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Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta
Constituição.
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual,
constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau,
pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar
seja superior a vinte mil integrantes.
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes
militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência
do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da
patente dos oficiais e da graduação das praças.
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes
militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao
Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares.
Art. 187. A Justiça Militar estadual, com sede na Capital e jurisdição em todo o Estado é composta:
Seção II
Da Competência Geral
Art. 188. Compete à Justiça Militar processar e julgar os militares do Estado, nos crimes militares
definidos em lei, e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do
Tribunal do Júri quando a vítima for civil, cabendo ao Tribunal de Justiça decidir sobre a perda do posto e
da patente dos oficiais e da graduação das praças.
Seção III
Art. 189. O cargo de juiz de direito de Vara Militar será provido por juiz de direito de terceira
entrância, observadas as normas estabelecidas para o provimento dos demais cargos de carreira da
magistratura estadual.
Art. 190. Compete ao juiz de direito de Vara Militar:
I – processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais
contra atos disciplinares;
II – presidir os conselhos de Justiça Militar e relatar, com voto inicial e direto, os processos
respectivos;
IV – expedir todos os atos necessários ao cumprimento das suas decisões e das decisões dos
conselhos da Justiça Militar;
V – exercer o ofício da execução penal em todas as unidades militares estaduais, onde haja preso
militar ou civil sob sua guarda provisória ou definitiva;
Seção IV
Art. 191. O cartório de vara Militar terá seus cargos preenchidos por membros da Polícia Militar
e/ou do Corpo de Bombeiros do Estado, habilitados para o exercício da função, sem prejuízo da
participação de servidores da justiça comum, quando necessário.
§ 1º O cartório será chefiado por um militar graduado (primeiro sargento ou subtenente) ou por
um oficial até a patente de capitão, requisitado mediante indicação do juiz competente ao comandante-
geral da Polícia Militar, através de ato do presidente do Tribunal de Justiça.
§ 2º O militar a serviço de vara militar tem fé de ofício quando da prática dos atos inerentes às
respectivas funções, que correspondem à função de analista judiciário, de técnico judiciário, de
movimentador e de oficial de justiça.
Seção V
Art. 192. As audiências e sessões de julgamento da Justiça Militar são realizadas na sede da
comarca, salvo os casos especiais por justa causa ou força maior, fundamentados pelo juiz de direito
titular da Vara Militar.
CAPÍTULO II
Seção I
Art. 193. Integram a Justiça Militar do Estado, observada a separação institucional entre a Polícia
Militar e o Corpo de Bombeiros, os seguintes Conselhos de Justiça:
I – Conselhos Especiais;
Seção II
Da Composição
Art. 194. Os Conselhos Especiais são compostos por quatro juízes militares, todos oficiais de postos
não inferiores ao do acusado.
§ 3º Sendo o acusado do posto mais elevado da corporação, e nela não existindo oficial, ativo ou
inativo, mais antigo que ele, o conselho especial será composto por oficiais que atendam ao requisito da
hierarquia, embora pertencentes à outra instituição militar estadual.
§ 4º Não havendo, em qualquer das corporações, no posto mais elevado, oficial, ativo ou inativo,
mais antigo que o acusado, será este julgado pelo Tribunal de Justiça.
§ 5º Quando, em um mesmo processo, os acusados forem oficiais e praças, responderão todos
perante o conselho especial.
Art. 195. Os Conselhos Permanentes serão compostos pelo mesmo número de oficiais previsto para
os Conselhos Especiais, devendo ser integrados por, no mínimo, um oficial superior.
Seção III
Da Competência
Art. 196. Compete aos Conselhos de Justiça Militar processar e julgar os crimes militares não
compreendidos na competência monocrática de juiz de vara militar. Parágrafo único. Aos Conselhos
Especiais compete o julgamento de oficiais, enquanto aos Conselhos Permanentes ou Trimestrais
compete o julgamento das praças em geral.
Seção IV
§ 1º Os sorteios para a composição dos Conselhos Permanentes realizar-se-ão entre os dias vinte e
vinte e cinco do último mês de cada trimestre, ressalvado motivo de força maior para sua não ocorrência.
§ 2º O resultado dos sorteios será informado aos comandantes-gerais da Polícia Militar e do Corpo
de Bombeiros para que providenciem a publicação em boletins gerais e ordenem o comparecimento dos
juízes não togados à hora marcada na sede do Juízo Militar, ficando à sua disposição enquanto durarem
as convocações.
§ 3º Os sorteios para a composição dos Conselhos Especiais ocorrerão sempre que se iniciar
processo criminal contra oficial, mantendo-se sua constituição até a sessão de julgamento, se alguma
causa intercorrente não justificar o arquivamento antecipado da ação penal.
§ 4º O sorteio para a composição dos Conselhos Permanentes da Justiça Militar dará preferência a
oficiais aquartelados na Capital.
§ 5º Caso a relação dos oficiais da ativa, prevista no caput deste artigo, não seja enviada ao juiz
competente, no prazo legal, os sorteios para composição dos Conselhos da Justiça Militar serão realizados
com base na relação enviada no trimestre anterior, sem prejuízo da apuração de responsabilidades.
CAPÍTULO III
DA EXECUÇÃO DA PENA
Art. 198. O regime carcerário aplicável ao condenado pelo juiz de direito titular de Vara Militar é o
seguinte:
I – no caso de pena privativa da liberdade por até dois anos, o regime será regulamentado nas
decisões que proferirem o juiz monocrático e os conselhos da Justiça Militar, sendo o condenado
recolhido à prisão militar;