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AGRAVO EM EXECUÇÃO

ART. 197 DA LEI Nº 7.210/84


AGRAVO EM EXECUÇÃO
ART. 197 LEP

 A Lei de Execuções Penais (Lei nº 7.210/84) dispõe que das decisões proferidas
pelo Juiz da Vara de Execuções Penais caberá Agravo em Execução, sem efeito
suspensivo ( artigo 197 da LEP).

 Ex. homologação de faltas graves, incidentes da medida de segurança,


livramento condicional, progressão e regressão de regime, saída
temporária, sursis, trabalho externo, unificação de penas ...

 O Agravo em Execução não tem o objetivo de discutir mérito , mas uma


questão de execução da pena que foi denegada pelo magistrado, a decisão do
Juiz terá algo ligado à execução de pena e que deverá ser reanalisado.

 
 As hipóteses constantes dos incisos XI, XII, XVII, XIX, XX,
XXI, XXII, XXIII do artigo 581 do Código de Processo
Penal ficam sujeitas ao Agravo em Execução por força do
artigo 197 da Lei de Execuções Penais.
Art. 66 LEP. Compete ao Juiz da execução:

I - aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado;

II - declarar extinta a punibilidade;

III - decidir sobre: a) soma ou unificação de penas; b) progressão ou regressão nos regimes; c) detração e remição da pena; d)
suspensão condicional da pena; e) livramento condicional; f) incidentes da execução.

IV - autorizar saídas temporárias;

V - determinar: a) a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e fiscalizar sua execução; b) a conversão da pena restritiva de
direitos e de multa em privativa de liberdade; c) a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos; d) a aplicação da
medida de segurança, bem como a substituição da pena por medida de segurança; e) a revogação da medida de segurança; f) a
desinternação e o restabelecimento da situação anterior; g) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca; h) a
remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º, do artigo 86, desta Lei.

VI - zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança;

VII - inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado funcionamento e promovendo,
quando for o caso, a apuração de responsabilidade;

VIII - interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal que estiver funcionando em condições inadequadas ou com infringência
aos dispositivos desta Lei;

X - compor e instalar o Conselho da Comunidade.

X – emitir anualmente atestado de pena a cumprir. 


 Não há previsão de prazo ou rito na LEP para essa
modalidade de recurso. A corrente majoritária sustenta
que o rito a ser seguido deve ser o do Recurso em
Sentido Estrito (RESE) disposto no artigo 581 e.
seguintes do CPP.
 Legitimados: MP , o acusado, além de seu cônjuge,
parente ou descendente, todos na figura do defensor
constituído ou nomeado (art. 195 LEP)

 Prazo: 5 dias para interposição (art. 586 CPP) e dois dias


para apresentação de razões e contrarazões (art. 588
CPP)

STF. Súmula 700. É DE 5 DIAS O PRAZO PARA


INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO CONTRA DECISÃO DO
JUIZ DA EXECUÇÃO
 STF. Súmula 716. Admite-se a progressão de regime de
cumprimento da pena ou a aplicação imediata de regime
menos severo nela determinada, antes do trânsito em
julgado da sentença condenatória.
 Como toda via impugnativa tem efeito devolutivo, implicando na
devolução ao judiciário da apreciação da matéria objeto do recurso.

 Possui efeito regressivo, já que se aplica de forma subsidiária o


procedimento cabível par ao recurso em sentido estrito.

 Referente ao efeito suspensivo, o artigo 197 da Lei 7210/84 dispõe


que o agravo não possui efeito suspensivo.

 Parte da doutrina entende que o agravo terá efeito suspensivo, da


decisão que julga extinta a medida de segurança, já que o artigo 179
da LEP dispõe que a desinternação e liberação somente pode ocorrer
após o trânsito em julgado da decisão que extinguir a medida.

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