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Os militares são regidos por um sistema de disciplina e hierarquia e tem a missão de proteger
a soberania nacional. Hoje, no Brasil, temos um contingente de aproximadamente 480 mil militares.
Obviamente estes podem vir a cometer crimes, os quais serão julgados pela Justiça Militar da União.
A Justiça Militar é um ramo especializado do poder judiciário juntamente com a justiça
eleitoral e do trabalho.
• Em 1808 D. João VI cria o Conselho Supremo Militar (não fazia parte do PJ).
• Em 1889 Marechal Deodoro cria o Supremo Tribunal Militar (não fazia parte
do PJ).
• Em 1934 Getúlio Vargas cria o Superior Tribunal Militar e o inclui entre os
órgãos do PJ.
• Nas CF’s de 1946 e 1967 temos uma ampliação da justiça militar.
• Na CF de 1988 temos a Justiça Militar da União a partir do art. 122.
OBS! A Justiça Militar só vai julgar os crimes previstos no Código Penal Militar (crimes
militares). Cuidado! Se um militar cometer um crime comum ele será julgado pela justiça comum.
Ex.: Se um militar comete um homicídio contra civil »»»» Tribunal do Júri. Se um militar
mata outro militar »»»» Justiça Militar
Art. 122 da CF: São órgãos da JMU: O STM e os tribunais e juizes militares, na forma da lei
8457/92.
Justiça Militar da União possui jurisdição em todo território nacional (divisão em
circunscrições)
12 Circunscrições: compreende 19 auditorias (1º grau). Cada auditoria possui um juiz auditor
e um juiz-auditor substituto.
STM 2º grau (os ministros militares permanecem na ativa, não usam toga. O STM julga
com base em um regime de escabinato, ou seja, os ministros militares [10] são leigos e julgam com base
em suas experiências nos quartéis. Já os ministros civis [5] são de carreira e togados e existem
justamente para contrabalancear a rigidez dos militares nos julgados, sendo assim, julgam com base no
notável saber jurídico e experiência nos julgados cíveis)
Auditorias 1º grau
b) + 35 – 65 para os civis. Para os militares não há nada expresso. Aplica-se por analogia.
3 adv. de notável saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade profissional. Não
são escolhidos pela OAB, mas pela Dilmão.
2 de escolha paritária entre juízes-auditores (1) e membros do MPM (1). Também escolhidos por
Dilmão.
Procedimento: Dilmão indica – Senado Federal – Sabatina na CCJ (23 senadores) – precisa
ser aprovado por um quorum de maioria absoluta (12 senadores) – parecer da CCJ – plenário do SF –
precisa ser aprovado por um quorum de maioria absoluta (41 senadores) – Dilmão nomeia – publicação
no DOU – posse no STM: quando tomam posse se tornam vitalícios.
Critério de Antiguidade:
1º posse;
2º mais antigo na carreira;
3º mais tempo de efetivo exercício no serviço público federal e
4º mais idoso.
Conselho de Adm.:
Presidente: PRSTM
Integrado pelo VPRSTM e mais 3 ministros
Deliberações do STM: Tanto as judiciais quanto as adm. serão tomadas por maioria absoluta
(8). Sendo que desses 8 é obrigatória a presença de 4 militares e 2 civis.
Rotina da JMU:
1 – STM;
2 – Auditoria de Correição (órgão de fiscalização e orientação jurídico-adm.);
Um juiz auditor
Um diretor de secretaria
Auxiliares do quadro
3 – Conselhos de Justiça;
4 – Juizes Auditores e Juizes Auditores Substitutos;
Provimento: concurso realizado pelo STM/OAB
Requisitos: nacionalidade brasileira (nato ou naturalizado)
+25 – 40 anos, salvo se ocupante de função pública
Bacharel em direito
Mínimo de 3 anos de prática jurídica
As jurisdições das auditorias são mistas, conhecendo dos feitos da marinha, exército e
aeronáutica.
Nas circunscrições com mais de uma auditoria e sedes coincidentes a distribuição dos
feitos cabe ao juiz mais antigo. Nas circunscrições com mais de uma auditoria e sedes na mesma cidade
em processos indiciados somente civis a distribuição dos feitos cabe ao juiz mais antigo.
a) 1 Juiz-Auditor
b) 1 Juiz-Auditor Substituto
c) 1 Diretor de Secretaria
d) 2 Oficiais de Justiça Avaliadores
e) Demais auxiliares
CONSELHOS DE JUSTIÇA
Composição:
a) JA
b) 4JM
Presidência:
1 Of. General (em regra será o presidente). Porém, pode acontecer de não haver nenhum
general na circunscrição, sendo recorrido assim a um Of. Superior para exercer a presidência. Este será
de posto mais elevado ou mais antigo na carreira que os demais juízes.
Haverá um sorteio para a escolha dos 4JM a ser realizado pelo JA em audiência pública,
com a presença do MPM, do diretor de secretaria e do acusado (somente quando preso).
Composição
a) JA
b) 1 Of. Sup. (Presidente)
c) 3 Of. de posto até Capitão
Também há um sorteio para a escolha dos 4JM a ser realizado pelo JA em audiência
pública, com a presença do MPM e do diretor de secretaria. Diferentemente do Conselho Especial, no
Permanente não há a possibilidade do acusado presenciar o sorteio. Esse sorteio ocorrerá entre os dias 5
e 10 do último mês do trimestre.
Haverá sorteio de suplentes – 1 Of. Sup. que substituirá o PRCON. e 1 Of. de posto até
capitão ou capitão-tenente para substituir os demais.
O mandato dos membros será de três meses prorrogáveis por igual período. O oficial que
tiver integrado o conselho em regra não será sorteado para o trimestre seguinte, salvo quando for
insuficiente o quantitativo de oficiais.
JUIZ-AUDITOR
Quem dá posse ao juiz-auditor subst. é o PRSTM e quem dá posse aos ministros do STM
é o próprio STM
Terá direito à promoção o juiz que figurar por 3x consecutivas ou 5x alternadas em lista de
merecimento (art. 94 CF)
O tribunal somente pode recusar a promoção de juiz pelo quorum de maioria qualificada
dos seus membros (2/3)
CRITÉRIOS DE ANTIGUIDADE
Regra geral, o quorum para decisões é de maioria absoluta, ou seja, 8 ministros, sendo que
desses é obrigatória a presença de 4 militares e 2 civis.
No entanto, existem algumas competências do tribunal que devido a sua importância a lei
confere um quorum maior para as decisões (2/3 = 10). São elas:
4) Remoção de JA
1) Processar e julgar oficiais generais por meio da ação penal originária. O relator nesse caso
será um ministro civil (pegadinha violenta na hora da prova!). Haverá um revisor, que a lei não diz se é
civil ou militar.
5) Proc. Adm. envolvendo ministros do tribunal, tais como perda do cargo, disponibilidade e
remoção
6) Julgar embargos de declaração (visa tornar clara uma decisão omissa ou obscura),
embargos infringentes (recurso contra decisão não unânime) e embargos de nulidade (exclusivo da
justiça militar: recurso contra decisão não unânime do recurso em sentido estrito/apelação/conselho de
justificação/ação penal originária).
11) Agravo regimental: recurso contra decisão monocrática. É o recurso contra decisão
monocrática impetrado contra ato do relator.
15) Avocatória
17) Conceder ou revogar menagem: forma de prisão provisória sendo classificada em:
a) Menagem liberdade: onde será concedida a liberdade mediante o pgto de fiança
b)Menagem especial: corresponde à execução de prisão especial mediante requerimento da
parte,
18) Determinar a restauração dos autos extraviados
9) Sanções disciplinares aos magistrados (JA) e aos próprios ministros. Aos servidores é a
chefia imediata
10) Alterações na lei 8457/divisão da JMU. Para essa alteração é necessária a apresentação
de um PL ordinária. Para que seja alterada a divisão da JMU será necessário que na CJ tenha em
atividade no mínimo 20 mil militares.
11) Eleger o PRSTM/VPRSTM. Serão eleitos dentre os ministros para mandato de 2 anos
vedada a recondução. Q=M.A.
16) Apreciar as reclamações relativas à lista de antiguidade de JA. A lista é publicada até
31/01 e os JA tem 30 dias para reclamarem.