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a) fundamento legal: artigo 5º, inciso XXX, da CF/88 + artigo 227, §6º, da
CF/88
Artigo 5º, inciso XXX - é garantido o direito de herança;
Artigo 227, §6º: Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por
adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer
designações discriminatórias relativas à filiação. -> paridade de direitos,
inclusive sucessórios, entre todos os filhos.
- Com a morte, o direito real “sai de cena”, entra o direito sucessório para
tratar a propriedade.
Primeiro, diz que essa propriedade é um espólio – ou seja, um condomínio
indivisível, insuscetível de rateio até a partilha (proteção contra terceiros).
Aí, instaura um condomínio entre os herdeiros que perdura até que toda a
propriedade seja tratada, observando a regularidade fiscal (com o recolhimento
dos tributos), regularidade registral (no tabelionato – se está regularmente
registrada ou não) e depois o quinhão de cada herdeiro.
Pacta corvina -> a doutrina faz uma referencia aos corvos sobrevoando os
contratantes na espreita de sua morte. “Os contratantes são corvos uns dos
outros”. Ex.: desejo de morte para receber a herança – o CC/02 deseja que esse
pensamento não entre na sua cabeça, vedando a pratica desse contrato.
DA SUCESSÃO EM GERAL
Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
-> ACEITAÇÃO DA HERANÇA -> a herança precisa ser aceita. Não é obrigado a
ficar com tudo o que lhe dão. Ex.: deixo 15 dálmatas para morar contigo no
seu quarto e sala.
Art. 1.804. Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro,
desde a abertura da sucessão.
Parágrafo único. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro
renuncia à herança.
- Artigo 1813: A renuncia não pode ser feita em fraude contra credores. Ex.: é
devedor de alguém, que não consegue executar porque não tem patrimônio.
Entretanto, vai receber herança. Sabendo disso, renuncia para não ser
executado. Não pode -> o credor pode se habilitar na herança nos limites
do créditos.
Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à
herança, poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do
renunciante.
§ 1o A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao
conhecimento do fato.
§ 2o Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao
remanescente, que será devolvido aos demais herdeiros.
DA SUCESSÃO EM GERAL
- Na renuncia NÃO cabe representação -> artigo 1811.
Ex.: Hugo morreu deixando as filhas Mariana e Marina (com a neta Vitória).
Marina renuncia a herança. Com isso, Vitória não recebe NADA do avô. 100%
da herança irá para Mariana.
Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se,
porém, ele for o único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da
mesma classe renunciarem a herança, poderão os filhos vir à sucessão, por
direito próprio, e por cabeça.
Ex.: joão morreu, deixou três filhos: a, B e C. C tem um filho C1, e renuncia a
herança do pai. O C1 não fica com NADA! Não há direito de representação
do neto. Ou seja, o filho do renunciante não recebe a cota renunciada. A
cota renunciada vai ser dividida por dois apenas (voltando ao montemor).
X
Ex.: joão morreu. Seu filho josé tem que dizer se aceita ou renuncia (esse
período é chamado de “delação” ou devolução sucessória ou delação
hereditária -> período de tempo entre a morte e a manifestação de vontade
do aceite ou da renuncia).
Entretanto, José tem um filho chamado Mario. Por acaso, josé morre antes de
dizer se aceita ou não. Diante de situação, o direito de manifestar o aceite
ou a renuncia transmite-se a Mario. Artigo 1809.
DA SUCESSÃO EM GERAL
- A renuncia é sempre abdicativa -> o patrimônio volta para o montemor e
segue a ordem da vocação hereditária.
Tecnicamente, não existe “RENUNCIA TRASLATIVA” (ex.: eu, Gabriela, renuncio
em favor de maria – não é renuncia!!!! Bens voltam ao Montemor - devolve
os bens para a ordem da sucessão.
REALIDADE: está aceitando e transmitindo em seguida. É ato complexo (de
aceitação e cessão).
Ex.: joão, viúvo, morreu, deixando 3 filhos. O filho 1 diz que renuncia em favor
da prima X. o patrimônio objeto da renuncia não retorna ao montemor, mas
sim é desviado (indo para a prima X). a jurisprudência diz que esse filho 1
deve pagar um tributo decorrente de um fato gerador (ITCMD – imposto de
transmissão causa mortis, porque na vdd recebe a herança – ato causa
mortis) + um segundo tributo por um segundo fato gerador ( a transmissão
do bem para terceira pessoa – evento inter vivos: cessão -> depois de ter
recebido, foi transferida).
DA SUCESSÃO EM GERAL
→ CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS ou CESSÃO DE HERANÇA -1793, do
CC/02
Pode ceder a herança? – PODE!, desde que o faça após a abertura da sucessão
e antes da partilha.
(antes da morte não pode ceder, porque é nula a contratação de herança de
pessoa viva – pacta corvina – NJ NULO. NÃO HÁ CESSÃO DE DIREITO
HEREDITÁRIO entre pessoas vivas, o que vedado pela doutrina e
jurisprudência + depois da partilha não pode ceder, porque não há mais
herança. O direito já é próprio. Pode vender ou doar).
Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos
bens da herança, constituindo a legítima. → fundamento jurídico: proteção
patrimonial de pessoas vinculadas ao titular do patrimônio.
DA SUCESSÃO EM GERAL
-> calculo da legitima: corresponde a metade do patrimônio líquido do autor
da herança.
Essa divisão está no artigo 1786, do CC/02: A sucessão dá-se por lei ou por
disposição de última vontade.
DA SUCESSÃO EM GERAL
-> ESPÉCIES/CLASSIFICAÇÃO DE SUCESSÃO no BR:
a) intervivos: obrigação X causa mortis: direito sucessório.
Se não fizer nada: faleceu sem deixar testamento (tudo segue a ordem da
legitima). Modelos podem coexistir, ou pode existir apenas um deles:
somente tem herdeiros necessários, ou, diante da falta de herdeiros
legítimos necessários, não terá legitima, podendo dispor de 100% do
patrimônio.
OUTRAS QUESTÕES DA SUCESSÃO EM GERAL IMPORTANTES
-> princípio do tempus regit actum -> o tempo rege o ato. Fixação da norma
material sucessória.
A lei que se deve aplicar para fins sucessórios (seja para legitimar quem vai
receber ou a forma como será partilhada), deve ser a lei da data do obito. (e
não a lei da data do julgamento/partilha). -> os fatos, atos e negócios
jurídicos são regidos pela norma do momento em que aconteceram.
OUTRAS QUESTÕES DA SUCESSÃO EM GERAL IMPORTANTES
Ex.: óbito em 2000; inventário em 2004 e partilha em 2018 -> quando morreu
ainda tinha vigência no CC/16, entretanto o inventario e partilha já estavam
sob a égide do cc/02. Deve ser aplicado a partilha o CC/16 ou CC/02? ->
com base no Droit de Saisine a abertura da sucessão deu-se no momento do
óbito, sendo aí que fixa a legislação aplicável a todo o procedimento.
É no óbito que há a transferência do patrimônio aos herdeiros e legatários.
Assim, do ponto de vista do direito, tem efeitos ex-tunc (há de retroagir até
a data do óbito).
c) se não houver imóveis: o foro do local de qualquer dos bens (móveis, leia-
se) do espólio.
Trata-se, portanto, de competência relativa -> sumula nº. 33, do STJ: a
incompetência relativa não pode ser declarada de oficio. (nada impede que
as artes venham a eleger foro diverso ou que se o tema não for suscitado
por nenhum dos herdeiros, que o inventário venha a ser feito em outro local.
OUTRAS QUESTÕES DA SUCESSÃO EM GERAL IMPORTANTES
ATENÇÃO – INVENTÁRIO ADMINISTRATIVO OU EXTRAJUDICIAL
Essa regra de competência é para os inventários judiciais. Entretanto, é
possível abrir um inventário administrativo ou extrajudicial. Esse processo
administrativo pode ser apresentado em QUALQUER tabelionato. Não se
submetendo, portanto, as regras do processo civil. Tendo em vista que se
trata nada mais de uma escritura pública que será lavrada (podendo ser feita
em qualquer domicilio).
Entretanto, tendo lavrado essa escritura pública de inventário e partilha, tem
que pegar essa escritura e ir ao local da situação do imóvel, e proceder o
registro da escritura pública para proceder a transferência de propriedade
do imóvel após o pagamento dos tributos. Tem que apresentar essa
escritura publica no DETRAN para transferência do móvel, ou ao banco para
sacar uma quantidade colocada em banco.
------> Resumo:
· Domicílio do estrangeiro – processo no estrangeiro com lei estrangeira
· Domiclio no estrangeiro com imóvel no BR – com relação ao imóvel situado
no br: processo corre aqui (trata-se de competência exclusiva – não se
admite decisão estrangeira -> trata-se de rara hipótese de competência
territorial absoluta inafastável, que via de regra é relativa).
· Lei aplicada nesse caso? - a norma mais favorável ao conjuge ou
descendentes brasileiros.
RESUMO !!!
-
Efeitos jurídicos decorrentes da regra da abertura da
sucessão (CC, art. 1.784)
Ex.: João, viúvo, é pai de mateus, filho único. Joao morre e somente deixa
dívidas. A priori uma presunção jurídica de que mateus é herdeiro
integralmente e sozinho de joão. Entretanto, é somente herdeiro de dívidas.
Imagine então que joão tenha vários credores, loucos para cobrar de Mateus.
Por isso, mateus pode procurar o judiciário e ajuizar uma ação denominada
de inventário negativo (podendo até mesmo pedir a citação dos credores).
Nessa ação, mateus dirá que o pai morreu e deixou apenas dívidas, sem
nenhum patrimônio + diz que não quer receber a herança (renúncia!!!). Por
isso, o filho do finado requer ao juiz que reconheça a existência no caso em
concreto de inventário negativo (podendo oficiar aos órgãos adequados:
detran, estado, unicípio, bacenjud, infojud – investigação de possíveis
valores) para confirmar que não há credito, não há patrimônio).
Na sentença o juiz pode decretar o inventário negativo (reconhecendo a
ausência de patrimônio positivo do finado), que será a blindagem do
herdeiro contra toda e qualquer execução a si dirigida.
DA VOCAÇAÕ HEREDITÁRIA
- capacidade para testar (capacidade sucessória ativa)
X
capacidade para suceder (capacidade sucessória passiva)
→ Para testar Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de
fazê-lo, não tiverem pleno discernimento.
Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.
Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o
testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade.
inicia-se aos 16 anos de idade SOZINHO, porque testar é um ato
personalíssimo (não precisa de assistência).
Verificada no momento da confecção do testamento (pouco importando
eventual incapacidade posterior). -> Ex.: fez o testamento aos 15 anos de
idade, e faleceu aos 75 anos lucido e capaz - o testamento é invalido,
porque na confecção não atendeu ao requisito da validade. (nada impede
que depois dos 15 anos ele venha a ratificar o testamento feito, tornado
válido).
Ex.: fez testamento aos 20 anos, e morreu aos 90 incapaz -> testamento
valido, porque quando realizado o testamento o sujeito tinha mais de 16
anos e capaz.
DA VOCAÇAÕ HEREDITÁRIA
→ Para suceder -> análise daqueles que têm aptidão para o recebimento de
bens deixados pelo falecido. → VOCAÇÃO HEREDITÁRIA: pessoas
habilitadas/autorizadas a receber a herança e aqueles que não estão.
3) PJ que será determinada pelo testador como fundação – artigo 62. É possível
criar no testamento uma PJ, por meio de uma fundação já afetando bens a
ela pelo testamento.
DA VOCAÇAÕ HEREDITÁRIA
-> Pessoas que não podem ser herdeiros nem legatários – 1801: → não podem
suceder para não interferir na manifestação de vontade (ex.: testemunha –
podia estar matando ou roubando e pede para ter um bem) e por questão de
ordem ética (ex.: concubino).
Ex.: hugo casado em regime da comunhão universal com joana, morre, deixou
600mil. Na verdade é 300mil de joana a titulo de meação, e os outros
300mil que sobra é o patrimônio hereditário de hugo.
Como saber se existe meação? -> basta verificar o regime de bens e quando o
patrimônio foi obtido. Ou seja, é tema do direito de família.
CONCEITOS IMPORTANTES
b) herança -> é aquilo que efetivamente deve ser direcionado e tratado pelo
direito sucessório.
Ex.: é sobre aqueles 300mil que hugo pode deixar 50% do patrimônio pra
legitima (150mil) e 50% para o testamento (150mil).
- sucessor -> quem é sucessor? → é aquele que sucede. Pode ser herdeiro ou
legatário.
Esse herdeiro pode ser legitimo ou testamentário. O herdeiro legitimo ainda
pode ser necessário ou facultativo.
---->
Sucessor:
a) herdeiro:
a.1) legitimo:
necessário ou
facultativo
a.2) testamentário
b) legatário
CONCEITOS IMPORTANTES
· Legatário: é aquele que recebe a título singular. Ou seja, está recebendo um
bem certo e determinado. Ex.: deixo para João minha casa na rua tal, nº. tal
ou meu carro de placa X, ano tal chassi tal.
· Herdeiro universal: integralidade do patrimônio do de cujus é deixado para
uma única pessoa. Não haverá necessidade de partilha.
· Herdeiro: é aquele que recebe a título universal -> recebe um percentual do
patrimônio. Ex.: 10% para maria, 40% para Paulo etc. não estão recebendo
bem certo e determinado, mas sim um percentual (a título universal).
b) testamentário
(vontade)
Legatário (a título
singular)
DA SUCESSÃO LEGÍTIMA
- a sucessão legítima aplica-se a toda e qualquer sucessão SEM testamento
(divorciado, separado, solteiro, viúvo etc).
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será
assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito
real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família,
desde que seja o único daquela natureza a inventariar.
DA SUCESSÃO LEGÍTIMA
c) quando estivermos diante da incidência da Lei federal nº. 6.858/80 a admitir
o pagamento, mediante alvará judicial, em quotas iguais, aos dependentes
habilitados perante o INSS ou, na falta destes, àqueles sucessores da lei civil,
de créditos decorrentes da relação de emprego privado ou público, saldos
em conta do FGTS, restituições tributárias e saldos em conta bancária.
d) nos casos de aplicação da Lei federal nº. 9.610/98, cujo artigo 41 disciplina
a transmissão dos direitos autorais, em caso de óbito, para os herdeiros pelo
prazo de 70 anos, após os quais estes direitos passam ao domínio público.
DA SUCESSÃO LEGÍTIMA
É construída com base em dois grandes princípios que devem se aplicar em via
de regra:
a) igualdade: os descendentes não podem ser tratados de forma discriminados.
Não pode privilegiar um filho sanguíneo em detrimento de um filho adotivo.
Fundamento: Artigo 5, inciso II e 227, §6º, da CF/88
- descendentes herdam:
a) por cabeça -> ou seja, em nome próprio. Chamada de sucessão direta. Ex.:
pai morreu, eu sucedi de forma direta.
b) por estirpe -> ocorre quando alguém herda em nome de outrem, pré-
morto. Não herda em nome próprio (“sucessão indireta”).
Ex.: joão tem 3 filhos e 1 neto do filho 3. O filho 3 morre no dia 10 de janeiro
de 2018. Abriu-se o inventário, e o filho recebeu herança e a vida seguiu
curso. Entretanto, joão vem a falecer no dia 11 de abril de 2018. Tem um
pré-morto ao de cujus: filho 3. Se não existisse o direito de representação, o
filho 1 e 2 receberiam a herança integralmente (sucessões por cabeça
apenas). Entretanto, a lei afirma que os filhos sucedem por cabeça, mas os
outros descendentes sucedem por cabeça ou por estirpe. O outro
descendente, no exemplo, é o neto, que herda por estirpe.
SUCESSÃO NA DESCENDÊNCIA
- Direito de representação: artigo 1851 a 1856, do CC/02. -> o direito de
representação se aplica aos descendentes e aos colaterais (CC, 1853), NÃO
TENDO INCIDÊNCIA SOBRE OS ASCENDENTES.
Ex.: joao e maria são casados no regime da comunhão parcial, e juntos não
construirão bens particulares (apenas possuem os bens em conjunto, não
tem bens particulares). Neste caso, se joão morrer, maria NÃO herda nada,
porque se enquadra na exceção -> na prática fará meação (porque somente
tem aquestos, não bens particulares).
STJ: “O conjuge que se encontra separado de fato não faz jus ao recebimento
de quaisquer bens havidos pelo outro por herança”.
SUCESSÃO DOS COLATERAIS
-> SUCESSÃO DOS COLATERAIS:
Na falta dos herdeiros necessários (descendentes, ascedendentes e conjuge),
os herdeiros legítimos facultativos (colaterais até 4º grau) serão chamados a
suceder.
Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais
remotos, salvo o direito de representação concedido aos filhos de irmãos.
Entretanto, o STF no ano passado decidiu num recurso extraordinário que esse
artigo é inconstitucional. -> (Vide Recurso Extraordinário nº 646.721) (Vide
Recurso Extraordinário nº 878.694)
DA SUCESSÃO NA UNIÃO ESTÁVEL
NÃO FOI UMA AÇÃO DIRETA DE INSCONSTITUCIONALIDADE. Não foi ADI – não
houve um julgamento da inconstitucionalidade em tese, mas sim num caso
em concreto.
Foi uma decisão realizada em RE (ou seja, na parte da fundamentação) nº.
878.694/MG + 646.721/RS (Temas 498 e 809, das repercussões gerais). ->
o do RS envolvia a UE homoafetiva e o de MG a heteroafetiva.
- Mas, e então o 1790 foi retirado do mundo jurídico? (uma vez que não foi
objeto de ADI) os tribunais de justiça local e do DF estão obrigados a
entender da mesma forma que o STF/STJ?
a) Não há efeito erga omnes ou vinculante.
b) Entretanto, há a teoria dos precedentes -> artigo 927, inciso V, do CPC: os
juízes e tribunais observarão orientação do plenário e/ou órgão especial aos
quais estiverem vinculados
DA SUCESSÃO NA UNIÃO ESTÁVEL
Tendência: impõe aos juízes/tribunais que respeitem a orientação dos
tribunais superiores dos seus órgãos plenários – teoria dos precedentes
(artigo 929, do CPC: impõe aos tribunais locais respeito à autoridade das
decisões plenárias ou de órgãos especiais dos tribunais superiores).
Respeito à isonomia -> todos os jurisdicionados devem ser tratados da mesma
forma; ninguém será surpreendido com tratamento jurídico diferente +
impessoalidade + segurança jurídica.
Entretanto, há ainda quem diga que os juízes tem independência para decisão
de forma diversa, uma vez que não há efeito erga omnes.
EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO
-> INDIGNIDADE E DESERDAÇÃO
São sanções civis. Situações nas quais o sujeito tem capacidade para suceder e
herdar, mas não poderá faze-lo por conta da sanção civil, decorrentes de
questões éticas (conduta antiética)
Será declarado indigno ou deserdado.
Quem pode ser declarado indigno? – casos contidos no artigo 1814, do CC/02
Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:
I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso,
ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge,
companheiro, ascendente ou descendente; -> ex.: susane von richtofen.
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou
incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou
companheiro;
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da
herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO
É declarado dessa forma através de uma Ação de indignidade. Prazo? -
decadencial de 4 anos – artigo 1815, §1º, CONTADOS DA ABERTURA DA
SUCESSÃO, ou seja, 4 anos da MORTE. -> declaração de indignidade por
sentença judicial. (mas não há nada sendo declarado pelo finado em
testamento).
Ex.: caio é pai de Jorge (que tem o filho Carlos) e roberto, e morre. Jorge foi
declarado indigno. Neste caso, 50% do patrimônio vai para Roberto e os
outros 50% vão diretamente para Carlos. Entretanto, se Carlos for menor de
idade, o juiz terá de nomear um curador especial para representa-lo em
juízo, porque o representante legal (ou seja, o pai, Jorge) não poderá
encostar na herança de caio (por ser indigno).
E se carlos falecer? – o patrimonio recebido pela representação não pode ir pro
Jorge, porque sobre esses bens teve declaração de indignidade.
EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO
Cabe reabilitação do indigno? Perdão do indigno? – SIM! Pode ser:
a) expressa (ex.: em testamento, perdoando a pessoa)
ou
b) tácita (ex.: faz um testamento não perdoando expressamente, mas deixando
uma porcentagem do patrimônio a pessoa ex-indigna).
Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança
será admitido a suceder, se o ofendido o tiver expressamente reabilitado em
testamento, ou em outro ato autêntico.
Parágrafo único. Não havendo reabilitação expressa, o indigno, contemplado em
testamento do ofendido, quando o testador, ao testar, já conhecia a causa da
indignidade, pode suceder no limite da disposição testamentária.
EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO
b) DESERDAÇÃO → somente se aplica na sucessão TESTAMENTÁRIA. Tem por
objetivo afastar da sucessão testamentária do herdeiro legitimo necessário.
Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos
ascendentes pelos descendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o
marido ou companheiro da filha ou o da neta;
IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade.
EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO
Prazo? - 1965, §único -> com a ABERTURA DO TESTAMENTO, começa o prazo
decadencial de 4 anos para se utilizar da respectiva ação de deserdação
(ação civil, com devido processo legal).