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POLÍCIA MILITAR
DIRETORIA DE ENSINO INSTRUÇÃO E PESQUISA
ESCOLA SUPERIOR DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE
PRAÇAS
32º CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - CFSD
EMENTA:
Aplicação subsidiária
Interpretação Literal
Delegação do exercício
Competência da Polícia
Judiciária Militar
04/12/20 6
23
7
8
As Justiças Militares no Brasil, hoje, integram o
Poder Judiciário.
• Não se tratam de “cortes marciais”.
Constituição de 1991:
Art 77 - Os militares de terra e mar terão foro especial nos delitos
militares.
§ 1º - Este foro compor-se-á de um Supremo Tribunal Militar, cujos
membros serão vitalícios, e dos conselhos necessários para a formação
da culpa e julgamento dos crimes.
§ 2º - A organização e atribuições do Supremo Tribunal Militar serão
reguladas por lei.
Art 78 - A especificação das garantias e direitos expressos na
Constituição não exclui outras garantias e direitos não enumerados, mas
resultantes da forma de governo que ela estabelece e dos princípios que
consigna.
Constituição de 1934:
Art 63 - São órgãos do Poder Judiciário:
a) a Corte Suprema;
b) os Juízes e Tribunais federais;
c) os Juízes e Tribunais militares;
d) os Juízes e Tribunais eleitorais.
Constituição de 1937:
Art 90 - São órgãos do Poder Judiciário:
a) o Supremo Tribunal Federal;
b) os Juízes e Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios;
c) os Juízes e Tribunais militares.
Constituição de 1946:
Art. 94 - O Poder Judiciário é exercido pelos seguintes órgãos
(Redação dada pelo AI n 2):
I - Supremo Tribunal Federal;
II - Tribunal Federal de Recursos e Juízes Federais;
III - Tribunais e Juízes Militares;
IV - Tribunais e Juízes Eleitorais;
V - Tribunais e Juízes do Trabalho.
Constituição de 1967:
Art 107 - O Poder Judiciário da União é exercido
pelos seguintes órgãos:
I - Supremo Tribunal Federal;
II - Tribunais Federais de Recursos e Juizes Federais;
III - Tribunais e Juízes Militares;
IV - Tribunais e Juízes Eleitorais;
V - Tribunais e Juízes do Trabalho
Constituição de 1967 (com a EC de 1969):
Art. 112. O Poder Judiciário é exercido pelos seguintes órgãos:
I - Supremo Tribunal Federal (Redação dada pela EC 7/77);
II - Conselho Nacional da Magistratura (Redação dada pela EC 7/77);
III - Tribunal Federal de Recursos e juízes federais (Redação dada pela
EC 7/77);
IV - Tribunais e juízes militares (Redação dada pela EC 7/77);
V - Tribunais e juízes eleitorais (Redação dada pela EC 7/77);
VI - Tribunais e juízes do trabalho (Redação dada pela EC 7/77);
VII - Tribunais e juízes estaduais (Redação dada pela EC 7/77).
Constituição de 1988:
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e
Territórios.
• As Justiças Militares no Brasil, hoje, integram o
Poder Judiciário.
• As Justiças Militares Estaduais tiveram uma
peculiaridade:
• Atentem para a Súmula 297, de 13 de dezembro de
1963, editada sob a égide da Constituição Federal de
1946, segundo a qual “Oficiais e praças das milícias
dos estados no exercício de função policial civil não
são considerados militares para efeitos penais,
sendo competente a justiça comum para julgar os
crimes cometidos por ou contra eles”.
• Pelo conteúdo da súmula supracitada, era muito
clara a limitação da lei penal militar aos militares
dos Estados, havendo uma predisposição a
considerá-los civis quando na função de policiamento ostensivo.
• Essa visão permaneceu intacta com a edição do
atual Código Penal Militar, em 1969, até que em 1977,
com a chegada do “Pacote de Abril”, conjunto de
• Com efeito, a redação da Constituição Federal de 1946,
que delimitou o cenário inaugural da Súmula em
comento, consignava no inciso XII do art. 124 que a
“Justiça Militar estadual, organizada com
observância dos preceitos gerais da lei federal (art.
5º, n. XV, letra f ), terá como órgãos de primeira
instância os Conselhos de Justiça e como órgão de
segunda instância um Tribunal especial ou o Tribunal
de Justiça”, nada mencionando acerca da competência,
favorecendo, pois, a visão restritiva do STF.
• A Constituição Federal de 1967, mesmo com a Emenda
Constitucional n. 1, de 17 de outubro de 1969, ao tratar das
Justiças Estaduais, continuou sendo muito abrangente para o
foro castrense no âmbito dos Estados, visto que a alínea d do
§ 1º do art. 144 dispunha apenas que a Justiça Militar
estadual era constituída em primeira instância pelos Conselhos
de Justiça e que tinham como órgãos de segunda instância o próprio
Tribunal de Justiça, ainda arrimando a prevalência da
• Ocorre que, em 13 de abril de 1977, pela Emenda
Constitucional n. 7 (“Pacote de Abril de 1977”), esse
dispositivo constitucional ganhou nova redação, agora
mencionando que a Justiça Militar estadual,
constituída em primeira instância pelos Conselhos de
Justiça, e, em segunda, pelo próprio Tribunal de
Justiça, possuía competência para processar e julgar, nos crimes
militares definidos em lei, os integrantes das polícias militares,
fazendo com que a Súmula em questão perdesse sua
razão de existência.
• A Constituição Federal de 1988 manteve a competência de
julgamento das Justiças Militares dos Estados em sua redação,
agora no § 4º do art. 125, que não sofreu restrição,
salvo no crime doloso contra a vida de civil, com o
advento da Emenda Constitucional n. 45, de 8 de
dezembro de 2004, podendo-se afirmar, com absoluta
certeza, que a Súmula 297 do Pretório Excelso não mais vige,
embora, não raramente, alguns desavisados façam
Constituição Federal de 1988:
Art. 122. São órgãos da Justiça Militar:
I - o Superior Tribunal Militar;
II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.
Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios,
nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado
Federal, sendo três dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais
do Exército, três dentre oficiais-generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais
elevado da carreira, e cinco dentre civis.
I - três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez
anos de efetiva atividade profissional;
II - dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público
da Justiça Militar.
Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares
definidos em lei.
Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência
da Justiça Militar. LOJMU – 8457/92
Constituição Federal de 1988:
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os
princípios estabelecidos nesta Constituição:
[...]
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do
Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída,
em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos
de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de
Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em
que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os
militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei
e as ações judiciais contra atos disciplinares militares,
ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil,
cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do
posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar
e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra
civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares,
Justiças Militares
Justiça Militar da União: julga qualquer pessoa nos crimes
militares federais (art. 124 da CF).
1ª Instância: 12 CJM com suas Auditorias (Lei n. 8.457/92).
2ª Instância: STM com 15 Ministros.
TRT TRE
Justiça Justiça
Federal Estadual
TRF TJ ou TJM Juízes
Juízes Juízes
do
Eleitorais Militares
Trabalho
Tribunal
Juízes de júri
Federais Justiça militar
Juízes Estadual
Estaduais 04/12/2023
1.2 JUSTIÇA MILITAR (UNIÃO)
AUDITORIA DE CORREIÇÃO
CONSELHO DE JUSTIÇA
ESPECIAL PERMANENTE
Previsão Legal:
arts. 125, § 3º, 4º e 5º, CF (Constituição Federal)
arts. 91, IV e 101, §único, CE (Constituição Estadual MT)
art.17, do COJE-MT (Código de Organização Judiciária de Mato Grosso).
COJE
Art. 17. São órgãos do Poder Judiciário do Estado:
(....)
V - Conselhos de Justiça Militar Estadual;
(....)
COMPOSIÇÃO
ESPECIAL
CONSELHO DE
JUSTIÇA
PEMANENTE
Conselho Especial
01(um) juiz direito
04(quatro) Juízes Militares, mais antigo que o Réu ou Acusado
ATENÇÃO
ATENÇÃO
ATENÇÃO
1º Auditoria
ATENÇÃO
MPM Réu
O direito
processual
O exercício do penal militar
Jus Puniendi é institui o
O Estado é titular limitado pelo processo
do Jus Puniendi Direito criminal como
Processual instrumento
Penal Militar por meio do
qual o Estado
exerce o Jus
Puniendi
Direito de
Punir
CPM + CPPM
Li
Crime Militar Investigação
Absolvido
Processo
IPM
APFD Criminal de
IPD Jurisdição
OUTROS Militar
DOCUMENTOS
condenado
LIVRO I
TÍTULO I
CAPÍTULO ÚNICO
FONTE INFORMAL:
Costumes: Apresenta-se como elemento de
interpretação. Ex.: repouso noturno como
aumento de pena no crime de furto (Art. 240,
§ 4º - CPM)
Não cria crimes. Poderia abolir crimes? Jogo do
bixo, Lei seca, Estupro de Vulnerável
“consentido”: prevalece que não!
CPPM x CPP
Aplicação intertemporal
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 711. Nos processos pendentes na data da
entrada em vigor deste Código, observar-se-á o
seguinte:
a) aplicar-se-ão à prisão provisória as disposições
que forem mais favoráveis ao indiciado ou acusado;
b) o prazo já iniciado, inclusive o estabelecido para a
interposição de recurso, será regulado pela lei
anterior, se esta não estatuir prazo menor do que o
fixado neste Código;
c) se a produção da prova testemunhal tiver sido
iniciada, o interrogatório do acusado far-se-á de
acordo com as normas da lei anterior;
d) as perícias já iniciadas, bem como os recursos já
interpostos, continuarão a reger-se pela lei anterior.
Art. 6º Obedecerão às normas processuais
previstas neste Código, no que forem aplicáveis,
salvo quanto à organização de Justiça, aos
recursos e à execução de sentença, os processos
da Justiça Militar Estadual, nos crimes previstos na
Lei Penal Militar a que responderem os oficiais e
praças das Polícias e dos Corpos de Bombeiros,
Militares.
CAPÍTULO ÚNICO
(....)
§ 1.º Competem à Justiça Militar do Estado o processo e o julgamento dos crimes
militares, definidos em lei, praticados pelos policiais e bombeiros militares do Estado.
Jurisdição(circunscrição)
Hierarquia
Comando,
Delegação - artigo 7º, § § 2º ao 5º, do CPPM
TÍTULO III
CAPÍTULO ÚNICO
DO INQUÉRITO POLICIAL
MILITAR
2.1inquérito policial militar – art 9º ao 28 do cppm
Finalidade do inquérito
Art. 9º O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato,
que, nos têrmos legais, configure crime militar, e de sua autoria.
Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade precípua é a
de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal.
Parágrafo único. São, porém, efetivamente instrutórios da ação
penal os exames, perícias e avaliações realizados regularmente no
curso do inquérito, por peritos idôneos e com obediência às
formalidades previstas neste Código.
2.1inquérito policial militar – art 9º ao 28 do cppm
Modos por que pode ser iniciado
Art. 10. O inquérito é iniciado mediante portaria:
a) de ofício, pela autoridade militar em cujo âmbito de jurisdição ou
comando haja ocorrido a infração penal, atendida a hierarquia do
infrator;
b) por determinação ou delegação da autoridade militar superior,
que, em caso de urgência, poderá ser feita por via telegráfica ou
radiotelefônica e confirmada, posteriormente, por ofício;
c) em virtude de requisição do Ministério Público;
d) por decisão do Superior Tribunal Militar, nos têrmos do art. 25;
e) a requerimento da parte ofendida ou de quem legalmente a
represente, ou em virtude de representação devidamente
autorizada de quem tenha conhecimento de infração penal, cuja
repressão caiba à Justiça Militar;
f) quando, de sindicância feita em âmbito de jurisdição militar,
resulte indício da existência de infração penal militar.
2.1inquérito policial militar – art 9º ao 28 do cppm
Providências antes do inquérito
Art. 10, 2º
§ 2º O aguardamento da delegação não obsta que o
oficial responsável por comando, direção ou chefia,
ou aquêle que o substitua ou esteja de dia, de serviço
ou de quarto, tome ou determine que sejam tomadas
imediatamente as providências cabíveis, previstas no
art. 12, uma vez que tenha conhecimento de infração
penal que lhe incumba reprimir ou evitar.
Art. 10, §
3º Se a infração penal não fôr,
evidentemente, de natureza militar,
comunicará o fato à autoridade policial
competente, a quem fará apresentar o
infrator. Em se tratando de civil, menor de
dezoito anos, a apresentação será feita ao
Juiz de Menores.
2.1inquérito policial militar – art 9º ao 28 do cppm
Indícios contra oficial de pôsto superior ou mais
antigo no curso do inquérito.
CARACTERISTICAS DO IPM
04/12/2023
SIGILOSO
Defesa da intimidade;
Interesse social;
Interesse da Justiça.
Art.7º da Lei 8906 de 1994.
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes
Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública
em geral, autos de processos findos ou em
andamento, mesmo sem procuração, quando não
estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça,
assegurada a obtenção de cópias, com possibilidade
de tomar apontamentos;
(Redação dada pela Lei nº 13.793, de 2019)
COMPROMISSO DO ESCRIVÃO
sigilo do inquérito e de cumprir fielmente as diligências
incorrer em crime de violação de sigilo profissional- art.326 do CPM
DESIGNAÇÃO DE ESCRIÇÃO - art. 11 CPPM
caberá ao respectivo encarregado,
se não tiver sido feita pela autoridade;
Art.10 CPP
Regra Geral 10 dias
30 dias
Exceções legislações
especiais
Justiça Economia
Lei de Drogas CPPM
Federal Popular
30 dias- preso 20 dias- preso
15 dias- preso 10 dias-preso
90 dias- solto 40 dias- solto
30 dias- solto 10 dias- solto
Art.51 da Lei Art.20 Dec.Lei
Art.66 da Lei Art.10 da lei
11.343/06 1002/69
5.010/1966 1.521/1951
DILIGÊNCIAS NÃO CONCLUÍDAS – art. 20 §2º , CPPM
encaminhar o IPM
outros documentos ( LAUDOS etc) enviados depois
relatório poderá citar atos que ainda não foram realizados
ATENÇÃO
INIMPUTAVEL, É EXCEÇÃO, NESTE CASO, HÁ NECESSIDADE
DA DENÚNCIA, POIS AO FINAL IRÁ SOFRER Á SENTENÇA
ABSOLUTÓRIA IMPRÓPRIA – MEDIDA DE SEGURANÇA-
art.113 do CPM
INSTAURAÇÃO DE NOVO IPM – art. 25 do CPPM
novas provas do fato
vista da 13º Promotoria Militar
ATENÇÃO
Sumula nº. 524 do STF “Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a
requerimento do Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem
novas provas”.
DEVOLUÇÃO DOS AUTOS DE IPM– art. 26§3º do CPPM
MPM pode:
1.oferecer denúncia- art.30 do CPPM;
2. requisitar diligência- art. 26, I e § único do CPPM;
3. requisitar arquivamento ao Juiz- 397 CPPM- RESE;
4. alegar conflito de atribuição (MP);
5. alegar conflito de incompetência de Juízo- art.398 CPPM- RESE (positivo e
negativo – art. 112 CPPM).
NO ITEM 2 (MPM) e 1 (JUIZ) em ambos os casos o prazo para cumprir a cota será
de 20 dias
SE O JUIZ NÃO RECEBER A
DENÚNCIA?
artigo 397 do CPPM
RESE- artigo 516, alínea d CPPM
QUESTÕES
1. Autuação
2. Portaria de instauração e ordens de serviço iniciais
3. Nomeação de escrivão
4. Compromisso de escrivão
5. Portaria de designação do encarregado
6. Despacho do encarregado
7. Certidão de cumprimento de diligências preliminares
8. Termo de perguntas ao ofendido
9. Termo de qualificação e interrogatório do indiciado
10. Termo de indiciamento formal do investigado
11. Assentada
12. Termo de Inquirição de testemunhas
13. Requisições de pericias
14. Croquis
15. Relatório
Os modelos dos documentos citados acima, bem como uma farta abordagem doutrinária, legal e
jurisprudencial, encontram-se no Manual Técnico de IPM adotado pela Polícia Militar do Estado de
Mato Grosso, disponível no sítio eletrônico da PMMT, na pasta de legislação da PMMT- Corregedoria
Geral.
PARTE PRÁTICA DO IPM
Os modelos dos documentos citados acima, bem como uma farta abordagem
doutrinária, legal e jurisprudencial, encontram-se no Manual Técnico de IPM adotado
pela Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, disponível no sítio eletrônico da PMMT,
na pasta de legislação da PMMT- Corregedoria Geral.
Da Ação Penal Militar e do seu exercício – do Art. 29 ao 33 - CPM
Princípio da obrigatoriedade
É por meio da ação penal que o Estado pede ao juiz que
aplique a lei ao caso concreto. O Ministério Público é o
"dominus litis", ou seja, o senhor da ação penal, pois é
responsável por intentá-la. Note-se que o Ministério
Público não tem disponibilidade da ação, isto é, ele é
obrigado a promover a ação penal face a existência dos
elementos de convicção fornecidos pelo inquérito policial.
PROMOÇÃO DA AÇÃO PENAL
A Ação Penal Militar - consiste em "invocar a jurisdição do juiz, a fim
de que o Poder Judiciário aplique o direito objetivo a determinado
caso concreto. (Lições de Processo Penal Militar - José da Silva
Loureiro Neto, Ed. Saraiva, pág. 12, São Paulo, 1992).
"Art. 121- A ação penal somente pode ser promovida por denúncia do
Ministério Público da Justiça Militar" - Código Penal Militar.
"Art. 29- A ação penal é pública e somente pode ser promovida por
denúncia do Ministério Público Militar" - Código de Processo Penal
Militar.
CAPÍTULO ÚNICO
DO FÔRO
MILITAR
Foro competente para o julgamento de crimes considerados militares,
os quais podem ser praticados por militares ou por civis.
Vimos que a Constituição Federal, prevê em seu artigo 124, a
competência da Justiça Militar Federal.
Tanto o art. 124, quanto o art. 125, da CF/88 se referem aos crimes
militares definidos em lei, sendo que os mesmos estão previstos no
Código Penal Militar, no Art. 9°, Crimes Militares em Tempo de Paz, e
no Art. 10, Crimes Militares em Tempo de Guerra, e são estas
circunstâncias que definem a competência do Foro Militar.
Exercício do direito de representação
Informações
§ 1º As informações, se escritas, deverão estar devidamente
autenticadas; se verbais, serão tomadas por termo perante o
juiz, a pedido do órgão do Ministério Público, e na presença
deste.
Requisição de diligências
§ 2º Se o Ministério Público as considerar procedentes, dirigir-
se-á à autoridade policial militar para que esta proceda às
diligências necessárias ao esclarecimento do fato, instaurando
inquérito, se houver motivo para esse fim.
Do Processo Penal Militar em Geral Do Art. 34 ao Art. 35 do CPPM
PREVENTIVAS
E
ASSECURATÓRIAS –
Os objetos da busca
prender criminoso;
apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;
instrumentos de falsificação;
apreender armas e munições, instrumentos utilizados no crime;
descobrir objetos necessários à prova de infração ou defesa do réu;
apreender pessoas vítimas de crime;
coletar qualquer elemento de convicção.
ESPÉCIE DE BUSCA
domiciliar – art. 5º, XI, CF, c\c art. 171, 173 e 174 CPPM;
pessoal – art. 180 a 184 do CPPM;
busca domiciliar poderá ser executada (domingos e feriados) – art.3º CPPM c/c art.
797 do CPP;
Escritório de Advogado?
Art. 7º, inciso II do Estatuto da OAB, garante a inviolabilidade de
seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos
de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e
telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia;
Art. §6º Estatuto – autoriza a quebre por determinação judicial;
Domiciliar – 172 do CPPM
presença do morador – art.179 inciso I, CPPM
ausência do morador – art. 179 inciso II, CPPM
casa desabitada – art. 179 inciso III, CPPM
rompimento de obstáculos- art. 179 § 1º, CPPM
reposição das coisas- art. 179 § 2º, CPPM
ATENÇÃO
ESPÉCIE DE PRISÕES
2.3 civil
prisão civil – não se aplica mais no Brasil devido a Convenção Americana de
Direitos Humanos reconheceu o r. tratado como norma supralegal, exceto
devedor de alimentos;
2.3 cautelar (processual ou provisória)
é aquela prisão decretada antes do trânsito e julgado de sentença penal
condenatória com objetivo de assegurar a eficácia das investigações;
medida caráter excepcional;
não pode ser utilizada para satisfazer os interesses da mídia ou da população;
1. Garantia da ordem pública- impedir que o agente solto continue a delinquir ou, ainda,
acautelar o meio social e garantir a credibilidade da justiça, em crimes que provoquem
grande clamor popular ;
Obs: Não há prazo do encarceramento ..... Poderá ser revogada a qualquer tempo
pelo Juiz que decretou....
ATENÇÃO
Vedada a decretação da prisão preventiva quando o fato praticado pelo militar se
enquadrar nos casos previstos artigo 258 CPPM “ nas hipóteses do art. 35, 38, 39
e 42 do CPM”
Artigo 35- erro de direito
Artigo 38- coação Irresistível
Artigo 39 – estado de necessidade, como excludente de culpabilidade
Artigo 42 – excludente de Crime
Requisitos da Prisão Preventiva do ( código de processo penal)
será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida
cautelar (art. 319)”.... (art. 282, § 6º, do CPP).
a) os requisitos legais;
b) os pressupostos;
c) os fundamentos.
O pedido deve ser fundamentado de acordo com artigo 254 e 255, sendo
que o Juiz poderá entender por desnecessidade da prisão com base no
artigo 257, como também poderá decretar sua revogação, conforme artigo
259 todos do CPPM.
Prisão Temporária - (Não se aplica nos crimes militares)
prisão cautelar de natureza processual destinada a possibilitar as investigações a
respeito de crimes graves, durante o inquérito policial. (Lei nº 7.960/89).
O militar que praticar um dos crimes capitulados nos artigos 232 a 237 do Código
Penal Militar não poderá sofrer qualquer limitação com base na lei 8.072/1990 por
falta de previsão legal, uma vez que o legislador se esqueceu da existência da
Justiça Militar.
e) o Advogado, por motivo de exercício da profissão - (Lei nº. 8906, art. 7º,
§3º).
Rol de crimes INAFIANÇAVEIS- art. 323 CPP
- Art. 323. Não será concedida fiança: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011).
I - nos crimes de racismo; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins,
terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; (Redação dada pela Lei
nº 12.403, de 2011).
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a
ordem constitucional e o Estado Democrático; (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).
Lei crimes Hediondos: 8.072 de 25Jul90.
Flagrante esperado
a Polícia é informada da possibilidade de ocorrência do delito, dirige até o local
e aguarda sua execução (Legal).
ATENÇÃO
ATENÇÃO
Em caso de não poder ser nomeado um escrivão militar será procedido da
forma prevista no §5º do mesmo artigo “Na falta ou impedimento de
escrivão ou das pessoas referidas no parágrafo anterior, a autoridade
designará, para lavrar o auto, qualquer pessoa idônea, que, para esse
fim, prestará o compromisso legal”.
- Ex. a voz de prisão será formalizada no termo, bem como nos casos em que
o preso for recapturado será ratificada a voz de prisão.
Quanto ao direito do preso
Atenção
Testemunhas policiais é válido segundo
jurisprudência do STJ
HC nº. 138.655/SP, 5ºTurma, Rel Min. Laurita Vaz,
DJ 28.06.11
04/12/2023
Recibo do preso- artigo 237, §único, CPPM
contendo dia, hora e lugar da prisão;
controle de entrada de preso na UPM;
evita receber preso sem formalidade legal;
comprimento de diligências;
vistas do MP, que poderá também requisitar diligências;
Da Liberdade Provisória
Art. 5º, inciso LXVI, CF, diz que: “ninguém será levado à prisão
ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória,
com ou sem fiança”.
se o crime militar for praticada amparada pelos artigos 35, 38, 40, 39 e 42
CPM;
artigo 270 do CPPM- Regra Geral – Não será preso o autor que cometer o
crime e sua pena:
Artigos: 157, 160, 161, 162, 163, 164, 166, 173, 176, 177,
178, 187, 192, 235, 299 e 302, do Código Penal Militar.
ORGANOGRAMA – SUJEITO ATIVO E PASSIVO DE APFD
sujeito
passivo
•Menores de 18 anos
•Presidente da
exceção (regras República
especiais) •Magistrados etc..
ORGANOGRAMA – FASE ADMINISTRATIVA
realizam-se as
procede a autoridade à comunicações ao Juiz,
•concluídas as oitivas,
oitiva do condutor, das MPM, e a família do
a autoridade lavra o
testemunhas, da vítima preso ou pessoa por ele
auto e reúne em
e ao interrogatório do indicada, e o local em
âmbito todos os
preso, em termo que se encontra art.
depoimentos.
próprio- art.245 CPPM 5º,LXII, da CF e 306,§1º
CPP
Em prazo que não pode exceder a 24horas da efetivação da prisão, deverá a autoridade que
presidiu a lavratura do auto:
1. Encaminhar os autos à 11ºV.E.J.M.E, caso não concluso e depender de diligencias 05 dias.
2. Encaminhar cópia dos autos à Defensoria Pública,04/12/2023
se o indiciado não constituir defensor,
182
art.306,§2º, do CPP c\c art. 3º , letra “a” do CPPM
3. Entregar a Nota de Culpa ao indiciado- art. 247 CPPM
ORGANOGRAMA – FASE JUDICIAL
1. Autuação
2. Portaria encarregado – designação de escrivão
3. Compromisso escrivão
4. Nota de ciências garantias constitucionais
5. Despacho inicial- se não tiver sido feito na portaria do encarregado
-Recibo de preso
-Ofício de informação juiz
-Solicitação extrato de alteração
-Informação ao cmt do preso
10. Relatório
11. Remessa
11. REMESSA
Lugar da menagem
Art. 264. A menagem a militar poderá efetuar-se no lugar em que residia
quando ocorreu o crime ou seja sede do juízo que o estiver apurando, ou,
atendido o seu pôsto ou graduação, em quartel, navio, acampamento, ou em
estabelecimento ou sede de órgão militar. A menagem a civil será no lugar da
sede do juízo, ou em lugar sujeito à administração militar, se assim o
entender necessário a autoridade que a conceder.
Audiência do Ministério Público
§ 1º O Ministério Público será ouvido, prèviamente, sôbre a concessão da menagem, devendo emitir
parecer dentro do prazo de três dias.
Pedido de informação
§ 2º Para a menagem em lugar sujeito à administração militar, será pedida informação, a respeito da sua
conveniência, à autoridade responsável pelo respectivo comando ou direção.
Cassação da menagem
Art. 265. Será cassada a menagem àquele que se retirar do lugar para o qual foi ela
concedida, ou faltar, sem causa justificada, a qualquer ato judicial para que tenha sido
intimado ou a que deva comparecer independentemente de intimação especial.
Menagem do insubmisso
Art. 266. O insubmisso terá o quartel por menagem, independentemente de decisão
judicial, podendo, entretanto, ser cassada pela autoridade militar, por conveniência de
disciplina.
Cessação da menagem
Art. 267. A menagem cessa com a sentença condenatória, ainda que não tenha passado
em julgado.
Parágrafo único. Salvo o caso do artigo anterior, o juiz poderá ordenar a cessação da
menagem, em qualquer tempo, com a liberação das obrigações dela decorrentes, desde
que não a julgue mais necessária ao interêsse da Justiça.
OCORRÊNCIA HÍBRIDA
Militar + Não Militar
providencias- artigo 12 do CPPM
registrar B.O na Depol;
lavrar APFD, se for o caso;
baixar Portaria de IPM, se for crime militar;
instaurar Processo Administrativo se for, infração disciplinar;
ATENÇÃO:
Independente de apuração de crime, autoridade poderá, desde já instaurar Processo
Administrativo Disciplinar ou ao final da investigação se assim o fato necessitar de
melhor esclarecimento;
OBSERVÂNCIA EM SEDE DE IPM- Art. 301 do CPPM
artigo 12 + artigo 13 alínea “a” do CPPM
I - Ouvir o ofendido – art. 311 do CPPM c\c art. 201 do CPP + p.99 do Manual de
IPM (Termo de Pergunta ao Ofendido);
qualificação
tomar sua declaração
perguntar sobre as circunstâncias da infração
quem seja ou presuma ser seu autor do crime
provas que possam indicar
ATENÇÃO
não presta compromisso de dizer a verdade – art.313 do CPPM
sujeito ao crime denunciação caluniosa – art. 339 do CP (civil) art. 343 do CPM
(militar);
condução coercitiva – art.311 §único do CPPM-determinada pela autoridade
judiciária militar, apenas não sofrerá multa.
OBS: Se ofendido for membro do MP ou Juiz- arts. 40, I, da Lei n. 8.625/93, e
33, I, da Lei Complementar n. 35/79- deverá previamente agendar, hora , dia e
local p colher a declaração;
II - Qualificar e interrogar o indiciado - artigos 302 e 306 do CPPM- pag. 101 Manual
de IPM
DIRETO
Indiciamento direto ocorre quando o indiciado está presente, a regra geral é que o
indiciamento seja feito na presença do investigado;
INDIRETO
ocorre quando o indiciado está ausente, estando em local incerto e não sabido, ou
quando devidamente notificado não comparece para ato de indiciamento;
ATENÇÃO
Requisitos de Validade
prestar diante de autoridade competente
livre e espontânea e expressa
versar sobre o fato principal
verossímil
ter compatibilidade e simetria com as demais provas (STF, DJU, 5 jun. 1992, p.
8430). P.553 Fernando Capez- 2018
retratável e divisível
sem prejuízo de outras provas dos autos
Obs: A confissão, sobretudo, não terá valor algum quando prestada unicamente na fase
de inquérito (ou administrativa), se não confirmada perante o juiz. (Eugênio Pacelli- CPP
2018, p. 333).
TESTEMUNHAS -art. 347 a 369 do CPPM, pag. 107 Manual de IPM