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ESTADO DE MATO GROSSO

POLÍCIA MILITAR
DIRETORIA DE ENSINO INSTRUÇÃO E PESQUISA
ESCOLA SUPERIOR DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE
PRAÇAS
32º CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS - CFSD

DIREITO PENAL MILITAR


Cursos Civis
 Pós Graduando em Direito Penal e Processual Penal Comum pela
Escola Superior do MPMT – 2023
 Especialista em Direito Penal e Processual Penal Militar – 2019
 Tecnólogo em Gestão de Polícia Ostensiva – 2019
 Tecnólogo em Segurança Pública – 2017
 Especialista em Processo civil – 2011
 Bacharel em Direito – 2011
 Licenciatura em Matemática UFMT – 2002
Cursos Militares
 CFSD/CFC/CFS/CAS/CHOA
 CFSD - FA
APRESENTAÇÃO

EMENTA:

PROCESSUAL PENAL MILITAR


DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR
Da Lei de Processo Penal Militar e da sua Aplicação –
do art. 1º ao art. 6º

Fontes de Direito Judiciário Militar

Aplicação subsidiária

Interpretação Literal

Interpretação extensiva ou restritiva

Suprimento dos casos omissos

Aplicação à Justiça Militar Estadual


DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR
Da Polícia Judiciária Militar – do
art. 7º ao art. 8º

Exercício da polícia judiciária


militar

Delegação do exercício

Competência da Polícia
Judiciária Militar
04/12/20 6
23
7
8
As Justiças Militares no Brasil, hoje, integram o
Poder Judiciário.
• Não se tratam de “cortes marciais”.
Constituição de 1991:
Art 77 - Os militares de terra e mar terão foro especial nos delitos
militares.
§ 1º - Este foro compor-se-á de um Supremo Tribunal Militar, cujos
membros serão vitalícios, e dos conselhos necessários para a formação
da culpa e julgamento dos crimes.
§ 2º - A organização e atribuições do Supremo Tribunal Militar serão
reguladas por lei.
Art 78 - A especificação das garantias e direitos expressos na
Constituição não exclui outras garantias e direitos não enumerados, mas
resultantes da forma de governo que ela estabelece e dos princípios que
consigna.
Constituição de 1934:
Art 63 - São órgãos do Poder Judiciário:
a) a Corte Suprema;
b) os Juízes e Tribunais federais;
c) os Juízes e Tribunais militares;
d) os Juízes e Tribunais eleitorais.
Constituição de 1937:
Art 90 - São órgãos do Poder Judiciário:
a) o Supremo Tribunal Federal;
b) os Juízes e Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios;
c) os Juízes e Tribunais militares.
Constituição de 1946:
Art. 94 - O Poder Judiciário é exercido pelos seguintes órgãos
(Redação dada pelo AI n 2):
I - Supremo Tribunal Federal;
II - Tribunal Federal de Recursos e Juízes Federais;
III - Tribunais e Juízes Militares;
IV - Tribunais e Juízes Eleitorais;
V - Tribunais e Juízes do Trabalho.
Constituição de 1967:
Art 107 - O Poder Judiciário da União é exercido
pelos seguintes órgãos:
I - Supremo Tribunal Federal;
II - Tribunais Federais de Recursos e Juizes Federais;
III - Tribunais e Juízes Militares;
IV - Tribunais e Juízes Eleitorais;
V - Tribunais e Juízes do Trabalho
Constituição de 1967 (com a EC de 1969):
Art. 112. O Poder Judiciário é exercido pelos seguintes órgãos:
I - Supremo Tribunal Federal (Redação dada pela EC 7/77);
II - Conselho Nacional da Magistratura (Redação dada pela EC 7/77);
III - Tribunal Federal de Recursos e juízes federais (Redação dada pela
EC 7/77);
IV - Tribunais e juízes militares (Redação dada pela EC 7/77);
V - Tribunais e juízes eleitorais (Redação dada pela EC 7/77);
VI - Tribunais e juízes do trabalho (Redação dada pela EC 7/77);
VII - Tribunais e juízes estaduais (Redação dada pela EC 7/77).
Constituição de 1988:
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e
Territórios.
• As Justiças Militares no Brasil, hoje, integram o
Poder Judiciário.
• As Justiças Militares Estaduais tiveram uma
peculiaridade:
• Atentem para a Súmula 297, de 13 de dezembro de
1963, editada sob a égide da Constituição Federal de
1946, segundo a qual “Oficiais e praças das milícias
dos estados no exercício de função policial civil não
são considerados militares para efeitos penais,
sendo competente a justiça comum para julgar os
crimes cometidos por ou contra eles”.
• Pelo conteúdo da súmula supracitada, era muito
clara a limitação da lei penal militar aos militares
dos Estados, havendo uma predisposição a
considerá-los civis quando na função de policiamento ostensivo.
• Essa visão permaneceu intacta com a edição do
atual Código Penal Militar, em 1969, até que em 1977,
com a chegada do “Pacote de Abril”, conjunto de
• Com efeito, a redação da Constituição Federal de 1946,
que delimitou o cenário inaugural da Súmula em
comento, consignava no inciso XII do art. 124 que a
“Justiça Militar estadual, organizada com
observância dos preceitos gerais da lei federal (art.
5º, n. XV, letra f ), terá como órgãos de primeira
instância os Conselhos de Justiça e como órgão de
segunda instância um Tribunal especial ou o Tribunal
de Justiça”, nada mencionando acerca da competência,
favorecendo, pois, a visão restritiva do STF.
• A Constituição Federal de 1967, mesmo com a Emenda
Constitucional n. 1, de 17 de outubro de 1969, ao tratar das
Justiças Estaduais, continuou sendo muito abrangente para o
foro castrense no âmbito dos Estados, visto que a alínea d do
§ 1º do art. 144 dispunha apenas que a Justiça Militar
estadual era constituída em primeira instância pelos Conselhos
de Justiça e que tinham como órgãos de segunda instância o próprio
Tribunal de Justiça, ainda arrimando a prevalência da
• Ocorre que, em 13 de abril de 1977, pela Emenda
Constitucional n. 7 (“Pacote de Abril de 1977”), esse
dispositivo constitucional ganhou nova redação, agora
mencionando que a Justiça Militar estadual,
constituída em primeira instância pelos Conselhos de
Justiça, e, em segunda, pelo próprio Tribunal de
Justiça, possuía competência para processar e julgar, nos crimes
militares definidos em lei, os integrantes das polícias militares,
fazendo com que a Súmula em questão perdesse sua
razão de existência.
• A Constituição Federal de 1988 manteve a competência de
julgamento das Justiças Militares dos Estados em sua redação,
agora no § 4º do art. 125, que não sofreu restrição,
salvo no crime doloso contra a vida de civil, com o
advento da Emenda Constitucional n. 45, de 8 de
dezembro de 2004, podendo-se afirmar, com absoluta
certeza, que a Súmula 297 do Pretório Excelso não mais vige,
embora, não raramente, alguns desavisados façam
Constituição Federal de 1988:
Art. 122. São órgãos da Justiça Militar:
I - o Superior Tribunal Militar;
II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.
Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios,
nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado
Federal, sendo três dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais
do Exército, três dentre oficiais-generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais
elevado da carreira, e cinco dentre civis.

Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República


dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, sendo:

I - três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez
anos de efetiva atividade profissional;
II - dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público
da Justiça Militar.
Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares
definidos em lei.
Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência
da Justiça Militar. LOJMU – 8457/92
Constituição Federal de 1988:
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os
princípios estabelecidos nesta Constituição:
[...]
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do
Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída,
em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos
de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de
Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em
que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os
militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei
e as ações judiciais contra atos disciplinares militares,
ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil,
cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do
posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar
e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra
civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares,
Justiças Militares
Justiça Militar da União: julga qualquer pessoa nos crimes
militares federais (art. 124 da CF).
1ª Instância: 12 CJM com suas Auditorias (Lei n. 8.457/92).
2ª Instância: STM com 15 Ministros.

Justiças Militares Estaduais: julga os militares dos Estados e


do DF, nos crimes militares definidos em lei (art. 125, § 4º da
CF), ressalvada a competência do Júri, quando a vítima for
civil, e nas ação judiciais contra atos disciplinares e vítimas
civis será o juiz de direito do juízo militar monocraticamente
quem julga.

1ª Instância: Auditorias (todos os Estados e o DF possuem).


2ª Instância: TJM (os Estados com mais de 20.000 militares
podem criar por lei – art. 125, § 3º da CF).
TJMSP – TJMRS - TJMMG
CICLO DE POLÍCIA
Polícia Administrativa (“Preventiva”):

Interesse da União: fronteira, GLO, Defesa Civil etc.


Interesse estadual: ostensiva, Defesa Civil etc.
Interesse municipal: Defesa Civil, sanitária etc.

Polícia Judiciária (“Repressiva”):

Interesse da União: Comum: Polícia Federal


Militar: Forças Armadas

Interesse Estadual: Comum: Polícia Civil


Militar: Polícias Militares e CBM
Poder jurisdicional
 é uma atividade exercida, exclusiva (UNA), dos Juízes, com a
finalidade de:
aplicação da lei;
solucionar conflitos;
aplicação da justiça no caso concreto.

 objeto da Jurisdição (matéria)


jurisdição penal;
jurisdição civil;
jurisdição trabalhista;
Jurisdição eleitoral; Justiça
Jurisdição militar; Especializada
ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICÁRIO

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:

I - o Supremo Tribunal Federal (art. 102, CF/88);

I-A o Conselho Nacional de Justiça (art. 103-B, §4º, CF/88);

II - o Superior Tribunal de Justiça (art. 104 e 105, CF/88);

III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais (arts.106


a 110, CF/88);
ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICÁRIO

IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho (arts.111 a 117, CF/88);

V - os Tribunais e Juízes Eleitorais (arts. 118 a 121, CF/88);

VI - os Tribunais e Juízes Militares (art. 122 a 126, CF/88)

VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e


Territórios (art.125, CF/88).
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA BRASILEIRA
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Guardião da CF- art. 102 da CF

STJ TST TSE STM

TRT TRE
Justiça Justiça
Federal Estadual
TRF TJ ou TJM Juízes
Juízes Juízes
do
Eleitorais Militares
Trabalho

Tribunal
Juízes de júri
Federais Justiça militar
Juízes Estadual
Estaduais 04/12/2023
1.2 JUSTIÇA MILITAR (UNIÃO)

Previsão Legal: arts. 92, VI, 122 ao 124 da CF.


Organização: Lei nº 8.457, de 04.09.1992.(Regula a JMU, e seus serviços)

 Conforme Artigo 1º, I ao IV da Lei nº 8.457, de 04SET92.

 A Justiça Militar Federal integra o Poder Judiciário, tendo os seguintes


órgãos: Superior Tribunal Militar, Corregedoria da Justiça Militar, Juiz
Corregedor Auxiliar. Juízes Federais da Justiça Militar e Juízes Federais
Substitutos e os Conselhos de Justiça. (Redação dada pela Lei nº
13.774/2018)

Justiça Militar da União


Exército, Marinha e Aeronáutica
SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

AUDITORIA DE CORREIÇÃO

1ª 2ª 3ª 4 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª


RJ S R ª PR BA PE PA MS CE DF AM
ES P S M SE RN AP MT PI GO AC
G SC PB MA TO RR
AL RO

CONSELHO DE JUSTIÇA

ESPECIAL PERMANENTE

JUÍZES FEDERAIS E SUBSTITUTOS E JUÍZES


MILITARES
CONTINUAÇÃO (JMU)
1.2.1 JUSTIÇA MILITAR (ESTADUAL)

Previsão Legal:
arts. 125, § 3º, 4º e 5º, CF (Constituição Federal)
arts. 91, IV e 101, §único, CE (Constituição Estadual MT)
 art.17, do COJE-MT (Código de Organização Judiciária de Mato Grosso).

COJE
Art. 17. São órgãos do Poder Judiciário do Estado:
(....)
V - Conselhos de Justiça Militar Estadual;
(....)
COMPOSIÇÃO

art. 125, §3º, CF e art. 44, I , II e §único do COJE.

Jurisdição de 1º grau da Justiça Militar Estadual (11º VEJME)

 01 (um) Juiz Auditor – alterado EC n.45/04 p/ 01 (um) Juiz de Direito.

ESPECIAL

CONSELHO DE
JUSTIÇA

PEMANENTE
Conselho Especial
01(um) juiz direito
04(quatro) Juízes Militares, mais antigo que o Réu ou Acusado

É formado p/ cada processo,


processa e julgar Oficiais,
Militares Estaduais, art. 42, CF,
PM ou BM
Conselho Permanente
01(um) juiz direito
04 (quatro) Juízes Militares, dentre os quais um Oficial
Superior. (redação dada pela Lei nº 13.774/2018)

É formado para processar e julgar vários


processos das Praças, Militares Estaduais,
art. 42, CF, PM ou BM
Escolha dos Juízes Militares - art. 48 COJE.

O Comandante Geral, trimestralmente, enviará à Vara


Especializada da Justiça Militar Estadual uma relação
de Oficiais da Ativa.
•Sorteio
Oficiais que não serão incluídos na relação - art. 48, §1º e 2º, do COJE.

Oficiais da Casa Militar


Secretários de Estado
Assistentes Militares
Ajudantes de Ordem
Estado Maior
Gabinete do Comandante Geral
Professores
Alunos dos cursos de formação, especialização e aperfeiçoamento
Jurisdição de 2º Grau – Tribunal de Justiça Mato Grosso

30 (trinta) Desembargadores .


 09 (nove) Câmaras, sendo:
03 (três) criminais e
06 (seis) civis.
 01 (um) Presidente
01 (um) vice- presidente
01 (um) Corregedor
CRIAÇÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR
ESTADUAL art.125 §3º, CF/88.

ATENÇÃO

 Os Estados com + de 20 mil integrantes (militares estaduais),


poderá ser criada mediante proposta do TJ, ou TJME.

ATENÇÃO

 Atualmente somente os Estados de SP, RS e MG, possuem


TJM.
Os Estados que já possuem efetivo + 20 mil homens –
PM + BM- arts. 42 ,144, V, e §6º , CF.

ATENÇÃO

RIO DE JANEIRO, PARANÁ, BAHIA E


PERNANBUCO

POR QUE NÃO FOI CRIADO TJM?

DEPENDE DE DECISÃO POLÍTICA


Competência da Justiça Militar Estadual – art. 125 § 4º,
CF.
Compete à Justiça Militar do Estado o processo e julgamento “dos
crimes militares, definidos em lei, praticados pelos policiais e
bombeiros militares do Estado. Art. 125 § 4º, CF”.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL

TJM – 2º Grau de Jurisdição

1 AJME- 2 AJME 3 AJME 4 AJME DCPEC


1º Grau 1º Grau 1º Grau 1º Grau 1º Grau

D C P E C- Juízo da Auditoria da Distribuição de 1ª Instância, dos Serviços


de Correição Permanente e de Execuções Criminais .
Composição do TJME – 07 JUÍZES – art.10 RI- JME-SP

04 (quatro) juízes militares (coronéis da ativa da Polícia Militar).


03 (três) juízes civis 01 (um) juiz da carreira da magistratura militar), 01
(um) do quinto constitucional (Ministério Público) e 01 (um) do quinto
constitucional (OAB).
TJM-SP- COMPOSIÇÃO - Regimento Interno - art.10 RI- JME-SP

02 (duas) Câmaras

Cada Câmara é composta de 03 (três) juízes, de forma mista

Como são 07 (sete) Juízes


01(um) exercerá a função de Presidente do Tribunal de Justiça
Militar

Competência –art. 11 R.I TJMSP


COMPOSIÇÃO- AUDITORIA DA JME-SP- JUÍZES DE 1º GRAU- BASE ou 1º
INSTÂNCIA

1º Auditoria

01(um) Juiz de Direito- art.208 RI


04 (quatro) Militares Estaduais (Oficiais)
1.3 Processo penal

 Processo Penal é um corpo de normas jurídicas cuja a finalidade é regular o


modo, os meios de punir do Estado, realizado por intermédio do Poder
Judiciário.

“é um conjunto de princípios e normas que disciplinam a


composição das lides penais por meio da aplicação do direito
penal militar”. (AVENA)

“conjunto de atos ordenados, estabelecedores de uma


relação jurídica entre sujeitos, que buscam pôr termo a uma lide
penal militar” (COIMBRA)
1.3.1 PROCESSO PENAL MILITAR

Processo Penal Militar: “é conjunto de princípios e normas que regulam a


aplicação jurisdicional do direito penal militar, acondicionam ainda as
atividades de Polícia Judiciária Militar”. (COIMBRA)

ATENÇÃO

O Estado possui o monopólio da


Administração da Justiça, tendo a
Constituição Federal, estabelecido o princípio
do devido processo legal, onde aduz que
“ninguém será privado de sua liberdade ou de
seus bens sem o devido processo legal”.
Art.5º, LIV,CF.( AVENA);
Processo x procedimento

Processo é a seqüência de atos coordenados num só caderno, praticados


pelos órgãos judiciários e pelas partes, necessários à produção de um
resultado final, que é a concretização do direito, é através deste que se cumpre
a função jurisdicional (dita o direito).

Procedimento é a forma de exteriorização dos atos do processo, sendo um


conjunto de normas que estabelecem as condutas a serem observadas no
desenvolvimento da atividade processual pelos sujeitos do processo:
Juiz
Ministério Público
 Réu.
Juiz Militar

MPM Réu

Ordem dos atos: Citação, interrogatório etc.


A forma dos atos: Ata de instalação, auto de qualificação e interrogatório
etc.
Lugar dos atos: 11ºV.E.J.M. E- Cuiabá-MT
Prazos: Notificação, intimação etc.
Autos do Processo é a materialização do processo, identidade física do
processo.

Autos é conjunto ordenados das peças de um processo judiciário ou


administrativo, escrito, registrado e autenticado. Em suma, trata-se do
conjunto material das peças do processo.

O processo é um instrumento a serviço da paz social, visa evitar e eliminar


conflitos entre as pessoas.
1.4 Finalidade do processo penal militar

O direito
processual
O exercício do penal militar
Jus Puniendi é institui o
O Estado é titular limitado pelo processo
do Jus Puniendi Direito criminal como
Processual instrumento
Penal Militar por meio do
qual o Estado
exerce o Jus
Puniendi
Direito de
Punir
CPM + CPPM

Li
Crime Militar Investigação
Absolvido

Processo
IPM
APFD Criminal de
IPD Jurisdição
OUTROS Militar
DOCUMENTOS

condenado
LIVRO I

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO

DA LEI DE PROCESSO PENAL


MILITAR E DA SUA APLICAÇÃO
É o ramo do Direito Público
interno que estuda os princípios e
regras, que regulam a satisfação
da persecução penal (fase
investigatória e fase processual),
no que diz respeito as infrações
(crimes) militares, visando a
aplicação das normas
estabelecidas no CPPM para a
apuração dos atos processuais,
relacionadas aos crimes militares.
Fontes de Direito Judiciário Militar
Art. 1º O processo penal militar reger-se-á pelas
normas contidas neste Código, assim em tempo de
paz como em tempo de guerra, salvo legislação
especial que lhe fôr estritamente aplicável.
Divergência de normas
§ 1º Nos casos concretos, se houver divergência
entre essas normas e as de convenção ou tratado
de que o Brasil seja signatário, prevalecerão as
últimas.
Aplicação subsidiária
§ 2º Aplicam-se, subsidiàriamente, as normas
dêste Código aos processos regulados em leis
especiais.
Fontes de Direito Judiciário Militar
Art. 3º Os casos omissos neste Código
serão supridos:
a) pela legislação de processo penal
comum, quando aplicável ao caso concreto
e sem prejuízo da índole do processo penal
militar;
b) pela jurisprudência;
c) pelos usos e costumes militares;
d) pelos princípios gerais de Direito;
e) pela analogia.
FONTE MATERIAL: É a fonte de produção
da norma, ou seja, o órgão ou o ente
encarregado de criar o direito processual
penal militar:
União, art. 22, I da CF/88.

FONTE FORMAL: É a fonte de revelação, ou


seja, a forma de exteriorização do direito
processual penal:
Imediata;
Mediata.
FONTE FORMAL IMEDIATA:
Lei: Única capaz de criar infrações penais e cominar
penas (princípio da Legalidade e Reserva Legal);
Constituição Federal: Apesar de não criar infrações,
revela o direito processual penal, na medida em que
protege determinados temas. Ex.: Vedação - as
provas ilícitas; Vedação - Juízo ou Tribunal de
exceção; Vedação as penas - de caráter perpétuo;
de trabalhos forçados; de banimento; cruéis;
Tratados e Convenções Internacionais: Também não
cria infrações, mas são fonte (Direitos Humanos);
Jurisprudência: Súmulas Vinculantes,
interpretações;
Princípios: Podem levar à Absolvição e reduções.
Art. 3º Os casos omissos neste Código
serão supridos:
a) pela legislação de processo penal
comum, quando aplicável ao caso concreto
e sem prejuízo da índole do processo penal
militar;
b) pela jurisprudência;
c) pelos usos e costumes militares;
d) pelos princípios gerais de direito;
e) pela analogia.
FONTE FORMAL MEDIATA:
Doutrina: Estudos científicos desenvolvidos por
juristas para melhor compreensão das normas.

FONTE INFORMAL:
Costumes: Apresenta-se como elemento de
interpretação. Ex.: repouso noturno como
aumento de pena no crime de furto (Art. 240,
§ 4º - CPM)
Não cria crimes. Poderia abolir crimes? Jogo do
bixo, Lei seca, Estupro de Vulnerável
“consentido”: prevalece que não!
CPPM x CPP

*Possibilidade de aplicação das


medidas cautelares do CPP (Art. 319,
I ao IX), pois no âmbito do processo
no CPPM, as cautelares *Prisão
preventiva e menagem e
Liberdade Provisória.
*Teorias da vedação da utilização
das provas ilícitas por derivação e
suas limitações.
*Citação por hora certa, dentre
outras possibilidades.
Obs. Art. 1º, § 1º do CPPM
Ex.: Art. 77, h do CPPM – prevê a quantidade de até 06
testemunhas como um dos requisito da denúncia.
No § 2º do Art. 417 do CPPM, prevê para a defesa a
possibilidade de indicação de até 03 testemunhas.
Tal situação, em tese causaria uma desproporcionalidade
entre defesa e acusação, porém, na prática as
testemunhas da defesa podem ser arrolada na mesma
proporção da acusação.
Tal observação advém principalmente da observação do
PRINCÍPIO DA PARIDADE DE ARMAS, insculpido no
Pacto de São José da Costa Rica (Promulgado pelo
Decreto nº 678, de 6 de novembro de 1992).
É a Regra mais utilizada e está
estabelecida no Art. 2º caput do
CPPM: É aquela em que o
intérprete se utiliza do
significado literal dos termos
Interpretação literal
Art. 2º A lei de processo penal militar deve ser
interpretada no sentido literal de suas expressões.
Os termos técnicos hão de ser entendidos em sua
acepção especial, salvo se evidentemente
empregados com outra significação.
Tem o objetivo de reduzir um
pouco a subjetividade na
interpretação da norma. A lei
penal tem a possibilidade de
cominar sanções graves – de
modo que faz sentido a
preocupação em evitar
interpretações arbitrárias.
Apesar da preocupação em utilizar como base a
interpretação literal da norma em estudo, o
legislador abre a possibilidade de que seja realizada
interpretação extensiva ou restritiva, nos casos
em que for manifesto que a intenção da lei irá
necessitar desses recursos para ser alcançada.
Traduzindo: Em alguns casos, a interpretação literal
não será suficiente para alcançar a vontade da lei (o
que o legislador queria quando editou a norma
jurídica).
Nesses casos, pode-se utilizar da interpretação
extensiva ou restritiva, para ampliar ou restringir o
alcance da norma, e permitir que o efeito adequado
seja alcançado.
Interpretação extensiva ou restritiva
§1º Admitir-se-á a interpretação extensiva ou a
interpretação restritiva, quando for manifesto, no
primeiro caso, que a expressão da lei é mais estrita e,
no segundo, que é mais ampla, do que sua intenção.
Casos de inadmissibilidade de interpretação não literal
§ 2º Não é, porém, admissível qualquer dessas
interpretações, quando:
a) cercear a defesa pessoal do acusado;
b) prejudicar ou alterar o curso normal do processo,
ou lhe desvirtuar a natureza;
c) desfigurar de plano os fundamentos da acusação
que deram origem ao processo.
Restritiva: quando a lei possui
palavras que ampliam a vontade da
lei, e acabe à interpretação reduzir
esse alcance.

Extensiva: quando a lei carece de


amplitude, ou seja, diz menos do que
deveria dizer, devendo o intérprete
verificar qual os reais limites da
norma.
O CPPM é utilizado para permitir a aplicação do
Direito Penal Militar ao caso concreto (pois é um
código procedimental). Define alguns dos CRIMES
MILITARES e os casos em que crimes comuns irão
constituir CRIMES MILITARES, possui suas fontes
aplicáveis em conjunto com o CPPM, e modo de
interpretação e quais os procedimentos que devem
ser feito caso o CPPM seja omisso em algum
ponto. Para complementar o estudo da Aplicação
da Lei Processual Penal Militar, é necessário
aprender duas coisas importantíssimas:
• QUANDO posso aplicar o CPPM.
• ONDE posso aplicar o CPPM.
O CPPM faz uma divisão peculiar,
para tempos de paz e tempos de
guerra. Isso acontece pois existem
crimes previstos no Código Penal
Militar que só podem ser praticados
em tempo de guerra, de modo que o
CPPM também precisa fazer
previsões diferenciando tais
momentos dos chamados tempos de
paz, senão vejamos;
Aplicação no espaço e no tempo
Art. 4º Sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, aplicam-se as normas deste Código:
Tempo de paz
I - em tempo de paz:
a) em todo o território nacional;
b) fora do território nacional ou em lugar de extraterritorialidade
brasileira, quando se tratar de crime que atente contra as instituições
militares ou a segurança nacional, ainda que seja o agente processado
ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira;
c) fora do território nacional, em zona ou lugar sob administração ou
vigilância da fôrça militar brasileira, ou em ligação com esta, de fôrça
militar estrangeira no cumprimento de missão de caráter internacional
ou extraterritorial;
d) a bordo de navios, ou quaisquer outras embarcações, e de aeronaves,
onde quer que se encontrem, ainda que de propriedade privada, desde
que estejam sob comando militar ou militarmente utilizados ou
ocupados por ordem de autoridade militar competente;
e) a bordo de aeronaves e navios estrangeiros desde que em lugar
sujeito à administração militar, e a infração atente contra as instituições
militares ou a segurança nacional;
Conforme podemos verificar ao ler a primeira parte do
artigo 4º, o legislador nos apresenta os casos de
territorialidade, nos quais a lei processual penal militar
brasileira é aplicada dentro do território nacional (o que,
naturalmente, decorre de nossa soberania) e os casos de
extraterritorialidade, nos quais a lei processual penal militar
brasileira é aplicada mesmo fora do território nacional. Este
ponto, embora pareça simples, causa enorme confusão, por
uma questão simples: as hipóteses apresentadas no CPPM
não são equivalentes às hipóteses apresentadas no CPM que
tratam da mesma matéria. Como você deve imaginar, não
faz muito sentido que o Código Penal Militar (no qual estão
previstos os crimes) tenha uma aplicabilidade em situações
diferentes do Código de Processo Penal Militar (o qual rege
os procedimentos a serem seguidos nos casos em que
crimes previstos no CPM são praticados).
Art. 5º As normas deste Código aplicar-se-ão a
partir da sua vigência, inclusive nos processos
pendentes, ressalvados os casos previstos no art.
711, e sem prejuízo da validade dos atos
realizados sob a vigência da lei anterior.

O mencionado Art 5º do CPPM trata de aspectos


temporais. É importante notar que a regra geral
em nosso ordenamento jurídico é a aplicação da lei
processual penal (militar ou não) desde logo
(assim que entra em vigor). A lei, portanto, passa
a ser aplicável imediatamente (dizemos que o
tempo rege o ato – tempus regit actum).
Situação hipotética:

Aplicação intertemporal
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 711. Nos processos pendentes na data da
entrada em vigor deste Código, observar-se-á o
seguinte:
a) aplicar-se-ão à prisão provisória as disposições
que forem mais favoráveis ao indiciado ou acusado;
b) o prazo já iniciado, inclusive o estabelecido para a
interposição de recurso, será regulado pela lei
anterior, se esta não estatuir prazo menor do que o
fixado neste Código;
c) se a produção da prova testemunhal tiver sido
iniciada, o interrogatório do acusado far-se-á de
acordo com as normas da lei anterior;
d) as perícias já iniciadas, bem como os recursos já
interpostos, continuarão a reger-se pela lei anterior.
Art. 6º Obedecerão às normas processuais
previstas neste Código, no que forem aplicáveis,
salvo quanto à organização de Justiça, aos
recursos e à execução de sentença, os processos
da Justiça Militar Estadual, nos crimes previstos na
Lei Penal Militar a que responderem os oficiais e
praças das Polícias e dos Corpos de Bombeiros,
Militares.

As normas do CPPM se aplicam tanto no âmbito da


Justiça Militar da União quanto no âmbito da
Justiça Militar Estadual, em que pese devam ser
respeitadas as peculiaridades e as normas que
possam ser aplicáveis tão somente à JMU
TÍTULO II

CAPÍTULO ÚNICO

DA POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR


Exercício da polícia judiciária militar
Art. 7º A polícia judiciária militar é exercida nos têrmos do art. 8º, pelas seguintes
autoridades, conforme as respectivas jurisdições:
a) pelos ministros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, em todo o território
nacional e fora dêle, em relação às fôrças e órgãos que constituem seus Ministérios,
bem como a militares que, neste caráter, desempenhem missão oficial, permanente
ou transitória, em país estrangeiro;
b) pelo chefe do Estado-Maior das Fôrças Armadas, em relação a entidades que,
por disposição legal, estejam sob sua jurisdição;
c) pelos chefes de Estado-Maior e pelo secretário-geral da Marinha, nos órgãos,
fôrças e unidades que lhes são subordinados;
d) pelos comandantes de Exército e pelo comandante-chefe da Esquadra, nos
órgãos, fôrças e unidades compreendidos no âmbito da respectiva ação de
comando;
e) pelos comandantes de Região Militar, Distrito Naval ou Zona Aérea, nos órgãos e
unidades dos respectivos territórios;
f) pelo secretário do Ministério do Exército e pelo chefe de Gabinete do Ministério
da Aeronáutica, nos órgãos e serviços que lhes são subordinados;
g) pelos diretores e chefes de órgãos, repartições, estabelecimentos ou serviços
previstos nas leis de organização básica da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;
h) pelos comandantes de fôrças, unidades ou navios;
Delegação do exercício
§ 1º Obedecidas as normas regulamentares de jurisdição,
hierarquia e comando, as atribuições enumeradas neste
artigo poderão ser delegadas a oficiais da ativa, para fins
especificados e por tempo limitado.
§ 2º Em se tratando de delegação para instauração de
inquérito policial militar, deverá aquela recair em oficial
de pôsto superior ao do indiciado, seja êste oficial da
ativa, da reserva, remunerada ou não, ou reformado.
§ 3º Não sendo possível a designação de oficial de pôsto
superior ao do indiciado, poderá ser feita a de oficial do
mesmo pôsto, desde que mais antigo.
§ 4º Se o indiciado é oficial da reserva ou reformado, não
prevalece, para a delegação, a antiguidade de pôsto.
Designação de delegado e avocamento de
inquérito pelo ministro
§ 5º Se o pôsto e a antiguidade de oficial da
ativa excluírem, de modo absoluto, a
existência de outro oficial da ativa nas
condições do § 3º, caberá ao ministro
competente a designação de oficial da reserva
de pôsto mais elevado para a instauração do
inquérito policial militar; e, se êste estiver
iniciado, avocá-lo, para tomar essa
providência.
a) apurar os crimes militares, bem como os que, por lei especial, estão
sujeitos à jurisdição militar, e sua autoria;
b) prestar aos órgãos e juízes da Justiça Militar e aos membros do
Ministério Público as informações necessárias à instrução e julgamento
dos processos, bem como realizar as diligências que por êles lhe forem
requisitadas;
c) cumprir os mandados de prisão expedidos pela Justiça Militar;
d) representar a autoridades judiciárias militares acêrca da prisão
preventiva e da insanidade mental do indiciado;
e) cumprir as determinações da Justiça Militar relativas aos presos sob
sua guarda e responsabilidade, bem como as demais prescrições dêste
Código, nesse sentido;
f) solicitar das autoridades civis as informações e medidas que julgar
úteis à elucidação das infrações penais, que esteja a seu cargo;
g) requisitar da polícia civil e das repartições técnicas civis as pesquisas
e exames necessários ao complemento e subsídio de inquérito policial
militar;
h) atender, com observância dos regulamentos militares, a pedido de
apresentação de militar ou funcionário de repartição militar à
autoridade civil competente, desde que legal e fundamentado o pedido.
Polícia Administrativa- art. 144,§5º, CF.

trata-se de atividade de cunho preventivo, ligado à segurança, visando a


impedir a prática de atos lesivos à sociedade art. 144, §5º, CF;

Polícia Investigativa - art. 144, §1º, incisos I e II e §4º, CF.

cuida-se de função de caráter repressivo. Sua atuação ocorre depois da


prática da infração penal. Objetivo de colher elementos de informação relativo
a materialidade e autoria do delito, propiciando ao MP titular da ação penal,
possa dar início na 2º fase da persecução penal.
Polícia Judiciária – art. 144, §1º , IV e §4º, da CF.

 atividade voltada as atribuições de auxiliar o Poder Judiciário, cumprindo as


ordens judiciárias relativas a execução de Mandados de prisões, busca e
apreensões, condução coercitiva de testemunhas etc..

Apesar da CF estabelecer essa distinção, mas


prevalece na doutrina e na jurisprudência a
utilização da expressão PJM para se referir
ao exercício de atividades à apuração de
infração penal.
POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
Competência

CF (Constituição Federal)


Art. 144. §4º - Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia
de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as
funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais,
exceto as militares.

Art. 125. §4º;

§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos


Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra
atos disciplinares militares.......
CE (Constituição Estadual)

artigo 81, “À Polícia Militar incumbe o policiamento ostensivo, a preservação


da ordem pública e a polícia judiciária militar, além de outras atribuições que
a lei estabelecer.”

COJE (Código de Organização Judiciária Estado)- art.


44,§1º, §2º.

(....)
§ 1.º Competem à Justiça Militar do Estado o processo e o julgamento dos crimes
militares, definidos em lei, praticados pelos policiais e bombeiros militares do Estado.

§ 2.º Os feitos da competência da Justiça Militar do Estado serão processados e


julgados de acordo com as normas traçadas pelo Código de Processo Penal Militar
(Decreto-Lei n.º 1.002, de 21 de outubro de 1969, e Lei n.º 8.236, de 20.9.91), aos
quais será aplicado o Código Penal Militar (Decreto-Lei n.º 1.001, de 21 de outubro
de 1969).
OBS: No âmbito federal, exercem atribuições de
polícia Judiciária Militar em relação ao civil, nas
infrações penais militares, por eles praticadas,
contra os bens e interesse das corporações
militares, sob seu comando e chefia.art. 124, CF
 Competência originária (Estadual)
Artigo 6º c\c art. 7º alíneas, h, do CPPM

OBS: Na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiro


Militar a Polícia Judiciária é exercida pelo
Comandante Geral da Corporação militar
estadual, aos militares sob seu Comando, como
também pelos oficiais que exercem função de
Comando, Direção e Chefia em UPM.
Delegação do exercício (artigo 7º, §1º, do CPPM)

A autoridade militar de maior hierarquia que exerce atribuições de Polícia


Judiciária Militar, poderá delegar aos Oficiais da ativa essa atribuição, desde
que seja respeitado as normas regulamentares:

Jurisdição(circunscrição)
Hierarquia
Comando,
Delegação - artigo 7º, § § 2º ao 5º, do CPPM

Essa Delegação, recairá sempre em Oficial de Posto superior ao


indiciado (oficial da ativa, reformado ou da reserva).

Se o Oficial indiciado for da ativa e não sendo possível a


designação de Oficial de Posto superior, a delegação recairá em
Oficial do mesmo posto, mais antigo.
Atribuições de Polícia Judiciária Militar (artigo 8º, alíneas “a”
a “h”)

 apurar os crimes militares, bem como os que, por lei especial,


estão sujeitos à jurisdição militar, e sua autoria;

Lei especial: crimes contra


segurança nacional-Lei nº.
7.170, 14De83 (art. 30),
derrogada pelo art. 109, IV da
CF (Justiça Federal)
Atribuições de Polícia Judiciária Militar (artigo 8º, alíneas
“a” a “h”)

 prestar aos órgãos e juízes da Justiça Militar e aos membros


do Ministério Público as informações necessárias à instrução e
julgamento dos processos, bem como realizar as diligências
que por eles lhe forem requisitadas;
 cumprir os mandados de prisão expedidos pela Justiça Militar;

 representar a autoridades judiciárias militares acerca da prisão


preventiva e da insanidade mental do indiciado;

 cumprir as determinações da Justiça Militar relativas aos presos


sob sua guarda e responsabilidade, bem como as demais
prescrições deste Código, nesse sentido;

 solicitar das autoridades civis as informações e medidas que


julgar úteis à elucidação das infrações penais, que esteja a seu
cargo;
requisitar da polícia civil e das repartições técnicas civis as
pesquisas e exames necessários ao complemento e subsídio de
inquérito policial militar;

atender, com observância dos regulamentos militares, a


pedido de apresentação de militar ou funcionário de repartição
militar a autoridade civil competente, desde que legal e
fundamentado o pedido.
Art. 9º ao 28 do CPPM

TÍTULO III

CAPÍTULO ÚNICO

DO INQUÉRITO POLICIAL
MILITAR
2.1inquérito policial militar – art 9º ao 28 do cppm

FINALIDADE DO IPM- Art.9º do CPPM e art.4º do CPP.

o IPM é uma atividade investigativa de Polícia Judiciária Militar,


cuja a finalidade é apurar infração penal militar, com indicação de
seus possíveis autores.

serve de instrução provisória, visa subsidiar o MPM, propor ação


penal militar, com fundamento no artigo 29 do CPPM.

Finalidade do inquérito
Art. 9º O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato,
que, nos têrmos legais, configure crime militar, e de sua autoria.
Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade precípua é a
de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal.
Parágrafo único. São, porém, efetivamente instrutórios da ação
penal os exames, perícias e avaliações realizados regularmente no
curso do inquérito, por peritos idôneos e com obediência às
formalidades previstas neste Código.
2.1inquérito policial militar – art 9º ao 28 do cppm
Modos por que pode ser iniciado
Art. 10. O inquérito é iniciado mediante portaria:
a) de ofício, pela autoridade militar em cujo âmbito de jurisdição ou
comando haja ocorrido a infração penal, atendida a hierarquia do
infrator;
b) por determinação ou delegação da autoridade militar superior,
que, em caso de urgência, poderá ser feita por via telegráfica ou
radiotelefônica e confirmada, posteriormente, por ofício;
c) em virtude de requisição do Ministério Público;
d) por decisão do Superior Tribunal Militar, nos têrmos do art. 25;
e) a requerimento da parte ofendida ou de quem legalmente a
represente, ou em virtude de representação devidamente
autorizada de quem tenha conhecimento de infração penal, cuja
repressão caiba à Justiça Militar;
f) quando, de sindicância feita em âmbito de jurisdição militar,
resulte indício da existência de infração penal militar.
2.1inquérito policial militar – art 9º ao 28 do cppm
Providências antes do inquérito

Art. 10, 2º
§ 2º O aguardamento da delegação não obsta que o
oficial responsável por comando, direção ou chefia,
ou aquêle que o substitua ou esteja de dia, de serviço
ou de quarto, tome ou determine que sejam tomadas
imediatamente as providências cabíveis, previstas no
art. 12, uma vez que tenha conhecimento de infração
penal que lhe incumba reprimir ou evitar.

Vide: Portaria nº 03/CORREGPM/QCG/PMMT, de 24 de julho


de 2018 – Disciplina o Relatório de informações de
ocorrências graves – RIOG.
2.1inquérito policial militar – art 9º ao 28 do cppm
Infração de natureza não militar

Art. 10, §
3º Se a infração penal não fôr,
evidentemente, de natureza militar,
comunicará o fato à autoridade policial
competente, a quem fará apresentar o
infrator. Em se tratando de civil, menor de
dezoito anos, a apresentação será feita ao
Juiz de Menores.
2.1inquérito policial militar – art 9º ao 28 do cppm
Indícios contra oficial de pôsto superior ou mais
antigo no curso do inquérito.

Art. 10, § 5º Se, no curso do inquérito, o seu


encarregado verificar a existência de indícios
contra oficial de pôsto superior ao seu, ou
mais antigo, tomará as providências
necessárias para que as suas funções sejam
delegadas a outro oficial, nos têrmos do § 2°
do art. 7º.
2.1inquérito policial militar
 NATUREZA JURÍDICA DO IPM

é de um procedimento administrativo, séries de atos concatenados, que antecedem a


ação penal)

CARACTERISTICAS DO IPM

Escrito- art. 21 do CPPM, ressalva art. 405, §1º, do CPP;


Dispensável- art. 28, alínea “a”, “b” e “c”, do CPPM, c/c art. 27, 39,§5º do CPP;
Indisponível- art. 24 do CPPM, art. 17 do CPP;
Sigiloso – art.16 CPPM;
Informativo- art.155 do CPP, exceção do art. 70, da Lei 6.815/80, expulsão de
estrangeiro;
Investigativo- artigo 9º do CPPM;
Oficial – artigo 7º, alínea “h”, c/c art.8º CPPM e art.144,§1º, inc. I, c/c art. 144, §4º, CF;
Obrigatório - artigo 10 alínea “a” a “f”, do CPPM;
Temporário - art.5º, LXXVIII, CF,

04/12/2023
SIGILOSO

 Muito embora o IPM é revestido de SIGILO, não se


estende as seguintes pessoas:

Advogados - artigo 7º, inciso XIV, Lei nº 8.960/94- OAB,


Súmula Vinculante nº 14 - STF;
 Ministério Público - art. 129, VIII, da CF;
Juiz de Direito
Defensor Público

Restrição da publicidade – art.5º, LX, CF;


Decreto Lei 678/1992, art.8º, §5º- Convenção Americana Sobre Direitos
Humanos;

Defesa da intimidade;
Interesse social;
Interesse da Justiça.
Art.7º da Lei 8906 de 1994.
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes
Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública
em geral, autos de processos findos ou em
andamento, mesmo sem procuração, quando não
estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça,
assegurada a obtenção de cópias, com possibilidade
de tomar apontamentos;
(Redação dada pela Lei nº 13.793, de 2019)

XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por


conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de
flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos
ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade,
podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico
ou digital; (Redação dada pela Lei nº 13.245, de 2016)
CRIME
LEI Nº 13.869, DE 5 DE SETEMBRO DE 2019
 Abuso de autoridade- art. 32 caput
Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou
advogado acesso aos autos de investigação
preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito ou
a qualquer outro procedimento investigatório de
infração penal, civil ou administrativa, assim como
impedir a obtenção de cópias, ressalvado o acesso a
peças relativas a diligências em curso, ou que
indiquem a realização de diligências futuras, cujo
sigilo seja imprescindível:

Sumula Vinculante nº. 14 STF “É DIREITO DO DEFENSOR, NO


INTERESSE DO REPRESENTADO, TER ACESSO AMPLO AOS ELEMENTOS DE
PROVA QUE, JÁ DOCUMENTADOS EM PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO
REALIZADO POR ÓRGÃO COM COMPETÊNCIA DE POLÍCIA JUDICIÁRIA,
DIGAM RESPEITO AO EXERCÍCIO DO DIREITO DE DEFESA” .
Informativo - art.155 do CPP, NÃO TEM
CONTRADITÓRIO

ÚNICA EXCEÇÃO - expulsão de estrangeiro;


IP, de Competência da Polícia Federal, a pedido do
Ministério da Justiça;
contraditório é obrigatório , arts.102 e 103 do Decreto nº.
86.715/81 e Regulada pela Lei nº. 6815/80.
O direito do Advogado não é amplo, visto que
havendo informações sigilosas (quebra sigilo
bancário, e dados telefônicos), nos autos de IPM, o
advogado somente poderá ter acesso se tiver
procuração, com base no artigo 7º, incs. XIII, XV e
XVI, da Lei 8.906/1994 (OAB)
COMPETÊNCIA DE INSTAURAÇÃO DE IPM
 artigo 10 alínea “a” a “f” do CPPM

ENCARREGADO- art. 7º § 2º do CPPM


sempre mais antigo que o Indiciado ou suspeito

ESCRIVÃO – art.11 do CPPM


2º ou 1º Tenente – se indiciado for Oficial
Sub Ten ou Sargento – se o indiciado for Praça

COMPROMISSO DO ESCRIVÃO
sigilo do inquérito e de cumprir fielmente as diligências
incorrer em crime de violação de sigilo profissional- art.326 do CPM
DESIGNAÇÃO DE ESCRIÇÃO - art. 11 CPPM
caberá ao respectivo encarregado,
se não tiver sido feita pela autoridade;

ATRIBUIÇÃO DO ESCRIVÃO – art. 21 CPPM


 reunir todas as peças do IPM
ordem cronológica;
digitadas
folhas rubricadas pelo escrivão
juntada de despacho do encarregado IPM
lavrado pelo Escrivão

PRAZOS IPM – art. 20 CPPM


40 + prorrogável por + 20 (solto)= 60 dias
20 (preso) – improrrogável
Prazo de conclusão do Inquérito
policial

Art.10 CPP
Regra Geral 10 dias
30 dias

Exceções legislações
especiais

Justiça Economia
Lei de Drogas CPPM
Federal Popular
30 dias- preso 20 dias- preso
15 dias- preso 10 dias-preso
90 dias- solto 40 dias- solto
30 dias- solto 10 dias- solto
Art.51 da Lei Art.20 Dec.Lei
Art.66 da Lei Art.10 da lei
11.343/06 1002/69
5.010/1966 1.521/1951
DILIGÊNCIAS NÃO CONCLUÍDAS – art. 20 §2º , CPPM
encaminhar o IPM
outros documentos ( LAUDOS etc) enviados depois
relatório poderá citar atos que ainda não foram realizados

DEDUÇÃO DE PRAZO – art. 20 §3º do CPPM


 motivos § 5º do art. 10.

REMESSA DOS AUTOS V.E.J.M. E – art. 23 CPPM


local da infração penal
Acompanhadas dos instrumentos e dos objetos que interessem à sua prova ( hoje há
determinação do TJMT para que as armas de fogo (instrumentos do crime)
permaneçam sob custódia da PM, até a liberação pela autoridade judiciária.
Após lavratura do laudo, este será encartado nos autos, no entanto, as armas ficarão
sob guarda da autoridade policial milItar (Cmt da UPM).
ARQUIVAMENTO DO IPM- art. 24 do CPPM
proibição da autoridade militar
competência do Juiz da VEJME, a pedido do MPM ( Justiça Militar da União precisa do
despacho do Corregedor Geral de Justiça do STM, qdo o juiz base discordar do MP).

HIPOTESES AUTORIZADAS DE ARQUIVAMENTO DO IPM- PEDIDO MPM


1.atipicidade da conduta - o fato não é crime militar;
2.excludente de ilicitude - art.42 do CPM; Há controvérsia no
3.excludente de culpabilidade - art. 38, 39, 40, 48 e 49 CPM; STF e STJ

4.causa de extintiva de penalidade - 123 do CPM;


5.ausência de elementos de informação de autoria e materialidade da infração;

ATENÇÃO
INIMPUTAVEL, É EXCEÇÃO, NESTE CASO, HÁ NECESSIDADE
DA DENÚNCIA, POIS AO FINAL IRÁ SOFRER Á SENTENÇA
ABSOLUTÓRIA IMPRÓPRIA – MEDIDA DE SEGURANÇA-
art.113 do CPM
INSTAURAÇÃO DE NOVO IPM – art. 25 do CPPM
novas provas do fato
vista da 13º Promotoria Militar

coisa julgada formal – imutabilidade endoprocesso;


coisa julgada material – imutabilidade endo e extraprocesso;

Hipóteses- 1, 2, 3 e 4, faz coisa julgada formal e material;


Hipótese - 5 , faz coisa julgada formal , isso quer dizer que se surgirem novas provas
ou elementos de informação que indiquem autoria e materialidade, o IPM poderá ser
reaberto;

ATENÇÃO
Sumula nº. 524 do STF “Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a
requerimento do Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem
novas provas”.
DEVOLUÇÃO DOS AUTOS DE IPM– art. 26§3º do CPPM
MPM pode:
1.oferecer denúncia- art.30 do CPPM;
2. requisitar diligência- art. 26, I e § único do CPPM;
3. requisitar arquivamento ao Juiz- 397 CPPM- RESE;
4. alegar conflito de atribuição (MP);
5. alegar conflito de incompetência de Juízo- art.398 CPPM- RESE (positivo e
negativo – art. 112 CPPM).

Obs: Conflito pode ser arguido: acusado, MP e Juiz. Art...113 CPPM

Juiz de Direito pode:


1.determinar diligência antes da denúncia- art.26, II do CPPM;
2.recusar a denúncia- 516 CPPM-RESE- art. 511 CPPM (MP, Réu, advogado);
3.alegar incompetência de Juízo- 147 CPPM;

 NO ITEM 2 (MPM) e 1 (JUIZ) em ambos os casos o prazo para cumprir a cota será
de 20 dias
SE O JUIZ NÃO RECEBER A
DENÚNCIA?
artigo 397 do CPPM
RESE- artigo 516, alínea d CPPM

SE O JUIZ NÃO CONCORDAR COM ARQUIVAMENTO?


Art.397

Enviará os autos ao Procurador Geral de Justiça, para que este designe


outro promotor para oferecer denúncia.
Caso persita no pelo arquivamento, o juiz mandará arquivar (JME);

Obs: na JMU os autos ainda poderá ser remetido ao STM, vista p/ o


Procurador de Justiça que atua STM, que se entender diferente poderá
propor denúncia. (ADIN)
SUFICIÊNCIA DE APFD – art. 27 e 28 CPPM
dispensa Instauração de IPM;
qualquer documento que contenha autoria e materialidade da infração penal;
crimes contra honra- artigo 214 a 217, do CPM;
crimes contra administração da Justiça- art. 341 a 349, do CPM.

HORÁRIO DE OITIVAS – art. 19 do CPPM


das 07h00min as 18h00min
urgência inadiável
04 horas consecutivas
descanso de 30 minutos
próximo dia útil

SUPEIÇÃO ENCARREGADO DO IPM


art.142 do CPPM, combinado com art. 38 CPPM;

INCOMUNICABILIDADE DO INDICIADO- art.17 do CPPM


revogado pelo artigo 136 §,3º, IV, da CF (Estado de Defesa);
do advogado jamais poderá isolar o indiciado – art. 7º, III da Lei 8.906/94;
RELATÓRIO IPM – art. 22 do CPPM
descritivo;
especificar tudo que foi diligenciado;
expor se há ou não indícios de crime;
expor se há indícios ou não de infração disciplinar (IPM irá subsidiar instauração de
PAD);

SOLUÇÃO FINAL- art.22, §1º do CPPM


homologação (concordar com relatório);
avocação (dar solução diferente do relatório, desde que fundamentado);

QUESTÕES

1. Por que é correto afirmar que o inquérito policial é inquisitório?


2. Como se dá o procedimento do arquivamento do inquérito policial?
3. Quais são os prazos ordinários e especiais para a conclusão do inquérito
policial?
PARTE PRÁTICA DO IPM

Formação do IPM – art. 13 do CPPM (sua forma é flexível e não rígida);


Principais documentos

1. Autuação
2. Portaria de instauração e ordens de serviço iniciais
3. Nomeação de escrivão
4. Compromisso de escrivão
5. Portaria de designação do encarregado
6. Despacho do encarregado
7. Certidão de cumprimento de diligências preliminares
8. Termo de perguntas ao ofendido
9. Termo de qualificação e interrogatório do indiciado
10. Termo de indiciamento formal do investigado
11. Assentada
12. Termo de Inquirição de testemunhas
13. Requisições de pericias
14. Croquis
15. Relatório

Os modelos dos documentos citados acima, bem como uma farta abordagem doutrinária, legal e
jurisprudencial, encontram-se no Manual Técnico de IPM adotado pela Polícia Militar do Estado de
Mato Grosso, disponível no sítio eletrônico da PMMT, na pasta de legislação da PMMT- Corregedoria
Geral.
PARTE PRÁTICA DO IPM

Formação do IPM – art. 13 do CPPM (sua forma é flexível e não


rígida);
Principais documentos
1. Autuação
2. Portaria de instauração e ordens de serviço iniciais
3. Nomeação de escrivão
4. Compromisso de escrivão
5. Portaria de designação do encarregado
6. Despacho do encarregado
7. Certidão de cumprimento de diligências preliminares
8. Termo de perguntas ao ofendido
9. Termo de qualificação e interrogatório do indiciado
10. Termo de indiciamento formal do investigado
11. Assentada
12. Termo de Inquirição de testemunhas
13. Requisições de pericias
14. Croquis
15. Relatório

Os modelos dos documentos citados acima, bem como uma farta abordagem
doutrinária, legal e jurisprudencial, encontram-se no Manual Técnico de IPM adotado
pela Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, disponível no sítio eletrônico da PMMT,
na pasta de legislação da PMMT- Corregedoria Geral.
Da Ação Penal Militar e do seu exercício – do Art. 29 ao 33 - CPM

PROMOÇÃO DA AÇÃO PENAL

Art. 29. A ação penal é pública e sòmente pode ser


promovida por denúncia do Ministério Público Militar.

Princípio da obrigatoriedade
É por meio da ação penal que o Estado pede ao juiz que
aplique a lei ao caso concreto. O Ministério Público é o
"dominus litis", ou seja, o senhor da ação penal, pois é
responsável por intentá-la. Note-se que o Ministério
Público não tem disponibilidade da ação, isto é, ele é
obrigado a promover a ação penal face a existência dos
elementos de convicção fornecidos pelo inquérito policial.
PROMOÇÃO DA AÇÃO PENAL
A Ação Penal Militar - consiste em "invocar a jurisdição do juiz, a fim
de que o Poder Judiciário aplique o direito objetivo a determinado
caso concreto. (Lições de Processo Penal Militar - José da Silva
Loureiro Neto, Ed. Saraiva, pág. 12, São Paulo, 1992).

A ação penal militar é promovida pelo Ministério Público, através da


denúncia, pois ele é o titular da ação penal pública:

"Art. 121- A ação penal somente pode ser promovida por denúncia do
Ministério Público da Justiça Militar" - Código Penal Militar.

"Art. 29- A ação penal é pública e somente pode ser promovida por
denúncia do Ministério Público Militar" - Código de Processo Penal
Militar.

"Art. 129 - São funções institucionais do Ministério Público:


1- promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei." -
Constituição Federal
Obrigatoriedade
Art. 30. A denúncia deve ser apresentada sempre que houver:
a) prova de fato que, em tese, constitua crime;
b) indícios de autoria.

De acordo com o princípio da obrigatoriedade não pode o Ministério Público


deixar de intentar a ação, por quaisquer motivos que sejam. Nesse sentido,
prevê o artigo 30, do Código de Processo Penal Militar, que "a denúncia deve
ser apresentada sempre que houver:
c) prova de fato que, em tese, constitua crime;
d) indícios de autoria". Presentes tais elementos, o Ministério Público deverá
promover a ação.
Frisa-se, todavia, que o Código Penal Militar, em seu item 17, da Exposição de
Motivos, pretendeu suavizar o rigor do princípio em comento prescrevendo
que "entre os crimes de lesão corporal, inclui-se o de 'lesão levíssima', a qual,
segundo ensino de vivência militar, pode ser desclassificada pelo juiz para
infração disciplinar, poupando-se, em tal caso, o pesado encargo de um
processo penal para fato de tão pequena monta".
Condições da ação penal militar
As condições da ação são requisitos necessários para que o Juiz
possa julgar o mérito de uma pretensão punitiva deduzida na
acusação. São três as condições da ação penal militar: a
possibilidade jurídica do pedido, o interesse de agir e a
legitimidade de parte.
O pedido será juridicamente possível quando o direito penal
militar assim o permitir, ou seja, a conduta descrita na denúncia
deverá enquadrar-se a um tipo penal militar. Assim, conforme
disposição do artigo 78, do CPPM, "a denúncia não será recebida
pelo juiz: (...) b) se o fato narrado não constituir evidentemente
crime da competência da Justiça Militar (...)". Desse modo,
haverá impossibilidade jurídica do pedido quando o fato narrado
na denúncia não constituir crime previsto no Código Penal
Militar.
A segunda condição da ação é o interesse de agir, também
chamado justa causa. Para que haja atuação jurisdicional é
fundamental que o pedido seja idôneo, digno de ser julgado,
pois do contrário inexiste interesse. Para receber a denúncia o
juiz deve estar convencido da seriedade do pedido. Sendo assim,
a denúncia poderá ser rejeitada quando não contiver os
elementos descritos no artigo 77, do CPPM, tais como: as razões
de convicção ou presunção de delinquência.
A última condição da ação é a legitimidade para agir. Desse
modo, somente o titular do interesse é que poderá agir, intentar
a ação. Se o Ministério Público requerer a atuação jurisdicional
contra alguém que não pode sofrer sanção penal, haverá falta ao
órgão legitimação para agir. Nesse rumo, dispõe o artigo 78, "d",
do CPPM, que "a denúncia não será recebida pelo juiz: (...) d)
se for manifesta a incompetência do juiz ou a ilegitimidade do
acusador".
Denúncia e seus requisitos
A denúncia é a peça inaugural da ação penal pública e, de
acordo com o artigo 77, do CPPM, deve conter os seguintes
requisitos:
"a) a designação do juiz a que se dirigir;
b) o nome, idade, profissão e residência do acusado, ou
esclarecimentos pelos quais possa ser qualificado;
c) o tempo e o lugar do crime;
d) a qualificação do ofendido e a designação da pessoa
jurídica ou instituição prejudicada ou atingida, sempre que
possível;
e) a exposição do fato criminoso, com todas as suas
circunstâncias;
f) as razões de convicção ou presunção da delinquência;
g) a classificação do crime;
h) o rol das testemunhas, em número não superior a seis, com a
indicação da sua profissão e residência; e o das informantes com
a mesma indicação".
Ao elaborar a denúncia, o representante do Ministério Público
deverá ficar atento, verificando se todos os requisitos previstos
no artigo 77, do CPPM, estão nela contidos, sob pena de rejeição
por inépcia.
Note-se que se o acusado estiver preso, a denúncia deve ser
oferecida em cinco dias, contados da data do recebimento dos
autos para aquele fim. Já se o acusado estiver solto a denúncia
deverá ser oferecida dentro do prazo de quinze dias (artigo 79,
do CPPM). "O prazo para o oferecimento da denúncia poderá, por
despacho do juiz, ser prorrogado ao dobro; ou ao triplo, em caso
excepcional e se o acusado não estiver preso" - § 1º do artigo
supracitado.
Classificação subjetiva da ação penal militar

Via de regra, toda ação penal é pública, pois


promovida pelo próprio Estado por meio do
Ministério Público. De acordo com o artigo 29, do
CPPM: "a ação penal é pública e somente pode ser
promovida por denúncia pelo Ministério Público
Militar". Trata-se de ação penal plena ou
incondicionada. Assim, quando a lei não dispuser o
contrário, a ação penal será incondicionada.
Rito do Processo Ordinário

O Rito do PROCESSO ORDINÁRIO na Justiça Militar


segue, basicamente, os seguintes passos: -
PECAS INQUISITORIAS: o IPM ou o Auto de Prisão
em Flagrante Delito são encaminhados à Auditoria
de Justiça Militar.
O Juiz de Direito, por sua vez, repassa os Autos de
IPM ou do Auto de Prisão em Flagrante Delito (este
após a análise da Prisão) para o Ministério Público,
Titular da Ação Penal Militar.
MINISTÉRIO PÚBLICO - O Ministério Público com os Autos de IPM (ou
flagrante delito) nas mãos poderá:
a) Promover a Denúncia, nos termos do artigo 77 do CPPM;
b) Pedir o arquivamento: - Caso não exista indícios de autoria; - Se o
fato apurado for ATIPICO;
c) Requerer Diligências - Art. 80 do CPPM;
d) Requerer a Extinção da Punibilidade - Se houver hipóteses do Art.
123 do Código Penal Militar-CPM.
Art. 123. Extingue-se a punibilidade:
I - pela morte do agente;
II - pela anistia ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como
criminoso;
IV - pela prescrição;
V - pela reabilitação;
VI - pelo ressarcimento do dano, no peculato culposo (art. 303, § 4º).
Proibição de existência da denúncia
Art. 32. Apresentada a denúncia, o Ministério Público não poderá desistir da
ação penal.
A denúncia é uma comunicação que o Ministério Público faz ao Juiz de
Direito, demonstrando e comprovando que o ato ou atos praticados por uma
ou mais pessoas constitui crime e, ao final, pede que estes infratores sejam
devidamente repreendidos pelos danos causados.
Indisponibilidade O princípio da indisponibilidade, decorrência da
obrigatoriedade, informa que uma vez instaurada a ação penal o Ministério
Público não pode desistir da mesma. Destarte, caso o MP mude de opinião,
entendendo que o imputado não é autor da infração penal ou de que a mesma
não ocorreu, ele não deve pedir a extinção do processo penal, mas sim opinar
pela absolvição do réu, já que um processo penal garantista deve servir tanto
para condenar o culpado como para absolver o inocente.
Tal princípio decorre expressamente de duas disposições do CPPM: ...
Art. 32. Apresentada a denúncia, o Ministério Público não poderá desistir da
ação penal. Proibição da desistência
Art. 512. O Ministério Público não poderá desistir do recurso que haja
interposto.
TÍTULO VIII

CAPÍTULO ÚNICO

DO FÔRO

MILITAR
Foro competente para o julgamento de crimes considerados militares,
os quais podem ser praticados por militares ou por civis.
Vimos que a Constituição Federal, prevê em seu artigo 124, a
competência da Justiça Militar Federal.

Art. 124. A Justiça Militar compete processar e julgar os crimes


militares definidos em lei.

Já a competência da Justiça Militar Estadual, o art. 125, § 4 da


Constituição Federal preceitua que:
Art. 125, § 4o Compete a Justica Militar estadual processar e julgar
os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as
ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a
competencia do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal
competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e
da graduação das praças.

Tanto o art. 124, quanto o art. 125, da CF/88 se referem aos crimes
militares definidos em lei, sendo que os mesmos estão previstos no
Código Penal Militar, no Art. 9°, Crimes Militares em Tempo de Paz, e
no Art. 10, Crimes Militares em Tempo de Guerra, e são estas
circunstâncias que definem a competência do Foro Militar.
Exercício do direito de representação

Art. 33. Qualquer pessoa, no exercício do direito de


representação, poderá provocar a iniciativa do Ministério
Público, dando-lhe informações sobre fato que constitua crime
militar e sua autoria, e indicando-lhe os elementos de
convicção.

Informações
§ 1º As informações, se escritas, deverão estar devidamente
autenticadas; se verbais, serão tomadas por termo perante o
juiz, a pedido do órgão do Ministério Público, e na presença
deste.

Requisição de diligências
§ 2º Se o Ministério Público as considerar procedentes, dirigir-
se-á à autoridade policial militar para que esta proceda às
diligências necessárias ao esclarecimento do fato, instaurando
inquérito, se houver motivo para esse fim.
Do Processo Penal Militar em Geral Do Art. 34 ao Art. 35 do CPPM

Direito de ação e defesa. Poder de jurisdição

Art. 34. O direito de ação é exercido pelo Ministério Público, como


representante da lei e fiscal da sua execução, e o de defesa pelo acusado,
cabendo ao juiz exercer o poder de jurisdição, em nome do Estado.

Relação processual. Início e extinção


Art. 35. O processo inicia-se com o recebimento da denúncia pelo juiz,
efetiva-se com a citação do acusado e extingue-se no momento em que a
sentença definitiva se torna irrecorrível, quer resolva o mérito, quer não.
Casos de suspensão
Parágrafo único. O processo suspende-se ou extingue-se nos casos previstos
neste Código
Fôro militar em tempo de paz
Art. 82. O foro militar é especial, e, exceto nos crimes dolosos contra a vida praticados contra
civil, a ele estão sujeitos, em tempo de paz: (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 7.8.1996)
Pessoas sujeitas ao fôro militar
I - nos crimes definidos em lei contra as instituições militares ou a segurança nacional:
a) os militares em situação de atividade e os assemelhados na mesma situação;
b) os militares da reserva, quando convocados para o serviço ativo;
c) os reservistas, quando convocados e mobilizados, em manobras, ou no desempenho de nções
militares;
d) os oficiais e praças das Polícias e Corpos de Bombeiros, Militares, quando incorporados às
Fôrças Armadas;
Crimes funcionais
II - nos crimes funcionais contra a administração militar ou contra a administração da Justiça
Militar, os auditores, os membros do Ministério Público, os advogados de ofício e os funcionários
da Justiça Militar.
Extensão do fôro militar
§ § 1° O fôro militar se estenderá aos militares da reserva, aos reformados e aos civis, nos crimes
contra a segurança nacional ou contra as instituições militares, como tais definidas em lei.
(Renumerado do parágrafo único, pela Lei nº 9.299, de 7.8.1996)
§ 2° Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a Justiça Militar encaminhará os
autos do inquérito policial militar à justiça comum. (incluído pela Lei nº 9.299, de 7.8.1996)
Fôro militar em tempo de guerra
Art. 83. O fôro militar, em tempo de guerra, poderá,
por lei especial, abranger outros casos, além dos
previstos no artigo anterior e seu parágrafo.
Assemelhado
Art. 84. Considera-se assemelhado o funcionário
efetivo, ou não, dos Ministérios da Marinha, do Exército
ou da Aeronáutica, submetidos a preceito de disciplina
militar, em virtude de lei ou regulamento.
Etimologia: Foro eram as praças públicas nas antigas cidades
romanas, que servia de ponto de reunião e onde funcionava o
mercado, realizavam-se assembleias populares e julgamentos.
Local onde estavam situados os edifícios destinados aos serviços
administrativos e judiciais, e ainda, os principais pontos de
comércio. Era a região de maior importância, o centro
econômico, religioso, social e político de cada localidade.
O foro especial é um mecanismo pelo qual se altera a
competência penal sobre ações, em razão da matéria e/ou em
razão da pessoa. Na prática, a ação penal, diferentemente da
justiça comum.
DAS MEDIDAS

PREVENTIVAS
E
ASSECURATÓRIAS –

DO ART. 170 AO 293


MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO - artigos 172 a 184 e 185 a 189 do CPPM,
artigo 240, 243 do CPP;

busca- diligência cujo objetivo é encontrar objetos e pessoas;


apreensão - medida de constrição, colocando sob custódia determinado objeto ou
pessoa;

Os objetos da busca

prender criminoso;
apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;
instrumentos de falsificação;
apreender armas e munições, instrumentos utilizados no crime;
descobrir objetos necessários à prova de infração ou defesa do réu;
apreender pessoas vítimas de crime;
coletar qualquer elemento de convicção.
ESPÉCIE DE BUSCA

domiciliar – art. 5º, XI, CF, c\c art. 171, 173 e 174 CPPM;
pessoal – art. 180 a 184 do CPPM;
busca domiciliar poderá ser executada (domingos e feriados) – art.3º CPPM c/c art.
797 do CPP;

casa é asilo inviolável


Hipóteses de entrada

1.por determinação judicial - somente de dia;


2.em caso de flagrante delito;
3.desastre;
4.prestar socorro;
5. consentimento do morador;

2, 3 e 4, pode entrar sem consentimento do morador


durante o dia ou à noite, não precisa de ordem judicial;
1, somente durante o dia;
5, qualquer horário do dia ou da noite, importante fazer
constar testemunhas.
O QUE DEVEMOS ENTENDER POR CASA?

Segundo a doutrina e jurisprudência, a casa abrange não só


o domicílio, como também o escritório, oficinas, quartos de
hotéis, em suma, qualquer aposento de habitação coletiva,
desde que ocupado – STF RHC 90.376, rel, Min. Celso de
Mello, j. 03.04.2007,DJ, 18.05.2007.

Escritório de Advogado?
Art. 7º, inciso II do Estatuto da OAB, garante a inviolabilidade de
seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos
de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e
telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia;
Art. §6º Estatuto – autoriza a quebre por determinação judicial;
Domiciliar – 172 do CPPM
presença do morador – art.179 inciso I, CPPM
ausência do morador – art. 179 inciso II, CPPM
casa desabitada – art. 179 inciso III, CPPM
rompimento de obstáculos- art. 179 § 1º, CPPM
reposição das coisas- art. 179 § 2º, CPPM

Pessoal – art. 180 a 184 CPMM

instrumento ou produto do crime;


elementos de prova.

ATENÇÃO

INDEPENDE DE MANDADO JUDICIAL


RESTITUIÇÃO DAS COISAS APREENDIDAS – art. 190 do CPPM

Não poderão ser restituídas em tempo algum


1.as coisas que interessam ao processo;
2.as coisas previstas no artigo 109, II, letra “a” e 119, I e II do CPM.

 Coisas que poderão ser devolvidas- art.191 do CPPM


1. não interessa mais ao processo;
2. não existir dúvida quanto ao direito do reclamante.
DPPM

4. PRISÕES CAUTELARES (PRISÕES PROCESSUAIS)

4.1 Detenção p/ Investigação – art.18 CPPM


4.2 Prisão Preventiva Militar- art. 254 e 255 CPPM
4.3 Prisão Temporária - Lei nº 7.960/89
4.4 Prisão em Flagrante Delito- Art.243 CPPM
4.5 Da Menagem – Artigo 263 ss. CPPM

4.4.1 Parte Teórica


4.4.2 Parte Prática
CF/88 no artigo 5° inciso LXI aduz o seguinte:

“ninguém será preso senão em flagrante delito


ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos
casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei”.
CONCEITO DE PRISÃO
é a privação da liberdade de locomoção em virtude do recolhimento da pessoa
humana ao cárcere;

ESPÉCIE DE PRISÕES

2.1 prisão pena


decorrente de uma sentença penal militar irrecorrível- CPM

2.2 prisão disciplinar


decorrente do art.5º, LXI, CF,
independe de autorização judicial,
só é possível sua aplicação na seara militar,
máxima de 30 dias de detenção ou prisão- RDPMMT;

2.3 civil
prisão civil – não se aplica mais no Brasil devido a Convenção Americana de
Direitos Humanos reconheceu o r. tratado como norma supralegal, exceto
devedor de alimentos;
2.3 cautelar (processual ou provisória)
é aquela prisão decretada antes do trânsito e julgado de sentença penal
condenatória com objetivo de assegurar a eficácia das investigações;
 medida caráter excepcional;
não pode ser utilizada para satisfazer os interesses da mídia ou da população;

Prisões cautelares existentes no CPPM

Detenção do Indiciado - art. 5º, LXI, CF, e art.18 do CPPM-


expedida Mandado de prisão pelo encarregado do IPM;
prazo de 30 dias + 20 pela autoridade militar;
somente nos crimes próprios;
independe de APFD;
Independe de ordem judicial;
necessita informar o juiz da detenção (controle de legalidade);
 similar a prisão preventiva;

Modelo Mandado – p. 113 Manual de IPM


Ofício Informação Juiz- p. 114 Manual de
IPM
Prisão Preventiva - art.254 e 255 do CPPM
prisão processual cautelar decretada pelo juiz durante o IPM ou processo, diante do
preenchimento dos requisitos e da existência dos motivos legais que a autorizam.

Característica (juízo de admissibilidade) – CONVENCIMENTO


 periculum in mora (perigo na demora)
 periculum liberttatis (perigo na liberdade)
 fumus commissi delicti (fumaça de cometimento de delito)

Requisitos ou Pressupostos da Preventiva (coexistentes) – art. 254, CPPM:


prova do fato delituoso;
indícios suficientes da autoria. Obrigatórios
Requisitos ou Circunstâncias Autorizadoras (alternativos) – art. 255-CPPM

1. Garantia da ordem pública- impedir que o agente solto continue a delinquir ou, ainda,
acautelar o meio social e garantir a credibilidade da justiça, em crimes que provoquem
grande clamor popular ;

2. Conveniência da instrução criminal - impedir que o agente perturbe ou impeça a


produção de provas, ameaçando testemunhas, apagando vestígios do crime, etc.;

3. Periculosidade do indiciado ou acusado-antecedentes criminais e ou infracionais;


4. Segurança da aplicação da lei penal militar- iminente fuga do agente do distrito da
culpa, inviabilizando a futura execução da pena;

5. Exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina


militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou
acusado; ( motim, revolta, recusa de obediência) etc...

Obs: Não há prazo do encarceramento ..... Poderá ser revogada a qualquer tempo
pelo Juiz que decretou....
ATENÇÃO
Vedada a decretação da prisão preventiva quando o fato praticado pelo militar se
enquadrar nos casos previstos artigo 258 CPPM “ nas hipóteses do art. 35, 38, 39
e 42 do CPM”
Artigo 35- erro de direito
Artigo 38- coação Irresistível
Artigo 39 – estado de necessidade, como excludente de culpabilidade
Artigo 42 – excludente de Crime
Requisitos da Prisão Preventiva do ( código de processo penal)

 será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida
cautelar (art. 319)”.... (art. 282, § 6º, do CPP).

A decretação da prisão preventiva deve observar três exigências:

a) os requisitos legais;
b) os pressupostos;
c) os fundamentos.

Art. 312 e 313 CPP


ATENÇÃO

Conforme o STF e STJ, independente da instauração de inquérito policial,


admite-se a decretação da preventiva com base em peças de informação
da existência do crime e de indícios suficientes de autoria, vez que o
inquérito policial é facultativo entre nós (art. 28, letra “a”, CPPM).

O pedido deve ser fundamentado de acordo com artigo 254 e 255, sendo
que o Juiz poderá entender por desnecessidade da prisão com base no
artigo 257, como também poderá decretar sua revogação, conforme artigo
259 todos do CPPM.
Prisão Temporária - (Não se aplica nos crimes militares)
prisão cautelar de natureza processual destinada a possibilitar as investigações a
respeito de crimes graves, durante o inquérito policial. (Lei nº 7.960/89).

Artigo 1º Caberá prisão temporária:


I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários
ao esclarecimento de sua identidade;
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na
legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2º);
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1º e 2º);
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º);
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1º e 2º);
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º);
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput,
e parágrafo único);
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único);
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1º);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado
pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
m) genocídio (arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956), em qualquer de
sua formas típicas;
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976);
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei nº 7.492, de 16 de junho de 1986).

Prazo da prisão temporária

05 + 05 – crimes relacionados


30 dias + 30 – crimes hediondos
ATENÇÃO

O professor Paulo Tadeu Rodrigues Rosa, menciona que a Lei 8.072/1990 em


muitos aspectos vem sendo considerada inconstitucional pelos Tribunais Estaduais
e Superiores, não podendo ser aplicada aos jurisdicionados da Justiça Militar por
falta de previsão legal.

O militar que praticar um dos crimes capitulados nos artigos 232 a 237 do Código
Penal Militar não poderá sofrer qualquer limitação com base na lei 8.072/1990 por
falta de previsão legal, uma vez que o legislador se esqueceu da existência da
Justiça Militar.

Há controvérsia no entendimento, pois aqui em Mato Grosso a Justiça Militar já


decretou a prisão temporária, por crimes previstos na lei supra (um caso isolado).
Prisão em flagrante delito

a palavra flagrante deriva do latim “flagrare” que significa queimar;

CF no artigo 5° inciso LXI fala-se da prisão em flagrante delito


“ninguém será preso senão em flagrante delito ou por
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou
crime propriamente militar, definidos em lei”.
Característica da prisão em flagrante delito
natureza administrativa;
medida segregação cautelar;
fumus boni juris (fumaça do bom direito);
fumus comissi delicti (fumaça do cometimento do delito);
exercício de cidadania;
visa fazer cumprir as leis do Brasil.

As pessoas que efetuam prisão em flagrante- art. 243 CPPM


facultativo – qualquer do povo (inclusive a vítima do crime);
obrigatório – policiais militares
Pessoa SUJEITA a prisão em Flagrante Delito – art. 244 CPPM

Art. 244. Considera-se em flagrante delito aquele que:


a) está cometendo o crime;
b)acaba de cometê-lo;
c)é perseguido logo após o fato delituoso em situação que faça acreditar ser ele
o seu autor;
d)é encontrado, logo depois, com instrumentos, objetos, material ou papéis
que façam presumir a sua participação no fato delituoso .
Alínea “A e B “ Flagrante Próprio ou Real
está cometendo o crime;
acaba de cometê-lo;

Alínea “C “ Flagrante Impróprio ou quase flagrante


é perseguido logo após o fato delituoso em situação que faça acreditar ser
ele o seu autor. Essa perseguição não pode ser interrompida , pois, se for,
não será mais caso de flagrante delito.

Alínea “D “ Flagrante presumido


é encontrado, logo depois, com instrumentos, objetos, material ou papéis
que façam presumir a sua participação no fato delituoso. Não se sabe ao certo
quem é o autor do crime.
Pessoas NÃO sujeita a prisão em Flagrante Delito

a) os menores de 18 anos, sujeitos as normas ECA (Lei 8.069/90): ver os


artigos 101, §1º, 103, 105, 106, 107, 136, I e 175, caput §1º do ECA, e ainda
o art. 228 CF/88, e art. 27 do CP;

b) os diplomatas estrangeiros- (art. 1º, I do CPP);

c) o Presidente da República-(CF, art. 86, § 3º);

d) autor de delito de trânsito que socorre a vítima – (CTB, art.301);

e) autor de delito que se apresenta à autoridade policial


-apresentação espontânea
-autoria desconhecida Entendimento do STF

Obs: pode ser decretada a prisão preventiva


Pessoa sujeita a prisão em Flagrante Delito somente em crimes
INAFIANÇAVEIS:

a) os Membros do Congresso Nacional – Senadores e Deputados Federais –


(CF/88, art.53, § 2º);

b) os Deputados Estaduais - (CF/88, art.27, §1º, c/c o art.53, §2º);

c) os Magistrados - (LOMAN , art. 33, II- Lei Complementar nº 35/79);

d) os Membros do Ministério Público -(LONMP, art. 40, III);

e) o Advogado, por motivo de exercício da profissão - (Lei nº. 8906, art. 7º,
§3º).
Rol de crimes INAFIANÇAVEIS- art. 323 CPP

- Art. 323. Não será concedida fiança: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011).
I - nos crimes de racismo; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins,
terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; (Redação dada pela Lei
nº 12.403, de 2011).
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a
ordem constitucional e o Estado Democrático; (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).
Lei crimes Hediondos: 8.072 de 25Jul90.

I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de


extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art.
121, § 2o, I, II, III, IV e V); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
II - latrocínio (art. 157, § 3 o, in fine);
(Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2 o);
(Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§
lo, 2o e 3o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
V - estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo
único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
VI - atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art.
223, caput e parágrafo único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
Continuação dos crimes Hediondos: 8.072 de 25Jul90.

V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);


(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o);
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1 o).
(Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998)
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a
fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a
redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998).
(Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998)
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto
nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, tentado ou
consumado. (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
Flagrantes doutrinários e jurisprudências

Flagrante preparado ou provocado ( Ilegal)


autoridade provoca, através de indução ou instigação para que seja praticado
determinado crime. Sumula 145 do STF “não há crime quando a preparação
do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação”.

Flagrante forjado ou fabricado


quando se “plantam” provas para incriminar determinada pessoa. O que seria
uma “encenação”, ou seja o acusado nada praticou e com o intuito de
incriminá-lo, uma situação é simulada. Diante disto, neste “teatro policial” não
será atribuído nada ao acusado, prisão será ilegal. Responde por abuso
de autoridade.

Flagrante esperado
a Polícia é informada da possibilidade de ocorrência do delito, dirige até o local
e aguarda sua execução (Legal).
ATENÇÃO

Nas infrações penais permanentes considera o agente em flagrante


delito, enquanto não cessar a permanência, na inteligência do artigo 244
alínea “a” a “d”. Ex. cárcere privado e deserção etc....
Quem pode presidir o flagrante? (artigo 245 do CPPM)
comandante da OPM;
oficial de dia ou correspondente;
oficial de serviço por delegação;
autoridade judiciária.

ATENÇÃO

A autoridade policial civil, também pode lavrar o flagrante na


condição de presidente, desde que os fatos se amoldem a situação
prevista no artigo 250 CPPM “Quando a prisão em flagrante for
efetuada em lugar não sujeito à administração militar, o auto
poderá ser lavrado por autoridade civil, ou pela autoridade
militar do lugar mais próximo daquele em que ocorrer a
prisão”.
 Designação de Escrivão – art . 245 CPPM
 é o responsável pela confecção do APFD, se o indiciado for Oficial, será
designado Oficial Subalterno, e nos demais casos, será nomeado
subtenente ou sargento, de acordo com artigo 245 §4º do CPPM.

Falta ou impedimento de escrivão – art. 245 §5º CPPM

Em caso de não poder ser nomeado um escrivão militar será procedido da
forma prevista no §5º do mesmo artigo “Na falta ou impedimento de
escrivão ou das pessoas referidas no parágrafo anterior, a autoridade
designará, para lavrar o auto, qualquer pessoa idônea, que, para esse
fim, prestará o compromisso legal”.

OBS: Em ambos os casos as pessoas nomeadas como escrivão deverão


prestar o compromisso legal.
Ausência de Testemunha- Art. 245 §2º CPPM

não impede a lavratura da prisão em flagrante delito (APFD)


- basta apenas 02 (duas) testemunhas instrumentárias, isto é, àquelas que
presenciaram à apresentação do preso;

“A falta de testemunhas não impedirá o auto de prisão em flagrante, que será


assinado por duas pessoas, pelo menos, que hajam testemunhado a
apresentação do preso”.
Recusa ou impossibilidade de assinatura do preso – art. 245 §3º CPPM
quando o preso se recusar a assinar o APFD ou estiver impossibilitado,
-assinado por 02 (duas) testemunhas instrumentarias

“Quando a pessoa conduzida se recusar a assinar, não souber ou não puder


fazê-lo, o auto será assinado por duas testemunhas, que lhe tenham ouvido a
leitura na presença do indiciado, do condutor e das testemunhas do fato
delituoso”.
 Fato praticado na presença de autoridade ou contra ela- art. 249 do
CPPM

- a próprio elaborará o APFD

“quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra ela, no


exercício de suas funções, deverá ela própria prender e autuar em flagrante o
infrator, mencionando a circunstância”. Neste caso a lei orienta que a própria
autoridade policial militar, em casos de que a infração penal militar for praticada
em sua presença ou contra ela, essa deverá dar a voz prisão e ao mesmo
tempo lavrar o APFD”.

Exemplos: desrespeito a superior, violência contra superior, entre outros.


 Fuga de preso – art. 230 do CPPM

em caso de flagrante delito a captura se fará pela simples:


-voz de prisão, da qual será registrada no APFD, assim estabelece a Lei
Maior art. 5º, inciso LXIII “Indispensável devendo constar no flagrante.

- Ex. a voz de prisão será formalizada no termo, bem como nos casos em que
o preso for recapturado será ratificada a voz de prisão.
Quanto ao direito do preso

o artigo 5º da CF, aduz os direitos do preso, os quais deverão ser assegurados


aos presos, como 1º ato, antes de ouvir as partes envolvidas, por meio de uma
Certidão das Garantias Constitucionais, a ser-lhe entregue na presença de 02
testemunhas. Conterá na certidão: Modelo Manual de IPM;
a) Direito ao silêncio - LXIII;
b) Direito Advogado – LXIII (não é necessário estar presente para dar
continuidade aos autos, não é necessário constituí-lo, porquanto neste ato não
há a garantia constitucional do contraditório e, se ele chegar atrasado, basta
constar);
d). Direito de informar um membro da Família - LXII;
e). Direito de saber que é o responsáveis pela prisão - LXIV;
f). Direito em preservar sua integridade física - III ,XLIX.
g) Nota de culpa - LV, LXIV (em 24 horas), aduzindo os motivos de fato da
sua prisão e quem o prendeu.
 comparecimento espontâneo-art. 262 do CPPM
não se sabe ao certo quem é o autor do crime;
reduzir a termo (tomar a declaração) 02 (duas) testemunhas;
deliberar acerca da prisão preventiva;
formalizar o IPM.

“ prisão em flagrante. Não tem cabimento prender em


flagrante delito o agente que , horas depois do delito,
entrega-se à polícia, que não o perseguia, e confessa o
crime. Ressalvada a decretação de custódia preventiva
se presentes os pressupostos legais, concede-se HC e
inválido será a prisão. Unânime.

STF, HC Nº. 61.442/MT, 2º Turma, Francisco Rezek


STJ, HC Nº. 30.527/RJ, DJ 22.03.04
Relaxamento da prisão – art. 224 CPPM
-inexistência de crime;
-inexistência de autoria;
-prisão ilegal – erro de formalidade no auto;
-Infração penal comum;

Registro de Ocorrência – art. 248 CPPM


será lavrado o auto de APFD;
encaminhado á 11ºVEJME;
- confirmar ou não os fatos;
-decidir a sobre a prisão preventiva – expedir o mandado de prisão;
- encaminhar ao MPM p/ manifestação;
- autoridade militar poderá instaurar IPM, complementar as diligências;
Comunicação ao Juiz da prisão - artigo 222, CPPM
a prisão ou detenção de qualquer pessoa será imediatamente levada ao
conhecimento da autoridade judiciária competente, com a declaração do local
onde a mesma se acha sob custódia;
controle de legalidade;

Comunicação seja feita dentro do prazo das 24horas a partir da prisão


(Jurisprudência do STJ)

HC Nº 141.216/GO, Rel Jorge Mussi, 5º Turma, DJ 29.03.10


HC Nº 26.054/PE, Rel Napoleão Nunes Maia Filho, 5ºTurma DJ
07.12.09

Prisão de Militar - artigo 223, CPPM


efetuado por militar de patente superior ao preso;
•Objetivos
evitar que o APFD seja lavrado por autoridade militar inferior ao preso;
preservar a disciplina e a hierarquia.
Formalização do Flagrante- art.245, CPPM
apresentar o preso ao CMT ou autoridade equiparada;
ouvir 1º condutor;
ouvir as testemunhas;
ouvir o indiciado.

Nota de Culpa - artigo 247 do CPPM;


expedição deve ocorrer dentro das 24 horas após a prisão;

Recusa de recebimento- artigo 247, §1º, CPPM;


02 (duas) duas testemunhas;
 leitura da nota de culpa;

Atenção
Testemunhas policiais é válido segundo
jurisprudência do STJ
HC nº. 138.655/SP, 5ºTurma, Rel Min. Laurita Vaz,
DJ 28.06.11
04/12/2023
Recibo do preso- artigo 237, §único, CPPM
contendo dia, hora e lugar da prisão;
controle de entrada de preso na UPM;
evita receber preso sem formalidade legal;

Recolhimento a prisão – art. 246 CPPM

- exame de lesão corporal


- observar a portaria do QCG, locais de custodia de preso provisório;
- informar ao Juiz o local da prisão;
Remessa do auto ao Juiz- art. 251 CPPM
imediatamente ou ;
máximo 05 (cinco) dias se necessitar de diligências- art.251 CPPM;
preso passará a disposição da justiça;

Devolução do auto de APFD – art. 252 CPPM

comprimento de diligências;
vistas do MP, que poderá também requisitar diligências;
Da Liberdade Provisória

Art. 5º, inciso LXVI, CF, diz que: “ninguém será levado à prisão
ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória,
com ou sem fiança”.

Concessão de liberdade Provisória – artigo 253 CPPM

se o crime militar for praticada amparada pelos artigos 35, 38, 40, 39 e 42
CPM;
artigo 270 do CPPM- Regra Geral – Não será preso o autor que cometer o
crime e sua pena:

a). não for pena privativa de liberdade;


b). crime culposa;
c). pena de detenção não superior a 02 (dois) anos;

EXCEÇÃO – CRIMES MILITARES

Artigos: 157, 160, 161, 162, 163, 164, 166, 173, 176, 177,
178, 187, 192, 235, 299 e 302, do Código Penal Militar.
ORGANOGRAMA – SUJEITO ATIVO E PASSIVO DE APFD

facultativo qualquer do povo


sujeito ativo

obrigatório autoridade policial


sujeito a
prisão em
flagrante pessoas nas
situações
regra geral art.244CPPM

sujeito
passivo
•Menores de 18 anos
•Presidente da
exceção (regras República
especiais) •Magistrados etc..
ORGANOGRAMA – FASE ADMINISTRATIVA

O preso será informado dos seus direitos


constitucionais:
segue-se apresentação
Prisão em comunicação do juiz, á família ou a
do preso à autoridade
flagrante pessoa por ele indicada sobre a prisão e
policial competente para
o local em que se encontra- art.5 º,
lavratura do APFD
LXIII;
comunicação do MPM, art.306, CPP,c\c
art.3º, letra “a” CPPM
direito ao silêncio etc..
Nota de culpa- 24 horas

realizam-se as
procede a autoridade à comunicações ao Juiz,
•concluídas as oitivas,
oitiva do condutor, das MPM, e a família do
a autoridade lavra o
testemunhas, da vítima preso ou pessoa por ele
auto e reúne em
e ao interrogatório do indicada, e o local em
âmbito todos os
preso, em termo que se encontra art.
depoimentos.
próprio- art.245 CPPM 5º,LXII, da CF e 306,§1º
CPP

Em prazo que não pode exceder a 24horas da efetivação da prisão, deverá a autoridade que
presidiu a lavratura do auto:
1. Encaminhar os autos à 11ºV.E.J.M.E, caso não concluso e depender de diligencias 05 dias.
2. Encaminhar cópia dos autos à Defensoria Pública,04/12/2023
se o indiciado não constituir defensor,
182
art.306,§2º, do CPP c\c art. 3º , letra “a” do CPPM
3. Entregar a Nota de Culpa ao indiciado- art. 247 CPPM
ORGANOGRAMA – FASE JUDICIAL

Ao receber APFD o Juiz deverá fundamentalmente

Art. 310, II, c\c art. 3º, letra “a”


Art. 310,I CPP, c\ do CPPM, converter o APFD em
c art.3º, letra a prisão preventiva, exige os Art. 253 do CPPM, concede
CPPM, relaxar a requisitos do art. 254, 255 do a liberdade provisória
prisão CPPM

Prisão for ilegal, Modificada pela Lei


deixar de cumprir 12.403, de 2011. Se amoldar ao
as formalidades aplicação no CPPM. artigo 270 c/c art.
do APFD. Art.3º, letra “a” do 253 do CPPM.
CPPM.
5.4.2 Parte Prática

APFD- INTEGRAL – ART. 245 CPPM


APFD- DESMEMBRADO – ART. 42 A 43 DA PORT.128/09
FORMALIZAÇÃO DO APFD - art. 245 CPPM

1. Autuação
2. Portaria encarregado – designação de escrivão
3. Compromisso escrivão
4. Nota de ciências garantias constitucionais
5. Despacho inicial- se não tiver sido feito na portaria do encarregado
-Recibo de preso
-Ofício de informação juiz
-Solicitação extrato de alteração
-Informação ao cmt do preso

6.Formalização do auto- integral ou desmembrado


1º oitiva do condutor
2º oitiva das testemunhas
3º oitiva do conduzido
7.Despacho 2
- Outras diligências
- Expeça nota de culpa
- Certidão de entrega de nota de culpa
- Guia de recolhimento preso
- Exame de corpo delito

8. Despacho - recebimento - ofícios das diligências – certidão - conclusão;

9. juntada de documentos dos despachos – se por ventura se ficarem prontos;

10. Relatório

11. Remessa
11. REMESSA

1º VIA ORIGINAL DIRETO P/ JUSTIÇA MILITAR


2º VIA COMANDANTE BATALHÃO OU CR;
3º VIA CORREGEDORIA GERAL;
4º VIA DEFENSORIA PÚBLICA – SE NÃO POSSUIR ADVOGADO;

12. OUTRAS DILIGÊNCIAS

- EXAME DE LOCAL DE CRIME


- EXAME BALISTICO
- AUTO DE EXIBIÇÃO E EPREENSÃO
- AUTO DE RESTITUIÇÃO
ETC..........................................
13. ENCAMINHAR O PRESO AO QUARTEL DE CUSTODIA

- CÓPIA DA NOTA DE CIÊNCIAS DE GARANTIAS CONSTITUCIONAIS;


- CÓPIA NOTA DE CULPA E CERTIDÃO DE RECIBO DA NOTA;
- CÓPIA GUIA DE RECOLHIMENTO DE PRESO;
- CÓPIA OFÍCIO DE REQUISIÇÃO DE EXAME DE LESÃO CORPORAL;
14. INFORMAÇÃO AO JUIZ

- 1º VIA DA NOTA DE CULPA;


- 1º VIA DA CERTIDÃO DE ENTREGA;
-1º VIA NOTA DE CIÊNCIAS DAS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO
PRESO;
- 1º VIA OFÍCIO EXAME LESÃO CORPORAL;

- OBS: SE OS AUTOS FICAREM PRONTO DENTRO DAS 24HORAS SERÁ


FACULTATIVA ESSA INFORMAÇÃO, VISTO QUE O JUIZ SÓ PODERÁ
EFETIVAR O CONTROLE DE LEGALIDADE COM OS AUTOS COMPLETOS.
TAL INFORMAÇÃO PODERÁ SER FEITA DENTRO DO PRAZO DE 24HORAS
A PARTIR DA PRISÃO CONFORME JÁ EXPLICADO.
MENAGEM- ARTIGO 263 CPPM

- É uma medida cautelar âmbito militar


- Concedida pelo Juiz, precedida da manifestação do MP
- Crimes cuja pena máxima não ultrapasse 4 anos
- Depende da natureza do crime
- Dos antecedentes do infrator da lei
- Fica recluso na UPM militar ( fora de local confinado)
A menagem está prevista no Título XIII do CPPM, que trata das medidas
preventivas e assecuratórias, e se encontra elencada juntamente com
medidas cautelares (prisão em flagrante e prisão preventiva). Sua
incidência restringe-se aos delitos cuja pena privativa de liberdade não
exceda a quatro anos, sendo imprescindível, ainda, para a sua concessão,
ter em conta a natureza do crime e os antecedentes do acusado

Competência e requisitos para a concessão


Art. 263. A menagem poderá ser concedida pelo juiz, nos crimes cujo máximo
da pena privativa da liberdade não exceda a quatro anos, tendo-se, porém,
em atenção a natureza do crime e os antecedentes do acusado.

Lugar da menagem
Art. 264. A menagem a militar poderá efetuar-se no lugar em que residia
quando ocorreu o crime ou seja sede do juízo que o estiver apurando, ou,
atendido o seu pôsto ou graduação, em quartel, navio, acampamento, ou em
estabelecimento ou sede de órgão militar. A menagem a civil será no lugar da
sede do juízo, ou em lugar sujeito à administração militar, se assim o
entender necessário a autoridade que a conceder.
Audiência do Ministério Público
§ 1º O Ministério Público será ouvido, prèviamente, sôbre a concessão da menagem, devendo emitir
parecer dentro do prazo de três dias.

Pedido de informação
§ 2º Para a menagem em lugar sujeito à administração militar, será pedida informação, a respeito da sua
conveniência, à autoridade responsável pelo respectivo comando ou direção.

Cassação da menagem
Art. 265. Será cassada a menagem àquele que se retirar do lugar para o qual foi ela
concedida, ou faltar, sem causa justificada, a qualquer ato judicial para que tenha sido
intimado ou a que deva comparecer independentemente de intimação especial.

Menagem do insubmisso
Art. 266. O insubmisso terá o quartel por menagem, independentemente de decisão
judicial, podendo, entretanto, ser cassada pela autoridade militar, por conveniência de
disciplina.

Cessação da menagem
Art. 267. A menagem cessa com a sentença condenatória, ainda que não tenha passado
em julgado.
Parágrafo único. Salvo o caso do artigo anterior, o juiz poderá ordenar a cessação da
menagem, em qualquer tempo, com a liberação das obrigações dela decorrentes, desde
que não a julgue mais necessária ao interêsse da Justiça.

Contagem para a pena


Art. 268. A menagem concedida em residência ou cidade não será levada em conta no
cumprimento da pena.
Reincidência
Art. 269. Ao reincidente não se concederá menagem.
DILIGÊNCIAS INVESTIGATÓRIAS- ATRIBUIÇÕES DO
PRESIDENTE (ENCARREGADO)

OCORRÊNCIA DE NATUREZA NÃO MILITAR – art. 10 §3º


efetuar as providências do artigo 12 do CPPM

OCORRÊNCIA HÍBRIDA
Militar + Não Militar
providencias- artigo 12 do CPPM
registrar B.O na Depol;
lavrar APFD, se for o caso;
baixar Portaria de IPM, se for crime militar;
instaurar Processo Administrativo se for, infração disciplinar;

ATENÇÃO:
Independente de apuração de crime, autoridade poderá, desde já instaurar Processo
Administrativo Disciplinar ou ao final da investigação se assim o fato necessitar de
melhor esclarecimento;
OBSERVÂNCIA EM SEDE DE IPM- Art. 301 do CPPM
artigo 12 + artigo 13 alínea “a” do CPPM

I - Ouvir o ofendido – art. 311 do CPPM c\c art. 201 do CPP + p.99 do Manual de
IPM (Termo de Pergunta ao Ofendido);

qualificação
tomar sua declaração
perguntar sobre as circunstâncias da infração
quem seja ou presuma ser seu autor do crime
provas que possam indicar

ATENÇÃO
não presta compromisso de dizer a verdade – art.313 do CPPM
sujeito ao crime denunciação caluniosa – art. 339 do CP (civil) art. 343 do CPM
(militar);
condução coercitiva – art.311 §único do CPPM-determinada pela autoridade
judiciária militar, apenas não sofrerá multa.
OBS: Se ofendido for membro do MP ou Juiz- arts. 40, I, da Lei n. 8.625/93, e
33, I, da Lei Complementar n. 35/79- deverá previamente agendar, hora , dia e
local p colher a declaração;
II - Qualificar e interrogar o indiciado - artigos 302 e 306 do CPPM- pag. 101 Manual
de IPM

Qualificação (1º Fase)


perguntado sobre o seu nome;
naturalidade;
estado;
idade, filiação, residência, profissão ou meios de vida e lugar onde exerce a sua
atividade, se sabe ler e escrever.

Interrogatório de fato (2º Fase)


direito de permanecer em silêncio - e outros diretos da CF (art. 5º, III, XLIX, LVII, LVIII,
LXI, LXII, LXIII, LXIV, LXV, LXVI, LXVIII).
não presta compromisso de dizer a verdade- Inc. II art. 5º da CF e art. 296 §2º do
CPPM;
cientificado do objeto das investigações
Interrogado em separado- artigo 304 do CPPM

Obs 1: O STF vedou a condução coercitiva do indiciado, investigado e réu – decisão


nas (ADPFs 395 e 444); Art. 10 da LEI Nº 13.869, DE 5 DE SETEMBRO DE 2019

Obs 2: a negativa do acusado em responder às perguntas de identificação


caracteriza contravenção penal (LCP, art. 68).
Qualificação e interrogatório do Indiciado – pag. 101 Manual de IPM

DIRETO
Indiciamento direto ocorre quando o indiciado está presente, a regra geral é que o
indiciamento seja feito na presença do investigado;

INDIRETO
ocorre quando o indiciado está ausente, estando em local incerto e não sabido, ou
quando devidamente notificado não comparece para ato de indiciamento;

ATENÇÃO

O indiciamento só pode ocorrer a partir do momento em que reunidos elementos


suficientes que apontem para autoria da infração penal militar
CONFISSÃO – art. 307 do CPPM

Requisitos de Validade
prestar diante de autoridade competente
livre e espontânea e expressa
versar sobre o fato principal
verossímil
ter compatibilidade e simetria com as demais provas (STF, DJU, 5 jun. 1992, p.
8430). P.553 Fernando Capez- 2018

RETRATABILIDADE – art. 309 do CPPM

retratável e divisível
sem prejuízo de outras provas dos autos

Obs: A confissão, sobretudo, não terá valor algum quando prestada unicamente na fase
de inquérito (ou administrativa), se não confirmada perante o juiz. (Eugênio Pacelli- CPP
2018, p. 333).
TESTEMUNHAS -art. 347 a 369 do CPPM, pag. 107 Manual de IPM

III – Inquirição de testemunhas

Instrumentária: é aquela que depõe sobre atos que tenha assistido ou


participado;

ex. apresentação de preso em delegacia, pode-se incluir para assinar o


termo de depoimento como apenas testemunha de apresentação e
acompanhamento do depoimento.

 Numerária: é a testemunha que integra o processo (acusação e defesa);

 Própria (direta e indireta): aquela que depõe sobre objeto de acusação;

 Imprópria: é aquela que depõe sobre fatos alheios ao fato investigado;

 Informante: é aquela que não tem compromisso de dizer a verdade


previsto no artigo 352 § 2º do CPPM;

 Referidas: é aquela que foi mencionada em depoimentos anteriores.


COMPARECIMENTO OBRIGATÓRIO – art. 347 CPPM
nos termos da notificação;
falta injustificada (condução coercitiva, multa, prisão e ação penal por desobediência);
ver instrução normativa nº 02/13, da CorregPMMT;
militar de patente superior (instrução normativa nº 07/13, da CorregPMMT);
Ver artigo 203 e 206 CPP c/c artigo 3º CPPM;

NÃO PRESTARÁ COMPROMISSO – §2ºart.352 do CPPM


menores de 14 anos
doentes mentais

RECUSAR A DEPOR – art. 354 DO CPPM


ascendentes
descendentes
afim em linha reta
Exceção: quando não for possível, por outro modo, obter-se a prova do fato, mas não
prestarão o compromisso legal;

PROIBIDAS – art.355 do CPPM


função - encargo imposto por lei – tutor , curador etc.
ministério – atividade religiosa – sacerdote, freiras, assistentes sociais etc.
profissão ou ofício- atividade intelectual- advogados etc.
PRERROGATIVAS TESTEMUNHAS – art. 350 CPPM
dispensadas do comparecimento (horários, dia e local) pessoas;
 impossibilitadas de depor por velhice ou enfermidade

NÃO PRESTARÁ COMPROMISSO – §2ºart.352 do CPPM


menores de 14 anos
doentes mentais

RECUSAR A DEPOR – art. 354 DO CPPM


ascendentes
descendentes
afim em linha reta
Exceção: quando não for possível, por outro modo, obter-se a prova do fato, mas não
prestarão o compromisso legal (violência doméstica, estupro, homicídios etc);

PROIBIDAS – art.355 do CPPM


função - encargo imposto por lei – tutor , curador etc.
ministério – atividade religiosa – sacerdote, freiras, assistentes sociais etc.
profissão ou ofício- atividade intelectual- advogados etc.

STJ – Recurso Ordinário em MS 17.783-SP, Rel. Min. Felix Fischer, 6.4.2004).


Inclui nesse contexto o Contador do indiciado
ATENÇÃO
Afirmação falsa de testemunha

Art. 364. Se o Conselho de Justiça ou o Superior Tribunal Militar, ao pronunciar


sentença final, reconhecer que alguma testemunha fez afirmação falsa, calou ou
negou a verdade, remeterá cópia do depoimento à autoridade policial competente,
para a instauração de inquérito. Crime art. 346 CPM pena de 2 a 6 anos de reclusão

RETRATAÇÃO – art. 346 § 2º do CPM


antes da sentença, retrata ou diga a verdade – fica isento de
pena.

NOTIFICAÇÃO - artigo 291 do CPPM,


feitas de dia
antecedência no mínimo de 24 horas

ACAREAÇÕES - artigo 365 do CPPM (quando há divergência nos depoimentos)


entre acusados;
entre testemunhas;
entre acusado e testemunha;
entre acusado ou testemunha e pessoa ofendida;
entre as pessoas ofendidas;

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