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Justiça Militar

A Justiça Militar é o ramo especializado do Poder Judiciário brasileiro com competência para analisar
e julgar os crimes militares definidos na lei. Criado em 1808, pelo príncipe-regente de Portugal, Dom
João, representa uma das instituições de justiça mais antigas do País.

É composta, no primeiro grau, por auditorias militares, organizadas geograficamente em


circunscrições judiciárias militares. Essas instituições julgam os crimes militares cometidos por
membros das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) ou por civis que atentem contra a
Administração Militar federal.

A instância máxima da Justiça Militar é o Superior Tribunal Militar (STM) , composto por ministros
militares e civis. O formato permite a simbiose da experiência que os militares trazem dos quartéis e o
conhecimento dos magistrados civis sobre a ciência jurídica.

Além da Justiça Militar, a Justiça Especializada brasileira comporta a Justiça do Trabalho e a Justiça
Eleitoral . Conflitos provenientes de outras esferas da vida em sociedade estão sob a competência
da Justiça Comum .

O Superior Tribunal Militar (STM) é o órgão máximo da Justiça Militar , que tem por responsabilidade
julgar e julgar os crimes militares previstos no Código Penal Militar brasileiro.

Seu funcionamento decorre da própria existência das Forças Armadas. Presente no País há mais de
200 anos, a Justiça Militar passou a integrar o Poder Judiciário brasileiro em 1934. Seus julgamentos
seguem a mesma sistemática dos demais tribunais superiores .

O STM é composto por 15 ministros vitalícios, nomeados pelo presidente da República, depois de
aprovar a indicação pelo Senado Federal. Ao todo, são três oficiais-generais provenientes da Marinha,
quatro oficiais-generais do Exército e três oficiais-generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto
mais elevado da carreira. Completam o quadro cinco magistrados dentre brasileiros civis maiores de
35 anos.

A justiça militar no Brasil é responsável por julgar crimes militares, definidos em legislação específica, cometidos por
membros das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) e, em alguns casos, por militares estaduais (policiais
militares e bombeiros). Existem, basicamente, duas instâncias da justiça militar no país: a Justiça Militar da União e a
Justiça Militar dos Estados e do Distrito Federal.

**1. Justiça Militar da União:**

- **Estrutura:** A Justiça Militar da União é composta pelo Superior Tribunal Militar (STM) e pelas Auditorias Militares
(1ª instância).

- **Composição do Superior Tribunal Militar (STM):** O STM é formado por quinze ministros, sendo quatro do Exército,
quatro da Marinha, quatro da Aeronáutica e três civis. Eles são escolhidos pelo Presidente da República, após aprovação
do Senado Federal.
- **Investidura e Requisitos:** Os ministros do STM são nomeados pelo Presidente da República, com a exigência de
notável saber jurídico e reputação ilibada. Os magistrados da 1ª instância são militares, indicados pelos comandantes
das Forças Armadas.

- **Quinto Constitucional:** Não há previsão de quinto constitucional na Justiça Militar da União.

**2. Justiça Militar dos Estados e do Distrito Federal:**

- **Estrutura:** Cada Estado e o Distrito Federal possuem sua própria Justiça Militar, composta pelo Tribunal de Justiça
Militar (2ª instância) e pelas Auditorias Militares (1ª instância).

- **Composição do Tribunal de Justiça Militar:** Os tribunais de Justiça Militar são compostos por civis e militares,
sendo o número de membros e a composição específicos de cada estado.

- **Investidura e Requisitos:** Os juízes dos tribunais e das auditorias militares dos estados e do Distrito Federal são
escolhidos pelos governadores, a partir de lista tríplice formada por auditores militares de carreira.

- **Quinto Constitucional:** Nos tribunais de Justiça Militar dos estados e do Distrito Federal, parte das vagas é
destinada a membros do Ministério Público Militar e advogados militares.

**Competências da Justiça Militar:**

- A Justiça Militar julga crimes militares definidos em lei, como insubordinação, motim, deserção, peculato militar, entre
outros.

- As competências podem variar entre a Justiça Militar da União e a dos Estados.

É importante ressaltar que a justiça militar é regida por legislação específica, como o Código Penal Militar e o Código de
Processo Penal Militar, e atua de forma autônoma em relação à justiça comum.

A Justiça Militar da União é um dos ramos do Poder Judiciário brasileiro, sendo especializada no julgamento de
crimes militares. Está dividida em 12 Circunscrições Judiciárias Militares (CJM), que, por sua vez, abrigam uma ou
mais Auditorias Militares, os órgãos de Primeira Instância.
As Auditorias têm jurisdição mista, ou seja, cada uma julga os feitos relativos à Marinha, ao Exército e à
Aeronáutica. Na Primeira Instância, o julgamento é realizado pelos Conselhos de Justiça, formados por quatro
oficiais e pelo juiz federal da Justiça Militar da União.
Na primeira instância, o Conselho Permanente de Justiça é competente para processar e julgar militares
que não sejam oficiais. O Conselho Especial de Justiça é competente para processar e julgar oficiais, exceto os
oficiais generais, que são processados diretamente no Superior Tribunal Militar. Os civis são julgados
monocraticamente pelo juiz federal da Justiça Militar da União.
Os recursos às decisões de Primeira Instância são remetidos diretamente para o Superior Tribunal Militar (STM).
A Corregedoria é o órgão responsável pelas atividades de orientação judiciário-administrativa, fiscalização e
inspeção das Auditorias. O cargo de corregedor é exercido pelo ministro vice-presidente do Superior Tribunal
Militar (STM).

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