsidiar a
Art. 106. A SUSPEIÇÃO dos JURADOS deverá ser convicção do Ministério Público quanto ao oferecimento
argüida ORALMENTE, decidindo de plano do presidente (ou não) da denúncia. Também por isso, o inquérito é
do Tribunal do Júri, que a rejeitará se, negada pelo uma peça facultativa, como se depreende do art. 39, §
recusado, não for imediatamente comprovada, o que 5º, do CPP. Com efeito todos os elementos colhidos no
tudo constará da ata. inquérito, quando integram a acusação e são
considerados pela sentença, submetem-se ao
Art. 107. NÃO SE PODERÁ OPOR SUSPEIÇÃO ÀS contraditório no processo judicial, e é este o locus
AUTORIDADES POLICIAIS nos atos do inquérito, mas adequado para rebatê-los. Também as provas
DEVERÃO ELAS DECLARAR-SE SUSPEITAS, quando irrepetíveis, cautelares e antecipadas passam pelo
ocorrer motivo legal. crivo do contraditório, ainda que de forma diferida,
cabendo à defesa o ônus de apontar possíveis vícios
Perceba que as partes não podem alegar a suspeição processuais e apresentar suas impugnações fáticas.
da Autoridade Policial, no entanto, ela deve se declarar Por isso, como resta preservada a ampla possibilidade
suspeita (de ofício), caso haja algum motivo legal. de debate dos elementos de prova em juízo, é correto
manter incólume o processo mesmo diante de alguma
irregularidade cometida na fase inquisitorial (desde
# Jurisprudência Correlata (08/2021)
que, é claro, não tenham sido descumpridas regras de
licitude da atividade probatória). (Info 704, STJ).
A ausência de afirmação da autoridade policial de sua
própria suspeição não eiva de nulidade o processo
# Jurisprudência Correlata (09/2021)
judicial por si só, sendo necessária a demonstração do
prejuízo suportado pelo réu.
A quinta turma do STJ decidiu que a suspeição de
delegado que atuou na investigação não basta para
Fundamentação: Tal previsão é bastante criticada em
anular ação penal.
sede doutrinária, mormente pela contradição que
encerra: se a autoridade deverá pronunciar sua
A prova de suspeição de autoridade policial que atuou
suspeição, soa paradoxal, em certa medida, impedir que
no inquérito, sem a demonstração de prejuízo para o
a parte investigada a aponte no IPL. De todo modo, tendo
réu, não é motivo para anular o processo judicial.
em vista a dicção legal - que permanece válida e
vigente, inexistindo declaração de sua não recepção
Com base nesse entendimento, a Quinta Turma do
pelo STF -, seu teor segue aplicável. Uma solução
Superior Tribunal de Justiça (STJ), por unanimidade,
possível para a parte que se julgue prejudicada é
negou provimento ao recurso especial interposto por
buscar, na esfera administrativa, o afastamento da
um homem que ajuizou revisão criminal após descobrir
autoridade suspeita. Assim, o descumprimento do art.
que um delegado envolvido na investigação contra ele é
107 do CPP - quando a autoridade policial deixa de
filho de um suspeito, o qual não foi indiciado nem
afirmar sua própria suspeição - não eiva de nulidade o
investigado.
processo judicial por si só, sendo necessária a
demonstração do prejuízo suportado pela parte ré. Vale
Relator do recurso, o ministro Ribeiro Dantas afirmou
ressaltar que, segundo a tradicional compreensão
que possíveis irregularidades no inquérito não afetam a
doutrinária e pretoriana hoje predominante, o inquérito
ação penal. "Não há propriamente produção de provas
é uma peça de informação, destinada a auxiliar a
na fase inquisitorial, mas apenas colheita de elementos
construção da opinio delicti do órgão acusador. Por
informativos para subsidiar a convicção do Ministério
conseguinte, possíveis irregularidades nele ocorridas
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Art. 110. Nas exceções de litispendência, ilegitimidade Autua em apartado a petição e dará sua
de parte e coisa julgada, será observado, no que Ihes for resposta em 3 dias, podendo instruí-la e
aplicável, o disposto sobre a exceção de incompetência oferecer testemunhas, e, em seguida,
determinará sejam os autos da exceção
do juízo.
remetidos, dentro em 24 horas, ao juiz
ou tribunal a quem competir o
§ 1o Se a parte houver de opor mais de uma dessas julgamento.
exceções, deverá fazê-lo numa só petição ou articulado.
§ 2o A exceção de coisa julgada somente poderá ser JUIZ NÃO ▪ Reconhecida, preliminarmente, a
oposta em relação ao fato principal, que tiver sido objeto RECONHECEU relevância da arguição, Juiz|Tribunal,
SUSPEIÇÃO com citação das partes, marcará dia e
da sentença.
hora para inquirição das testemunhas,
seguindo-se o julgamento, independ. de
Art. 111. As exceções serão processadas em AUTOS mais alegações.
APARTADOS e NÃO SUSPENDERÃO, EM REGRA, o
ANDAMENTO DA AÇÃO PENAL.
▪ Suspeição manifestamente
improcedente? Juiz ou relator a
Espaço p/ anotações: rejeitará liminarmente.
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Mesmo acusado responde a 2 ou mais Art. 112. O juiz, o órgão do Ministério Público, os
processos distintos, pelo mesmo fato,
serventuários ou funcionários de justiça e os peritos ou
independentemente da classificação
intérpretes abster-se-ão de servir no processo, quando
típica que lhe seja atribuída. (bis in
idem)
houver incompatibilidade ou impedimento legal, que
LITISPENDÊNCIA
declararão nos autos. Se não se der a abstenção, a
No processo penal, exige só que incompatibilidade ou impedimento poderá ser argüido
acusado seja o mesmo, não se exigindo
pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para
que parte autora seja a mesma.
a exceção de suspeição.
STJ/2019: A pendência de julgamento
de litígio no exterior não impede, por si
CAPÍTULO IV - DO CONFLITO DE JURISDIÇÃO
só, o processamento da ação penal no
Brasil, não configurando bis in idem.
Art. 113. As questões atinentes à competência resolver-
Ilegitimidade ad causam e ilegitimidade se-ão não só pela exceção própria, como também pelo
ad processum. conflito positivo ou negativo de jurisdição.
Ilegitimidade para estar em juízo. Art. 115. O conflito poderá ser suscitado:
§ 4o As informações serão prestadas no prazo marcado § 3o Sobre o PEDIDO DE RESTITUIÇÃO SERÁ SEMPRE
pelo relator. OUVIDO O MINISTÉRIO PÚBLICO.
Espaço p/ anotações:
Pedido autuado em apartado. Será
COISAS
intimado para provar o seu direito, em
APREENDIDAS EM
prazo igual e sucessivo ao do
PODER DE 3O DE
BOA-FÉ. reclamante, tendo um e outro 2 dias
para arrazoar. Só Juiz pode decidir.
EMBARGOS DE
TERCEIRO Terceiro é uma pessoa
ESTRANHO À completamente estranha a infração
INFRAÇÃO PENAL
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Art. 135. Pedida a especialização mediante Art. 136. O ARRESTO DO IMÓVEL poderá ser decretado
requerimento, em que a parte estimará o valor da de INÍCIO, revogando-se, porém, se no prazo de 15 DIAS
responsabilidade civil, e designará e estimará o imóvel não for promovido o processo de inscrição da hipoteca
ou imóveis que terão de ficar especialmente legal. (ARRESTO PRÉVIO)
hipotecados, o juiz mandará logo proceder ao
arbitramento do valor da responsabilidade e à avaliação Arresto: Espécie de medida precautelar ao registro de
do imóvel ou imóveis. HL. Como o requerimento da HL demanda rico lastro
probatório (dizer o valor indenizatório devido e
§ 1o A petição será instruída com as provas ou indicação apresentar as certidões imobiliárias), o tempo passar a
das provas em que se fundar a estimação da ser fator decisivo. Como forma de trazer maiores
responsabilidade, com a relação dos imóveis que o garantias ao ofendido, evita-se que os bens lícitos
responsável possuir, se outros tiver, além dos indicados sejam alienados. Admite-se arresto imediato de bens
no requerimento, e com os documentos comprobatórios imóveis, ganhando o requerente 15 dias para pedir a HL.
do domínio.
▪ ARRESTO SUBSIDIÁRIO de BENS MÓVEIS não pode
§ 2o O arbitramento do valor da responsabilidade e a recair sobre bem móvel da família que guarnece a casa.
avaliação dos imóveis designados far-se-ão por perito
nomeado pelo juiz, onde não houver avaliador judicial,
sendo-lhe facultada a consulta dos autos do processo
# Jurisprudência correlata
respectivo.
É possível o arresto prévio de bens de acusados por
Perceba que é o Avaliador Judicial quem deve fazer suposta prática de crime único de corrupção passiva em
esses laudos. Apenas se não tiver o AJ é que o juiz concurso de agentes. Não é necessário que fique
nomeará um perito. demonstrado que réu está praticando atos concretos de
desfazimento de bens. Porém, é imperiosa a
Note a dificuldade que é o deferimento de um pedido de demonstração da plausibilidade do direito e do perigo
Hipoteca Legal. na demora. (STF, 2019)
§ 3o O juiz, OUVIDAS AS PARTES no prazo de 2 DIAS, que Art. 137. Se o responsável NÃO POSSUIR BENS
correrá em cartório, poderá CORRIGIR O IMÓVEIS OU OS POSSUIR DE VALOR INSUFICIENTE,
ARBITRAMENTO DO VALOR DA RESPONSABILIDADE, se PODERÃO ser arrestados BENS MÓVEIS suscetíveis de
Ihe parecer EXCESSIVO ou DEFICIENTE. penhora, nos termos em que é FACULTADA A HIPOTECA
LEGAL dos imóveis. (ARRESTO SUBSIDIÁRIO DE BENS
§ 4o O juiz autorizará SOMENTE a inscrição da hipoteca
MÓVEIS)
do imóvel ou imóveis NECESSÁRIOS À GARANTIA da
responsabilidade.
§ 1o Se esses bens forem coisas fungíveis e facilmente
§ 5o O VALOR DA RESPONSABILIDADE SERÁ deterioráveis, proceder-se-á na forma do § 5o do
LIQUIDADO DEFINITIVAMENTE APÓS A CONDENAÇÃO, Art. 120.
podendo ser requerido novo arbitramento se qualquer
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§ 2o Das rendas dos bens móveis poderão ser Trata-se de venda antecipada de bens, direitos ou
fornecidos recursos arbitrados pelo juiz, para a valores que foram apreendidos ou que foram objeto de
manutenção do indiciado e de sua família. medida cautelar de natureza patrimonial, que deve ser
levada a efeito quando houver dificuldade para a
Art. 138. O processo de especialização da HIPOTECA e custódia do bem ou quando houver risco de perda de
do ARRESTO correrão em AUTO APARTADO. seu valor.
Art. 139. O depósito e a administração dos bens ATENÇÃO: o uso de bens apreendidos ou objeto de
arrestados ficarão sujeitos ao regime do processo civil. assecuratórias é autorizado pelo art. 61 da Lei de
Drogas. O CPP não trata do assunto.
Art. 140. As garantias do ressarcimento do dano
alcançarão também as despesas processuais e as § 1o O leilão far-se-á preferencialmente por meio
penas pecuniárias, tendo preferência sobre estas a eletrônico.
reparação do dano ao ofendido.
§ 2o Os bens deverão ser vendidos pelo valor fixado na
Art. 141. O ARRESTO SERÁ LEVANTADO OU avaliação judicial ou por valor maior. Não alcançado o
CANCELADA A HIPOTECA, se, por sentença irrecorrível, valor estipulado pela administração judicial, será
o RÉU FOR ABSOLVIDO ou julgada EXTINTA A realizado novo leilão, em até 10 DIAS contados da
PUNIBILIDADE. realização do primeiro, podendo os bens ser alienados
por valor NÃO INFERIOR A 80% do estipulado na
Art. 142. Caberá ao Ministério Público promover as AVALIAÇÃO JUDICIAL.
medidas estabelecidas nos arts. 134 e 137, se houver
interesse da Fazenda Pública, ou se o ofendido for pobre § 3o O produto da alienação ficará depositado em conta
e o requerer. vinculada ao juízo até a decisão final do processo,
procedendo-se à sua conversão em renda para a União,
Por força da CF, passou a ser vedado ao MP a Estado ou Distrito Federal, no caso de condenação, ou,
representação judicial da Fazenda Pública. Logo, a 1ª no caso de absolvição, à sua devolução ao acusado.
parte do disposto acima não foi recepcionada pela CF.
§ 4o Quando a indisponibilidade recair sobre dinheiro,
Art. 143. Passando em julgado a sentença condenatória, inclusive moeda estrangeira, títulos, valores mobiliários
serão os autos de hipoteca ou arresto remetidos ao juiz ou cheques emitidos como ordem de pagamento, o juízo
do cível (art. 63). determinará a conversão do numerário apreendido em
moeda nacional corrente e o depósito das
Art. 144. Os interessados ou, nos casos do art. 142, o correspondentes quantias em conta judicial.
Ministério Público poderão requerer no juízo cível,
contra o responsável civil, as medidas previstas § 5o No caso da alienação de veículos, embarcações ou
nos arts. 134, 136 e 137. aeronaves, o juiz ordenará à autoridade de trânsito ou
ao equivalente órgão de registro e controle a expedição
Art. 144-A. O juiz determinará a ALIENAÇÃO de certificado de registro e licenciamento em favor do
ANTECIPADA para PRESERVAÇÃO DO VALOR DOS arrematante, ficando este livre do pagamento de
BENS sempre que estiverem sujeitos a QUALQUER multas, encargos e tributos anteriores, sem prejuízo de
GRAU DE DETERIORAÇÃO OU DEPRECIAÇÃO, ou quando execução fiscal em relação ao antigo proprietário.
houver DIFICULDADE PARA SUA MANUTENÇÃO.
§ 6o O valor dos títulos da dívida pública, das ações das
sociedades e dos títulos de crédito negociáveis em
bolsa será o da cotação oficial do dia, provada por
certidão ou publicação no órgão oficial.
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o
I - mandará autuar em APARTADO a impugnação, e em § 2 O juiz nomeará CURADOR ao acusado, quando
seguida OUVIRÁ A PARTE CONTRÁRIA, que, no prazo de 48 determinar o exame, FICANDO SUSPENSO O PROCESSO,
HORAS, oferecerá resposta; SE JÁ INICIADA A AÇÃO PENAL, SALVO quanto às
DILIGÊNCIAS QUE POSSAM SER PREJUDICADAS pelo
II - assinará o prazo de 3 DIAS, sucessivamente, a cada adiamento.
uma das partes, para PROVA DE SUAS ALEGAÇÕES;
Espaço p/ anotações:
COMUNHÃO DE PROVA Uma vez produzida a prova, ela pertencerá a todos os sujeitos processuais, mesmo
que tenha sido levada por apenas uma das partes.
ORALIDADE
Subprincípios:
I - Concentração (coleta de provas em uma única audiência);
CONCEITO EXEMPLO
PROVA INOMINADA Não é prevista em lei, mas é lícita Reconhecimento fotográfico por e-mail, gravações,
e moralmente legítima. filmagens, fotografias.
CONCEITO EXEMPLO
PROVA TÍPICA Possui seu procedimento previsto Reconhecimento de pessoas é uma prova nominada
em lei. (prevista em lei) e típica (procedimento previsto em
lei).
Reconstituição do crime.
PROVA ATÍPICA Não possui seu procedimento Reconstituição do crime é uma prova nominada
previsto em lei. (prevista em lei) e atípica (procedimento não previsto
em lei).
CONCEITO EXEMPLO
PROVA DIRETA Permite conhecer fato por meio de um Testemunha ocular do homicídio. Não precisa
único raciocínio. deduzir nada.
CONCEITO EXEMPLO
Sistema da Juiz é livre para decidir, sem necessidade Esse sistema é válido apenas para os
Certeza Judicial de motivar, podendo valer-se do que não JURADOS.
ou ÍNTIMA está nos autos.
CONVICÇÃO
OBS. Segundo o magistério de Renato Brasileiro, o processo penal não é regido pelo Princípio da Verdade
Material ou Real, mas sim pelo Princípio da Busca da Verdade.
Ex: um homicídio na rua terá Ex: prova testemunhal da pessoa Ex: Busca domiciliar é colocado
como fonte de prova as que presenciou o crime. como um meio de prova, porém é um
imagens de câmeras de meio de obtenção de prova, no caso
monitoramento, possíveis de obter êxito, por exemplo, em
testemunhas, arma do crime. achar uma arma de fogo, a
apreensão desta arma, será um
meio de prova.
A Teoria da Fonte Independente já era adotada pelo STF, vindo a ser inserida
no Art. 157, §1o, CPP.
TEORIA DA FONTE
INDEPENDENTE Se os elementos de informação forem adquiridos de fonte autônoma, que
não guarde relação de dependência, nem decorra de prova ilícita, tais dados
probatórios são admissíveis.
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TEORIA DA DESCOBERTA Se demonstrado que a prova derivada da ilícita seria produzida de qualquer
INEVITÁVEL modo, independentemente da prova ilícita originária, tal prova deve ser
considerada válida. STJ adota.
TEORIA DO ENCONTRO Atenção: Sobre a busca e apreensão em escritório de advocacia, pela lei, o
FORTUITO DE PROVAS,OU mandado deve ser específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença
DA SERENDIPIDADE OU de representante da OAB, sendo vedada a utilização de documentos e
CRIME ACHADO objetos pertencentes a clientes do advogado investigado, salvo se tais
clientes também estiverem sendo investigados como partícipes ou
coautores do advogado. Aqui, não se aplica a teoria do encontro fortuito
quanto a documentos não referentes ao investigado, pois estariam
protegidos pelo sigilo, não fazendo parte do objeto da diligência.
Exemplo: Imagine que “A” é advogado. O escritório de “A” foi objeto de uma
busca e apreensão, porque “A” era suspeito de ter praticado o crime “X”.
Durante a busca e apreensão foram apreendidos documentos relacionados
com “B” (cliente de “A”) que não era investigado pelo crime “X”. Por conta
desses documentos apreendidos, “B” foi denunciado pelo crime “Y”. “B”
impetrou HC no STJ afirmando que a apreensão dos documentos foi ilegal.
STJ acolheu a tese de defesa.
Não há produção de prova, mas somente coleta de 3. A decisão que determina a produção antecipada de
elementos informativos, durante o inquérito policial. provas com base no art. 366 do CPP deve ser
Prova é aquela produzida no processo judicial, sob o concretamente fundamentada, não a justificando
crivo do contraditório, e assim capaz de oferecer unicamente o mero decurso do tempo. (Súmula n.
maior segurança na reconstrução histórica dos fatos. 455/STJ)
Consoante o entendimento firmado no julgamento do
AREsp 1.803.562/CE, embora os jurados não precisem Esse Tese sofreu uma mitigação, no sentido de que a
motivar suas decisões, os Tribunais locais - quando fundamentação da decisão que determina a produção
confrontados com apelações defensivas - precisam antecipada de provas pode limitar-se a destacar a
fazê-lo, indicando se existem provas capazes de probabilidade de que, não havendo outros meios de
demonstrar cada elemento essencial do crime. prova disponíveis, as testemunhas, pela natureza de
sua atuação profissional, marcada pelo contato diário
Se o Tribunal não identificar nenhuma prova com os fatos criminosos que apresentam
judicializada sobre determinado elemento essencial semelhanças em sua dinâmica, devem ser ouvidas
do crime, mas somente indícios oriundos do inquérito com a possível urgência (STJ, 2020)
policial, há duas situações possíveis: ou o aresto é
omisso, por deixar de analisar uma prova relevante, 4. A propositura da ação penal exige tão somente a
ou tal prova realmente não existe, o que viola o art. 155 presença de indícios mínimos de materialidade e de
do CPP. (Info 719, 11/2021) autoria, de modo que a certeza deverá ser
comprovada durante a instrução probatória,
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das prevalecendo o princípio do in dubio pro societate na
pessoas serão observadas as restrições estabelecidas fase de oferecimento da denúncia.
na lei civil.
5. A incidência da qualificadora rompimento de
Como exemplos de provas quanto ao estado de obstáculo, prevista no art. 155, § 4o, I, do Código Penal,
pessoas, temos: certidão de casamento, certidão de está condicionada à comprovação por laudo pericial,
óbito, certidão de nascimento. salvo em caso de desaparecimento dos vestígios,
quando a prova testemunhal, a confissão do acusado
Cabe RESE contra a decisão que indefere a produção ou o exame indireto poderão lhe suprir a falta.
de provas antecipadas.
6. É válido e revestido de eficácia probatória o
testemunho prestado por policiais envolvidos em ação
investigativa ou responsáveis por prisão em flagrante,
Jurisprudência em teses
quando estiver em harmonia com as demais provas
Ed. 105 - Provas no processo penal dos autos e for colhido sob o crivo do contraditório e
da ampla defesa.
1. As provas inicialmente produzidas na esfera
inquisitorial e reexaminadas na instrução criminal, 7. O reconhecimento fotográfico do réu, quando
com observância do contraditório e da ampla defesa, ratificado em juízo, sob a garantia do contraditório e
não violam o art. 155 do CPP visto que eventuais ampla defesa, pode servir como meio idôneo de prova
irregularidades ocorridas no inquérito policial não para fundamentar a condenação.
contaminam a ação penal dele decorrente.
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SE LIGA: O reconhecimento do suspeito de um crime prova pela natureza da atuação profissional, marcada
por mera exibição de fotografias há de ser visto como pelo contato diário com fatos criminosos.
etapa antecedente a eventual reconhecimento pessoal OBS: Como já dissemos, o STF tem entendimento
e, portanto, não pode servir como prova em ação contrário.
penal, ainda que confirmado em juízo.
6. Não há cerceamento de defesa quando a decisão que
8. A folha de antecedentes criminais é documento indefere oitiva de testemunhas residentes em outro país
hábil e suficiente a comprovar os maus antecedentes for devidamente fundamentada.
e a reincidência, não sendo necessária a apresentação
de certidão cartorária. 7. É ilícita a prova colhida mediante acesso aos dados
armazenados no aparelho celular, relativos a
10. O registro audiovisual de depoimentos colhidos no mensagens de texto, SMS, conversas por meio de
âmbito do processo penal dispensa sua degravação ou aplicativos (WhatsApp), e obtida diretamente pela
transcrição, em prol dos princípios da razoável polícia, sem prévia autorização judicial.
duração do processo e da celeridade processual,
salvo comprovada demonstração de necessidade. 8. É desnecessária a realização de perícia para a
identificação de voz captada nas interceptações
telefônicas, salvo quando houver dúvida plausível que
Jurisprudência em teses
justifique a medida.
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a § 1o São também INADMISSÍVEIS as PROVAS
fizer, sendo, porém, FACULTADO AO JUIZ DE OFÍCIO: DERIVADAS DAS ILÍCITAS, SALVO quando não
evidenciado o NEXO DE CAUSALIDADE entre umas e
I – ordenar, MESMO ANTES DE INICIADA A AÇÃO outras, ou quando as DERIVADAS puderem ser obtidas
PENAL, a PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS por uma FONTE INDEPENDENTE das primeiras.
CONSIDERADAS URGENTES E RELEVANTES,
observando a necessidade, adequação e É o que se chama de Teoria da Árvore dos frutos
proporcionalidade da medida; Envenenados.
interlocutor que seja se passando por seu dono, a ▪ É lícito o compartilhamento de dados bancários feito
prova obtida dessa maneira arbitrária é ilícita. (STJ, por órgão de investigação do país estrangeiro para a
2019) polícia brasileira, mesmo que, no Estado de origem,
essas informações não tenham sido obtidas com
▪ Sem prévia autorização judicial, são nulas as provas autorização judicial, já que isso não é exigido naquele
obtidas pela polícia por meio da extração de dados e país. Respeitadas as garantias processuais do
de conversas registradas no Whatsapp presentes no investigado, não há prejuízo na cooperação direta
celular do suposto autor de fato delituoso, ainda que o entre as agências investigativas, sem a participação
aparelho tenha sido apreendido no momento da prisão das autoridades centrais. A ilicitude da prova ou do
em flagrante. (Info 593, STJ) meio de sua obtenção somente poderia ser
pronunciada se o réu demonstrasse alguma violação
▪ É nula a decisão judicial que autoriza o de suas garantias ou das específicas regras de
espelhamento do Whatsapp via código QR para acesso produção probatória. (Info 695, STJ, 2021)
no Whatsapp Web. (Info 640, STJ)
▪ É ilegal a quebra do sigilo telefônico mediante a
▪ Não há ilegalidade na perícia de aparelho de habilitação de chip da autoridade policial em
telefonia celular pela polícia, sem prévia autorização substituição ao do investigado titular da linha. A Lei nº
judicial, na hipótese em que seu proprietário - a vítima 9.296/96 não autoriza a suspensão do serviço
- foi morto, tendo o referido telefone sido entregue à telefônico ou do fluxo da comunicação telemática
autoridade policial por sua esposa. (Info 617, STJ) mantida pelo usuário, tampouco a substituição do
investigado e titular da linha por agente indicado pela
▪ É ilícita a prova obtida por meio de revista íntima autoridade policial. (Info 696, STJ, 2021).
realizada com base unicamente em denúncia anônima.
(Info 659, STJ)
ENTENDIMENTOS sobre CELULAR x PROVA
▪ A realização de perícia antropológica constitui-se
Acesso a dados de Prova Lícita
em importante instrumento no caso de indígena
celular apreendido em
acusado de crime de homicídio a fim de assistir as busca e apreensão
partes nos debates em plenário. (Info 659, STJ).
Acesso a dados de Prova Lícita
celular da vítima
▪ A determinação judicial para identificação dos
falecida
usuários que operaram em determinada área
geográfica, suficientemente fundamentada, não Acesso a dados de Necessita de
ofende a proteção à privacidade e à intimidade. (Info celular apreendido em autorização judicial
678, STJ) prisão em flagrante
§ 3º VESTÍGIO é todo objeto ou material bruto, visível ou quebra da cadeia de custódia da prova (break on the
latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à chain of custody) ou do descumprimento formal de
infração penal. uma das exigências feitas pelo legislador no capítulo
intitulado "Do exame de corpo de delito, da cadeia de
# Jurisprudência Correlata (11/2021) custódia e das perícias em geral": essa quebra
acarreta a inadmissibilidade da prova e deve ela (e as
dela decorrentes) ser excluída do processo? Seria
As irregularidades constantes da cadeia de custódia
caso de nulidade da prova? Em caso afirmativo, deve
devem ser sopesadas pelo magistrado com todos os
a defesa comprovar efetivo prejuízo, para que a
elementos produzidos na instrução, a fim de aferir se
nulidade seja reconhecida (à luz da máxima pas de
a prova é confiável.
nulitté sans grief)? Ou deve o juiz aferir se a prova é
confiável de acordo com todos os elementos
Entenda o julgado: A controvérsia que se estabelece
existentes nos autos, a fim de identificar se eles são
diz respeito às consequências para o processo penal
capazes de demonstrar a sua autenticidade e a sua
da quebra da cadeia de custódia da prova.
integridade?
O art. 158-A diz o que se considera “cadeia de
Se é certo que, por um lado, o legislador trouxe, nos
custódia”.
arts. 158-A a 158-F do CPP, determinações
extremamente detalhadas de como se deve preservar
É imperioso salientar que a autenticação de uma prova
a cadeia de custódia da prova, também é certo que, por
é um dos métodos que assegura ser o item
outro, quedou-se silente em relação aos critérios
apresentado aquilo que se afirma ele ser, denominado
objetivos para definir quando ocorre a quebra da
pela doutrina de princípio da mesmidade.
cadeia de custódia e quais as consequências jurídicas,
para o processo penal, dessa quebra ou do
Com vistas a salvaguardar o potencial epistêmico do
descumprimento de um desses dispositivos legais.
processo penal, o Pacote Anticrime disciplinou - de
maneira, aliás, extremamente minuciosa - uma série
Respeitando aqueles que defendem a tese de que a
de providências que concretizam o desenvolvimento
violação da cadeia de custódia implica, de plano e por
técnico-jurídico da cadeia de custódia.
si só, a inadmissibilidade ou a nulidade da prova, de
modo a atrair as regras de exclusão da prova ilícita,
De forma bastante sintética, pode-se afirmar que o
parece ser mais adequada aquela posição que
art. 158-B detalha as diversas etapas de rastreamento
sustenta que as irregularidades constantes da cadeia
do vestígio.
de custódia devem ser sopesadas pelo magistrado
com todos os elementos produzidos na instrução, a
O art. 158-C, por sua vez, estabelece o perito oficial
fim de aferir se a prova é confiável. Assim, à míngua
como sujeito preferencial a realizar a coleta dos
de outras provas capazes de dar sustentação à
vestígios, bem como o lugar para onde devem ser
acusação, deve a pretensão ser julgada improcedente,
encaminhados (central de custódia).
por insuficiência probatória, e o réu ser absolvido.
(Info 720, STJ, 10/2021)
Já o art. 158-D disciplina como os vestígios devem ser
acondicionados, com a previsão de que todos os
recipientes devem ser selados com lacres, com
numeração individualizada, "de forma a garantir a Art. 158-B. A CADEIA DE CUSTÓDIA compreende o
inviolabilidade e a idoneidade do vestígio". rastreamento do vestígio nas SEGUINTES ETAPAS:
(2019)
Uma das mais relevantes controvérsias que essa
alteração legislativa suscita diz respeito às I - RECONHECIMENTO: ato de distinguir um elemento
consequências jurídicas, para o processo penal, da como de potencial interesse para a produção da prova
pericial;
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IV - COLETA: ato de recolher o vestígio que será § 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito
submetido à análise pericial, respeitando suas ou processo DEVEM ser tratados como descrito nesta
características e natureza; Lei, ficando órgão central de perícia oficial de natureza
criminal responsável por detalhar a forma do seu
V - ACONDICIONAMENTO: procedimento por meio do cumprimento.
qual cada vestígio coletado é embalado de forma
individualizada, de acordo com suas características § 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime
com anotação da data, hora e nome de quem realizou a antes da liberação por parte do perito responsável,
coleta e o acondicionamento; sendo tipificada como fraude processual a sua
realização.
VI - TRANSPORTE: ato de transferir o vestígio de um
local para o outro, utilizando as condições adequadas Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do
(embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de vestígio será determinado pela natureza do material.
modo a garantir a manutenção de suas características (2019)
originais, bem como o controle de sua posse;
§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com
VII - RECEBIMENTO: ato formal de transferência da lacres, com numeração individualizada, de forma a
posse do vestígio, que deve ser documentado com, no garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio
mínimo, informações referentes ao número de durante o transporte.
procedimento e unidade de polícia judiciária
relacionada, local de origem, nome de quem § 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio,
transportou o vestígio, código de rastreamento, preservar suas características, impedir contaminação e
natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, vazamento, ter grau de resistência adequado e espaço
assinatura e identificação de quem o recebeu; para registro de informações sobre seu conteúdo.
VIII - PROCESSAMENTO: exame pericial em si, § 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que
manipulação do vestígio de acordo com a metodologia vai proceder à análise e, motivadamente, por pessoa
adequada às suas características biológicas, físicas e autorizada.
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que
deverá ser formalizado em laudo produzido por perito; § 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer
constar na ficha de acompanhamento de vestígio o
IX - ARMAZENAMENTO: procedimento referente à nome e a matrícula do responsável, a data, o local, a
guarda, em condições adequadas, do material a ser finalidade, bem como as informações referentes ao
processado, guardado para realização de contraperícia, novo lacre utilizado.
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§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no § 1o Na FALTA DE PERITO OFICIAL, o exame será
interior do novo recipiente. realizado por 2 PESSOAS IDÔNEAS, portadoras de
diploma de CURSO SUPERIOR PREFERENCIALMENTE
Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão NA ÁREA ESPECÍFICA, dentre as que tiverem
ter uma central de custódia destinada à guarda e HABILITAÇÃO TÉCNICA relacionada com a NATUREZA
controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada DO EXAME.
diretamente ao órgão central de perícia oficial de
natureza criminal. (2019) #INTERDISCIPLINARIEDADE
LEI DE DROGAS
§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços
de protocolo, com local para conferência, recepção, LEI DE DROGAS CPP
devolução de materiais e documentos, possibilitando a
1 perito oficial 1 perito oficial
seleção, a classificação e a distribuição de materiais,
devendo ser um espaço seguro e apresentar condições ou ou
ambientais que não interfiram nas características do 1 pessoa idônea 2 pessoas idôneas
vestígio. (2019)
# Jurisprudência Correlata
§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de
vestígio deverão ser protocoladas, consignando-se
A perícia realizada por perito papiloscopista não pode ser
informações sobre a ocorrência no inquérito que a eles
considerada prova ilícita nem deve ser excluída do
se relacionam.
processo. (Info 953, STF)
Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material O Pacote Anticrime passou a prever que o juiz das
deverá ser devolvido à central de custódia, devendo garantias poderá deferir a admissão do assistente
nela permanecer. técnico (art. 3o- B – eficácia ainda suspensa). Como o juiz
das garantias atua apenas na fase investigatória, pode-
Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua se afirmar que, implicitamente, o legislador passou a
espaço ou condições de armazenar determinado admitir a atuação do assistente na fase de inquérito.
material, deverá a autoridade policial ou judiciária
determinar as condições de depósito do referido § 4o O ASSISTENTE TÉCNICO ATUARÁ A PARTIR DE SUA
material em local diverso, mediante requerimento do ADMISSÃO PELO JUIZ e APÓS A CONCLUSÃO DOS
diretor do órgão central de perícia oficial de natureza EXAMES E ELABORAÇÃO DO LAUDO pelos peritos
criminal. oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão.
mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem previamente marcados, se realize a diligência, da qual se
esclarecidas sejam encaminhados com ANTECEDÊNCIA lavrará auto circunstanciado.
MÍNIMA de 10 DIAS, podendo apresentar as respostas em
laudo complementar; Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou
particular indicará o lugar da sepultura, sob pena de
II – INDICAR ASSISTENTES TÉCNICOS que poderão desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem
apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em
ser inquiridos em audiência. lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá
às pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.
§ 6o Havendo requerimento das partes, o material
probatório que serviu de base à perícia será Art. 164. Os cadáveres serão SEMPRE fotografados na
disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá posição em que forem encontrados, bem como, na medida
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para do possível, todas as lesões externas e vestígios
exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua deixados no local do crime.
conservação.
Art. 165. Para representar as lesões encontradas no
§ 7o Tratando-se de PERÍCIA COMPLEXA que abranja mais cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do
de 1 área de conhecimento especializado, poder-se-á exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos,
designar a ATUAÇÃO DE MAIS DE 1 PERITO OFICIAL, e a devidamente rubricados.
parte indicar mais de 1 assistente técnico.
Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde exumado, proceder-se-á ao reconhecimento pelo
descreverão minuciosamente o que examinarem, e Instituto de Identificação e Estatística ou repartição
responderão aos quesitos formulados. congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-
se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se
PARÁGRAFO ÚNICO. O LAUDO pericial será elaborado no descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações.
PRAZO MÁXIMO de 10 DIAS, podendo este prazo ser
PRORROGADO, EM CASOS EXCEPCIONAIS, a Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e
requerimento dos peritos. autenticados todos os objetos encontrados, que possam
ser úteis para a identificação do cadáver.
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em
QUALQUER DIA E A QUALQUER HORA. Art. 167. NÃO SENDO POSSÍVEL O EXAME DE CORPO
DE DELITO, por haverem DESAPARECIDO OS VESTÍGIOS,
Art. 162. A AUTÓPSIA SERÁ FEITA PELO MENOS 6 a PROVA TESTEMUNHAL PODERÁ SUPRIR-LHE A FALTA.
HORAS DEPOIS DO ÓBITO, salvo se os peritos, pela
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser Art. 168. Em caso de LESÕES CORPORAIS, se o 1º EXAME
feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. PERICIAL TIVER SIDO INCOMPLETO, proceder-se-á a
EXAME COMPLEMENTAR por determinação da
Parágrafo único. Nos casos de MORTE VIOLENTA, AUTORIDADE POLICIAL ou JUDICIÁRIA, de ofício, ou a
BASTARÁ O SIMPLES EXAME EXTERNO DO CADÁVER, requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do
quando não houver infração penal que apurar, ou quando acusado, ou de seu defensor.
as lesões externas permitirem precisar a causa da morte
e não houver necessidade de exame interno para a § 1o No exame complementar, os peritos terão presente o
verificação de alguma circunstância relevante. auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência
ou retificá-lo.
Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a
autoridade providenciará para que, em dia e hora
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§ 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do quando a conduta deixar vestígios, entretanto, o
delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser feito laudo pericial será substituído por outros elementos
logo que decorra o prazo de 30 DIAS, contado da data do de prova na hipótese em que as evidências tenham
crime. desaparecido ou que o lugar se tenha tornado
impróprio ou, ainda, quando as circunstâncias do
§ 3o A FALTA DE EXAME COMPLEMENTAR PODERÁ SER crime não permitirem a análise técnica.
SUPRIDA PELA PROVA TESTEMUNHAL.
▪ Perícia é desnecessária:
I- Crimes Sexuais (palavra da vítima possui especial
Sobre o EXAME DE CORPO DE DELITO
relevância)
Não necessariamente significa o
II- Arma de Fogo no roubo (como causa de aumento)
O que significa a corpo de uma pessoa, mas sim
vestígios deixados pelo crime, III- Furto qualificado mediante escalada, se houver
expressão
“corpo de ou seja, diz respeito à outras provas.
delito”? materialidade da infração penal.
O ECD é um exemplo de Sistema ▪ Perícia é necessária: Furto mediante rompimento
Tarifário de provas. de obstáculo, pois é infração que deixa vestígio,
Infração penal ECD é indispensável e confissão salvo em caso de desaparecimento dos vestígios,
deixou não pode suprir. quando a prova testemunhal, a confissão do acusado
vestígios? ou o exame indireto poderão lhe suprir a falta. (STJ,
Vestígios da ECD é dispensável e prova 2019)
infração penal testemunhal pode suprir. Prova
desapareceram? documental também pode ▪ Laudo Pericial, em regra, não é condição de
suprir. procedibilidade, podendo o MP oferecer denúncia
1) Juiz sem ele. Só é condição de procedibilidade em 2
Quem pode 2) MP casos:
determinar a 3) Autoridade Policial
realização do I - Lei de Drogas (Laudo preliminar de constatação,
ECD e não o laudo definitivo)
Obs. O incidente de insanidade
mental é de competência II - Crimes contra propriedade imaterial. Se crime
exclusiva do Juiz. deixou vestígio, queixa ou denúncia não será
recebida se não for instruída com exame pericial dos
ECD Feito sobre o
próprio corpo de objetos que constituam corpo de delito.
direto
delito.
Ex: cadáver No final das contas, lembre-se: a perícia não é
Classificação absolutamente obrigatória em nenhum caso. Ora, se
Advém do
o crime não deixou nenhum vestígio, mas se tem
raciocínio lógico de
dedução ou outras provas (testemunha, própria confissão, etc)
ECD suficientes para um decreto condenatório, ela pode
indução, em regra,
indireto
em razão do fato sim ser dispensada.
narrado pela
testemunha.
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver
sido praticada a infração, a autoridade providenciará
# Comentários imediatamente para que não se altere o estado das
coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir
▪ É necessária a realização do exame de corpo de seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas
elucidativos.
delito para comprovação da materialidade do crime
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Art. 171. Nos crimes cometidos com DESTRUIÇÃO OU IV - quando não houver escritos para a comparação ou
ROMPIMENTO DE OBSTÁCULO a subtração da coisa, ou forem insuficientes os exibidos, a autoridade mandará
por MEIO DE ESCALADA, os peritos, ALÉM DE que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver
DESCREVER OS VESTÍGIOS, INDICARÃO COM QUE ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta última
INSTRUMENTOS, POR QUE MEIOS E EM QUE ÉPOCA diligência poderá ser feita por precatória, em que se
PRESUMEM TER SIDO O FATO PRATICADO. consignarão as palavras que a pessoa será intimada a
escrever.
# Jurisprudência Correlata
Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos
empregados para a prática da infração, a fim de se Ihes
▪ Quanto à escalada, o STJ entende que a incidência da verificar a natureza e a eficiência.
qualificadora do Art. 155, § 4º, inciso II, do CP exige
exame pericial, somente admitindo-se prova indireta Art. 176. A autoridade e as partes poderão formular
quando justificada a impossibilidade de realização do quesitos até o ato da diligência.
laudo direto, o que não restou explicitado nos autos.
(STJ, 2019) Art. 177. No EXAME POR PRECATÓRIA, A NOMEAÇÃO
DOS PERITOS FAR-SE-Á NO JUÍZO DEPRECADO.
Havendo, porém, no caso de AÇÃO PRIVADA, acordo das
Art. 172. Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação partes, essa NOMEAÇÃO PODERÁ SER FEITA PELO JUIZ
de coisas destruídas, deterioradas ou que constituam DEPRECANTE.
produto do crime.
Parágrafo único. Os quesitos do juiz e das partes serão
Parágrafo único. Se impossível a avaliação direta, os transcritos na precatória.
peritos procederão à avaliação por meio dos elementos
existentes nos autos e dos que resultarem de Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado
diligências. pela autoridade ao diretor da repartição, juntando-se ao
processo o laudo assinado pelos peritos.
Art. 173. No caso de incêndio, os peritos verificarão a
causa e o lugar em que houver começado, o perigo que Art. 179. No caso do § 1o do Art. 159, o escrivão lavrará o
dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio auto respectivo, que será assinado pelos peritos e, se
alheio, a extensão do dano e o seu valor e as demais presente ao exame, também pela autoridade.
circunstâncias que interessarem à elucidação do fato.
Parágrafo único. No caso do art. 160, parágrafo único, o
Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, laudo, que poderá ser datilografado, será subscrito e
por comparação de letra, observar-se-á o seguinte: rubricado em suas folhas por todos os peritos.
I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o
escrito será intimada para o ato, se for encontrada;
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# Jurisprudência Correlata
INTERROGATÓRIO
É nula a “entrevista” realizada pela autoridade policial
Está prevista no com o investigado, durante a busca e apreensão em sua
ordenamento residência, sem que tenha sido assegurado ao
É PROVA NOMINADA
jurídico. investigado o direito à prévia consulta a seu advogado e
NOMINADA
TÍPICA sem que ele tenha sido comunicado sobre seu direito ao
Tem seu
procedimento silêncio e de não produzir provas contra si mesmo.
TÍPICA Trata-se de um “INTERROGATÓRIO TRAVESTIDO DE
previsto em lei.
ENTREVISTA”, havendo violação do direito ao silêncio e
MEIO DE DEFESA à não autoincriminação. (Info 944, STF)
NATUREZA (Acusado possui direito de audiência -
desdobramento da ampla defesa –
JURÍDICA § 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em
direito à autodefesa e direito ao
silêncio.) sala própria, no estabelecimento em que estiver
recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do
juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares
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§ 10. Do interrogatório DEVERÁ CONSTAR A condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros
INFORMAÇÃO SOBRE A EXISTÊNCIA DE FILHOS, dados familiares e sociais.
RESPECTIVAS IDADES E SE POSSUEM ALGUMA
DEFICIÊNCIA E O NOME E O CONTATO DE EVENTUAL § 2o Na SEGUNDA PARTE será perguntado sobre:
RESPONSÁVEL PELOS CUIDADOS DOS FILHOS,
indicado pela pessoa presa. I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita;
Art. 186. Depois de devidamente qualificado e II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum
cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será motivo particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa
informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do
seu direito de permanecer calado e de não responder crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da
perguntas que lhe forem formuladas. prática da infração ou depois dela;
Parágrafo único. O SILÊNCIO, que NÃO IMPORTARÁ III - onde estava ao tempo em que foi cometida a
EM CONFISSÃO, NÃO PODERÁ SER INTERPRETADO EM infração e se teve notícia desta;
PREJUÍZO DA DEFESA.
IV - as provas já apuradas;
# Jurisprudência Correlata
V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas
ou por inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar
A falta de advertência sobre o direito ao silêncio não contra elas;
conduz à anulação automática do interrogatório ou
depoimento, devendo ser comprovado o VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a
constrangimento ilegal. É causa de nulidade relativa. infração, ou qualquer objeto que com esta se relacione
e tenha sido apreendido;
#MNEMÔNICO:
“ACUSADO/INVESTIGADO/SUSPEITO NÃO É VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam
OBRIGADO A COMPARECER NO ‘BARE’” (Não cabe à elucidação dos antecedentes e circunstâncias da
condução coercitiva) infração;
B Bafômetro
VIII - se tem algo mais a alegar em sua defesa.
A Acareação
Interrogatório tem 2 partes:
R Reprodução simulada dos fatos
1a PESSOA do acusado
E Exame Grafotécnico
2a FATOS.
Art. 187. O INTERROGATÓRIO será CONSTITUÍDO DE 2 Art. 188. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará
PARTES: sobre a PESSOA DO ACUSADO e sobre OS das partes se restou algum fato para ser esclarecido,
FATOS. formulando as perguntas correspondentes se o
entender pertinente e relevante.
§ 1o Na PRIMEIRA PARTE o interrogando será
perguntado sobre a residência, meios de vida ou Art. 189. Se o interrogando negar a acusação, no todo ou
profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a em parte, poderá prestar esclarecimentos e indicar
sua atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso provas.
ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o
juízo do processo, se houve suspensão condicional ou
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Art. 191. Havendo mais de 1 acusado, serão interrogados ▪ Não sabe ESCREVER, não puder ou não quiser
ASSINAR: Fato consignado no termo.
separadamente.
(ART. 209)
Em regra, são compro-
QUANTIDADE DE TESTEMUNHAS missadas.
Não são computadas no
PROCEDIMENTO COMUM 3 número de testemunhas
SUMARÍSSIMO legalmente permitido,
podendo ser ouvidas em
número ilimitado.
PROCED. COMUM ORDINÁRIO 8
Não prestam
compromisso legal, a
1a FASE DO JÚRI INFORMANTES exemplo da mãe do réu.
OBS. Corréu não pode ser
PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO
testemunha.
5
2a FASE DO JÚRI São testemunhas não
arroladas, mas indicadas
REFERIDAS no decorrer da instrução
LEI DE DROGAS por outras testemunhas.
Se ao juiz parecer
conveni-ente, serão
ouvidas.
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consentimento válido do interessado direto na Art. 207. São PROIBIDAS de depor as pessoas que,
manutenção do segredo (cliente). Mesmo que a parte em razão de função, MINISTÉRIO, OFÍCIO OU
interessada faça isso, ou seja, mesmo que ela autorize PROFISSÃO, devam guardar segredo, SALVO se,
que o profissional revele os fatos resguardados pelo desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o
sigilo, ainda assim ele é quem irá decidir se irá dar ou seu testemunho.
não seu testemunho. (Info 967, STF).
#DESPENCAEMPROVA #ATENÇÃO
Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a
promessa de dizer a verdade do que souber e Ihe for ▪ No final das contas, são os únicos que podem se
perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu
recusar a depor, incondicionalmente.
estado e sua residência, sua profissão, lugar onde
exerce sua atividade, se é parente, e em que grau, de
▪ Moral da história: Como prevê o art. 202, de fato, TODA
alguma das partes, ou quais suas relações com
PESSOA PODERÁ SER TESTEMUNHA.
qualquer delas, e relatar o que souber, explicando
sempre as razões de sua ciência ou as circunstâncias
Os que são proibidos pelo art. 207 podem ser
pelas quais possa avaliar-se de sua credibilidade.
desobrigados pelos interessados e, se quiserem, podem
ser ouvidos.
Art. 204. O depoimento será prestado oralmente, não
sendo permitido à testemunha trazê-lo por escrito. Os doentes, deficientes mentais e menores de 14 anos,
prescritos no art. 208, embora não prestem
Parágrafo único. NÃO SERÁ VEDADA à testemunha, compromisso, podem ser ouvidas.
entretanto, BREVE CONSULTA A APONTAMENTOS.
Os familiares do acusado, dispostos no art. 206, quando
Isto é, a testemunha pode fazer ligeiras consultas a não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-
apontamentos, mas jamais trazer seu depoimento por se a prova do fato e de suas circunstâncias, também não
escrito. podem se eximir da obrigação de depor.
Art. 205. Se ocorrer dúvida sobre a identidade da Art. 208. NÃO SE DEFERIRÁ O COMPROMISSO a que
testemunha, o juiz procederá à verificação pelos meios alude o art. 203 aos DOENTES e DEFICIENTES MENTAIS
ao seu alcance, podendo, entretanto, tomar-lhe o e aos MENORES DE 14 ANOS, nem às PESSOAS A QUE
depoimento desde logo. SE REFERE O ART. 206.
Art. 206. A testemunha (vítima está incluída) NÃO Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá
poderá eximir-se da obrigação de depor. PODERÃO, ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas
entretanto, RECUSAR-SE a fazê-lo o ASCENDENTE ou partes. (TESTEMUNHAS DO JUÍZO)
DESCENDENTE, o afim em linha reta, o CÔNJUGE, ainda
que desquitado, o IRMÃO e o PAI, a MÃE, ou o FILHO § 1o Se ao juiz parecer conveniente, serão ouvidas as
ADOTIVO DO ACUSADO, SALVO quando não for possível, pessoas a que as testemunhas se referirem.
por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato (TESTEMUNHAS REFERIDAS)
e de suas circunstâncias.
§ 2o NÃO SERÁ COMPUTADA como testemunha a
Atenção: Prerrogativa de se recusar a testemunhar só pessoa que NADA SOUBER que interesse à decisão da
existe para os parentes do acusado, jamais para os da causa. (TESTEMUNHAS INÓCUA)
vítima.
Quantidade de testemunha deve ser computada em
vista de cada fato delituoso e cada réu, considerados
individualmente.
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Art. 210. As testemunhas serão inquiridas cada uma de SISTEMAS DE CONCEITO APLICAÇÃO
INQUIRIÇÃO
per si, de modo que umas não saibam nem ouçam os
depoimentos das outras, devendo o juiz adverti-las das
Perguntas Oitiva de
penas cominadas ao falso testemunho.
formuladas testemunhas
SISTEMA DE pelas partes (Art. 212).
Parágrafo único. Antes do início da audiência e durante INQUISIÇÃO diretamente
a sua realização, serão reservados espaços separados DIRETA a
para a garantia da incomunicabilidade das testemunhas. testemunha.
2º) Parte contrária àquela que arrolou a testemunha faz Art. 213. O juiz NÃO PERMITIRÁ que a testemunha
outras perguntas; manifeste suas APRECIAÇÕES PESSOAIS, SALVO
3º) Juiz, ao final, poderá complementar a inquirição quando inseparáveis da narrativa do fato.
sobre os pontos não esclarecidos.
Art. 214. Antes de iniciado o depoimento, as partes
Obs1: Não confundir com o interrogatório do acusado no poderão contraditar a testemunha ou argüir
procedimento comum: quem pergunta primeiro é o juiz. circunstâncias ou defeitos, que a tornem suspeita de
Em segundo lugar são as partes, por intermédio do juiz, parcialidade, ou indigna de fé. O juiz fará consignar a
começando pela acusação. contradita ou argüição e a resposta da testemunha, mas
só excluirá a testemunha ou não Ihe deferirá
Obs2: No Júri, o interrogatório do acusado (art. 474),
compromisso nos casos previstos nos arts. 207 e 208.
começa também pelo juiz, depois passando a palavra às
partes para as reperguntas diretas (sem intermédio do
# Jurisprudência Correlata
juiz, §1º). Os jurados perguntam por intermédio do juiz.
Não há cerceamento de defesa quando a decisão que Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemunha
indefere oitiva de testemunhas residentes em outro país deixar de comparecer sem motivo justificado, o juiz
for devidamente fundamentada. poderá requisitar à autoridade policial a sua
apresentação ou determinar seja conduzida por oficial
de justiça, que poderá solicitar o auxílio da força pública.
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Dispositivo só se aplica às hipóteses em que essas ART. 222-A. AS CARTAS rogatórias só serão expedidas
autoridades sejam testemunhas. Se acusadas, não há se demonstrada previamente a sua
essa prerrogativa. IMPRESCINDIBILIDADE, arcando a PARTE REQUERENTE
COM OS CUSTOS DE ENVIO.
Para evitar abusos, há entendimento no sentido de que
o beneficiado que não atender ao chamado judicial no Parágrafo único. Aplica-se às cartas rogatórias o
prazo de 30 DIAS, perde esse direito. disposto nos §§ 1o e 2o do Art. 222 deste Código.
Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar- IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto
se, ou, por ENFERMIDADE ou por VELHICE, inspirar pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa
receio de que ao tempo da instrução criminal já não chamada para proceder ao reconhecimento e por duas
exista, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento de testemunhas presenciais.
qualquer das partes, TOMAR-LHE ANTECIPADAMENTE
O DEPOIMENTO. Parágrafo único. O disposto no no III deste artigo NÃO
terá aplicação na fase da INSTRUÇÃO CRIMINAL ou em
CAPÍTULO VII - DO RECONHECIMENTO DE PESSOAS E PLENÁRIO DE JULGAMENTO.
COISAS
# Jurisprudência Correlata
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o
RECONHECIMENTO DE PESSOA, proceder-se-á pela O art. 226 do CPP estabelece formalidades para o
seguinte forma: reconhecimento de pessoas. O descumprimento
dessas formalidades enseja a nulidade do
I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será reconhecimento? O STJ está dividido:
convidada a descrever a pessoa que deva ser
reconhecida; • 5ª Turma: NÃO. As disposições do art. 226
configuram uma recomendação legal, e não uma
Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será exigência absoluta. Assim, é válido o ato mesmo que
colocada, se possível, ao lado de outras que com ela realizado de forma diversa da prevista em lei.
tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem (02/06/2020.)
tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la;
• 6ª Turma: SIM. Há recente julgado (27/10/2020) que
Atenção à expressão “SE POSSÍVEL”, pois nem sempre fixou as seguintes conclusões:
será possível encontrar pessoas semelhantes
fisicamente com o suspeito. 1. O reconhecimento de pessoas deve observar o
Ex: o suspeito tem 2 metros de altura e uma tatuagem procedimento do art. 226 do CPP, cujas formalidades
no rosto.
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VALIDADE DA
PROVA Art. 232. Consideram-se DOCUMENTOS quaisquer
Aferida pelos jurados.
EMPRESTADA escritos, instrumentos ou papéis, PÚBLICOS ou
NO JÚRI PARTICULARES.
É possível a prova emprestada
STJ proveniente de ação penal em que não Parágrafo único. À FOTOGRAFIA DO DOCUMENTO,
participaram as partes. devidamente autenticada, se dará o MESMO VALOR DO
ORIGINAL.
É permitida a prova emprestada no
processo administrativo disciplinar
SÚMULA 591, (PAD), desde que devidamente Art. 233. As cartas particulares, interceptadas ou
STJ autorizada pelo juízo competente e obtidas por meios criminosos, NÃO serão admitidas em
respeitados o contraditório e a ampla
defesa.
juízo.
É permitido mesmo que o processo Parágrafo único. As CARTAS PODERÃO SER EXIBIDAS
penal ainda não tenha transitado em
EM JUÍZO PELO RESPECTIVO DESTINATÁRIO, PARA A
julgado. Isso porque, em regra, o
resultado da sentença proferida no DEFESA DE SEU DIREITO, AINDA QUE NÃO HAJA
MOMENTO
processo criminal não repercute na CONSENTIMENTO DO SIGNATÁRIO.
instância administrativa, tendo em vista
a independência existente entre as
Art. 234. Se o juiz tiver notícia da existência de
instâncias (Info 521, STJ).
documento relativo a ponto relevante da acusação ou da
defesa, providenciará, independentemente de
Espaço p/ anotações: requerimento de qualquer das partes, para sua juntada
aos autos, se possível.
▪Mera intuição acerca de eventual traficância praticada ▪A ausência de individualização das medidas de busca
pelo agente, embora pudesse autorizar abordagem e apreensão contraria diversos dispositivos legais,
policial em via pública para averiguação, não configura, como os arts. 240, 242, 244, 245, 248 e 249 do CPP, bem
por si só, justa causa a autorizar o ingresso em seu como o Art. 5º, XI, da CF/88, que traz como direito
domicílio, sem o seu consentimento e sem fundamental a inviolabilidade do domicílio. É
determinação judicial. (Info 606, STJ) indispensável que o mandado de busca e apreensão
tenha objetivo certo e pessoa determinada, não se
▪Embora não seja atividade típica da Polícia Militar, não admitindo ordem judicial genérica. (STJ. 2019)
consiste em ilegalidade eventual cumprimento de
mandado de busca e apreensão pela instituição. #NÃO CONFUNDA #DESPENCA EM PROVA
Compete à PF e à Polícia Civil, com exclusividade,
PROVA LÍCITA.
unicamente o exercício das funções de polícia judiciária
Não é necessária nova
(art. 144 da CF). Tal exclusividade não se estende à autorização judicial. A busca e
DELEGADO ACESSA
atividade de polícia investigativa. (STJ, 2016.) OS DADOS apreensão determinada já é
ARMAZENADOS NO suficiente para permitir o acesso
aos dados dos aparelhos
▪ É ilícita a revista pessoal realizada por agente de CELULAR
APREENDIDO EM celulares apreendidos.
segurança privada. BUSCA DOMICILIAR
COM AUTORIZAÇÃO Fulano é preso (qualquer
▪ Em princípio, não se anula provas obtidas em busca JUDICIAL modalidade de prisão) e os
e apreensão pelo fato de materiais apreendidos não policiais, com um mandado de
busca e apreensão para o seu
foram lacrados. celular, começam a ler as
conversas do aparelho. Pode?
▪ É ilícita a busca e apreensão contra marido da Sim! Como teve uma autorização
para apreender o telefone, está
Senadora, mas cujo cumprimento ocorreu no imóvel
implícita a autorização para
funcional onde ambos residem, devendo-se observar as acessar o seu conteúdo (STJ, RHC
regras do foro privilegiado. nº 75.800);
PROVA ILÍCITA. Para dar aquela
▪ Busca e apreensão nas dependências da Câmara dos vasculhada no “whatsapp”, o
Delegado precisa de autorização
Deputados ou Senado Federal pode ser decretada por
judicial.
juízo de 1ª instância se o investigado não for DELEGADO ACESSA
congressista. Prerrogativas e imunidades OS DADOS
ARMAZENADOS NO Fulano é preso em flagrante e a
parlamentares não se estendem aos locais onde polícia pega seu celular e começa
CELULAR
parlamentares exercem suas atividades nem ao corpo APREENDIDO a ler as conversas de WhatsApp.
auxiliar. DURANTE PRISÃO EM Pode? Não! É preciso autorização
FLAGRANTE judicial, em razão da proteção da
intimidade (STJ, RHC nº 117.767).
▪ Sem prévia autorização judicial, são nulas as provas
obtidas pela polícia por meio da extração de dados e de OBS. Lembre-se que o registro
conversas registradas no WhatsApp® presentes no das ligações telefônicas é
celular do suposto autor de fato delituoso, ainda que o permitido, pois não tem acesso ao
conteúdo em si, somente aos
aparelho tenha sido apreendido no momento da prisão
registros telefônicos.
em flagrante. (Info 583, STJ)
Caso concreto: policiais chegaram até a sede da 1) Na hipótese de suspeita de crime em flagrante, exige-
empresa e, enquanto aguardavam decisão judicial para se, em termos de standard probatório para ingresso no
entrar no local, foram autorizados a fazer a busca e domicílio do suspeito sem mandado judicial, a existência
apreensão no imóvel. Essa autorização foi concedida de fundadas razões (justa causa), aferidas de modo
por uma mulher que se apresentou como representante objetivo e devidamente justificadas, de maneira a
da empresa. A mulher que concedeu a autorização, indicar que dentro da casa ocorre situação de flagrante
embora tenha deixado de ser formalmente sócia, delito.
continuou assinando documentos como representante 2) O tráfico ilícito de entorpecentes, em que pese ser
da empresa. A evidência de que ela ainda agia como classificado como crime de natureza permanente, nem
representante da empresa é reforçada pelo fato de que sempre autoriza a entrada sem mandado no domicílio
tinha a chave do escritório sede da empresa e livre onde supostamente se encontra a droga. Apenas será
acesso a ele, não tendo sido barrada por nenhum dos permitido o ingresso em situações de urgência, quando
empregados que estavam no local, nem mesmo pelo se concluir que do atraso decorrente da obtenção de
advogado da empresa que acompanhou toda a mandado judicial se possa objetiva e concretamente
diligência. Diante disso, o STJ afirmou que deveria ser inferir que a prova do crime (ou a própria droga) será
aplicada, no caso concreto, a teoria da aparência. destruída ou ocultada.
Embora tal teoria tenha encontrado maior amplitude de
aplicação jurisprudencial na seara civil, processual civil 3) O consentimento do morador, para validar o ingresso
e no CDC, nada há que impeça sua aplicação também na de agentes estatais em sua casa e a busca e apreensão
seara penal. (Info 690, STJ) de objetos relacionados ao crime, precisa ser voluntário
e livre de qualquer tipo de constrangimento ou coação.
# Jurisprudência Correlata (2021) 4) A prova da legalidade e da voluntariedade do
consentimento para o ingresso na residência do
Pergunta-se: Na hipótese de suspeita de flagrância suspeito incumbe, em caso de dúvida, ao Estado, e deve
delitiva, qual a exigência, em termos de standard ser feita com declaração assinada pela pessoa que
probatório, para que policiais ingressem no domicílio do autorizou o ingresso domiciliar, indicando-se, sempre
suspeito sem mandado judicial? que possível, testemunhas do ato. Em todo caso, a
operação deve ser registrada em áudio-vídeo e
Para garantir a devida proteção da garantia preservada tal prova enquanto durar o processo.
constitucional à inviolabilidade do domicílio, os policiais
5) A violação a essas regras e condições legais e
deverão adotar as seguintes providências:
constitucionais para o ingresso no domicílio alheio
resulta na ilicitude das provas obtidas em decorrência
1) Autorização assinada pelo morador e por
da medida, bem como das demais provas que dela
testemunhas;
decorrerem em relação de causalidade, sem prejuízo de
2) A diligência deverá ser integralmente registrada em
eventual responsabilização penal do(s) agente(s)
vídeo e áudio;
público(s) que tenha(m) realizado a diligência. (Info 687,
STJ).
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assinados pelo investigado. João impetrou HC alegando d) apreender armas e munições, instrumentos
que a apreensão foi ilícita, pois a decisão que autorizou utilizados na prática de crime ou destinados a fim
a medida não existia autorização específica para a delituoso;
apreensão de prontuários médicos e os prontuários são
documentos sigilosos, só cabendo seu recolhimento e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou
com autorização judicial específica. Embora os à defesa do réu;
prontuários possam conter dados sigilosos, foram
apreendidos a partir da imprescindível autorização f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao
judicial prévia. O fato de o mandado de busca não ter acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que
feito uma discriminação específica é irrelevante, até o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à
porque os prontuários médicos encontram-se inseridos elucidação do fato;
na categoria de documentos em geral. Ademais, vale
frisar que o sigilo do qual se revestem os prontuários g) apreender pessoas vítimas de crimes;
médicos pertence única e exclusivamente aos
pacientes, não ao médico. Assim, caso houvesse a h) colher qualquer elemento de convicção.
violação do direito à intimidade, essa ofensa teria que
ser arguida pelos seus titulares (pacientes) e não pelo § 2o Proceder-se-á à busca pessoal quando houver
investigado. (Info 694, STJ). fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma
proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e
▪A busca e apreensão de bens em interior de veículo é letra h do parágrafo anterior.
legal e inerente ao dever de fiscalização regular da PRF,
em se tratando do flagrante de transporte de vultosa Art. 241. Quando a própria autoridade policial ou
quantia em dinheiro e não tendo o investigado logrado judiciária não a realizar pessoalmente, a busca
justificar o motivo de tal conduta. (Info 711, STJ). domiciliar deverá ser precedida da expedição de
mandado.
# O QUE SÃO OS “STANDARTS DE PROVA”? Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a
requerimento de qualquer das partes.
Segundo a doutrina do processualista penal Gustavo
Badaró, “são critérios que estabelecem o grau de Art. 243. O mandado de busca DEVERÁ:
confirmação probatória necessário para que o julgador
considere um enunciado fático como provado.” I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que
será realizada a diligência e o nome do respectivo
proprietário ou morador; ou, no caso de busca pessoal,
§ 1o Proceder-se-á à BUSCA DOMICILIAR, quando o nome da pessoa que terá de sofrê-la ou os sinais que
fundadas razões a autorizarem, para: a identifiquem;
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela
criminosos; autoridade que o fizer expedir.
§ 2o Em caso de desobediência, será arrombada a porta ▪Crianças e adolescentes do sexo feminino vítimas de
e forçada a entrada. violência deverão ser, obrigatoriamente, examinadas
por legista mulher, mas desde que isso não importe
§ 3o Recalcitrando o morador, será permitido o emprego retardamento ou prejuízo da diligência.
de força contra coisas existentes no interior da casa,
para o descobrimento do que se procura.
Art. 250. A autoridade ou seus agentes poderão
penetrar no território de jurisdição alheia, ainda que de
§ 4o Observar-se-á o disposto nos §§ 2o e 3o, quando
outro estado, quando, para o fim de apreensão, forem
ausentes os moradores, devendo, neste caso, ser
no seguimento de pessoa ou coisa, devendo
intimado a assistir à diligência qualquer vizinho, se
apresentar-se à competente autoridade local, antes da
houver e estiver presente.
diligência ou após, conforme a urgência desta.
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II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas Vl - se for sócio, acionista ou administrador de
funções ou servido como testemunha; sociedade interessada no processo.
CESSARÁ PELA DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO que Ihe I - promover, privativamente, a ação penal pública, na
tiver dado causa, SALVO sobrevindo DESCENDENTES; forma estabelecida neste Código; e
mas, ainda que dissolvido o casamento sem
descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o II - fiscalizar a execução da lei.
padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for
parte no processo.
Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não
Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem funcionarão nos processos em que o juiz ou qualquer
reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de das partes for seu cônjuge, ou parente, consangüíneo
propósito der motivo para criá-la. ou afim, em linha reta ou colateral, até o 3º GRAU,
inclusive, e a eles se ESTENDEM, no que Ihes for
aplicável, as prescrições relativas à SUSPEIÇÃO E AOS
Não se poderá opor suspeição às autoridades
IMPEDIMENTOS DOS JUÍZES.
policiais nos atos do inquérito, mas deverão elas
declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.
(Art. 107 do CPP ) Em todos os casos de impedimento e suspeição o limite
de parentesco é o 3º GRAU.
Ensejam a incapacidade Ensejam a incapacidade Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o
OBJETIVA do juiz. SUBJETIVA do juiz, pois o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato
vinculam a uma das que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade
partes. poderá mandar conduzi-lo à sua presença.
O STF declarou que a expressão “para o interrogatório” Esse dispositivo não recepcionado pela CF/88.
prevista no Art. 260 do CPP não foi recepcionada pela
CF. Assim, não se pode fazer a condução coercitiva do Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado
investigado ou réu com o objetivo de submetê-lo ao defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo
interrogatório sobre os fatos. A condução coercitiva é tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo
ilegítima mesmo que o investigado tenha sido defender-se, caso tenha habilitação.
previamente intimado para comparecer à Delegacia
para interrogatório e tenha se recusado. Assim, mesmo Nomeação de defensor pelo juiz só pode ocorrer nas
que seja obedecida rigorosamente a cautela do art. 260, hipóteses de abandono do processo pelo advogado
ainda assim a condução coercitiva para interrogatório constituído e desde que o acusado permaneça inerte
será indevida. Isso porque a CF/88 e os tratados após ser instado a constituir novo defensor.
internacionais, ao preverem o direito do investigado ao
silêncio, asseguram também a ele, como decorrência, o Parágrafo único. O ACUSADO, QUE NÃO FOR POBRE,
direito de ausência ao interrogatório. Condução SERÁ OBRIGADO A PAGAR OS HONORÁRIOS DO
coercitiva pode ser adotada para outras hipóteses: Para DEFENSOR DATIVO, arbitrados pelo juiz.
que a condução coercitiva seja legítima, ela deve
destinar-se à prática de um ato ao qual a pessoa tem o Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados e
dever de comparecer, ou, ao menos, que possa ser solicitadores serão obrigados, sob pena de multa de
legitimamente obrigada a comparecer. cem a quinhentos mil-réis, a prestar seu patrocínio aos
Ex1: dúvida sobre a identidade civil do investigado. acusados, quando nomeados pelo Juiz.
Ex2: condução coercitiva para fazer a qualificação do
investigado (1a fase do interrogatório). O Estatuto da OAB prevê como infração disciplinar
recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência
▪Vale ressaltar que o STF afirmou que o entendimento jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade
acima não desconstitui (não invalida) os interrogatórios da Defensoria Pública.
que foram realizados até a data do julgamento, ainda
que os interrogados tenham sido coercitivamente Art. 265. O DEFENSOR NÃO PODERÁ ABANDONAR o
conduzidos para o referido ato processual. processo senão por motivo imperioso, comunicado
previamente o juiz, sob pena de MULTA DE 10 A 100
Parágrafo único. O mandado conterá, além da ordem de SALÁRIOS MÍNIMOS, sem prejuízo das demais sanções
condução, os requisitos mencionados no art. 352, no cabíveis.
que Ihe for aplicável.
§ 1o A audiência poderá ser adiada se, por motivo
Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou justificado, o defensor não puder comparecer.
foragido, será processado ou julgado sem defensor.
§ 2o Incumbe ao defensor provar o impedimento até a
Defesa técnica é indisponível e irrenunciável, mesmo no abertura da audiência. Não o fazendo, o juiz não
âmbito dos JECRIM, nas propostas de benefícios. determinará o adiamento de ato algum do processo,
devendo nomear defensor substituto, ainda que
provisoriamente ou só para o efeito do ato.
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• APELAÇÃO;
• RESE contra a decisão que extingue • É possível o arrolamento de
a punibilidade. testemunhas pelo AA de acusação,
desde que respeitado o limite de 5
pessoas do Art. 422 do CPP.
Obs1: AA só poderá recorrer se o MP OUTRAS • AA tem direito à réplica, ainda que o
não tiver recorrido. FACULDADES DO MP tenha anuído à tese de legítima
RECURSOS QUE AA (SEGUNDO A defesa do réu e declinado do direito de
PODE INTERPOR JURISPUDÊNCIA E replicar.
Obs2: AA não pode recorrer contra ato DEMAIS
(Entendimento
privativo do MP. DISPOSIÇÕES DO • AA passou a ter legitimidade para
Majoritário)
CPP) requerer desaforamento do Júri.
Obs3: Tribunais entendem que, inerte • Pode arguir suspeição do juiz,
o MP, o AA tem legitimidade para incompetência, etc
recorrer inclusive contra sentença
condenatória, objetivando o
agravamento da pena. Obs: Também incumbe ao advogado
do AA arrazoar recursos interpostos
pelo MP, ou por ele próprio
Súmula 210, STF: O assistente do MP
pode recorrer, inclusive Apesar do ofendido ter legitimidade
extraordinariamente, na ação penal, para se habilitar no processo como
nos casos dos arts. 584, parágrafo 1o AA, não tem ele capacidade
e 598 do CPP. postulatória para praticar,
CUIDADO pessoalmente, atos válidos em juízo,
Com o advento da Lei n. 12.403/11, AA REDOBRADO a não ser que seja advogado
Superação da poderá requerer a decretação da regularmente inscrito nos quadros da
Súmula nº 208 do prisão preventiva. Legitimidade essa OAB. Logo, não se pode confundir o
STF: “Assistente do que também se estende às demais assistente da acusação, que é a vítima
MP não pode medidas cautelares de natureza habilitada, com seu advogado, mero
recorrer pessoal. Se o AA passa a ter representante processual.
extraordinariamente legitimidade para requerer prisão
preventiva, é evidente que também DESPACHO QUE NÃO CABERÁ RECURSO.
de decisão
pode requerer a decretação das ADMITIR OU NÃO O Obs: Doutrina e jurisprudência
concessiva de HC”
medidas cautelares diversas da AA admitem a impetração de MS.
prisão. ASSIM, A SÚMULA 208 ESTÁ
SUPERADA. PEDIDO DE Só será admitido se requerer
HABILITAÇÃO DO habilitação até 5 DIAS antes da data
AA estava AA NO JÚRI da sessão na qual pretenda atuar.
habilitado nos 5 DIAS
autos INTIMAÇÃO DO Em regra, mediante publicação,
PRAZO PARA ADVOGADO DO AA devendo dela constar o nome do
RECORRER AA não estava acusado, sob pena de nulidade.
habilitado nos 15 DIAS
autos PERGUNTAS ÀS São formuladas sempre depois do MP.
TESTEMUNHAS
Súmula 448, STF: O prazo para o
DEBATE ORAL AA fala sempre depois do MP.
INÍCIO DO PRAZO assistente recorrer, supletivamente,
PARA RECORRER começa a correr imediatamente após NECESSIDADE DE Não há exigência legal de procuração
SUPLETIVAMENTE o transcurso do prazo do Ministério PROCURAÇÃO COM com poderes especiais para que a
Público. PODERES Defensoria Pública atue como
ESPECIAIS PRA assistente de acusação.
Art. 271. Ao assistente será permitido
DEFENSORIA
propor meios de prova, requerer
perguntas às testemunhas, aditar o
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§ 1o O juiz, ouvido o Ministério Público, decidirá acerca Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito,
da realização das provas propostas pelo assistente. sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua
condução.
§ 2o O processo prosseguirá independentemente de
nova intimação do assistente, quando este, intimado,
Art. 279. NÃO PODERÃO ser PERITOS:
deixar de comparecer a qualquer dos atos da instrução
ou do julgamento, sem motivo de força maior
I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito
devidamente comprovado.
mencionada nos ns. I e IV do Art. 69 do Código Penal;
Art. 272. O Ministério Público será ouvido II - os que tiverem PRESTADO DEPOIMENTO NO
previamente sobre a admissão do assistente. PROCESSO ou OPINADO ANTERIORMENTE SOBRE O
OBJETO DA PERÍCIA;
Art. 273. Do despacho que ADMITIR, OU NÃO, o
ASSISTENTE, NÃO CABERÁ RECURSO, devendo, III - os ANALFABETOS e os MENORES DE 21 ANOS.
entretanto, constar dos autos o pedido e a decisão.
Art. 280. É EXTENSIVO AOS PERITOS, no que Ihes for
CAPÍTULO V - DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA aplicável, o disposto sobre SUSPEIÇÃO DOS JUÍZES.
URGÊNCIA ou PERIGO DE
REGRA
• Reforçou o SISTEMA ACUSATÓRIO. INEFICÁCIA
Cuidado: No CPP, não há previsão legal expressa Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará
acerca da periodicidade da análise da necessidade expedir o respectivo mandado.
da cautelar diversa da prisão. O Pacote Anticrime
passou a prever o prazo de 90 dias para reavaliar se Parágrafo único. O MANDADO DE PRISÃO:
há ou não necessidade manutenção da prisão a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela
preventiva, e não para as cautelares diversas da autoridade;
prisão.
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por
seu nome, alcunha ou sinais característicos;
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada
quando não for cabível a sua substituição por outra c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando
não cabimento da substituição por outra medida
afiançável a infração;
cautelar deverá ser justificado de forma fundamentada
nos elementos presentes do caso concreto, de forma e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe
individualizada. (SUBSIDIARIEDADE DA PRISÃO execução.
PREVENTIVA)
Art. 286. O mandado será passado em duplicata, e o
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante executor entregará ao preso, logo depois da prisão, um
delito ou por ordem escrita e fundamentada da dos exemplares com declaração do dia, hora e lugar da
autoridade judiciária competente, em decorrência de diligência. Da entrega deverá o preso passar recibo no
prisão cautelar ou em virtude de condenação criminal outro exemplar; se recusar, não souber ou não puder
transitada em julgado. escrever, o fato será mencionado em declaração,
assinada por 2 testemunhas.
Art. 5º, LXI da CF - ninguém será preso senão em
flagrante delito ou por ordem escrita e Art. 287. Se a infração for INAFIANÇÁVEL, a FALTA DE
fundamentada de autoridade judiciária competente, EXIBIÇÃO DO MANDADO NÃO OBSTARÁ A PRISÃO, e o
salvo nos casos de transgressão militar ou crime preso, em tal caso, será IMEDIATAMENTE
propriamente militar, definidos em lei; APRESENTADO AO JUIZ que tiver expedido o mandado,
para a realização de AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA.
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz Art. 288. Ninguém será recolhido à prisão, sem que
competente e à família do preso ou à pessoa por ele seja exibido o mandado ao respectivo diretor ou
indicada; carcereiro, a quem será entregue cópia assinada pelo
executor ou apresentada a guia expedida pela
§ 1o As medidas cautelares previstas neste Título não autoridade competente, devendo ser passado recibo da
se aplicam à infração a que não for isolada, cumulativa entrega do preso, com declaração de dia e hora.
ou alternativamente cominada prisão privativa de
liberdade. Parágrafo único. O recibo poderá ser passado no
próprio exemplar do mandado, se este for o documento
§ 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a exibido.
qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à
inviolabilidade do domicílio. Art. 289. Quando o acusado estiver no território
nacional, fora da jurisdição do juiz processante, será
Art. 284. Não será permitido o emprego de FORÇA, deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória
salvo a indispensável no caso de RESISTÊNCIA ou de o inteiro teor do mandado.
TENTATIVA DE FUGA do preso.
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§ 1o Havendo URGÊNCIA, o juiz poderá requisitar a § 5o Havendo dúvidas das autoridades locais sobre a
prisão por QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, do qual legitimidade da pessoa do executor ou sobre a
deverá constar o motivo da prisão, bem como o valor da identidade do preso, aplica-se o disposto no § 2o do art.
fiança se arbitrada. 290 deste Código (poderão pôr em custódia o réu, até
§ 2o A autoridade a quem se fizer a requisição tomará que fique esclarecida a dúvida).
as precauções necessárias para averiguar a
autenticidade da comunicação. § 6o O CNJ regulamentará o registro do mandado de
prisão a que se refere o caput deste artigo.
§ 3o O juiz processante deverá providenciar a
REMOÇÃO DO PRESO no prazo máximo de 30 DIAS, Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao
contados da efetivação da medida. território de outro município ou comarca, o executor
poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar,
Art. 289-A. O juiz competente providenciará o imediato apresentando-o imediatamente à autoridade local, que,
registro do mandado de prisão em banco de dados depois de lavrado, se for o caso, o APF, providenciará
mantido pelo CNJ para essa finalidade. para a remoção do preso. (APLICA-SE PARA
QUALQUER PRISÃO CAUTELAR)
§ 1o QUALQUER AGENTE POLICIAL poderá efetuar a
prisão determinada no mandado de prisão registrado no
§ 1o - Entender-se-á que o executor VAI EM
CNJ, ainda que fora da competência territorial do juiz
PERSEGUIÇÃO do réu, quando:
que o expediu.
a) tendo-o AVISTADO, for PERSEGUINDO-o SEM
§ 2o QUALQUER AGENTE POLICIAL poderá efetuar a INTERRUPÇÃO, embora depois o tenha perdido de
prisão decretada, ainda que sem registro no CNJ, vista;
adotando as precauções necessárias para averiguar a b) SABENDO, por INDÍCIOS ou INFORMAÇÕES
autenticidade do mandado e comunicando ao juiz que a FIDEDIGNAS, que o réu tenha passado, HÁ POUCO
decretou, devendo este providenciar, em seguida, o TEMPO, em tal ou qual direção, PELO LUGAR EM QUE
registro do mandado na forma do caput deste artigo. O PROCURE, FOR NO SEU ENCALÇO.
CONDICIONADA À PÚBLICA
REPRESENTAÇÃO INCONDICIONADA
(art. 88, Lei 9.099/95) (art. 41, Lei 11.340/06)
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EXCLUDENTES DE ILICITUDE:
Sim!
No FLAGRANTE, o #ESPÉCIES CLÁSSICAS DE FLAGRANTES
PRINCÍPIO DA #DECORE #SEMPRECAI
DELEGADO PODE
INSIGNIFICÂNCIA: Sim (para
analisar: FLAGRANTE FLAGRANTE
prova de DELEGADO!
PRÓPRIO IMPRÓPRIO
Assunto polêmico)! (PROPRIAMENTE (IMPERFEITO,
FLAGRANTE
PRESUMIDO
DITO, REAL, QUASE-
(FICTO, ASSIMILADO)
PERFEITO, FLAGRANTE,
VERDADEIRO) IRREAL)
Art. 301. QUALQUER DO POVO PODERÁ e as • PERSEGUIDO;
autoridades policiais e seus AGENTES DEVERÃO • LOGO APÓS;
• SITUAÇÃO que
prender quem quer que seja encontrado em flagrante faça PRESUMIR.
delito.
• LOGO APÓS +
PERSEGUIÇÃO
FLAGRANTE ININTERRUPTA
FLAGRANTE OBRIGATÓRIO
FACULTATIVO (NÃO PODE
SOFRER
Qualquer do povo
Agentes DEVERÃO SOLUÇÃO DE
PODERÁ CONTINUIDADE,
Exercício regular de Estrito cumprimento do MAS NÃO
IMPORTA O
direito dever legal TEMPO DE
DURAÇÃO)
• ESTÁ
• ENCONTRADO;
COMETENDO;
Art. 290, § 1o - • LOGO DEPOIS;
(ATOS
Entender-se-á • INSTRUMENTOS,
Art. 302. Considera-se em FLAGRANTE delito EXECUTÓRIOS)
que o executor ARMAS, OBJETOS ou
quem: vai em PAPÉIS que faça
• ACABA DE
perseguição do PRESUMIR.
COMETÊ-LA
réu, quando:
I - ESTÁ COMETENDO a infração penal; (FLAGRANTE (DELITO
• LOGO DEPOIS +
PRÓPRIO) CONSUMADO)
a) tendo-o INSTRUMENTOS
avistado, for
• CERTEZA
II - ACABA DE COMETÊ-LA; (FLAGRANTE PRÓPRIO) VISUAL DO
perseguindo-o • NÃO HÁ NECESSIDADE
sem DE PERSEGUIÇÃO
CRIME
III - é PERSEGUIDO, LOGO APÓS, pela autoridade, interrupção,
embora depois o
pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação tenha perdido de
que faça PRESUMIR ser autor da infração; vista;
b) sabendo, por
(FLAGRANTE IMPRÓPRIO)
indícios ou
informações
IV - é ENCONTRADO, LOGO DEPOIS, com fidedignas, que
INSTRUMENTOS, armas, objetos ou papéis que o réu tenha
passado, há
façam PRESUMIR ser ele autor da infração.
pouco tempo,
(FLAGRANTE PRESUMIDO) em tal ou qual
direção, pelo
lugar em que o
procure, for no
Espaço p/ anotações:
seu encalço.
LOGO APÓS: é o tempo entre o acionamento da polícia e o seu
comparecimento ao local do crime para obtenção de
informações quanto ao agente. Não se exige na perseguição o
contato visual com o agente.
LÍCITOS Há INDUÇÃO do
indivíduo a cometer o
crime e ADOÇÃO DE Ocorre quando o fato típico
FLAGRANTE não é praticado, mas é
PRECAUÇÕES para que
PRORROGADO simulado pela autoridade
o delito não se consume.
FLAGRANTE ESPERADO (PROTELADO, ou por qualquer do povo
RETARDADO, DIFERIDO OU com o objetivo de
AÇÃO CONTROLADA) Exemplo: policial que incriminar o suposto
pede pro surfista ir agente.
Não-atuação buscar droga; patroa É totalmente ilícito.
(retardamento) da polícia que deixa $ pra
no momento do flagrante, doméstica pegar.
pra prender depois (ainda Exemplo: Plantar drogas
Polícia aguarda início em flagrante). na mochila do suspeito.
dos atos executórios Trtata-se de hipótese de
para prender. CRIME IMPOSSÍVEL.
Busca- se a prisão do
Não há agente
chefe de uma organização, Súmula 145, STF. NÃO
provocador.
ao invés de somente HÁ CRIME, quando a
prisão de seus PREPARAÇÃO do
mandatários. flagrante pela polícia
-
Não há agente provocador. torna impossível a sua
consumação.
PREVISÃO LEGAL:
• ART. 53 DA LEI DE
PREVISÃO LEGAL: Autoridade instiga o infrator a cometer o
DROGAS: Requer crime, criando a situação para que ele
autorização judicial . FLAGRANTE cometa o delito e seja preso em
PREPARADO flagrante.
O Pacote Anticrime
introduziu a figura do • Art. 4o-B DA LEI DE Hipótese de crime impossível.
AGENTE POLICIAL LAVAGEM DE CAPITAIS:
DISFARÇADO no FLAGRANTE Autoridade cria o crime. É o famoso caso
Requer autorização FORJADO do agente policial plantar uma arma,
ESTATUTO DO judicial. para incriminar o suspeito.
DESARMAMENTO (ART.
17 e 18) e na LEI DE FLAGRANTE Autoridade literalmente espera que o
DROGAS (ART. 33, § 1o) • ART. 8º DA LEI DE ESPERADO crime aconteça para atuar (ainda não
ORGANIZAÇÃO teve contato).
CRIMINOSA: Basta a
FLAGRANTE Autoridade espera o melhor momento (já
comunicação ao juiz, para, teve contato com o crime).
POSTERGADO
se entender necessário,
estabelecer os limites (ex,
tempo de duração).
REGRA GERAL: é possível prisão em flagrante em todas
as espécies de infração penal.
Espaço p/ anotações:
Página 167 de 288
Na ação penal pública condicionada à representação, Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em
o Delegado não pode lavrar APF sem a liberdade, depois de lavrado o auto de prisão em
representação. flagrante. (Não existe mais a expressão “livrar-se
solto”)
Vide art. 285, I: MANDADO DE PRISÃO é lavrado pelo
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante,
escrivão.
no prazo máximo de ATÉ 24 HORAS após a
realização da prisão, o juiz deverá promover
Art. 306. A PRISÃO DE QUALQUER PESSOA e o LOCAL
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA com a presença do
ONDE SE ENCONTRE serão comunicados
acusado, seu advogado constituído ou membro da
IMEDIATAMENTE ao JUIZ competente, ao Ministério
Defensoria Pública e o Membro do Ministério
Público e à FAMÍLIA do preso ou à pessoa por ele
Público, e, nessa audiência, o juiz deverá,
indicada.
fundamentadamente: (2019)
Falta de entrega da nota de culpa pode gerar § 2º Se o juiz verificar que o agente é REINCIDENTE ou
RELAXAMENTO da prisão. que INTEGRA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ARMADA OU
MILÍCIA, ou que PORTA ARMA DE FOGO DE USO
Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da
RESTRITO, DEVERÁ DENEGAR A LIBERDADE
autoridade, ou contra esta, no exercício de suas
PROVISÓRIA, com ou sem medidas cautelares.
funções, constarão do auto a narração deste fato, a voz
de prisão, as declarações que fizer o preso e os
depoimentos das testemunhas, sendo tudo assinado JUIZ TEM O DEVER DE DENEGAR A LIBERDADE
pela autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e PROVISÓRIA EM 03 CASOS:
remetido imediatamente ao juiz a quem couber tomar I – AGENTE REINCIDENTE;
conhecimento do fato delituoso, se não o for a
autoridade que houver presidido o auto. II - AGENTE INTEGRA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
ARMADA OU MILÍCIA;
Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se III – AGENTE PORTA ARMA DE FOGO DE USO
tiver efetuado a prisão, o preso será logo apresentado RESTRITO.
à do lugar mais próximo.
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# Jurisprudência Correlata
§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea,
à não realização da audiência de custódia no prazo O STF que a audiência de custódia é um direito público
estabelecido no caput deste artigo RESPONDERÁ subjetivo de caráter fundamental, assegurado por
ADMINISTRATIVA, CIVIL E PENALMENTE PELA convenções internacionais de direitos humanos a que
OMISSÃO. o Estado brasileiro aderiu, já incorporadas ao direito
positivo interno (Convenção Americana de Direitos
§ 4º Transcorridas 24 HORAS após o decurso do prazo Humanos e Pacto Internacional sobre Direitos Civis e
estabelecido no caput deste artigo, a não realização de Políticos) (Info 994, STF).
audiência de custódia sem motivação idônea ensejará
também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela
▪ Não se mostra razoável, para a realização da
autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade
audiência de custódia, determinar o retorno de
de imediata decretação de prisão preventiva. (Suspenso
investigado à localidade em que ocorreu a prisão
pelo STF)
quando este já tenha sido transferido para a comarca
em que se realizou a busca e apreensão (Info 714, STJ,
ATENÇÃO: Se, em até 48 horas (24h do caput + 24h 10/2021).
do §4o), após a prisão, não havendo motivação
idônea, não for realizada a audiência de custódia, a Entenda o julgado: Nos termos da jurisprudência do
prisão se tornará ilegal. STJ, a audiência de custódia deve ser realizada na
localidade em que ocorreu a prisão. Contudo, há
peculiaridades que não podem ser ignoradas,
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA E ESPÉCIE DE PRISÃO notadamente em razão da celeridade que deve ser
empregada em casos de análise da legalidade da
CPP: Só para prisão STF: QUALQUER prisão! prisão em flagrante. No caso, como o investigado já foi
em FLAGRANTE! conduzido à Comarca do Juízo que determinou a busca
e apreensão, há aparente conexão probatória com
ATENÇÃO: A decisão do juiz na audiência de
outros casos e prevenção daquele Juízo, de forma que
custódia não faz coisa julgada material!!!!! Ainda
que o juiz reconheça a atipicidade da conduta, não não se mostra razoável determinar o retorno do
vai gerar coisa julgada! (Info 917, STF) investigado para análise do auto de prisão em
flagrante, notadamente em razão da celeridade que
deve ser empregada em casos de análise da
legalidade da custódia.
Resolução 213/15, CNJ:
Art. 4º A audiência de custódia será realizada na ▪ A superveniência da realização da audiência de
presença do Ministério Público e da Defensoria instrução e julgamento não torna superada a alegação
Pública, caso a pessoa detida não possua defensor de ausência de audiência de custódia. (Info 1.031, STF,
constituído no momento da lavratura do flagrante. 10/2021).
Parágrafo único. É vedada a presença dos agentes
Entenda o julgado: A audiência de custódia tem
policiais responsáveis pela prisão ou pela
finalidades sistêmicas totalmente distintas daquelas
investigação durante a audiência de custódia.
desempenhadas pela audiência de instrução e
Art. 8º. Na audiência de custódia, a autoridade judicial julgamento. A audiência de custódia possui limitações,
entrevistará a pessoa presa em flagrante, devendo: [...] pois não se pode antecipar o julgamento de mérito do
VIII – abster-se de formular perguntas com finalidade processo com aprofundamento instrutório. Contudo,
de produzir prova para a investigação ou ação penal tendo-se em vista que no ato há um contato da defesa
relativas aos fatos objeto do auto de prisão em com um juiz, deve-se dar primazia ao exercício do
flagrante; contraditório de modo oral e com imediação, para
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I - Contravenção penal;
NÃO CABE PP II - Excludentes de ilicitude;
III - Crimes culposos;
IV - Gravidade abstrata do delito
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Súmula 64, STJ - Não constitui constrangimento ilegal penal reclama uma efetiva demonstração do prejuízo
o excesso de prazo na instrução, provocado pela à parte, sem a qual prevalecerá o princípio da
defesa. instrumentalidade das formas positivado pelo art. 563
do CPP (pas de nullité sans grief). (Info 691, STJ)
# Jurisprudência Correlata
A interpretação do art. 310, II, do CPP deve ser
realizada à luz do art. 282, § 2º e do art. 311,
▪ Em caso de réu preso há mais de quatro anos, sem
significando que se tornou inviável, mesmo no
que seja realizado ao menos seu interrogatório,
contexto da audiência de custódia, a conversão, de
haverá reconhecido excesso de prazo. Embora a
ofício, da prisão em flagrante de qualquer pessoa em
razoável duração do processo não deva ser
prisão preventiva, sendo necessária, por isso
considerada isolada e descontextualizadamente, a
mesmo, para tal efeito, anterior e formal provocação
excessiva demora no encerramento da instrução
do MP, da autoridade policial ou, quando for o caso,
criminal não serve de respaldo para a manutenção da
do querelante ou do assistente do MP. Vale ressaltar
constrição cautelar. (Info 878, STF)
que a prisão preventiva não é uma consequência
natural da prisão flagrante, logo é uma situação nova
▪ Réu pronunciado, preso, e que aguarde Júri há 7 que deve respeitar o disposto, em especial, nos arts.
anos, sem culpa da defesa, terá direito a revogação da 311 e 312 do CPP. (Info 686, STJ)
preventiva. (Inf. 868, STF)
Espaço p/ anotações:
# Jurisprudência Correlata (2021)
Risco de reiteração Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será
delituosa, porém, em relação
admitida a decretação da prisão preventiva: (2019)
a crimes contra a ordem
econômico-financeira. A
GARANTIA DA magnitude da lesão causada, I - nos CRIMES DOLOSOS punidos com PENA PRIVATIVA
ORDEM por si só, não autoriza a DE LIBERDADE máxima superior a 4 ANOS;
ECONÔMICA decretação da prisão
preventiva, para tanto é
# NÃO CONFUNDA # DESPENCA EM PROVA
necessária a conjugação ao
caso de ao menos uma das ADMITE-SE PPL MÁXIMA NÃO
hipóteses do Art. 312 do CP. FIANÇA PELO SUPERIOR A 4 ANOS
DELEGADO
CONVENIÊNCIA Objetiva impedir que o agente Não cabe PP em caso de crime culposo ou
DA INSTRUÇÃO destrua fontes de prova contravenção.
CRIMINAL (ameaça testemunhas,
destruição de documentos).
Pena máxima deve ser superior a 4 anos (igual não
pode). Registre-se que esse patamar temporal não
permite a aplicação de pena restritiva de direitos
Enunciado nº 10 e 16 da I Jornada de Direito e
(PRD).
Processo Penal – 14/08/2020
16 -Na observância dos pressupostos e requisitos à I - não prevalece a condenação anterior, se entre a
segregação cautelar, é incabível a decretação da data do cumprimento ou extinção da pena e a
prisão preventiva pelo crime de receptação infração posterior tiver decorrido período de tempo
exclusivamente em razão da suposta conduta ter superior a 5 anos, computado o período de prova da
ocorrido em área de fronteira. suspensão ou do livramento condicional, se não
ocorrer revogação;
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#INTERDISCIPLINARIEDADE #LMP
Nesta hipótese não é relevante o quantum da pena.
DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA PROTETIVA DA LEI Mª
Transcorrido o período depurador de 5 anos deixa-
DA PENHA
se de considerar o agente reincidente, não sendo
mais cabível a PP. IMPOSTA PELO
DELEGADO ou POLICIAL
IMPOSTA PELO JUIZ
(afastamento do domicílio
III - se o CRIME envolver VIOLÊNCIA DOMÉSTICA e – art. 12-C, II e III)
FAMILIAR contra a MULHER, CRIANÇA, ADOLESCENTE,
IDOSO, ENFERMO OU PESSOA COM DEFICIÊNCIA, para COMETE CRIME DO ART.
24-A NÃO COMETE CRIME DO
garantir a execução das MEDIDAS PROTETIVAS DE
(“Descumprir decisão ART. 24-A
URGÊNCIA;
JUDICIAL...”)
#Comentários Se descumprir, o
delegado pode
- REPRESENTAR PELA
PREVENTIVA (art. 313, III,
▪ Crime só pode ser doloso.
CPP)
▪ O mero descumprimento das medidas protetivas, por 12) É cabível decretação da prisão preventiva para
si só, não autoriza a decretação de PP, sendo garantir a execução de medidas de urgência nas
necessário a presença dos requisitos do Art. 312. hipóteses em que o delito envolver violência
doméstica.
▪ A redação do inciso III do Art. 313 do CPP fala em Cuidado: Não cabe decretação da preventiva por
CRIME, não incluindo contravenção penal. CONTRAVENÇÃO PENAL, ainda que em contexto
de violência doméstica e familiar contra mulher –
▪ A violência doméstica e familiar depende da nem mesmo para garantir o cumprimento de
presença de 2 requisitos cumulativos, previstos na Lei medida protetiva de urgência (ex.: contravenção
de vias de fato) (Info 632, STJ)
11.340/06:
1) Art. 5o (contextos de violência) - unidade IV - (Revogado)
doméstica, unidade familiar ou qualquer relação
íntima de afeto, independentemente de coabitação. § 1º Também será admitida a prisão preventiva quando
2) Art. 7o (formas de violência) - física, houver DÚVIDA SOBRE A IDENTIDADE CIVIL DA PESSOA
patrimonial, sexual, psicológica e moral. OU QUANDO ESTA NÃO FORNECER ELEMENTOS
SUFICIENTES para esclarecê-la, devendo o preso ser
Espaço p/ anotações: colocado imediatamente em liberdade após a
identificação, SALVO se outra hipótese recomendar a
manutenção da medida. (2019)
▪ Sabe-se que a prisão preventiva é decretada sem 3) A substituição da prisão preventiva pela domiciliar
prazo determinado. Contudo, o CPP determina que a exige comprovação de doença grave, que acarrete
cada 90 dias, o juiz deve “revisar” sua motivação e, extrema debilidade, e a impossibilidade de se
sendo o caso da sua manutenção, deve proferir prestar a devida assistência médica no
decisão na qual deve ser realizada análise da estabelecimento penal.
permanência da necessidade da medida cautelar e
proferido despacho devidamente fundamentado. 4) A prisão preventiva poderá ser substituída pela
(Info 968, STF) domiciliar quando o agente for comprovadamente
▪ A inobservância do prazo nonagesimal do art. 316 imprescindível aos cuidados especiais de pessoa
do CPP não implica automática revogação da PP, menor de 06 anos de idade ou com deficiência.
devendo o juízo competente ser instado a reavaliar a
legalidade e a atualidade de seus fundamentos. Em 5) As medidas cautelares diversas da prisão, ainda
outras palavras, o descumprimento da regra do que mais benéficas, implicam em restrições de
parágrafo único do art. 316 do CPP não gera, para o direitos individuais, sendo necessária
preso, o direito de ser posto imediatamente em fundamentação para sua imposição.
liberdade (Info 995, STF).
6) A citação por edital do acusado não constitui
▪ Os Tribunais entendem que, apesar da inexistência fundamento idôneo para a decretação da prisão
de prazo legal determinado expressamente para a preventiva, uma vez que a sua não localização não
manutenção de PP, devem ser observado os prazos gera presunção de fuga.
legais previstos para a prática dos atos processuais,
sob pena de relaxamento da PP que, em virtude de 7) A prisão preventiva não é legítima nos casos em
excesso de prazo na formação da culpa, será que a sanção abstratamente prevista ou imposta na
considerada ilegal. Registra-se, a própria CF/88 sentença condenatória recorrível não resulte em
determina que a autoridade judiciária competente constrição pessoal, por força do princípio da
relaxe imediatamente a prisão ilegal. Pondera-se, a homogeneidade.
partir da EC 45/04, que acrescentou a garantia da
razoável duração do processo, houve o reforço da 8) Os fatos que justificam a prisão preventiva devem
ser contemporâneos à decisão que a decreta.
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O STF entende que essa prisão deve ser concedida Exemplo2: não se concede prisão domiciliar para a mulher
com filho menor de 12 anos caso o crime tenha sido
tendo em vista o alto risco de saúde, a grande cometido na própria residência onde a agente convivia
possibilidade de desenvolver infecções no cárcere e com seu descendente (Info 629, STJ)
a impossibilidade de tratamento médico adequado OBS1: Mesmo posicionamento acima é válido para
na unidade prisional ou em estabelecimento adolescentes que tenham praticado atos
hospitalar, tudo devidamente demostrado infracionais.
satisfatoriamente em laudo pericial. OBS2: Mesmo posicionamento é válido para
reincidente. O simples fato de que a mulher ser
Em relação à gestante, o STF apreciou um HC reincidente, por si só, não irá motivar a perda do
coletivo impetrado em favor de todas as mulheres direito à prisão domiciliar. (Info 891, STF)
presas preventivamente que ostentem a condição de
gestantes, de puérperas ou de mães de crianças sob Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318 e
sua responsabilidade. Entendeu que, em regra, 318-A poderá ser efetuada sem prejuízo da aplicação
essas mulheres deverão ser colocadas em prisão concomitante das medidas alternativas previstas no art.
domiciliar. 319 deste Código. (MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS
DA PRISÃO)
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova
idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo. CAPÍTULO V - DAS OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES
Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher
gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou
pessoas com deficiência será substituída por prisão Art. 319. São MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS
domiciliar, desde que: DA PRISÃO:
I - não tenha cometido crime com violência ou grave I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e
ameaça a pessoa; nas condições fixadas pelo juiz, para informar e
justificar atividades;
II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou
II - proibição de acesso ou frequência a
dependente.
determinados lugares quando, por circunstâncias
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado
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# Como tais medidas poderão ser utilizadas? O tempo que o réu ficou submetido à medida cautelar
de recolhimento domiciliar com tornozeleira pode
a) Como instrumento de contracautela, substituindo ser descontado da pena imposta na condenação?
anterior prisão em flagrante, preventiva ou Sim! É possível considerar o tempo submetido à
temporária; medida cautelar de recolhimento noturno, aos finais
b) Como instrumento cautelar para o acusado solto. de semana e dias não úteis, supervisionados por
monitoramento eletrônico, como tempo de pena
efetivamente cumprido, para detração da pena.
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Outro julgado sobre detração: A detração penal não Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a
se aplica à pena de prestação pecuniária (STJ,2020); decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder
Retirado do dizerodireito.com liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas
cautelares previstas no art. 319 deste Código e
observados os critérios constantes do art. 282 deste
§ 1o (Revogado) (2011)
Código.
§ 2o (Revogado) (2011)
§ 3o (Revogado) (2011) I - (Revogado) (2011)
II - (Revogado) (2011)
§ 4o A fiança será aplicada de acordo com as
disposições do Capítulo VI deste Título, podendo ser # Jurisprudência Correlata
cumulada com outras medidas cautelares.
▪ Em função da pandamia do Covid-19, o STJ
# Jurisprudência Correlata determinou a soltura de todos os presos que tiveram
a liberdade provisória condicionada ao pagamento
▪ Para a imposição de qualquer das medidas de fiança. Como fundamentou, falou-se em
alternativas do Art. 319 CPP é necessária a devida desproporcionalidade, a manutenção dos réus na
fundamentação (concreta e individualizada), pois prisão, neste período de pandemia, tão somente em
cautelares, ainda que mais benéficas, representam razão do não pagamento da fiança, visto que os
constrangimento à liberdade individual. (Info 521, casos - notoriamente de menor gravidade – não
STJ) revelam a excepcionalidade imprescindível para o
decreto preventivo. (Info 521, STJ)
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Enunciado nº 14 da I Jornada de Direito e Processo Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade
Penal – 14/08/2020 que a conceder nos seguintes limites:
Art. 322. A AUTORIDADE POLICIAL somente poderá II - de 10 A 200 SALÁRIOS MÍNIMOS, quando o máximo
conceder fiança nos casos de infração cuja PENA da pena privativa de liberdade cominada FOR SUPERIOR
PRIVATIVA DE LIBERDADE MÁXIMA NÃO SEJA a 4 ANOS.
SUPERIOR a 4 ANOS.
§ 1o Se assim recomendar a SITUAÇÃO ECONÔMICA DO
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será PRESO, a fiança poderá ser:
requerida ao juiz, que decidirá em 48 HORAS.
I - DISPENSADA, na forma do art. 350 deste Código;
Art. 323. NÃO SERÁ CONCEDIDA FIANÇA:
II - REDUZIDA até o máximo de 2/3; ou
I - nos crimes de racismo;
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de III - AUMENTADA em até 1.000 vezes.
entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos
definidos como crimes hediondos; O Delegado só pode AUMENTAR ou REDUZIR.
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis Só o juiz pode dispensar.
ou militares, contra a ordem constitucional e o
Estado Democrático;
Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a
autoridade terá em consideração a NATUREZA DA
#LIBERDADE PROVISÓRIA NOS CRIMES HEDIONDOS INFRAÇÃO, as CONDIÇÕES PESSOAIS DE FORTUNA e
VIDA PREGRESSA do acusado, as circunstâncias
Como a própria CF afirma que os crimes hediondos indicativas de sua periculosidade, bem como a
são inafiançáveis, qual é a espécie de liberdade importância provável das custas do processo, até final
provisória que deve ser concedida ao autor de um julgamento.
crime hediondo? Será a liberdade provisória sem
fiança. Art. 327. A fiança tomada por termo obrigará o
afiançado a comparecer perante a autoridade, todas as
Art. 324. NÃO SERÁ, IGUALMENTE, CONCEDIDA vezes que for intimado para atos do inquérito e da
FIANÇA: instrução criminal e para o julgamento. Quando o réu
não comparecer, a fiança será havida como quebrada.
I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado
fiança anteriormente concedida ou infringido, sem Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de
motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem quebramento da fiança, mudar de residência, sem
os arts. 327 e 328 deste Código; prévia permissão da autoridade processante, ou
ausentar-se por mais de 8 DIAS de sua residência, sem
II - em caso de prisão civil ou militar; comunicar àquela autoridade o lugar onde será
encontrado.
III - (Revogado)
A liberdade provisória desvinculada pressupõe a judiciária ou policial a quem tiver sido requisitada a
liberdade do agente sem qualquer imposição de prisão.
medida cautelar diversa da prisão.
Art. 333. Depois de prestada a fiança, que será
Art. 329. Nos juízos criminais e delegacias de polícia, concedida independentemente de audiência do
haverá um livro especial, com termos de abertura e de Ministério Púb, este terá vista do processo a fim de
encerramento, numerado e rubricado em todas as suas requerer o que julgar conveniente.
folhas pela autoridade, destinado especialmente aos
termos de fiança. O termo será lavrado pelo escrivão e Art. 334. A FIANÇA PODERÁ SER PRESTADA
assinado pela autoridade e por quem prestar a fiança, e ENQUANTO NÃO TRANSITAR EM JULGADO A SENTENÇA
dele extrair-se-á certidão para juntar-se aos autos. CONDENATÓRIA.
Parágrafo único. O réu e quem prestar a fiança serão Art. 335. Recusando ou retardando a autoridade
pelo escrivão notificados das obrigações e da sanção policial a concessão da fiança, o preso, ou alguém por
previstas nos arts. 327 e 328, o que constará dos autos. ele, poderá prestá-la, mediante simples petição,
perante o JUIZ COMPETENTE, que decidirá em 48
Art. 330. A FIANÇA, QUE SERÁ SEMPRE DEFINITIVA, HORAS.
consistirá em depósito de dinheiro, pedras, objetos ou
metais preciosos, títulos da dívida pública, federal, Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança
estadual ou municipal, ou em hipoteca inscrita em servirão ao pagamento das custas, da indenização do
primeiro lugar. dano, da prestação pecuniária e da multa, se o réu for
condenado.
§ 1o A avaliação de imóvel, ou de pedras, objetos ou
metais preciosos será feita imediatamente por perito Parágrafo único. Este dispositivo terá aplicação ainda
nomeado pela autoridade. no caso da prescrição depois da sentença condenatória.
Parágrafo único. Nos lugares em que o depósito não se Art. 338. A fiança que se reconheça NÃO SER CABÍVEL
puder fazer de pronto, o valor será entregue ao escrivão na espécie será CASSADA EM QUALQUER FASE DO
ou pessoa abonada, a critério da autoridade, e dentro de PROCESSO.
3 DIAS dar-se-á ao valor o destino que Ihe assina este
Artigo, o que tudo constará do termo de fiança. Art. 339. Será também CASSADA a fiança quando
reconhecida a EXISTÊNCIA DE DELITO INAFIANÇÁVEL,
Art. 332. Em caso de prisão em flagrante, será no caso de inovação na classificação do delito.
competente para conceder a fiança a autoridade que
presidir ao respectivo auto, e, em caso de prisão por
mandado, o juiz que o houver expedido, ou a autoridade
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Não cabível
FIANÇA SERÁ Deixar de comparecer, quando
CASSADA Delito inafiançável, em razão de intimado.
inovação na classificação.
Mudar de residência, sem
permissão.
Art. 340. Será exigido o REFORÇO DA FIANÇA:
Ausentar-se por mais de 8
I - quando a autoridade tomar, por engano, fiança DIAS, sem comunicar.
insuficiente; QUEBRAMENTO
DA FIANÇA Deliberadamente praticar ato
II - quando houver depreciação material ou de obstrução ao andamento do
(PERDA DE processo.
perecimento dos bens hipotecados ou caucionados, ou
METADE DO
depreciação dos metais ou pedras preciosas; VALOR) Descumprir medida cautelar
imposta cumulativamente com
III - quando for inovada a classificação do delito. a fiança.
Parágrafo único. A fiança ficará SEM EFEITO e o réu será Resistir injustificadamente a
recolhido à prisão, quando, na conformidade deste ordem judicial.
Artigo, não for reforçada.
Praticar nova infração penal
dolosa.
Art. 341. Julgar-se-á QUEBRADA A FIANÇA quando o
acusado:
Art. 342. Se vier a ser reformado o julgamento em que
se declarou quebrada a fiança, esta subsistirá em todos
I - regularmente intimado para ato do processo, deixar
os seus efeitos
de comparecer, sem motivo justo;
Ciência ao acusado do
processo, chamando-o para ESPÉCIES DE CARTA
CITAÇÃO *Tabela retirada do site www.dizerodireito.com
se defender (Resposta à
acusação em 10 dias) Espécie de comunicação entre
dois ou mais juízos quando
Comunicação para ATOS houver hierarquia entre eles.
CARTA DE
FUTUROS. ORDEM
NOTIFICAÇÃO Ex: o Ministro do STF expede
Ex: comparecimento em carta de ordem para que o juízo
audiência. federal ouça uma testemunha
localizada em Natal (RN).
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V - o fim para que é feita a citação; Art. 357. São requisitos da citação por MANDADO:
I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu
da contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da
deverá comparecer;
citação;
Art. 354. A precatória indicará: Art. 359. O dia designado para FUNCIONÁRIO PÚBLICO
comparecer em juízo, como acusado, será
I - o juiz deprecado e o juiz deprecante; NOTIFICADO assim a ELE como ao CHEFE DE SUA
REPARTIÇÃO.
II - a sede da jurisdição de um e de outro;
Ill - o fim para que é feita a citação, com todas as Art. 360. Se o réu estiver PRESO, SERÁ
especificações; PESSOALMENTE CITADO.
Art. 355. A precatória será devolvida ao juiz O juiz, em vez de determinar a citação pessoal do réu
deprecante, independentemente de traslado, depois preso para a audiência de interrogatório, apenas fez a
de lançado o "cumpra-se" e de feita a citação por sua requisição ao diretor do presídio. O réu
mandado do juiz deprecado. compareceu ao interrogatório e o STF considerou que
o vício da citação foi sanado. Assim, concluiu que,
§ 1o Verificado que o réu se encontra em território DIANTE DO COMPARECIMENTO DO PRESO EM JUÍZO,
sujeito à jurisdição de outro juiz, a este remeterá o juiz NÃO É POSSÍVEL INVOCAR NULIDADE POR AUSÊNCIA
deprecado os autos para efetivação da diligência, DE CITAÇÃO. (Info 705, STF)
desde que haja tempo para fazer-se a citação.
(Caráter itinerante da precatória) Art. 361. Se o réu NÃO FOR ENCONTRADO, será
CITADO por EDITAL, com o prazo de 15 DIAS.
§ 2o Certificado pelo oficial de justiça que o réu se
oculta para não ser citado, a precatória será Art. 362. Verificando que o RÉU SE OCULTA PARA
imediatamente devolvida, para o fim previsto NÃO SER CITADO, o oficial de justiça certificará a
no art. 362. ocorrência e procederá à CITAÇÃO COM HORA CERTA,
na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei
no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo
Art. 356. Se houver urgência, a precatória, que conterá
Civil.
em resumo os requisitos enumerados no Art. 354,
poderá ser expedida por via telegráfica, depois de Parágrafo único. Completada a citação com hora certa,
reconhecida a firma do juiz, o que a estação se o ACUSADO NÃO COMPARECER, ser-lhe-á
expedidora mencionará. nomeado DEFENSOR DATIVO.
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Art. 366. Se o acusado, citado por EDITAL, NÃO por 8 anos, calculado a
COMPARECER, NEM CONSTITUIR ADVOGADO, ficarão partir da pena máxima.
SUSPENSOS O PROCESSO e o CURSO DO PRAZO
PRESCRICIONAL, podendo o juiz determinar a b) PRODUÇÃO
PRODUÇÃO ANTECIPADA DAS PROVAS ANTECIPADAS DE
CONSIDERADAS URGENTES e, se for o caso, PROVAS URGENTES;
POSSÍVEIS
DECRETAR PRISÃO PREVENTIVA, nos termos do
CONSEQUÊNCIAS
disposto no art. 312. OBS: A prova
testemunhal, por si só,
SOBRE O ART. 366 DO CPP não é urgente, devendo
ser demonstrada uma
a) Citação por edital; das hipóteses do art. 225
PRESSUPOSTOS do CPP.
b) Não apresentação da
resposta à acusação. c) DECRETAÇÃO DA
PRISÃO PREVENTIVA
a) SUSPENSÃO DO
PROCESSO E DO PRAZO
PRESCRIÇÃO; Súmula 351, STF. É nula a citação por edital de réu
preso na mesma unidade da federação em que o juiz
OBS: Admite-se como exerce sua jurisdição.
tempo máximo de
suspensão do processo o Cuidado: STF e STJ entendem que se o acusado estiver
tempo de prescrição da preso em outra unidade da federação é cabível a
pretensão punitiva citação por edital.
abstrata do crime
praticado, após o que a Súmula 455, STJ. A decisão que determina a produção
antecipada de provas com base no Art. 366 do CPP
prescrição voltaria a
POSSÍVEIS deve ser concretamente fundamentada (à luz do artigo
correr novamente. Nesse
225 do CPP), não a justificando unicamente o mero
CONSEQUÊNCIAS sentido, a Súmula 415 do decurso do tempo.
STJ
Cuidado: Algumas decisões do STJ relativizam a
Súmula 415, STJ - O
aplicação da Súmula nº 455, nos casos de oitiva de
período de suspensão do agentes de segurança. A oitiva de policiais de forma
prazo prescricional é antecipada, sob a alegação de que a atuação frequente
regulado pelo máximo da em situações semelhantes leva ao esquecimento de
pena cominada. fatos específicos, não configura constrangimento
ilegal.
Exemplo: acusado citado
por edital por furto Espaço p/ anotações:
simples (pena de 1 a 4
anos) permitiria a
suspensão da prescrição
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SITUAÇÃO CONSEQUÊNCIA
Réu citado/intimado
pessoalmente para
Processo completa sua qualquer ato, deixa de
Citação do acusado.
formação comparecer sem Processo seguirá sem a
justificar ou mudou de presença do acusado.
residência e não
Réu na Jurisdição Citado por MANDADO
comunicou novo
endereço ao juízo.
Réu fora da Jurisdição. Citado por PRECATÓRIA.
- Funcionário Público;
Citação do Funcionário Acusado no estrangeiro,
Citado por edital.
Público. - Chefe de sua repartição. em lugar incerto
# Jurisprudência Correlata
#SELIGANADIFERENÇA #DESPENCAEMPROVA
DECISÕES
CONCEITO EXEMPLO
SUBJETIVAMENTE
Tribunal do Júri:
Proferida por órgão colegiado
COMPLEXAS Jurados decidem mérito.
heterogêneo.
Juiz-Presidente decide pena e regime.
CONCEITO CONSEQUÊNCIA
SENTENÇA ABSOLUTÓRIA
Decisão que concede o perdão judicial. Extingue a punibilidade.
ANÔMALA
Resolve questões processuais questionadas no curso do processo, mas não coloca fim ao
DECISÕES processo nem a alguma fase dele.
INTERLOCUTÓRIAS
Regra: Irrecorríveis, exceto se listadas no rol do art. 581 do CPP (cabe RESE)
SIMPLES
Exemplos: Recebimento de denúncia e julgamento improcedente das exceções.
Põe fim a uma etapa do procedimento, levando adiante o mérito, todavia sem causar a
DECISÕES extinção do processo.
INTERLOCUTÓRIAS
MISTA NÃO Exemplo: decisão de pronúncia, pois encerra um juízo de admissibilidade da imputação
TERMINATIVA de crime doloso contra a vida, autorizando que o acusado seja submetido a julgamento
pelo Júri.
Só é cabível na:
VINCULAÇÃO Juiz vinculado ao fato imputado ao Juiz vinculado aos termos do aditamento.
acusado na peça acusatória.
O art. 315 do CPP, com redação dada pelo Pacote Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2
Anticrime, traz um rol não exemplificativo de DIAS, pedir ao juiz que declare a sentença, sempre que
decisões não fundamentadas. Vejamos: nela houver OBSCURIDADE, AMBIGUIDADE,
§ 2º Não se considera fundamentada qualquer CONTRADIÇÃO ou OMISSÃO. (EMBARGOS DE
decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou DECLARAÇÃO)
acórdão, que:
A interposição dos ED interrompe prazo para os
I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à
demais recursos, o qual somente começará a fluir,
paráfrase de ato normativo, sem explicar sua
relação com a causa ou a questão decidida; integralmente, após decisão do ED.
V - o dispositivo;
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▪ O magistrado não tem competência para substituir- ▪ Em atenção aos princípios da celeridade processual e
se ao MP, titular da ação penal pública, e retificar a segurança jurídica, é válida a sentença oral proferida
classificação jurídica proposta na denúncia. Assim, em em audiência e registrada em meio audiovisual, ainda
REGRA, o momento adequado para a EL é na PROLAÇÃO que não transcrita, nos termos do art. 405 do CPP. O
DA SENTENÇA e não no recebimento da denúncia. mesmo dispositivo é aplicável aos demais atos
praticados em audiência, dentre eles, os debates orais
No entanto, excepcionalmente, é possível antecipar o e provas. (STF, 2019)
momento da EL quando a inadequada tipificação:
1) Macular a competência absoluta; ▪ Havendo mais de uma sentença transitada em julgado,
2) Ocasionar obediência a procedimento inadequado; envolvendo os mesmos fatos, prevalece a que primeiro
3) Restringir benefícios penais por excesso de (1º) transitou em julgado. (2018, STF)
acusação. (Info 553, STJ).
▪ Quando há a manutenção da punibilidade do réu nos
▪ É cabível o reconhecimento da causa de aumento da mesmos parâmetros da pena imposta anteriormente,
punibilidade narrada, ainda que não seja citado o artigo, ainda que o recurso seja interposto exclusivamente
sendo identificado como emendatio libelli. Ora, a pela defesa, não há nulidade no acórdão que reclassifica
aplicação do princípio da congruência determina que o o crime, pois não ocorreu reformatio in pejus, sendo
acusado se defende dos fatos descritos na denúncia e plenamente aplicável a emendatio libelli em 2ª
não da capitulação jurídica nela estabelecida. Dessa instância.
forma, exige-se apenas correlação entre o fato descrito
na denúncia e fato pelo qual réu foi condenado, ▪ Não é necessário que a denúncia mencione o
qualificando-se como IRRELEVANTE a menção, na dispositivo legal no qual esteja prevista causa de
denúncia, de forma expressa de eventuais causas de aumento.
aumento ou diminuição de pena.
▪ As agravantes podem ser reconhecidas ex officio pelo
Caso concreto: O MP ajuizou ação penal contra réu por juiz nos crimes de ação penal pública.
sonegação fiscal. Na denúncia, o MP não pediu
expressamente que fosse reconhecida a causa de Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se
aumento do art. 12, I, da Lei de Crimes contra a Ordem
entender cabível NOVA DEFINIÇÃO JURÍDICA DO FATO,
Tributária. Pediu-se apenas a condenação pelo crime do
em consequência de prova existente nos autos de
art. 1º, I. Apesar disso, a denúncia narrou que réu
ELEMENTO OU CIRCUNSTÂNCIA DA INFRAÇÃO PENAL
sonegou tributos em montante superior a R$ 4 milhões.
NÃO CONTIDA NA ACUSAÇÃO, o MP DEVERÁ ADITAR a
Nesse caso, o Juiz, na sentença, ao condenar o réu,
denúncia ou queixa, no prazo de 5 DIAS, se em virtude
pode reconhecer a incidência da causa de aumento
desta houver sido instaurado o processo em crime de
prevista no art. 12, I, porque o fato que ela representa
ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento,
(vultosa quantia sonegada que gera dano à coletividade)
quando feito oralmente. (MUTATIO LIBELLI)
foi narrado, apesar de não haver menção expressa ao
dispositivo legal.
Súmula 453, STF. Não se aplicam à 2a instância o art.
384 e parágrafo único do CPP, que possibilitam dar
Espaço p/ anotações: nova definição jurídica ao fato delituoso (ML), em
virtude de circunstância elementar não contida,
explícita ou implicitamente, na denúncia ou queixa.
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# CUIDADO
# Jurispruência Correlata
Repare que o termo é “fundada dúvida”, não
Réu denunciado por crime na forma consumada “manifesta certeza”, ou seja, não se exige a
pode ser condenado em sua forma tentada, ainda absolvição sumária, por exemplo.
que não exista aditamento à denúncia, pois a
tentativa não é figura autônoma. Assim, ainda que o VII – NÃO existir PROVA SUFICIENTE para a condenação.
réu tenha sido denunciado por estupro consumado,
tendo o MP reafirmado essa tipificação nas Parágrafo único. Na sentença absolutória, o juiz:
alegações finais, poderá ser condenado pela
modalidade culposa, pois o delito consumado e a I - mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade;
tentativa representam a mesma modalidade de
crime, diferindo apenas quanto à manifestação do II – ordenará a cessação das medidas cautelares e
delito. (Inf. 557, STJ) provisoriamente aplicadas;
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Art. 389. A sentença será publicada em mão do escrivão, II - ao réu, pessoalmente, ou ao defensor por ele
que lavrará nos autos o respectivo termo, registrando- constituído, quando se livrar solto, ou, sendo afiançável
a em livro especialmente destinado a esse fim. a infração, tiver prestado fiança;
# Jurispruência Correlata
PPL ≥ 1 ano 90 dias
A intimação do advogado pode ser feita pela PPL < 1 ano 60 dias
imprensa oficial. Todavia, caso o querelante ou o
assistente seja representado, em juízo, por § 2o O prazo para APELAÇÃO correrá após o término do
Defensor Dativo ou Público, a intimação destes fixado no edital, salvo se, no curso deste, for feita a
deverá ser feita pessoalmente. intimação por qualquer das outras formas
estabelecidas neste artigo.
# Jurispruência Correlata
Expedido
mandado de Citação Editalícia
prisão (infração
penal afiançável OBS: Apenas é possível falar
ou não), mas nem em intimação por edital
o réu, nem seu quando o réu e seu defensor
defensor (constituído) não forem
constituído, foram localizados
localizados
#DESPENCAEMPROVA #NÃOERREMAIS
OBS1: Aplicação residual aos procedimentos OBS: No Tribunal do Júri, o inimputável pode ser absolvido
especiais. sumariamente (condenado à medida de segurança), pois
essa decisão seria proferida ao término da 1a fase, ou seja,
posterior à instrução, não violando o devido processso legal.
OBS2: Em regra, é aplicável a todos, salvo disposição
Exceção: se o acusado possuir outra tese defensiva (ex.:
legal expressa em lei especial ou no CPP;
legítima defesa), deverá ser pronunciado, para que tenha a
chance de ser propriamente absolvido pelo júri.
PROCEDIMENTO COMUM
Pena máxima igual ou superior a 4 Pena máxima inferior a 4 ANOS e Cabível para infrações de menor
ANOS, detenção ou reclusão. superior a 2 ANOS, detenção ou potencial ofensivo (IMPO), que
reclusão. são:
1) Contravenções penais;
OBS: Independentemente do
quantum de pena, os crimes da Lei 2) Crimes cuja pena máxima não
de Organizações Criminosas e seja superior a 2 anos, cumulada
infrações conexas seguem o ou não com multa.
procedimento ordinário.
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PRINCÍPIO DA ORALIDADE
Ao tratar da designação da audiência una de instrução e julgamento, o legislador inseriu o princípio da oralidade,
segundo o qual se deve dar preponderância à palavra falada sobre a palavra escrita, sem que esta seja excluída.
SUBPRINCÍPIOS DA ORALIDADE:
PRINCÍPIO DA
PRINCÍPIO DO IMEDIATISMO PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ
CONCENTRAÇÃO
Procedimento deve ser Obriga o juiz a ficar em contato Em regra, Juiz que presidiu a instrução deve
breve. direto com partes e provas, proferir a sentença.
possibilitando melhor formação da
Tentativa de concentração sua convicção. O princípio da identidade física do juiz está
de todos os atos previsto no CPP, de maneira bastante
probatórios em uma única singela, no seu § 2º, do art. 399: “O juiz que
audiência. presidiu a instrução deverá proferir a
Não é necessário estar fisicamente sentença.”
no mesmo local, a exemplo da
videoconferência. O CPP não prevê limitações expressas a
Art. 400, § 1º. As provas esse princípio. Limitações existirão a partir
serão produzidas numa só do art. 366 do CPC.
audiência, podendo o juiz
indeferir as consideradas
irrelevantes, impertinentes
ou protelatórias.
Para definir o parâmetro de pena, com o fim de saber qual o procedimento deve ser
utilizado, deve-se considerar:
§ 4o As DISPOSIÇÕES dos ARTS. 395 A 398 DESTE Art. 117, CP: O curso da prescrição interrompe-se:
CÓDIGO APLICAM-SE A TODOS OS PROCEDIMENTOS I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; (...)
PENAIS DE PRIMEIRO GRAU, AINDA QUE NÃO
REGULADOS neste Código. OBS. A interrupção (volta a contar desde o início) da
prescrição não se confunde com a suspensão (a
O § 4º trata das disposições relativas a: contagem inicia-se do momento em que parou) do prazo
prescricional.
REJEIÇÃO DA DENÚNCIA
Parágrafo único. No caso de CITAÇÃO POR EDITAL, o
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
PRAZO para a DEFESA começará a fluir A PARTIR DO
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA COMPARECIMENTO PESSOAL DO ACUSADO OU DO
DEFENSOR CONSTITUÍDO.
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seja sua única invertida a ordem. Fora destes casos, tanto a doutrina
tese defensiva. quanto a jurisprudência entendem que não é possível
haver a inversão. Contudo, havendo inversão, a nulidade
será relativa, devendo comprovar o prejuízo.
Logo após a
Após as
MOMENTO resposta à
alegações finais.
acusação. # Jurisprudência Correlata (Polêmica)
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz 5º Turma do STJ: SIM (julgamento em 08/09/2020).
designará dia e hora para a audiência, ordenando a 6º Turma do STJ: NÃO (julgamento em 03/11/2020)
intimação do acusado, de seu defensor, do MP e, se for
o caso, do querelante e do assistente. § 1o As PROVAS serão PRODUZIDAS NUMA SÓ
AUDIÊNCIA, podendo o juiz indeferir as consideradas
§ 1o O acusado preso será requisitado para comparecer irrelevantes, impertinentes ou protelatórias.
ao interrogatório, devendo o poder público providenciar
sua apresentação.
# Jurisprudência Correlata
§ 2o O JUIZ QUE PRESIDIU A INSTRUÇÃO DEVERÁ
Não há direito absoluto à produção de prova. Em casos
PROFERIR A SENTENÇA. (PRINCÍPIO DA IDENTIDADE
complexos, há que se confiar no prudente arbítrio do
FÍSICA DO JUIZ)
juiz da causa, mais próximo dos fatos, quanto à
avaliação da pertinência e relevância das provas
# Jurisprudência Correlata requeridas pelas partes. Assim, não há nulidade se o
juiz indefere, de modo fundamentado, a oitiva das
O princípio da identidade física do juiz não é absoluto. vítimas do crime, ainda que arroladas pela defesa.
Nos casos de convocação, licença, promoção ou outro
Em regra, o ofendido deverá ser ouvido na audiência de
motivo impeditivo de sentenciar, os autos serão
instrução. No entanto, a obrigatoriedade de oitiva da
repassados ao sucessor do magistrado. (STJ, 2012)
vítima deve ser compreendida à luz da razoabilidade e
da utilidade prática da colheita da referida prova. (Info
Art. 400. Na AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E 823, STF).
JULGAMENTO, a ser REALIZADA no PRAZO MÁXIMO de
60 DIAS, proceder-se-á à tomada de declarações do
ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela § 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de
acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o prévio requerimento das partes.
disposto no art. 222 deste Código, bem como aos
esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao Art. 400-A. Na audiência de instrução e julgamento, e,
reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, EM ESPECIAL, nas que apurem CRIMES CONTRA A
em seguida, o acusado. DIGNIDADE SEXUAL, todas as partes e demais sujeitos
processuais presentes no ato deverão zelar pela
integridade física e psicológica da vítima, sob pena de
INVERSÃO DA ORDEM DE OITIVA DE TESTEMUNHAS
responsabilização civil, penal e administrativa, cabendo
ao juiz garantir o cumprimento do disposto neste artigo,
De acordo com o art. 400, primeiro são ouvidas as
VEDADAS: (Incluído pela Lei nº 14.245, de 2021 – Lei
testemunhas de acusação e, posteriormente, as
Mariana Ferrer)
testemunhas da defesa. Destaca-se que, havendo
expedição de carta precatória, é possível que seja
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I - a manifestação sobre circunstâncias ou elementos Não é possível utilizar essa fase (art. 402) para requerer
alheios aos fatos objeto de apuração nos autos; diligências que poderiam ter sido requeridas em fases
anteriores. Fica restrita as dúvidas surgidas durante a
instrução.
II - a utilização de linguagem, de informações ou de
material que ofendam a dignidade da vítima ou de
testemunhas. Art. 403. Não havendo requerimento de diligências,
ou sendo indeferido, serão oferecidas ALEGAÇÕES
Cuidado: quando o caput fala em “em especial”, FINAIS ORAIS por 20 MINUTOS, respectivamente, pela
depreende-se que o dispositivo não se aplica só aos acusação e pela defesa, PRORROGÁVEIS por MAIS 10,
processos de crimes contra a dignidade sexual. proferindo o juiz, a seguir, sentença.
O rol de informantes e vítimas não entra nessa O juiz tem poderes diante da omissão de alegações
contagem. finais pelo advogado para oportunizar à parte a
substituição dele no causídico ou, na inércia, para
A apresentação de rol de testemunhas não é requerer que a Defensoria Pública ofereça as
alegações finais.. (Info 715, STJ)
obrigatória. A consequência do não oferecimento de
testemunhas é a preclusão.
Art. 404. Ordenado DILIGÊNCIA CONSIDERADA
IMPRESCINDÍVEL, de ofício ou a requerimento da parte,
Art. 402. Produzidas as provas, ao final da audiência, o a AUDIÊNCIA SERÁ CONCLUÍDA SEM AS ALEGAÇÕES
Ministério Público, o querelante e o assistente e, a seguir, FINAIS.
o acusado poderão requerer diligências cuja necessidade
se origine de circunstâncias ou fatos apurados na
# QUANDO AS ALEGAÇÕES ORAIS VIRAM
instrução.
MEMORIAIS ESCRITOS?
# Jurisprudência Correlata
Após cair de uma altura de 10 metros, um menino de 10 Súmula 712, STF: É nula a decisão que determina o
anos foi levado à Santa Casa, e, durante cirurgia, com desaforamento de processo da competência do Júri
ele ainda vivo, foram retirados seus dois rins, visando sem audiência da defesa.
ao comércio ilegal de órgãos. Os médicos foram
denunciados pela suposta prática de crime de remoção SEÇÃO I - DA ACUSAÇÃO E DA INSTRUÇÃO
ilegal de órgãos, previsto na Lei de Transplantes (Lei PRELIMINAR
9.434/1997, artigo 14, parágrafo 4º), em razão do suposto
homicídio da criança Art. 406. O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa,
ordenará a citação do acusado para responder à
acusação, por escrito, no prazo de 10 DIAS.
O relator votou pela fixação da competência do juízo
singular criminal. No seu entendimento, na tipificação
§ 1o O prazo previsto no caput deste artigo será contado
do crime de remoção de órgãos, deve-se atentar para a
a partir do efetivo cumprimento do mandado ou do
finalidade da remoção. O bem jurídico a ser protegido,
comparecimento, em juízo, do acusado ou de defensor
no caso, é a incolumidade pública, a ética e a moralidade
constituído, no caso de citação inválida ou por edital.
no contexto da doação de órgãos e tecidos, além da
preservação da integridade física das pessoas e do
§ 2o A acusação deverá arrolar TESTEMUNHAS, até o
respeito à memória dos mortos. Seu voto foi seguido
máximo de 8, na denúncia ou na queixa.
pelo ministro Alexandre Moraes e pela ministra Rosa
Weber. RE 1313494/MG.
§ 3o Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares
e alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer
Súmula vinculante 45, STF: A competência documentos e justificações, especificar as provas
constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro pretendidas e arrolar TESTEMUNHAS, até o máximo de
por prerrogativa de função estabelecido 8, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando
exclusivamente pela Constituição estadual. necessário.
Súmula 156, STF: É absoluta a nulidade do julgamento, Art. 407. As exceções serão processadas em apartado,
pelo júri, por falta de quesito obrigatório. nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código.
Súmula 162, STF: É absoluta a nulidade do julgamento Art. 408. NÃO APRESENTADA A RESPOSTA NO PRAZO
pelo júri, quando os quesitos da defesa não precedem LEGAL, o JUIZ NOMEARÁ DEFENSOR para oferecê-la
aos das circunstâncias agravantes. em até 10 DIAS, concedendo-lhe vista dos autos.
Súmula 206, STF: É nulo o julgamento ulterior pelo júri Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o Ministério
com a participação de jurado que funcionou em Público ou o querelante sobre preliminares e
julgamento anterior do mesmo processo. documentos, em 5 DIAS.
Súmula 603, STF: A competência para o processo e Espécie de Réplica na 1a fase do Júri. Não tem no
julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do Procedimento Ordinário.
Tribunal do Júri.
Art. 410. O juiz determinará a inquirição das
Súmula 713, STF: O efeito devolutivo da apelação contra testemunhas e a realização das diligências requeridas
decisões do Júri é adstrito aos fundamentos da sua pelas partes, no prazo máximo de 10 DIAS.
interposição. (pois é um recurso de fundamentação
vinculada) Art. 411. Na audiência de instrução, proceder-se-á à
tomada de declarações do ofendido, se possível, à
inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e
pela defesa, nesta ordem, bem como aos
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# O que é DESPRONÚNCIA?
Juiz se convence da Juiz não se convence
materialidade do fato ou da materialidade do É a reforma da decisão de pronúncia por meio do RESE
dos indícios suficientes de fato ou dos indícios (obtida em grau recursal), resultante de:
autoria ou de participação suficientes de autoria I - Juízo de retratação; ou
ou de participação II - Decisão do Tribunal.
PRONUNCIARÁ O RÉU IMPRONUNCIARÁ O
RÉU
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Art. 415. O juiz, fundamentadamente, ABSOLVERÁ Art. 417. Se houver indícios de autoria ou de
DESDE LOGO o acusado, quando: participação de outras pessoas não incluídas na
acusação, o juiz, ao pronunciar ou impronunciar o
I – provada a INEXISTÊNCIA DO FATO;
acusado, determinará o retorno dos autos ao Ministério
II – provado NÃO ser ele AUTOR OU PARTÍCIPE do fato; Público, por 15 DIAS, aplicável, no que couber, o art. 80
deste Código.
III – o fato NÃO CONSTITUIR INFRAÇÃO PENAL;
IV – demonstrada causa de ISENÇÃO DE PENA ou de Art. 418. O juiz poderá dar ao fato definição jurídica
EXCLUSÃO DO CRIME. diversa da constante da acusação, embora o acusado
fique sujeito a pena mais grave.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV
do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordância
prevista no caput do Art. 26 do CP, salvo quando esta for com a acusação, da existência de crime diverso dos
a única tese defensiva. referidos no § 1o do art. 74 deste Código e não for
competente para o julgamento, remeterá os autos ao
O acusado só será absolvido sumariamente no júri por juiz que o seja.
inimputabilidade, se essa for sua única tese defensiva.
Parágrafo único. Remetidos os autos do processo a
Se o acusado tiver outra tese defensiva (ex. legítima outro juiz, à disposição deste ficará o acusado
defesa), deve ser pronunciado, para que tenha a chance preso.
de ser propriamente absolvido pelo júri.
Art. 420. A intimação da decisão de pronúncia será feita:
No procedimento ordinário, em hipótese alguma o réu
I – pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e
pode ser absolvido sumariamente por inimputabilidade.
ao Ministério Público;
II – ao defensor constituído, ao querelante e ao
assistente do Ministério Público, na forma do disposto
# Jurisprudência Correlata
no § 1o do Art. 370 deste Código.
No procedimento do Júri, o juiz pode, na fase do Art. 415 Parágrafo único. Será intimado por edital o acusado
do CPP, efetivar a absolvição imprópria do acusado solto que não for encontrado.
inimputável, na hipótese em que, além da tese de
inimputabilidade, a defesa apenas sustente por meio de
INTIMAÇÃO DA DECISÃO DE PRONÚNCIA
alegações genéricas que não há nos autos comprovação
da culpabilidade e do dolo do réu, sem qualquer
exposição dos fundamentos que sustentariam esta tese. Acusado
(Info 535, STJ). PESSOALMENTE Defensor Nomeado
Com o advento da Lei nº 11.689/2008, o parágrafo único A sessão de julgamento do Júri só pode ser adiada caso
do art. 420 previu a possibilidade de a intimação da a testemunha faltante tenha sido intimada com a
pronúncia ser feita por edital ao acusado que não for cláusula de imprescindibilidade.
encontrado. O STJ entende que esse dispositivo, por ter
índole processual, deve ser aplicado imediatamente, No julgado, entretanto, o mandado de intimação da
mesmo aos crimes ocorridos antes de sua vigência. No testemunha foi expedido para endereço diverso do
entanto, não se aplica aos fatos anteriores à Lei indicado pela defesa, motivo pelo qual o oficial de justiça
9.271/1996, em que foi decretada a revelia do réu, uma não a encontrou e, consequentemente, ela não
vez que tal compreensão implicaria a sua submissão a compareceu ao Júri, o que fez com que o causídico
julgamento pelo Tribunal do Júri sem que sequer se responsável pela defesa do paciente requeresse o
tenha certeza da sua ciência acerca da acusação que adiamento da sessão de julgamento, sendo este pedido,
pesa contra si. (Info 537, STJ). no entanto, indeferido pelo Juiz Presidente. O STJ
anulou o julgamento, entendendo que, ainda que a
Art. 421. Preclusa a decisão de pronúncia, os autos testemunha não tenha sido indicada como
serão encaminhados ao juiz presidente do Tribunal do imprescindível, não se pode admitir que a defesa seja
Júri. prejudicada por um erro do Estado, que expediu
mandado de intimação para endereço distinto daquele
§ 1o Ainda que preclusa a decisão de pronúncia, havendo indicado pelos advogados do acusado, o que gerou
CIRCUNSTÂNCIA SUPERVENIENTE QUE ALTERE A cerceamento de defesa. (Info 538, STJ).
CLASSIFICAÇÃO DO CRIME, o juiz ordenará a REMESSA
DOS AUTOS AO MINISTÉRIO PÚBLICO.
# Jurisprudência Correlata
§ 2o Em seguida, os autos serão conclusos ao juiz para
decisão.
Caso o Tribunal, no julgamento de apelação contra o
veredicto dos jurados, determine a realização de novo
A decisão de pronúncia faz coisa julgada formal, de
júri em razão do reconhecimento de que a decisão foi
forma que, preclusas as medidas impugnativas, torna-
manifestamente contrária à prova dos autos, não é
se imodificável, salvo quando da ocorrência de
possível que se conceda às partes o direito de inovar no
circunstância superveniente que altere a classificação
conjunto probatório mediante a apresentação de novo
do delito, caso no qual o MP aditará a denúncia, devendo
rol de testemunhas a serem ouvidas em plenário. (Info
ocorrer nova decisão de pronúncia, precedida de
516, STJ).
manifestação da defesa.
Art. 424. Quando a lei local de organização judiciária não § 2o Juntamente com a lista, serão transcritos os arts.
atribuir ao presidente do Tribunal do Júri o preparo para 436 a 446 deste Código.
julgamento, o juiz competente remeter-lhe-á os autos
do processo preparado até 5 dias antes do sorteio a que § 3o Os nomes e endereços dos alistados, em cartões
se refere o Art. 433 deste Código. iguais, após serem verificados na presença do
Ministério Público, de advogado indicado pela Seção
Parágrafo único. Deverão ser remetidos, também, os local da OAB e de defensor indicado pelas Defensorias
processos preparados até o encerramento da reunião, Públicas competentes, permanecerão guardados em
para a realização de julgamento. urna fechada a chave, sob a responsabilidade do juiz
presidente.
SEÇÃO IV - DO ALISTAMENTO DOS JURADOS
§ 4o O jurado que tiver integrado o Conselho de
Art. 425. Anualmente, serão alistados pelo presidente Sentença nos 12 MESES que antecederem à publicação
do Tribunal do Júri de 800 a 1.500 jurados nas comarcas da lista geral fica dela excluído.
de mais de 1.000.000 de habitantes, de 300 a 700 nas
comarcas de mais de 100.000 habitantes e de 80 a 400 # Jurisprudência Correlata
nas comarcas de menor população. (Lei nº 11.689, de
2008) Deve ser reconhecida a nulidade absoluta na hipótese
em que um dos jurados do Conselho de Sentença tenha
ALISTAMENTO DE JURADOS integrado o júri de outro processo nos 12 meses que
antecederam à publicação da lista geral de jurados,
De 800 a 1.500 Jurados → + de 1.000.000 de Habitantes.
considerando que o placar da votação tenha sido o de 4
De 300 a 700 Jurados → + de 100.000 Habitantes. a 3 em favor da condenação do réu, ainda que a defesa
De 80 a 400 Jurados→ Comarcas de Menor População tenha deixado de consignar a insurgência na ata de
julgamento da sessão. (Info 513, STJ).
§ 1o Nas comarcas onde for necessário, poderá ser
aumentado o número de jurados e, ainda, organizada § 5o Anualmente, a lista geral de jurados será,
lista de suplentes, depositadas as cédulas em urna obrigatoriamente, completada.
especial, com as cautelas mencionadas na parte final
do § 3o do Art. 426 deste Código. SEÇÃO V - DO DESAFORAMENTO
§ 2o O juiz presidente requisitará às autoridades locais, Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar
associações de classe e de bairro, entidades ou houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a
associativas e culturais, instituições de ensino em geral, segurança pessoal do acusado, o TRIBUNAL, a
universidades, sindicatos, repartições públicas e outros requerimento do Ministério Público, do assistente, do
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Pendência de RESE contra Art. 430. O assistente somente será admitido se tiver
pronúncia. requerido sua habilitação até 5 dias antes da data da
NÃO SE PODE sessão na qual pretenda atuar.
REQUERER O Efetivado o julgamento, salvo
DESAFORAMENTO quanto a fato ocorrido durante Art. 431. Estando o processo em ordem, o juiz presidente
ou após a realização de mandará intimar as partes, o ofendido, se for possível,
julgamento anulado. as testemunhas e os peritos, quando houver
requerimento, para a sessão de instrução e julgamento,
Somente após o trânsito em
observando, no que couber, o disposto no Art. 420 deste
julgado da decisão de pronúncia
MOMENTO Código.
e antes do julgamento no
plenário.
SEÇÃO VII - DO SORTEIO E DA CONVOCAÇÃO DOS
JURADOS
# O QUE É O REAFORAMENTO?
Art. 432. Em seguida à organização da pauta, o juiz
presidente determinará a intimação do Ministério
É o retorno do julgamento para a comarca de origem.
Público, da OAB e da Defensoria Pública para
Não foi previsto no CPP.
acompanharem, em dia e hora designados, o sorteio dos
jurados que atuarão na reunião periódica.
Não é um procedimento legalmente admitido no Brasil.
Uma vez deslocado o julgamento, não mais retornará à
Art. 433. O sorteio, presidido pelo juiz, far-se-á a portas
Comarca de origem. Entretanto, nada impede que novo
abertas, cabendo-lhe retirar as cédulas até completar o
desaforamento seja realizado, se presente na nova
número de 25 jurados, para a reunião periódica ou
comarca algum dos motivos autorizadores.
extraordinária.
Art. 429. Salvo motivo relevante que autorize alteração § 2o A audiência de sorteio não será adiada pelo não
na ordem dos julgamentos, terão preferência: comparecimento das partes.
§ 1o Antes do dia designado para o primeiro julgamento Parágrafo único. No mesmo expediente de convocação
da reunião periódica, será afixada na porta do edifício do serão transcritos os arts. 436 a 446 deste Código.
Tribunal do Júri a lista dos processos a serem julgados,
obedecida a ordem prevista no caput deste artigo. Art. 435. Serão afixados na porta do edifício do Tribunal
do Júri a relação dos jurados convocados, os nomes do
§ 2o O juiz presidente reservará datas na mesma acusado e dos procuradores das partes, além do dia,
reunião periódica para a inclusão de processo que tiver hora e local das sessões de instrução e julgamento.
o julgamento adiado.
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SEÇÃO VIII - DA FUNÇÃO DO JURADO Art. 438. A recusa ao serviço do júri fundada em
convicção religiosa, filosófica ou política importará no
Art. 436. O serviço do júri é OBRIGATÓRIO. O alistamento dever de prestar serviço alternativo, sob pena de
compreenderá os cidadãos maiores de 18 anos de suspensão dos direitos políticos, enquanto não prestar
notória idoneidade. o serviço imposto.
§ 1o Nenhum cidadão poderá ser excluído dos trabalhos § 1o Entende-se por serviço alternativo o exercício de
do júri ou deixar de ser alistado em razão de cor ou atividades de caráter administrativo, assistencial,
etnia, raça, credo, sexo, profissão, classe social ou filantrópico ou mesmo produtivo, no Poder Judiciário, na
econômica, origem ou grau de instrução. (Lei nº 11.689, Defensoria Pública, no Ministério Público ou em
de 2008) entidade conveniada para esses fins.
§ 2o A RECUSA INJUSTIFICADA ao serviço do júri § 2o O juiz fixará o serviço alternativo atendendo aos
acarretará MULTA no valor de 1 A 10 SALÁRIOS princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.
MÍNIMOS, a critério do juiz, de acordo com a condição
econômica do jurado. Art. 439. O exercício efetivo da função de jurado
constituirá SERVIÇO PÚBLICO RELEVANTE e
estabelecerá PRESUNÇÃO DE IDONEIDADE MORAL.
Art. 437. ESTÃO ISENTOS DO SERVIÇO DO JÚRI:
V – os Magistrados e membros do Ministério Público Art. 442. AO JURADO QUE, SEM CAUSA LEGÍTIMA,
e da Defensoria Pública; DEIXAR DE COMPARECER NO DIA marcado para a
sessão ou retirar-se antes de ser dispensado pelo
VI – os servidores do Poder Judiciário, do Ministério
presidente será aplicada MULTA DE 1 A 10 SALÁRIOS
Público e da Defensoria Pública;
MÍNIMOS, a critério do juiz, de acordo com a sua
VII – as autoridades e os servidores da polícia e da condição econômica.
segurança pública;
Art. 443. Somente será aceita escusa fundada em
VIII – os militares em serviço ativo;
motivo relevante devidamente comprovado e
IX – os cidadãos maiores de 70 ANOS que apresentada, ressalvadas as hipóteses de força maior,
REQUEIRAM SUA DISPENSA; até o momento da chamada dos jurados.
X – aqueles que o requererem, demonstrando justo Art. 444. O jurado somente será dispensado por decisão
impedimento. motivada do juiz presidente, consignada na ata dos
trabalhos.
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Art. 445. O jurado, no exercício da função ou a pretexto § 2o Aplicar-se-á aos jurados o disposto sobre os
de exercê-la, será responsável criminalmente nos IMPEDIMENTOS, A SUSPEIÇÃO E AS
mesmos termos em que o são os juízes togados. INCOMPATIBILIDADES DOS JUÍZES TOGADOS.
Art. 446. Aos suplentes, quando convocados, serão Art. 449. NÃO PODERÁ SERVIR O JURADO QUE:
aplicáveis os dispositivos referentes às dispensas,
faltas e escusas e à equiparação de responsabilidade I – tiver funcionado em julgamento anterior do mesmo
penal prevista no Art. 445 deste Código. processo, independentemente da causa determinante
do julgamento posterior;
SEÇÃO IX - DA COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI Súmula 206, STF: É nulo o julgamento ulterior pelo júri
E DA FORMAÇÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA com a participação de jurado que funcionou em
julgamento anterior do mesmo processo.
Art. 447. O Tribunal do Júri É COMPOSTO POR 1 JUIZ
TOGADO, SEU PRESIDENTE E POR 25 JURADOS que II – no caso do concurso de pessoas, houver integrado
serão sorteados dentre os alistados, 7 DOS QUAIS o Conselho de Sentença que julgou o outro acusado;
CONSTITUIRÃO O CONSELHO DE SENTENÇA em cada
sessão de julgamento. III – tiver manifestado prévia disposição para condenar
ou absolver o acusado.
NÃO CONFUNDA!!!
# Jurisprudência Correlata
COMPOSIÇÃO DO 25 JURADOS
TRIBUNAL DO JÚRI
Será declarado nulo o júri, quando membro do conselho
PARA INSTALAÇÃO DA 15 JURADOS de sentença afirma a existência de crime durante a fala
SESSÃO SÃO da acusação.
NECESSÁRIOS
Ex: Durante debate no Plenário o Promotor faz pergunta
CONSELHO DE 7 JURADOS
retoricamente qual seria a conduta praticada pelo réu,
SENTENÇA
momento no qual um dos jurados responde “É um
crime”. (Inf. 630, STJ)
Art. 448. São IMPEDIDOS DE SERVIR NO MESMO Art. 450. Dos impedidos entre si por parentesco ou
CONSELHO: relação de convivência, servirá o que houver sido
sorteado em primeiro lugar.
I – marido e mulher;
Art. 460. Antes de constituído o Conselho de Sentença, Art. 466. Antes do sorteio dos membros do Conselho de
as testemunhas serão recolhidas a lugar onde umas Sentença, o juiz presidente esclarecerá sobre os
não possam ouvir os depoimentos das outras. impedimentos, a suspeição e as incompatibilidades
constantes dos arts. 448 e 449 deste Código.
Art. 461. O JULGAMENTO NÃO SERÁ ADIADO SE A
TESTEMUNHA DEIXAR DE COMPARECER, SALVO SE § 1o O juiz presidente também advertirá os jurados de
UMA DAS PARTES TIVER REQUERIDO A SUA INTIMAÇÃO que, uma vez sorteados, não poderão comunicar-se
POR MANDADO, na oportunidade de que trata o art. 422 entre si e com outrem, nem manifestar sua opinião
deste Código, declarando não prescindir do depoimento sobre o processo, sob pena de exclusão do Conselho e
e indicando a sua localização. multa, na forma do § 2o do Art. 436 deste Código.
§ 1o Se, intimada, a testemunha não comparecer, o juiz § 2o A incomunicabilidade será certificada nos autos
presidente suspenderá os trabalhos e mandará pelo oficial de justiça.
conduzi-la ou adiará o julgamento para o primeiro dia
desimpedido, ordenando a sua condução. Art. 467. Verificando que se encontram na urna as
cédulas relativas aos jurados presentes, o juiz
§ 2o O julgamento será realizado mesmo na hipótese de presidente sorteará 7 dentre eles para a formação do
a testemunha não ser encontrada no local indicado, se Conselho de Sentença.
assim for certificado por oficial de justiça.
Art. 468. À medida que as cédulas forem sendo
Art. 462. Realizadas as diligências referidas nos arts. retiradas da urna, o juiz presidente as lerá, e a defesa e,
454 a 461 deste Código, o juiz presidente verificará se a depois dela, o Ministério Público poderão RECUSAR os
urna contém as cédulas dos 25 JURADOS SORTEADOS, jurados sorteados, ATÉ 3 CADA PARTE, SEM MOTIVAR a
mandando que o escrivão proceda à chamada deles. recusa.
Art. 463. Comparecendo, PELO MENOS, 15 JURADOS, Parágrafo único. O jurado recusado imotivadamente por
o juiz presidente declarará instalados os trabalhos, qualquer das partes será excluído daquela sessão de
anunciando o processo que será submetido a instrução e julgamento, prosseguindo-se o sorteio para
julgamento. a composição do Conselho de Sentença com os jurados
remanescentes.
§ 1o O oficial de justiça fará o pregão, certificando a
diligência nos autos. # Jurisprudência Correlata
§ 1o A SEPARAÇÃO DOS JULGAMENTOS SOMENTE Parágrafo único. O jurado, em seguida, receberá CÓPIAS
OCORRERÁ SE, EM RAZÃO DAS RECUSAS, NÃO FOR DA PRONÚNCIA ou, se for o caso, das DECISÕES
OBTIDO O NÚMERO MÍNIMO DE 7 JURADOS para compor POSTERIORES QUE JULGARAM ADMISSÍVEL A
o Conselho de Sentença. ACUSAÇÃO e do RELATÓRIO DO PROCESSO.
esclarecimento dos peritos, bem como a leitura de I - a manifestação sobre circunstâncias ou elementos
peças que se refiram, exclusivamente, às provas alheios aos fatos objeto de apuração nos autos;
colhidas por carta precatória e às provas cautelares,
antecipadas ou não repetíveis. II - a utilização de linguagem, de informações ou de
material que ofendam a dignidade da vítima ou de
Art. 474. A seguir será o acusado interrogado, se testemunhas.
estiver presente, na forma estabelecida no Capítulo III
do Título VII do Livro I deste Código, com as alterações Art. 475. O registro dos depoimentos e do interrogatório
introduzidas nesta Seção. será feito pelos meios ou recursos de gravação
magnética, eletrônica, estenotipia ou técnica similar,
§ 1o O Ministério Público, o assistente, o querelante e o destinada a obter maior fidelidade e celeridade na
defensor, nessa ordem, poderão formular, diretamente, colheita da prova.
perguntas ao acusado.
Parágrafo único. A transcrição do registro, após feita a
MP Assistente Querelante Defensor degravação, constará dos autos.
Necessariamente nessa ordem
SEÇÃO XII - DOS DEBATES
§ 2o Os jurados formularão perguntas por intermédio do
juiz presidente. Art. 476. ENCERRADA A INSTRUÇÃO, será concedida
a palavra ao Ministério Público, que fará a acusação, nos
§ 3o NÃO se permitirá o uso de ALGEMAS NO ACUSADO limites da pronúncia ou das decisões posteriores que
durante o período em que permanecer no PLENÁRIO DO julgaram admissível a acusação, sustentando, se for o
JÚRI, SALVO se ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO à caso, a existência de circunstância agravante.
ORDEM DOS TRABALHOS, à SEGURANÇA DAS
TESTEMUNHAS ou à GARANTIA DA INTEGRIDADE § 1o O ASSISTENTE FALARÁ DEPOIS DO MINISTÉRIO
FÍSICA DOS PRESENTES. PÚBLICO.
Súmula Vinculante 11: Só é lícito o uso de § 2o Tratando-se de ação penal de iniciativa privada,
algemas em casos de resistência e de fundado falará em primeiro lugar o querelante e, em seguida, o
receio de fuga ou de perigo à integridade física Ministério Público, SALVO se este houver retomado a
PRÓPRIA ou ALHEIA, por parte do preso ou de titularidade da ação, na forma do art. 29 deste Código.
terceiros, justificada a excepcionalidade por
ESCRITO, sob pena de RESPONSABILIDADE § 3o Finda a acusação, terá a palavra a DEFESA.
DISCIPLINAR, CIVIL e PENAL do agente ou da
autoridade e de NULIDADE da PRISÃO ou do ATO § 4o A acusação poderá replicar e a defesa treplicar,
PROCESSUAL a que se refere, sem prejuízo da sendo admitida a reinquirição de testemunha já ouvida
responsabilidade civil do estado. em plenário.
Art. 474-A. Durante a instrução em plenário, todas as Art. 477. O tempo destinado à acusação e à defesa
partes e demais sujeitos processuais presentes no ato será de 1 HORA E 30 MINUTOS PARA CADA, e de 1 HORA
deverão respeitar a dignidade da vítima, sob pena de para a RÉPLICA e outro tanto para a TRÉPLICA.
responsabilização civil, penal e administrativa, cabendo
ao juiz presidente garantir o cumprimento do disposto Espaço p/ anotações:
neste artigo, VEDADAS: (Incluído pela Lei nº 14.245,
de 2021 – Lei Mariana Ferrer)
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Abrange todas as teses de exclusão de tipicidade, A tese da legítima defesa da honra é inconstitucional,
ilicitude e culpabilidade. por contrariar os princípios da dignidade da pessoa
humana, da proteção à vida e da igualdade de gênero. A
Diante da pluralidade de teses defensivas, prevalece defesa, a acusação, a autoridade policial e o juízo são
que não há necessidade de individualização do quesito proibidos de utilizar, direta ou indiretamente, a tese de
da absolvição, podendo ser formulado de maneira legítima defesa da honra (ou qualquer argumento que
genérica. induza à tese) nas fases pré-processual ou processual
penais, bem como durante julgamento perante o
3o Decidindo os jurados pela condenação, o julgamento tribunal do júri, sob pena de nulidade do ato e do
prossegue, devendo ser formulados quesitos sobre: julgamento. (Info 1009, STF).
No quesito da tentativa, vai entrar também a desistência Art. 484. A seguir, o presidente lerá os quesitos e
voluntária e o arrependimento eficaz. indagará das partes se têm requerimento ou
reclamação a fazer, devendo qualquer deles, bem como
§ 6o Havendo MAIS DE UM CRIME OU MAIS DE UM a decisão, constar da ata.
ACUSADO, os quesitos serão formulados em SÉRIES
DISTINTAS. Quando deve ocorrer a impugnação a quesito do Júri?
Imediatamente (tão logo ocorram), e não “antes da
Espaço p/ anotações: leitura da sentença em plenário”. Devem ser
imediatamente contestadas e o prejuízo provado, sob
pena de preclusão.
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á
ou à decisão dos jurados; à prisão em que se encontra, se presentes os requisitos
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da prisão preventiva, ou, no caso de CONDENAÇÃO a
da medida de segurança;
uma pena IGUAL ou SUPERIOR a 15 ANOS de
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova
RECLUSÃO, determinará a EXECUÇÃO PROVISÓRIA DAS
dos autos.
PENAS, com expedição do mandado de prisão, se for o
§ 1º Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei caso, sem prejuízo do conhecimento de recursos que
expressa ou divergir das respostas dos jurados aos quesitos, vierem a ser interpostos;
o tribunal ad quem fará a devida retificação.
f) estabelecerá os efeitos genéricos e específicos da
§ 2º Interposta a apelação com fundamento no no III, c, deste condenação;
artigo, o tribunal ad quem, se Ihe der provimento, retificará a
aplicação da pena ou da medida de segurança. ii – no caso de ABSOLVIÇÃO:
§ 3º Se a apelação se fundar no no III, d, deste artigo, e o a) mandará colocar em liberdade o acusado se por
tribunal ad quem se convencer de que a decisão dos jurados outro motivo não estiver preso;
é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á
provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se b) revogará as medidas restritivas provisoriamente
admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação decretadas;
§ 4º Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o c) imporá, se for o caso, a medida de segurança cabível.
recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da
decisão se recorra. § 1o Se houver DESCLASSIFICAÇÃO da infração para
OUTRA, DE COMPETÊNCIA DO JUIZ SINGULAR, AO
Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do PRESIDENTE DO TRIBUNAL DO JÚRI CABERÁ PROFERIR
juiz singular, se da sentença não for interposta apelação pelo SENTENÇA em seguida, aplicando-se, quando o delito
MP no prazo legal, o ofendido ou qualquer das pessoas
resultante da nova tipificação for considerado pela lei
enumeradas no Art. 31, ainda que não se tenha habilitado como
como infração penal de menor potencial ofensivo, O
Assistente, poderá interpor apelação, que não terá, porém,
efeito suspensivo
DISPOSTO NOS ARTS. 69 E SEGUINTES DA LEI NO 9.099,
DE 26 DE SETEMBRO DE 1995.
II – o magistrado que presidiu a sessão e os jurados SEÇÃO XVI - DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DO
presentes; TRIBUNAL DO JÚRI
III – os jurados que deixaram de comparecer, com Art. 497. São ATRIBUIÇÕES do juiz presidente do
escusa ou sem ela, e as sanções aplicadas; Tribunal do Júri, além de outras expressamente
referidas neste Código: ( ROL EXEMPLIFICATIVO)
IV – o ofício ou requerimento de isenção ou dispensa;
I – regular a polícia das sessões e prender os
V – o sorteio dos jurados suplentes; desobedientes;
VI – o adiamento da sessão, se houver ocorrido, com a II – requisitar o auxílio da força pública, que ficará sob
indicação do motivo; sua exclusiva autoridade;
VII – a abertura da sessão e a presença do , do III – dirigir os debates, intervindo em caso de abuso,
querelante e do assistente, se houver, e a do defensor excesso de linguagem ou mediante requerimento de
do acusado; uma das partes;
VIII – o pregão e a sanção imposta, no caso de não IV – resolver as questões incidentes que NÃO dependam
comparecimento; de pronunciamento do júri;
XI – a verificação das cédulas pelo juiz presidente; VI – mandar retirar da sala o acusado que dificultar a
realização do julgamento, o qual prosseguirá sem a sua
XII – a formação do Conselho de Sentença, com o presença;
registro dos nomes dos jurados sorteados e recusas;
VII – suspender a sessão pelo tempo indispensável à
XIII – o compromisso e o interrogatório, com simples realização das diligências requeridas ou entendidas
referência ao termo; necessárias, mantida a incomunicabilidade dos jurados;
XIV – os debates e as alegações das partes com os VIII – interromper a sessão por tempo razoável, para
respectivos fundamentos; proferir sentença e para repouso ou refeição dos
jurados;
XV – os incidentes;
IX – decidir, DE OFÍCIO, ouvidos o Ministério Público e a
XVI – o julgamento da causa; defesa, ou a REQUERIMENTO de qualquer destes, a
arguição de EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE;
XVII – a publicidade dos atos da instrução plenária, das
diligências e da sentença. X – resolver as questões de direito suscitadas no curso
do julgamento;
Art. 496. A falta da ata sujeitará o responsável a sanções
administrativa e penal. XI – determinar, DE OFÍCIO ou a REQUERIMENTO das
partes ou de qualquer jurado, as diligências destinadas
a sanar nulidade ou a suprir falta que prejudique o
esclarecimento da verdade;
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3) Compete ao Tribunal do Júri a resolução de dúvidas 12) Reconhecida a nulidade da pronúncia por excesso
referentes à aplicabilidade de excludente de ilicitude de linguagem, outra decisão deve ser proferida, visto
na fase de pronúncia. que o simples envelopamento e desentranhamento
da peça viciada não é suficiente.
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Ex2: Súmula 366, STF: Não é nula Ex2: Falta da assinatura do juiz
a citação por edital que indica torna a decisão inexistente,
dispositivo da lei penal, embora ainda que não haja dúvidas da
não transcreva a denúncia ou autenticidade do ato processual.
queixa, ou não resuma os fatos
em que se baseia.
RECONHECIMENTO Só a De ofício ou a
Ex: sentença nula que manda requerimento das requerimento.
prender o condenado. Enquanto partes.
não for declarada essa nulidade,
é plenamente apta a determinar
a prisão do acusado.
HIPÓTESES prevista na CF
Prejuízo é ou TIDH.
presumido Ex: intimação da
(presunção expedição da
relativa). precatória.
Ex: art. 8 da
Há inversão CADH diz que
do ônus da o acusado tem
prova. direito de ser
assistido por
PREJUÍZO um tradutor
Ex1: Ausência
Prejuízo deve ser ou intérprete,
de citação
(Perceba que prejuízo comprovado. caso não
sempre estará quando
compreenda
presente, não há provado que
ou não fale a
nulidade sem acusado
língua do juízo
prejuízo) compareceu a
ou tribunal.
juízo, não
havendo
prejuízo.
TÍTULO I - DAS NULIDADES
Ex2: Prolação
de sentença OBS: Considerando que todos os dispositivos desse
por juiz
suspeito só título têm grande incidência em provas de concursos,
não será optaremos por não usar o caractere .
declarada nula
se a parte
provar que Art. 563. NENHUM ATO SERÁ DECLARADO NULO, se da
não teve nulidade NÃO RESULTAR PREJUÍZO para a acusação ou
prejuízo. para a defesa. (PRINCÍPIO DO PREJUÍZO)
A qualquer
tempo, pois a Art. 564. A NULIDADE OCORRERÁ NOS SEGUINTES
Momento NA é CASOS:
oportuno, sob
insanável.
MOMENTO PARA pena de
preclusão: 1a I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
ARGUIÇÃO Inclusive após
oportunidade para o TJ do
se manifestar, II - por ilegitimidade de parte;
processo, mas
após a nulidade. apenas em
(Art. 571) favor da III - POR FALTA DAS FÓRMULAS OU DOS TERMOS SEGUINTES:
defesa, em HC
ou Revisão a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos
Criminal. de contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em
flagrante;
➊ Nulidades do ➊ Nulidades
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam
art. 564 que do art. 564,
tenham previsão sem previsão vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167;
de convalidação de sanação no
no art. 572; art. 572. c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver,
ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos;
MOMENTO DA NULIDADE MOMENTO PARA SUA QUE CONSTITUA ELEMENTO ESSENCIAL DO ATO),
ARGUIÇÃO CONSIDERAR-SE-ÃO SANADAS:
Na instrução criminal no Alegações orais. III - se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os
júri seus efeitos.
Ocorridas posteriormente Logo depois de
à pronúncia anunciado o julgamento
Nulidades relativas consideram-se SANADAS se:
e apregoadas as partes.
Razões de recurso ou
logo depois de ➊ Não forem arguidas, em tempo oportuno;
Ocorridas após decisão
da 1a instância anunciado julgamento
do recurso e
➋ Praticado por outra forma, ato atingiu seu fim;
apregoadas as partes.
No julgamento em Logo depois de
plenário, em audiência ou ocorrerem. ➌ Parte, ainda que tacitamente, aceitou seus efeitos.
em sessão do tribunal
Na instrução criminal dos Lei 8.039/90 Art. 573. Os ATOS, CUJA NULIDADE NÃO TIVER SIDO
processos de regulamenta. SANADA, na forma dos artigos anteriores, SERÃO
competência do STF e
TJ`s RENOVADOS OU RETIFICADOS.
Em suma, esse artigo trata da 1a oportunidade
para se manifestar, após a nulidade. § 1o A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará
a dos atos que dele diretamente dependam ou sejam
conseqüência. (PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE OU DA
CONSEQUENCIALIDADE)
Cuidado: Alegação de nulidade na quesitação do Júri
deve ocorrer logo em seguida à leitura dos quesitos e à
§ 2o O juiz que pronunciar a nulidade declarará os atos
explicação dos critérios pelo juiz presidente, sob pena
a que ela se estende.
de preclusão.
Em regra, o reconhecimento de uma NA está limitado,
temporalmente, às instâncias recursais ordinárias. Em # Jurisprudência Correlata
sede de RE ou RESP, os Tribunais Superiores só
poderão se manifestar sobre uma NA se ela tiver sido NÃO GERA NULIDADE
objeto de prequestionamento. Mas isso não impede a
concessão HC de ofício em favor do acusado, desde que O julgamento com participação de magistrado
não haja supressão de instância. impedido, se seu voto não foi decisivo. É dizer,
excluindo-se o voto do impedido, o resultado da
votação permaneceria a mesma.
Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, III, d (INTER-
A denúncia apresentada com ofensa ao princípio do
VENÇÃO DO MP) e, segunda parte (PRAZOS
promotor natural pode ser ratificada. Não viola esse
CONCEDIDOS À DEFESA E À ACUSAÇÃO), g (INTIMAÇÃO
princípio, se o Promotor que atua na vara criminal
SESSÃO DE JULGAMENTO, PELO JÚRi) e h (INTIMAÇÃO comum oferece denúncia contra o acusado na vara do
DAS TESTEMUNHAS ARROLADAS NO LIBELO E NA Tribunal do Júri e o Promotor que funciona neste juízo
CONTRARIEDADE), e IV (OMISSÃO DE FORMALIDADE
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A citação por edital que indica o dispositivo da lei A inépcia da denúncia deve ser arguida até a
penal, embora não transcreva a denúncia ou queixa, prolação da sentença, sob pena de preclusão.
ou não resuma os fatos em que se baseia.
Tanto a denúncia, quanto o ato de seu recebimento,
emanados de autoridades em razão da matéria,
são ratificáveis no juízo competente.
# Jurisprudência Correlata
# Jurisprudência Correlata Súmula 160, STF: É nula a decisão do tribunal que acolhe,
contra o réu, nulidade (absoluta ou relativa) não arguida
no recurso da acusação, ressalvados os casos de
CAUSAS DE NULIDADE RELATIVA
recurso de ofício.
(Reconhecimento depende da comprovação do prejuízo)
Súmula 162, STF: É absoluta a nulidade do julgamento
Suspeição do membro do Ministério Público; pelo júri, quando os quesitos da defesa não precedem
aos das circunstâncias agravantes (leia-se:
Eventual irregularidade na informação acerca do qualificadoras e majorantes).
direito de permanecer em silêncio;
Atenção: Menção às agravantes abrange também as
Juntada tardia aos autos — após interrogatório— de
qualificadoras e majorantes. No que tange às
transcrições integrais de interceptações, pois partes
tem alegações finais para se manifestar, a respeito agravantes, essa Súmula perdeu sua razão de ser, uma
dela; vez que estas não são mais quesitadas aos jurados.
Quanto às qualificadoras e majorantes, no entanto, o
Falta de intimação da expedição de precatória para enunciado continua válido.
inquirição de testemunha.
Súmula 206, STF: É nulo o julgamento ulterior pelo júri
com a participação de jurado que funcionou em
julgamento anterior do mesmo processo.
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Súmula 351, STF: É nula a citação por edital de réu preso Atenção: Trata do procedimento dos crimes funcionais.
na mesma unidade da federação em que o juiz exerce a STF não a aplica. Entende que mesmo na ação penal
sua jurisdição. instruída por inquérito policial é necessária a defesa
preliminar.
Súmula 361, STF: No processo penal, é nulo o exame
realizado por um só perito, considerando-se impedido o
que tiver funcionado, anteriormente, na diligência de Jurisprudëncia em Teses
apreensão.
Ed. 69 - Nulidades no Processo Penal
Súmula 366, STF: Não é nula a citação por edital que 2) As nulidades surgidas no curso da investigação
indica o dispositivo da lei penal, embora não transcreva preliminar não atingem a ação penal dela decorrente.
a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que
se baseia. 3) As irregularidades relativas ao reconhecimento
pessoal do acusado não ensejam nulidade, uma vez que
Súmula 431, STF: É nulo o julgamento de recurso as formalidades previstas no art. 226 do CPP são meras
criminal, na segunda instância, sem prévia intimação, ou recomendações legais.
publicação da pauta, salvo em "habeas corpus”
4) A ausência de intimação pessoal da Defensoria
Regra: a falta de intimação de defensor para a sessão Pública ou do defensor dativo sobre os atos do processo
de julgamento é causa de nulidade. Contudo, STF e STJ gera, via de regra, a sua nulidade.
podem deixar de declarar a nulidade se o vício não foi
arguido em momento oportuno. Em regra, a defesa não 5) A nulidade decorrente da ausência de intimação -
precisa ser intimada da sessão de julgamento de HC. No seja a pessoal ou por diário oficial - da data de
entanto, o impetrante poderá requerer expressamente julgamento do recurso não pode ser arguida a qualquer
que seja comunicado dessa data para realizar tempo, sujeitando-se à preclusão temporal.
sustentação oral. Nesse caso, se não for intimado
haverá nulidade. 6) O defensor dativo que declinar expressamente da
prerrogativa referente à intimação pessoal dos atos
Súmula 523, STF: No processo penal, a falta da defesa processuais não pode arguir nulidade quando a
constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o comunicação ocorrer por meio da imprensa oficial.
anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
7) A ausência de intimação da defesa sobre a expedição
Atenção: Falta de defesa significa defesa de precatória para oitiva de testemunha é causa de
indiscutivelmente deficiente, precária, desidiosa; não nulidade relativa.
significa necessariamente alguém sem advogado. Pode
ser chamada de uma “não defesa”. 8) A falta de intimação do defensor acerca da data da
audiência de oitiva de testemunha no juízo deprecado
Súmula 330, STJ: É desnecessária a resposta preliminar não enseja nulidade processual, desde que a defesa
de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal, tenha sido cientificada da expedição da carta precatória.
na ação penal instruída por inquérito policial.
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Associado ao Princípio da
Art. 575. Não serão prejudicados os recursos que, por Instrumentalidade das formas.
erro, falta ou omissão dos funcionários, não tiverem
seguimento ou não forem apresentados dentro do Requisitos:
prazo. PRINCÍPIO DA I - Ausência de má-fé;
FUNGIBILIDADE II - Ausência de erro grosseiro
(necessária existência de dúvida
Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de objetiva quanto ao recurso
recurso que haja interposto. cabível na hipótese);
III - Interposição do recurso
Art. 577. O recurso poderá ser interposto pelo errado no prazo do recurso
correto.
Ministério Público, ou pelo querelante, ou pelo réu, seu
procurador ou seu defensor.
Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código
Parágrafo único. Não se admitirá, entretanto, recurso Penal, art. 25), a decisão do recurso interposto por um
da parte que não tiver interesse na reforma ou dos réus, se fundado em motivos que não sejam de
modificação da decisão. caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos
outros. (EFEITO EXTENSIVO DAS DECISÕES JUDICIAIS
Art. 578. O recurso será interposto por petição ou por FAVORÁVEIS)
termo nos autos, assinado pelo recorrente ou por seu
representante. # Jurisprudência Correlata
§ 1o Não sabendo ou não podendo o réu assinar o nome, Esse dispositivo não será aplicado quando:
o termo será assinado por alguém, a seu rogo, na
presença de duas testemunhas. I - Réu que estiver requerendo a extensão da decisão
não participar da mesma relação jurídico-processual
§ 2o A petição de interposição de recurso, com o daquele que foi beneficiado. Neste caso, o requerente
despacho do juiz, será, até o dia seguinte ao último do será parte ilegítima;
prazo, entregue ao escrivão, que certificará no termo da
juntada a data da entrega. II - se invoca a extensão da decisão para outros
processos que não foram examinados pelo órgão
§ 3o Interposto por termo o recurso, o escrivão, sob julgador. (STF, 2017)
pena de suspensão por 10 A 30 DIAS, fará conclusos os
autos ao juiz, até o dia seguinte ao último do prazo.
Espaço p/ anotações:
Art. 579. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será
prejudicada pela interposição de um recurso por outro.
Parágrafo único. Se o juiz, desde logo, reconhecer a
impropriedade do recurso interposto pela parte,
mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso
cabível
#SELIGANADIFERENÇA #VAICAIR
Parágrafo único. O recurso, no caso do no XIV (incluir prazo SERÁ de 20 DIAS, contado da data da publicação
jurado na lista geral ou desta o excluir), será para o definitiva da lista de jurados.
presidente do Tribunal de Apelação.
Art. 587. Quando o recurso houver de subir por
instrumento, a parte indicará, no respectivo termo, ou
Art. 583. SUBIRÃO NOS PRÓPRIOS AUTOS os
em requerimento avulso, as peças dos autos de que
recursos:
pretenda traslado.
I - quando interpostos de oficio;
II - nos casos do art. 581, I (não recebimento da Parágrafo único. O traslado SERÁ extraído, conferido e
denúncia ou queixa), III (procedência das exceções, concertado no prazo de 5 DIAS, e dele constarão
salvo suspeição), IV (pronúncia), VI, VIII (prescrição ou SEMPRE a decisão recorrida, a certidão de sua
julgar, por outro modo, extinta a punibilidade) e X intimação, se por outra forma não for possível verificar-
(conceder ou negar HC) se a oportunidade do recurso, e o termo de interposição.
III - quando o recurso não prejudicar o andamento do Art. 588. Dentro de 2 DIAS, contados da interposição do
processo.
recurso, ou do dia em que o escrivão, extraído o
traslado, o fizer com vista ao recorrente, este oferecerá
Parágrafo único. O recurso da pronúncia subirá em as razões e, em seguida, será aberta vista ao recorrido
traslado, quando, havendo dois ou mais réus, qualquer por igual prazo.
deles se conformar com a decisão ou todos não tiverem
sido ainda intimados da pronúncia. Parágrafo único. Se o recorrido for o réu, será intimado
do prazo na pessoa do defensor.
Art. 584. Os RECURSOS TERÃO EFEITO SUSPENSIVO
nos casos de perda da fiança, de concessão de Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será
livramento condicional e dos ns. XV, XVII e XXIV do o recurso concluso ao juiz, que, dentro de 2 DIAS,
art. 581. reformará ou sustentará o seu despacho, mandando
instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem
§ 1o Ao recurso interposto de sentença de impronúncia necessários.
ou no caso do no VIII do art. 581 (prescrição ou julgar,
por outro modo, extinta a punibilidade), aplicar-se-á o Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho
disposto nos arts. 596 e 598. recorrido, a parte contrária, por simples petição, poderá
recorrer da nova decisão, se couber recurso, não sendo
§ 2o O recurso da pronúncia suspenderá tão-somente o mais lícito ao juiz modificá-la. Neste caso,
julgamento. independentemente de novos arrazoados, subirá o
recurso nos próprios autos ou em traslado.
§ 3o O recurso do despacho que julgar quebrada a
fiança suspenderá unicamente o efeito de perda da Art. 590. Quando for impossível ao escrivão extrair o
metade do seu valor. traslado no prazo da lei, poderá o juiz prorrogá-lo até o
dobro.
Art. 585. O réu não poderá recorrer da pronúncia senão
depois de preso, salvo se prestar fiança, nos casos em Art. 591. Os recursos serão apresentados ao juiz ou
que a lei a admitir. tribunal ad quem, dentro de 5 DIAS da publicação da
resposta do juiz a quo, ou entregues ao Correio dentro
Art. 586. O recurso voluntário poderá ser interposto no do mesmo prazo.
prazo de 5 DIAS.
Art. 592. Publicada a decisão do juiz ou do tribunal ad
Parágrafo único. No caso do art. 581, XIV (INCLUSÃO DE quem, deverão os autos ser devolvidos, dentro de 5
JURADO NA LISTA GERAL OU DESTA O EXCLUIR), o DIAS, ao juiz a quo.
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Em outras palavras, há dois juízos distintos feitos pelo As considerações quanto ao poder de convencimento de
magistrado ao se debruçar sobre as provas que cada prova existente situam-se um nível cognitivo mais
embasam uma condenação por crime doloso contra a profundo verticalmente, que é privativo dos jurados.
vida. Aliás, pode-se mesmo argumentar que, considerando o
sistema de íntima convicção e o princípio constitucional
O primeiro deles, de natureza antecedente, analisa a da plenitude da defesa (art. 5º, XXXVIII, "a", da
existência das provas, e é isso que deve o Tribunal fazer Constituição da República), a cognição vertical dos
ao julgar uma apelação fundada no art. 593, III, "d", do jurados é talvez a mais profunda de qualquer decisão
CPP. judicial no direito brasileiro, porquanto guiada não só
por aspectos jurídicos, mas permeada também pelos
O segundo deles, o consequente, se refere ao grau de valores, crenças, caracteres individuais e concepções
convencimento pessoal do julgador pelo conjunto supralegais de justiça de cada um.
probatório existente, a fim de aferir se é adequado ou
não para condenar o réu. São tênues, de fato, as linhas que delimitam a atividade
cognitiva do magistrado em processos dessa espécie,
No julgamento de crimes dolosos contra a vida, aos mas uma conclusão é inegável: pelo menos a existência
juízes togados, quando apreciam a apelação do art. 593, de provas deve ser analisada pelo Tribunal, ainda que
III, "d", do CPP, cabe somente o juízo antecedente; o juízo
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os desembargadores discordem da valoração que lhes decisão dos jurados, haverá nulidade por negativa de
deu o júri. prestação jurisdicional, violando os arts. 381, III, 564, V,
e (possivelmente) 619 do CPP. Embora não se exija
Caso contrário, se nem mesmo a constatação quanto à pronunciamento expresso quanto a cada ponto
existência das provas fosse exigível do Judiciário, suscitado pelas partes - já que a atividade de julgar não
ficaria em todo esvaziada a apelação do art. 593, III, "d", equivale a preencher um questionário ideal por elas
do CPP, uma vez que o provimento ou desprovimento do apresentado -, deve o Tribunal expor a existência de
recurso dependeria de opiniões puramente subjetivas, todas as provas que dão suporte ao veredito dos
na contramão da segurança jurídica. Perquirir a jurados, em relação a cada um dos elementos
(in)existência de prova, nesse cenário, tem a vantagem essenciais do crime;
de servir como baliza mais objetiva para a atividade
jurisdicional. (II) Em segundo lugar, se o acórdão demonstrou, sem
omissões, que há provas de todos os aspectos do delito,
Assim, embora seja extremamente complexo o controle eventual recurso especial que questione a força dessas
jurisdicional dos vereditos do júri, existe um mínimo de provas, o peso que lhes deve ser atribuído na formação
cognição que os Tribunais locais devem exercer - e esse do convencimento ou mesmo qual delas deve
mínimo é exatamente verificar se existem provas prevalecer, quando apresentadas evidências
capazes de secundar a convicção dos jurados, ainda que contraditórias em plenário, esbarrará na Súmula 7/STJ.
sem emitir juízo de valor quanto ao poder de É o caso, por exemplo, de recursos constantemente
convencimento de cada uma. julgados por este colegiado que debatem a inexistência
de dolo, a credibilidade das testemunhas, a força do álibi
Uma vez atribuída missão de tamanha relevância às apresentado pelo réu, dentre outros temas análogos;
Cortes locais, surge a próxima pergunta fundamental:
em que medida pode o STJ controlar a decisão por elas (III) Por fim, a terceira e última hipótese é a do acórdão
alcançada? Como já afirmado, guiar a atividade judicial que analisou o conjunto fático-probatório dos autos,
em segunda instância, nos casos do art. 593, III, "d", do também sem omissões, mas não explicitou a existência
CPP, para um juízo antecedente (quanto à simples de provas para cada um dos elementos do delito. Não
existência de provas dos elementos crime) traz o se trata do caso em que, existindo outras provas, o
benefício de tornar menos subjetivo o julgamento da aresto deixa de mencioná-las, porque esse seria o
apelação. A exigência de que o Tribunal examine as primeiro cenário acima elencado, no qual há nulidade
provas e fundamente seu julgamento indicando-as, para por deficiência na fundamentação; a terceira situação é
além de conferir legitimidade à decisão, tem a finalidade diversa. Nela, é a Corte de origem quem demonstra,
de permitir seu controle pelas instâncias superiores. ainda que por seu silêncio, a ausência de provas de
Essa é, aliás, uma das funções tradicionalmente vistas todos os elementos do crime, pois ela própria não
pela doutrina no art. 93, IX, da Constituição da República. conseguiu encontrá-las no julgamento da apelação.
Sendo inviável o reexame das provas na presente Nessa última situação, abre-se ao STJ a possibilidade
instância, consoante a Súmula 7/STJ, é a partir da de conhecer eventual violação do art. 593, III, "d", do
fundamentação do acórdão recorrido que este Tribunal CPP. Afinal, não se discute qual das provas existentes
Superior verifica se foi correta a aplicação da legislação deve prevalecer, ou qual o impacto de cada uma na
federal a cada caso. Por conseguinte, quando o STJ é formação do convencimento judicial. O que se apresenta
confrontado em recurso especial defensivo interposto é um questionamento puramente jurídico: quando a
contra aresto que apreciou apelação fundada no art. própria Corte de origem verifica que não há provas de
593, III, "d", do CPP, há três situações hipotéticas todos os elementos do delito - e inexistindo omissão de
possíveis: sua parte -, pode a condenação ser mantida? Ou, ao
contrário, a existência de provas de apenas parte dos
(I) Primeiramente, se o acórdão recorrido deixou de elementos do crime já é suficiente para preservar o
analisar todas as provas relevantes para embasar a veredito condenatório?
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IX, da CF/1998, bem como dos arts. 381, III, 564, V, 593,
O fundamental para diferenciar a primeira e terceira III, "d", e 619 do CPP. Ao julgar uma apelação que discute
hipóteses identificadas é avaliar se há, ou não, alguma a manifesta contradição probatória de um veredito, o
omissão relevante no acórdão. Quando há provas e o jurista caminha no fio da espada entre a soberania dos
aresto sobre elas se omite, estamos diante da primeira vereditos e o poder-dever de anulação da sentença
situação, em que o julgamento é viciado. contrária à prova dos autos. As considerações tecidas
Contrariamente, quando inexistem outras provas, não acima buscam conferir maior densidade normativa a
há propriamente omissão do Tribunal em elencá-las. O tais conceitos, estabelecendo um modelo cognitivo-
julgamento da causa foi completo, e não se cuida de epistêmico para guiar a atividade jurisdicional e cumprir
examinar a suficiência da prestação jurisdicional: o que a função constitucional do STJ de uniformizar a
é relevante é conferir se foram apresentadas provas interpretação da legislação federal. Concorde-se ou não
para cada elemento do delito (segunda situação, em que com elas, fato é que a Súmula 7/STJ não as impede.
incide a Súmula 7/STJ) ou não (terceira situação).
É possível assim sintetizar as conclusões alcançadas:
Alerta-se que, na terceira hipótese, seria ingenuidade ao julgar a apelação fundada no art. 593, III, "d", do CPP,
esperar que o próprio acórdão impugnado afirmasse, o Tribunal precisa indicar as provas de cada elemento
literalmente, não ter encontrado provas de algum essencial do crime que dão suporte à versão aceita
elemento essencial do crime (autoria ou materialidade, pelos jurados. Faltando, no acórdão, a demonstração de
por exemplo), apesar de manter a condenação. que algum elemento tem respaldo probatório mínimo,
Lembremos que, no recurso especial, o aresto proferido hás duas possibilidades distintas: (I) ou o aresto é nulo,
na instância ordinária é o objeto, e não o parâmetro, do por deficiência de fundamentação, já que se omitiu
controle de legalidade; é a lei federal quem dá a medida sobre alguma prova existente e importante; (II) ou o
e serve de parâmetro para esse controle. veredito deve ser anulado, porque a Corte de origem
Consequentemente, cabe ao STJ a tarefa de verificar se não foi capaz de localizar prova de determinado
a falta de menção à comprovação de um dos elementos elemento essencial do delito. (Info 707, STJ)
do crime é uma omissão ilegal, tornando deficiente a
prestação jurisdicional feita na origem, ou um silêncio
eloquente, que demonstra a pura e simples inexistência # Jurisprudência Correlata
de provas naquele ponto.
Cuidado: Se a defesa alegar, direta ou indiretamente, a Art. 597. A apelação de sentença condenatória terá
tese inconstitucional de legítima defesa da honra (ou efeito suspensivo, salvo o disposto no art. 393, a
qualquer argumento que induza à tese), seja na fase aplicação provisória de interdições de direitos e de
pré-processual, processual ou no julgamento perante o medidas de segurança (arts. 374 e 378), e o caso de
tribunal do júri, estará caracterizada a nulidade da suspensão condicional de pena.
prova, do ato processual ou até mesmo dos debates por
ocasião da sessão do júri (caso não obstada pelo Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do
Presidente o Júri), facultando-se ao titular da acusação Júri, ou do juiz singular, se da sentença NÃO FOR
recorrer de apelação na forma do art. 593, III, “a”, do INTERPOSTA APELAÇÃO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO
CPP. NO PRAZO LEGAL, o ofendido ou qualquer das pessoas
enumeradas no Art. 31 (CADI), AINDA QUE NÃO SE
TENHA HABILITADO COMO ASSISTENTE, PODERÁ
§ 1o Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei INTERPOR APELAÇÃO, QUE NÃO TERÁ, PORÉM, EFEITO
expressa ou divergir das respostas dos jurados aos SUSPENSIVO.
quesitos, o tribunal ad quem fará a devida retificação.
Parágrafo único. O PRAZO para interposição desse
§ 2o Interposta a apelação com fundamento no no III, c recurso será de 15 DIAS e correrá do DIA EM QUE
(erro ou injustiça na aplicação da sanção) deste artigo, TERMINAR O DO MINISTÉRIO PÚBLICO.
o tribunal ad quem, se Ihe der provimento, retificará a
aplicação da pena ou da medida de segurança.
PRAZO PARA O ASSISTENTE TÉCNICO APELAR
§ 4o QUANDO CABÍVEL A APELAÇÃO, NÃO PODERÁ ser § 1o Se houver ASSISTENTE, este ARRAZOARÁ, no prazo
usado o recurso em sentido estrito (RESE), AINDA QUE de 3 DIAS, após o Ministério Público.
SOMENTE DE PARTE DA DECISÃO SE RECORRA.
§ 2o Se a ação penal for movida pela parte ofendida, o
Art. 595. Revogado. Ministério Público terá vista dos autos, no prazo do
parágrafo anterior.
Art. 596. A apelação da sentença absolutória não
impedirá que o réu seja posto imediatamente em
PRAZO em dias RESE APELAÇÃO
liberdade.
Interposição 5 5
Parágrafo único. A apelação não suspenderá a Razões 2 8
execução da medida de segurança aplicada
provisoriamente.
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# Jurisprudência Correlata
11) Inexiste nulidade no julgamento da apelação ou do
RESE quando o voto de Desembargador impedido não
interferir no resultado final. ▪ É cabível Embargos Infringentes, via de regra, em face
de decisão condenatória proferida pelas Turmas do STF,
12) O acórdão que julga recurso em sentido estrito desde que 2 ministros tenham votado pela absolvição, o
deve ser atacado por meio de recurso especial, que deixa o “placar”: 3 votos para condenação e 2 para
configurando erro grosseiro a interposição de
absolvição. Caso a Turma condene o réu, com quórum
recurso ordinário em HC.
incompleto, excepcionalmente, será possível aceitar o
13) O julgamento de apelação por órgão fracionário de cabimento dos EI, ainda que exista apenas 1 voto
tribunal composto majoritariamente por juízes absolutório, pois o réu não pode ser prejudicado pela
convocados não viola o princípio constitucional do ausência do quórum completo. (Info 920, STF)
juiz natural.
▪ É cabível Embargos Infringentes diretamente para o
14) É nulo o julgamento da apelação se, após a
manifestação nos autos da renúncia do único Plenário do STF, em face de decisão condenatória
defensor, o réu não foi previamente intimado para proferida em sede de ação penal de competência
constituir outro. (Súmula 708, STF) originária das Turmas do STF. Para o cabimento desse
recurso exige-se 02 votos minoritários absolutórios em
15) A renúncia do réu ao direito de apelação, sentido próprio, que o Ministro tenha expressado juízo
manifestada sem a assistência do defensor, não de improcedência da pretensão executória. (Info 898,
impede o conhecimento da apelação por este
STF)
interposta. (Súmula 705/STF)
• Acusado;
Próprio Tribunal julgar as RC de seus
COMPETÊNCIA
• Procurador legalmente habilitado; julgados.
§ 3o Nos tribunais onde houver quatro ou mais câmaras § 5o Se o requerimento não for indeferido in limine,
ou turmas criminais, poderão ser constituídos dois ou abrir-se-á vista dos autos ao procurador-geral, que
mais grupos de câmaras ou turmas para o julgamento dará parecer no prazo de 10 DIAS. em seguida,
de revisão, obedecido o que for estabelecido no examinados os autos, sucessivamente, em igual prazo,
respectivo regimento interno. pelo relator e revisor, julgar-se-á o pedido na sessão
que o presidente designar.
# Jurisprudência Correlata
Art. 626. JULGANDO PROCEDENTE A REVISÃO, O
O julgamento pelo STF de HC impetrado contra decisão
TRIBUNAL PODERÁ ALTERAR A CLASSIFICAÇÃO DA
proferida em RESP não afasta, por si só, a competência
INFRAÇÃO, ABSOLVER O RÉU, MODIFICAR A PENA OU
do STJ para processar e julgar posterior revisão
ANULAR O PROCESSO.
criminal.
3) Não é cabível habeas corpus como sucedâneo 14) A mudança de orientação jurisprudencial e a
recursal ou para substituir eventual revisão criminal. interpretação controvertida a respeito de
determinado dispositivo legal não são fundamentos
4) O julgamento pelo STF de habeas corpus impetrado idôneos para a propositura de revisão criminal.
contra decisão proferida em recurso especial não
afasta, por si só, a competência do Superior Tribunal 15) A justificação criminal é via adequada à obtenção
de Justiça para processar e julgar posterior revisão de prova nova para fins de subsidiar eventual
criminal. ajuizamento de revisão criminal.
Art. 637. O RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO TEM 1) Decisão que denegar RESE,
EFEITO SUSPENSIVO, e uma vez arrazoados pelo Agravo de Execução ou Correição
Parcial;
recorrido os autos do traslado, os originais baixarão à
HIPÓTESES
primeira instância, para a execução da sentença.
2) Decisão que, embora admita o
recurso, obsta sua expedição e
Art. 638. O recurso extraordinário e o recurso especial seguimento para juízo ad quem.
serão processados e julgados no STF e no STJ na forma
estabelecida por leis especiais, pela lei processual civil Interposição: 48 horas (se constar
e pelos respectivos regimentos internos. (2019) horário, se não é 02 dias).
PRAZO
4) Defensoria Pública.
Concede-se HC sempre que
alguém sofrer ou se achar
CONCEITO Tanto antes da relação jurídica
ameaçado de sofrer violência ou
coação em sua liberdade de como depois do trânsito em
locomoção, por ilegalidade ou julgado da decisão condenatória
abuso de poder. MOMENTO ou absolutória.
1) Ministério Público;
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▪ Para impugnar medidas cautelares diversas da ▪ Exclusão de militar, perda de patente ou função
prisão. pública.
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▪ Perda superveniente de interesse de agir em face ▪ HC não é o instrumento adequado para pleitear
da cessação do constrangimento ilegal à liberdade trancamento de processo de impeachment. (Info
de locomoção. 830, STF).
▪ Não cabe pedido de HC originário para o Tribunal ▪ Não cabe HC para se discutir se houve dolo
Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão eventual ou culpa consciente em homicídio
fracionário fracionário da Corte. (STF, 2020) praticado na direção de veículo automotor. (Info 819,
STF).
▪ HC não é sede processual adequada para
discussão sobre a correta fixação da competência, ▪ Não cabe HC objetivando discussão acerca de
bem como sobre a existência de transnacionalidade eventual perda de mandato eletivo, em decorrência
do delito imputado. (Info 959, STF). de sentença condenatória, por não existir lesão ou
ameaça ao direito de locomoção, condição
▪ Concessão da transação penal impede a
indispensável para a impetração da ação
impetração de HC em que se busca o trancamento
constitucional.
da ação penal. (Info 657, STJ).* STF DIVERGE
▪ Como regra, o STJ e o STF não admitem HC para
▪ Não cabe HC para o STF contra decisão
rediscutir a dosimetria da pena aplicada na
monocrática do Ministro do STJ que negou o pedido
sentença. Excepcionalmente, é admitido o HC para
da defesa formulado em ação cautelar (medida
analisar a pena aplicada se:
cautelar) proposta com o objetivo de conferir efeito
suspensivo ao RESP. 1) houver ilegalidade manifesta; e
2) não é necessária a rediscussão de provas.
▪ Em regra, não cabe HC para o STF contra decisão
monocrática do Ministro do STJ que não conhece ou ▪ Não é possível a obtenção de salvo-conduto em
denega HC que havia sido interposto naquele HC autorizando o cultivo doméstico de maconha
Tribunal. É necessário que primeiro o impetrante para fins medicinais. A concessão de autorização
esgote, no tribunal a quo (no caso, o STJ), as vias para o cultivo de maconha depende de critérios
recursais ainda cabíveis (no caso, o agravo técnicos cujo estudo refoge à competência do juízo
regimental). criminal, que não pode se imiscuir em temas cuja
análise incumbe aos órgãos de vigilância sanitária.
Exceção: essa regra pode ser afastada em casos
(Info 690, STJ, 2021)
excepcionais, quando a decisão atacada se mostrar
teratológica, flagrantemente ilegal, abusiva ou
manifestamente contrária à jurisprudência do STF, Art. 647. Dar-se-á HABEAS CORPUS sempre que
situações nas quais o STF poderá conceder de ofício alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer
o HC. (Info 868, STF). violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir,
SALVO nos casos de PUNIÇÃO DISCIPLINAR.
▪ Não cabe HC para reexame dos pressupostos de
admissibilidade de recurso interposto no STJ. (Info
858, STF). Art. 648. A COAÇÃO CONSIDERAR-SE-Á ILEGAL:
▪ Não se admite HC para se questionar nulidade I - quando NÃO HOUVER JUSTA CAUSA;
cujo tema não foi trazido antes do trânsito em II - quando alguém estiver PRESO POR MAIS TEMPO
julgado da ação originária e tampouco antes do DO QUE DETERMINA A LEI;
trânsito em julgado da revisão criminal. A nulidade
III - quando quem ordenar a coação NÃO TIVER
não suscitada no momento oportuno é impassível
COMPETÊNCIA para fazê-lo;
de ser arguida através de HC, no afã de superar a
preclusão, sob pena de transformar o writ em IV - quando houver CESSADO O MOTIVO QUE
sucedâneo da revisão criminal. (Info 837, STF). AUTORIZOU A COAÇÃO;
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V - quando não for alguém ADMITIDO A PRESTAR Parágrafo único. Neste caso, será remetida ao
FIANÇA, nos casos em que a lei a autoriza; Ministério Público cópia das peças necessárias para ser
promovida a responsabilidade da autoridade.
VI - quando o PROCESSO FOR MANIFESTAMENTE
NULO;
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por
VII - quando EXTINTA A PUNIBILIDADE. QUALQUER PESSOA, em seu favor ou de outrem, bem
como pelo MINISTÉRIO PÚBLICO.
Art. 649. O juiz ou o tribunal, dentro dos limites da sua
jurisdição, fará passar imediatamente a ordem § 1o A petição de habeas corpus conterá:
impetrada, nos casos em que tenha cabimento, seja qual
for a autoridade coatora. a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de
sofrer violência ou coação e o de quem exercer a
Art. 650. Competirá conhecer, originariamente, do violência, coação ou ameaça;
pedido de habeas corpus:
b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em
caso de simples ameaça de coação, as razões em que
I - ao Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos no
funda o seu temor;
Art. 101, I, g, da Constituição;
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo,
II - aos Tribunais de Apelação, sempre que os atos de quando não souber ou não puder escrever, e a
violência ou coação forem atribuídos aos governadores designação das respectivas residências.
ou interventores dos Estados ou Territórios e ao
prefeito do Distrito Federal, ou a seus secretários, ou § 2o Os juízes e os tribunais têm competência para
aos chefes de Polícia. expedir de ofício ordem de habeas corpus, quando no
curso de processo verificarem que alguém sofre ou está
§ 1o A competência do juiz cessará sempre que a na iminência de sofrer coação ilegal.
violência ou coação provier de autoridade judiciária de
igual ou superior jurisdição. Art. 655. O carcereiro ou o diretor da prisão, o escrivão,
o oficial de justiça ou a autoridade judiciária ou policial
§ 2o Não cabe o habeas corpus contra a prisão que embaraçar ou procrastinar a expedição de ordem
administrativa, atual ou iminente, dos responsáveis por de habeas corpus, as informações sobre a causa da
dinheiro ou valor pertencente à Fazenda Pública, prisão, a condução e apresentação do paciente, ou a sua
alcançados ou omissos em fazer o seu recolhimento soltura, será multado na quantia de duzentos mil-réis a
nos prazos legais, salvo se o pedido for acompanhado um conto de réis, sem prejuízo das penas em que
de prova de quitação ou de depósito do alcance incorrer. As multas serão impostas pelo juiz do tribunal
verificado, ou se a prisão exceder o prazo legal. que julgar o habeas corpus, salvo quando se tratar de
autoridade judiciária, caso em que caberá ao Supremo
Art. 651. A concessão do habeas corpus não obstará, Tribunal Federal ou ao Tribunal de Apelação impor as
nem porá termo ao processo, desde que este não esteja multas.
em conflito com os fundamentos daquela.
Art. 656. Recebida a petição de habeas corpus, o juiz,
Art. 652. Se o habeas corpus for concedido em virtude se julgar necessário, e estiver preso o paciente,
de nulidade do processo, este será renovado. mandará que este Ihe seja imediatamente apresentado
em dia e hora que designar.
Art. 653. Ordenada a soltura do paciente em virtude de Parágrafo único. Em caso de desobediência, será
habeas corpus, será condenada nas custas a autoridade expedido mandado de prisão contra o detentor, que será
que, por má-fé ou evidente abuso de poder, tiver processado na forma da lei, e o juiz providenciará para
determinado a coação. que o paciente seja tirado da prisão e apresentado em
juízo.
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§ 3o Se a ilegalidade decorrer do fato de não ter sido o Parágrafo único. A decisão será tomada por maioria de
paciente admitido a prestar fiança, o juiz arbitrará o votos. HAVENDO EMPATE, SE O PRESIDENTE NÃO TIVER
valor desta, que poderá ser prestada perante ele, TOMADO PARTE NA VOTAÇÃO, PROFERIRÁ VOTO DE
remetendo, neste caso, à autoridade os respectivos DESEMPATE; NO CASO CONTRÁRIO, PREVALECERÁ A
autos, para serem anexados aos do inquérito policial ou DECISÃO MAIS FAVORÁVEL AO PACIENTE.
aos do processo judicial.
Art. 665. O secretário do tribunal lavrará a ordem que,
§ 4o Se a ordem de habeas corpus for concedida para assinada pelo presidente do tribunal, câmara ou turma,
evitar ameaça de violência ou coação ilegal, dar-se-á ao será dirigida, por ofício ou telegrama, ao detentor, ao
paciente salvo-conduto assinado pelo juiz. carcereiro ou autoridade que exercer ou ameaçar
exercer o constrangimento.
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6. É incabível a impetração de habeas corpus para 15. O agravo interno não é cabível contra decisão que
afastar penas acessórias de perda de cargo público ou defere ou indefere pedido de liminar em habeas
graduação de militar imposta em sentença penal corpus.
condenatória, por não existir lesão ou ameaça ao
direito de locomoção. 16. O habeas corpus não é via idônea para discussão
da pena de multa ou prestação pecuniária, ante a
7. O habeas corpus não é a via adequada para o exame ausência de ameaça ou violação à liberdade de
aprofundado de provas a fim de averiguar a condição locomoção.
econômica do devedor, a necessidade do credor e o
eventual excesso do valor dos alimentos, admitindo- 17. O habeas corpus não pode ser impetrado em favor
se nos casos de flagrante ilegalidade da prisão civil. de pessoa jurídica, pois o writ tem por objetivo
salvaguardar a liberdade de locomoção.
8. Não obstante o disposto no art. 142, § 2o, da CF,
admite-se habeas corpus contra punições 18. A jurisprudência tem excepcionado o entendimento
disciplinares militares para análise da regularidade de que o habeas corpus não seria adequado para
formal do procedimento administrativo ou de discutir questões relativas à guarda e adoção de
manifesta teratologia. crianças e adolescentes.
LIVRO IV - DA EXECUÇÃO
Art. 668 a 742. Esse artigos foram excluídos, na Art. 747. A reabilitação, depois de sentença
medida em que foram regulamentados pela Lei nº irrecorrível, será comunicada ao Instituto de
7.210/1984 (Lei de Execução Penal). Identificação e Estatística ou repartição congênere.
II - haver sido PROFERIDA POR JUIZ COMPETENTE, § 7o Recebida a carta de sentença, o presidente do
mediante CITAÇÃO REGULAR, segundo a mesma Tribunal de Apelação a remeterá ao juiz do lugar de
legislação; residência do condenado, para a aplicação da medida de
III - ter PASSADO EM JULGADO; segurança ou da pena acessória, observadas as
disposições do Título II, Capítulo III, e Título V do Livro IV
IV - estar devidamente AUTENTICADA POR CÔNSUL
deste Código.
BRASILEIRO;
V - estar ACOMPANHADA DE TRADUÇÃO, FEITA POR Art. 790. O interessado na execução de sentença penal
TRADUTOR PÚBLICO. estrangeira, para a reparação do dano, restituição e
outros efeitos civis, poderá requerer ao Supremo
Tribunal Federal (STJ)a sua homologação, observando-
Art. 789. O procurador-geral da República, sempre que
se o que a respeito prescreve o Código de Processo
tiver conhecimento da existência de sentença penal
Civil.
estrangeira, emanada de Estado que tenha com o Brasil
tratado de extradição e que haja imposto medida de
LIVRO VI - DISPOSIÇÕES GERAIS
segurança pessoal ou pena acessória que deva ser
cumprida no Brasil, pedirá ao Ministro da Justiça
providências para obtenção de elementos que o Art. 791. Em todos os juízos e tribunais do crime, além
habilitem a requerer a homologação da sentença. das audiências e sessões ordinárias, haverá as
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Art. 795. Os espectadores das audiências ou das c) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência
sessões não poderão manifestar-se. inequívoca da sentença ou despacho.
Parágrafo único. O juiz ou o presidente fará retirar da Súmula 310, STF: Quando a intimação tiver lugar na
sala os desobedientes, que, em caso de resistência, sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for
serão presos e autuados. feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-
feira imediata, salvo se não houver expediente, caso em
que começará no primeiro dia útil que se seguir.
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GETÚLIO VARGAS
Francisco Campos