CORIOLANO
NOGUEIRA COBRA”
O ESTATUTO DO IDOSO
ASPECTOS PENAIS E
IMPLICAÇÕES NAS ATIVIDADES
DE POLÍCIA JUDICIÁRIA
• Introdução
• Objetivo
de sursis para condenações de até quatro anos (sursis etário – art. 77,§2.º CP)
Art. 2.º - O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à
pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe,
por lei ou por
outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de
sua saúde física
e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em
condições de
liberdade e dignidade
5.à cultura
Art. 3.º -
13.e à convivência É obrigação da família, da comunidade,
familiar e da sociedade e do Poder Público 6.ao esporte
comunitária assegurar
ao idoso, com absoluta prioridade, a
efetivação do direito
7.ao lazer
12.ao respeito
8.ao trabalho
11.à dignidade
10.à liberdade 9.à cidadania
Art. 3.º Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
- Numa das espécies do gênero liberdade, está o direito de ir e vir, estar nos logradouros
públicos e espaços comunitários. O Estatuto se apoiou em princípios compendiados na
Lei Maior, no art. 5.º, XV;
- Verificada uma das hipóteses previstas no art. 43, deverá entrar em cena a
figura
protetora do Ministério Público, como legítimo defensor do idoso. Já o Poder
Judiciário agirá por provocação do MP, deferindo ou não seus requerimentos.
Em caso positivo, ordenará medidas cujo rol específico se alinha nos incisos I até
VI.
- ART. 70 - O Poder Público poderá criar varas
especializadas e exclusivas do idoso.
- Este dispositivo assemelha-se, em alguns pontos, com o crime do art. 135 do CP.
- Recusa da vítima: Embora a pessoa tenha atingido a idade de 60 anos, não se torna
incapaz automaticamente, de modo que qualquer um possa decidir o que ela deve ou
não fazer. Por isso, é fundamental respeitar o desejo de qualquer pessoa, inclusive o
idoso, quando mentalmente capaz, para deixar-se socorrer. Somente em situação de
estado de necessidade, estando em jogo valor superior à liberdade individual (como a
vida, por exemplo), interfere-se, contra a vontade do sujeito passivo, promovendo o
auxílio a qualquer custo.
- Figuras preterdolosas: Somente pode haver dolo de perigo na primeira parte (deixar de
algum modo, de prestar socorro, com o fito de permitir que o idoso corra riscos), mas a
segunda parte (lesão grave) ou (morte) há de ser por culpa. Do contrário, haveria lesão
dolosa consumada ou homicídio doloso consumado, conforme a situação concreta.
- ART. 98- Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de
longa permanência, ou congêneres, ou não prover suas necessidades
básicas, quando obrigado por lei ou mandado.
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa.
- Se na essência do trabalho se exige uma condição própria para seu desempenho, é claro
que o candidato ao cargo deverá cumprir determinados requisitos. Não é atitude
racional exigir que uma empresa contrate determinada pessoa, bastante idosa, para
servir como segurança. Em contrapartida, não é possível, à mesma empresa, recusar os
préstimos profissionais de um contador só porque é ele um idoso. Tudo tem sua
medida.
- ART. 101 – Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo
motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em
que for parte ou interveniente o idoso:
Pena- detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.