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Tribunal da Alçada:

➢ Na Constituição de 1946, o inciso II do artigo 124, foi permito a criação dos tribunais de
alçada, que serviriam para ajudar a atender ao crescente numero de recursos julgado
pelos TJs. Apenas 5 estados brasileiros optaram pela criação destes tribunais (São Paulo,
Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais). Trabalhavam de forma
paralela aos TJs, e a função principal destes tribunais seria fazer o julgamento de
pequenas causas, deixando os mais importantes para os Tribunais de Justiça.
Vendo que a divisão dos tribunais não estava ajudando na rapidez processual,
alguns estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul extinguiram por vontade
própria seus TAs EM 1998, incorporando em seus respectivos TJs locais.
Com a criação da Emenda Constitucional de nº 45, através de seu artigo 4º, foi
extinto por completo os tribunais de Alçada, e passaram os seus membros a
integrarem os Tribunais de Justiça dos respectivos Estados. Na mesma Emenda, os
Tribunais de Justiça, por ato administrativo, teriam que promover a integração dos
membros dos tribunais extintos em seus quadros. Assim, o cargo de juiz de alçada se
encontra extinto.

Composição :

É comum que os juízes ocupantes dos Tribunais Regionais Federais (TRFs) e dos
Tribunais do Trabalho sejam chamados de desembargadores. Contudo, esses
magistrados na verdade são juízes federais, tanto os que trabalham na primeira
quanto na segunda instância da Justiça Federal. Assim, somente os juízes dos
Tribunais de Justiça dos Estados são de fato desembargadores.
o candidato a desembargador terá que trabalhar muito para se destacar nas suas
funções. Isto porque não existe um concurso público exclusivo para essa função.
Assim, os desembargadores são escolhidos entre os juízes por antiguidade ou
por merecimento. No quesito antiguidade, é tido como critério o tempo que a pessoa
possui no cargo. Já por merecimento, são levados em consideração a conduta do
magistrado e sua eficiência no exercício do cargo.

Nesse sentido, quando uma vaga para desembargador é aberta, ela é publicado no
diário oficial (do estado ou da União). Nesta publicação, é informado se a vaga será
preenchida por merecimento ou antiguidade.
Caso a vaga a ser preenchida seja por merecimento, o tribunal prepara uma lista com
três nomes de juízes para cada vaga – conhecida como lista tríplice. Por sua vez,
esta lista é enviada ao Governador estadual que nomeia o desembargador.
No caso de ser por antiguidade, o juiz indicado somente não ocupará o cargo de
desembargador se for recusado em votação de maioria simples por ⅔ dos
desembargadores do tribunal em questão. Ou seja, após acordo dos
desembargadores, será enviado um único nome ao Governador, que terá o papel de
nomear oficialmente o desembargador.
Ainda, a Constituição define que a divisão dentro dos Tribunais de Justiça deve ser:
80% de juízes e 20% de membros do Ministério Público Estadual e advogados.
Assim, além de ter cursado Direito, há alguns outros requisitos para ocupar o cargo
de desembargador. Para membros do Ministério Público, é necessário que tenham
dez anos de carreira e para os advogados, além dos dez anos de efetiva atividade
profissional, é requisitado que se tenha “notório saber jurídico e reputação ilibada”,
que significa ser uma pessoa íntegra e incorrupta.
Tanto os promotores e procuradores de justiça como os advogados são indicados
em lista sêxtupla (com seis nomes) pelos órgãos de representação das respectivas
classes, o Ministério Público Estadual e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Segundo o novo presidente, o principal desafio da gestão será combater a


morosidade da máquina judicial. Ele afirma que irá investir no reforço de
estrutura de apoio aos juízes e desembargadores.
Duração de mandato de dois anos, sem reeleição.

Corregedor é eleito pelo Plenário do Tribunal e seu mandato é de 2 anos,


coincidindo, regra geral, com o do Presidente. Geralmente, usa-se o critério da
antiguidade, que nem sempre é o melhor. Alguns Tribunais adotam a figura do Vice-
Corregedor, como forma de dividir o trabalho. Dele se espera, basicamente, que
exerça um papel misto, preventivo e repressivo.

Como agente de aperfeiçoamento dos serviços judiciários, cabe-lhe orientar juízes e


servidores, colher sugestões, baixar atos administrativos, facilitar o acesso à Justiça
e o atendimento das partes, atuar em todas as frentes, para que a prestação
jurisdicional seja rápida e eficiente. Como agente repressor de faltas, cumpre-lhe
receber representações, investigá-las, coibir todas as falhas que se revelem nocivas
aos trabalhos judiciários.

Ao contrário do que se pensa, o Corregedor não tem nenhum poder disciplinar sobre
os seus colegas de Tribunal. Sua atuação limita-se aos juízes de primeira instância.
O CNJ, pela Corregedoria, pode apurar faltas de desembargadores dos TJs, TRFs e
TRTs. Mas os dos TRFs estão submetidos, ainda, ao Corregedor do CJF (Lei
11.798/08, art. 6º, IV) e os dos TRTs ao Corregedor do TST.

No que toca à fiscalização dos juízes de primeiro grau, aos Corregedores não cabe
punir, mas apenas apurar. Na verdade, ocorrida uma falta disciplinar, eles realizam
uma investigação prévia e a submete ao exame do Plenário ou Órgão Especial do
seu Tribunal, propondo, se for o caso, a abertura do processo administrativo. Se
aprovada a proposta, resultará ela na distribuição dos autos a um dos
Desembargadores (Resolução 30 do CNJ, art. 7º).

De todas as funções administrativas do Poder Judiciário, a Corregedoria é a mais


complexa. Quem a exerce caminha em terreno minado, sempre sob o risco de ser
taxado de omisso ou arbitrário. Ele defende a sociedade como um todo e nem
sempre é bem compreendido. Suas decisões são, muitas vezes, revistas pelo próprio
Tribunal ou mesmo, em sede de revisão, pelo CNJ, com notório desgaste pessoal.

As atribuições do Corregedor da Justiça Estadual são mais complexas que as de seus


colegas da Justiça Federal ou do Trabalho. É que na Justiça dos Estados a
Corregedoria cuida do foro judicial e do extrajudicial, ou seja, zelar também pela
eficiência dos Cartórios de Registro Civil, Protestos, Registro de Imóveis e
Tabelionatos.

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