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MATERIAL DE APOIO
I. Anotações
I. Anotações
Todas as vezes que uma lei penal nova for editada, se esta lei trouxer qualquer tipo de benefício para o
réu, deve sempre ser aplicada a nova lei aos casos atuais, dentro de certos parâmetros.
A lei penal benéfica nova é dotada de extratividade (ou ainda a grafia extra-atividade) pois produz efeitos
fora da sua época de vigência. Este é um fenômeno bastante diferente da regra clássica do tempus regit
actum (o direito é regido pela lei da época do fato).
A extratividade pode ser tanto voltado para o passado (retroatividade) como para o futuro (ultratividade)
da linha do tempo do processo penal.
Veja a súmula 611, STF e o artigo 66, I, LEP.
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b) a conversão da pena restritiva de direitos e de multa
em privativa de liberdade;
c) a conversão da pena privativa de liberdade em
restritiva de direitos;
d) a aplicação da medida de segurança, bem como a
substituição da pena por medida de segurança;
e) a revogação da medida de segurança;
f) a desinternação e o restabelecimento da situação
anterior;
g) o cumprimento de pena ou medida de segurança em
outra comarca;
h) a remoção do condenado na hipótese prevista no §
1º, do artigo 86, desta Lei.
i) (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
SÚMULA 611
ART. 3º, CP
Esse artigo se dirige às chamadas leis intermitentes que são as leis feitas para terem curta duração e são
dotas de auto-revogação.
Possuem duas variações: temporárias e excepcionais
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As leis temporárias possuem data de expiração específico. Exemplo: esta lei valerá por 6 meses
Leis excepcionais possuem uma data de expiração não específico. Por exemplo: esta lei valerá até o fim
do estado de calamidade decretado no estado “X” da federação.
Segundo o entendimento do professor e de outros autores, o art. 3º,CP não foi recepcionado pela CF/1988
pois a mesma fala em retroatividade da lei penal mais benéfica sem quaisquer exceções.
O entendimento repassado pelo professor é par5 apontar esta contradição em provas dissertativas ou
orais mas não em provas de múltipla escolha.
ARTS. 4º e 6º, CP
Tempo do crime
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento
da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento
do resultado.
(...)
Lugar do crime
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em
que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte,
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o
resultado.
O CP brasileiro adotou a teoria da atividade para crimes materiais, ou seja, crimes cujo resultado é
materialístico, onde podemos dividir o dia da conduta e o dia do resultado, conforme o art. 4º, CP.
Para crimes internacionais utiliza-se a teoria da ubiquidade ou o art. 6º, CP.
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ART. 5º, CP
Territorialidade
A regra aplicada no Brasil é a contida no artigo 5º, CP, ou seja, os crimes cometidos no território nacional
serão persecutidos no Brasil.
O que é o território nacional? É o solo (ocupado pela nação), o seu espaço aéreo (coluna de ar acima do
solo) e seu mar territorial (faixa de mar de 12 milhas fixado a partir da praia), além de rios, lagos e
afluentes.
Além desses elementos também é considerado como extensões de território nacional
Navios e aeronaves que:
a) privadas que estejam em nosso território;
b) públicas, em qualquer lugar do mundo;
c) privadas em alto-mar.
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Veja que imunidade não é sinônimo de impunidade visto que se houver a ocorrência de crime, o diplomata
será processado em seu país.
Importante lembrar também que a embaixada não é território estrangeiro é apenas inviolável, ou seja,
continua fazendo parte do território brasileiro
É preciso dizer que diplomata terrorista, traficante de drogas e etc não serão imunes à aplicação da lei.
A imunidade não pode abrir mão da imunidade, somente om seu país de origem pode fazê-lo.
ART. 7º, CP
Extraterritorialidade
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora
cometidos no estrangeiro:
I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do
Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do
Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município,
de empresa pública, sociedade de economia mista,
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu
serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou
domiciliado no Brasil;
II - os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a
reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras,
mercantes ou de propriedade privada, quando em
território estrangeiro e aí não sejam julgados.
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§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira
depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi
praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei
brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não
ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por
outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo
a lei mais favorável.
ART. 8º, CP
Segundo o professor, este artigo não foi recepcionado pela atual CF por entrar em contradição como o
princípio da vedação do bis in idem.
ART. 9º, CP
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Parágrafo único - A homologação depende:
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da
parte interessada;
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de
extradição com o país de cuja autoridade judiciária
emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de
requisição do Ministro da Justiça
O Brasil por regra não cumpre sentenças de outras nações por questão de soberania nacional exceto nos
casos previsto no art. 9º do CP e somente após que foram homologadas pelo Presidente do STJ.
As condições de homologação da sentença estrangeira estão previstas no parágrafo único do art. 9º, CP.
ART. 10º, CP
Contagem de prazo
Esse artigo demostra a forma de cômputo dos dias para questões penais. Conta-se o primeiro dia e exclui-
se o último.
ART. 11º, CP
Com relação a este artigo pode se dizer que desprezam as frações de dias (horas) tanto quanto as frações
de moeda corrente.
ART. 12º, CP
Legislação especial