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OS TRÊS

PODERES DO
BRASIL

28 DE JANEIRO

INSTITUTO PÓLIS APART

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LEGISLATIVO

CONGRESSO NACIONAL

Qual o principal papel do Congresso?

• O Congresso é o nível mais alto do Poder Legislativo do Brasil e divide com o


Executivo (governo) e o Judiciário (tribunais) a tarefa de conduzir o país. Sua
principal função é elaborar, debater, aperfeiçoar e aprovar as leis. É formado
pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. Um projeto de lei iniciado e
aprovado na Câmara é sempre revisado pelo Senado. Do mesmo modo, uma
proposta apresentada e aprovada pelos senadores precisa passar pela votação
dos deputados antes de ser enviada à sanção da Presidência da República e
virar lei.

Que outras funções tem o Parlamento?

• Segundo a Constituição, é da competência exclusiva do Congresso, entre


outras atribuições: resolver sobre tratados e acordos internacionais que
acarretem despesas ao patrimônio nacional; autorizar o presidente da República
a declarar guerra e a celebrar a paz; aprovar ou suspender o estado de
defesa1, a intervenção federal e o estado de sítio2; julgar anualmente as contas
prestadas pelo presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução
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Estado de Defesa consiste numa medida constitucional que suspende, temporariamente, alguns direitos individuais
dos cidadãos. Esta ação tem como objetivo a preservação ou restauração da paz social e ordem pública, principalmente em
locais que sofrem com instabilidades institucionais, grandes calamidades ou situações de guerra, por exemplo. O Estado de
Defesa somente poderá ser aplicado quando esta decisão for decretada pelo Presidente da República em exercício, sendo esta
ação normalmente indicada pelo Conselho da República e pelo Conselho de Defesa Nacional.

As condições que definem o Estado de Defesa no Brasil estão previstas no artigo 136 da Constituição Federal de 1988:

Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional,
decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem
pública ou a paz social ameaçada por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de
grandes proporções na natureza.

Assim como está previsto na lei, as restrições que atuam como consequências do Estado de Defesa são: a perda do direito
ao sigilo de correspondência; restrição ao direito de poder se reunir em grupos, mesmo no seio das associações; e a perda do
sigilo telefônico. O local onde o Estado de Defesa será aplicado é definido pelo Presidente da República, assim como a sua
duração. No entanto, conforme descrito no artigo 136 da CF, o tempo de duração do Estado de Defesa não pode ser superior
a 30 dias. Este período pode ser prorrogado (apenas uma vez) por igual número de dias, desde que hajam justificativas
concretas para tal decisão. O Estado de Defesa é considerado um estado de exceção, isto é, uma condição oposta ao Estado
de Direito, e que deve ser temporário.
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dos planos de governo; fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo;
analisar as concessões de emissoras de rádio e TV; convocar plebiscitos.

Senadores e deputados participam de sessão conjunta


do Congresso Nacional.

Quais as atribuições exclusivas do Senado?

• Entre outras, processar e julgar, nos crimes de responsabilidade, o


presidente e o vice-presidente da República, os ministros de Estado e os
comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, bem como os
ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de
Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o procurador-geral da
República e o advogado-geral da União;

• aprovar, após sabatina pública, a escolha do presidente do Banco Central, do


procurador-geral da República e de embaixadores do Brasil;

• autorizar a obtenção de empréstimos externos por parte da União, dos


estados e dos municípios.

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O estado de sítio é um instrumento burocrático e político em que o chefe de Estado – que, no Brasil, é o (a)  Presidente da
República – suspende por um período temporário a atuação dos Poderes Legislativo (deputados e senadores) e Judiciário.
Trata-se de um recurso emergencial que não pode ser utilizado para fins pessoais ou de disputa pelo poder, mas apenas para
agilizar as ações governamentais em períodos de grande urgência e necessidade de eficiência do Estado.
A forma como o estado de sítio funciona depende muito da legislação constitucional que cada país possui. No Brasil e na
maioria dos países, o estado de sítio possui uma duração muito limitada – aqui, de 30 dias – e só pode ser estendido em casos
de guerra, tendo duração enquanto essa perdurar ou se manter plenamente ativa. Na Constituição Federal (CF), o
funcionamento do estado de sítio está fundamentado nos artigos 137 a 141. Para entender melhor como se realiza o estado
de sítio no Brasil, acompanhemos um trecho da CF em um dos artigos acima citados:

Art. 137 – O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de


Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio
nos casos de:
I - Comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia
de medida tomada durante o estado de defesa;
II - Declaração de estado de guerra ou resposta à agressão armada estrangeira.
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de
sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso
Nacional decidir por maioria absoluta.

Podemos perceber que decretar estado de sítio no Brasil não é algo simples. Primeiramente, o Conselho da República e o
Conselho de Defesa Nacional precisam ser consultados – embora não se especifique que esses devam aprovar a medida,
apesar de imaginarmos que isso seja altamente recomendado. Em segundo lugar, o Congresso Nacional precisa aprovar essa
ação por maioria absoluta. Mesmo assim, isso só deve se realizar em ocasiões em que o  estado de defesa demonstra-se
ineficaz, em que houver grande repercussão no país ou outros casos relacionados, além do estado de guerra.

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Que atividades cabem exclusivamente à Câmara?

• compete exclusivamente aos deputados, entre outras atribuições, autorizar,


por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o
presidente e o vice-presidente da República e os ministros de Estado;

• fazer a tomada de contas do presidente da República, quando não


apresentadas ao Congresso dentro de 60 dias após a abertura do ano
legislativo;

• eleger membros do Conselho da República.

Quantos integrantes tem o Senado e o que eles representam?

• O Senado é formado por 81 integrantes, que representam os estados e o


Distrito Federal, garantindo o equilíbrio entre as unidades da Federação. Isso
porque cada estado tem o mesmo número de senadores (três), ao contrário do
que acontece na Câmara, em que o tamanho das bancadas estaduais varia de
acordo com a população.
“O Brasil é uma nação muito assimétrica: temos estados com 40 milhões de
habitantes e estados com 400 mil habitantes. Os seis maiores colégios
eleitorais do Brasil [os seis estados de maior população] decidiriam tudo
sozinhos dentro do Parlamento se só houvesse a Câmara”, explica o cientista
político e professor Octaviano Nogueira.

Quantos deputados tem a Câmara e quem eles representam?

• A Câmara tem 513 deputados federais. Eles representam a população. O


tamanho das bancadas por estado varia de acordo com o número de
habitantes de cada um. Pela distribuição atual, as menores bancadas contam
com oito integrantes e a maior, de São Paulo, com 70. No ano passado, o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) resolveu mudar o tamanho de 13 bancadas
com base na Lei Complementar 78/1993, que estabelece que a distribuição por
estado deve ser proporcional aos dados populacionais colhidos pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas o Supremo Tribunal Federal
(STF) barrou a mudança por julgar que não cabe ao TSE essa definição. A
competência para tratar do tema é exclusiva do Legislativo.

Qual o tempo de mandato e qual a forma de eleição dos senadores?

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• O mandato dos senadores é de oito anos. Mas as eleições para o Senado
acontecem de quatro em quatro. Assim, a cada eleição, a Casa renova,
alternadamente, um terço e dois terços de suas 81 cadeiras.

Em 2014, um terço dos senadores está chegando ao fim do mandato. Com


isso, no dia 5 de outubro, serão eleitos 27 novos senadores para preencher as
vagas que se abrem: uma para cada estado e o DF. Eles vão se unir aos outros
54 — 2 por estado — que ainda têm quatro anos de mandato pela frente.

Segundo o cientista político Octaviano Nogueira, a alternância garante que


haja eleições para senadores em todos os pleitos. “Caso contrário, se a
renovação fosse integral, como na Câmara, só votaríamos para a escolha dos
senadores de oito em oito anos”, diz.

Para ele, outra vantagem da votação alternada é a garantia de continuidade


dos projetos e ações acompanhados pelas bancadas de senadores em seus
respectivos estados. A eleição para o Senado segue o princípio majoritário, o
mesmo observado na escolha de presidente da República e dos governadores
de estado. Ou seja, o candidato que recebe mais votos é o eleito. No Plenário,
o lugar das bancadas estaduais obedece à ordem alfabética

Qual o tempo de mandato e qual a forma de eleição dos deputados?

• os deputados são eleitos para mandatos de quatro anos, pelo sistema


proporcional. Nele, é preciso saber primeiro quais os partidos e coligações mais
votados para, depois, dentro das legendas, apontar os candidatos eleitos.
“Esse inclusive é um dos motivos de se atribuir o mandato ao partido e não ao
político”, diz Pedro Luiz Barros Palma da Rosa, analista do Tribunal Regional
Eleitoral (TRE) de Minas Gerais. O objetivo do sistema é fazer com que as
urnas reflitam o tamanho das correntes políticas que disputam a eleição. Mas a
fórmula para chegar ao resultado gera polêmica porque permite que
candidatos muito bem votados percam a vaga para outros com poucos votos.

O que é preciso para ser senador ou deputado?

• a Constituição determina que, para se tornar senador ou deputado, o cidadão


precisa ter nacionalidade brasileira, pleno exercício dos direitos políticos,
domicílio eleitoral no estado que vai representar e filiação partidária. A única
diferença de requisitos entre as duas Casas é a idade mínima exigida: 35 anos
para o Senado e 21 para a Câmara.
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Anexo

O que é Estado de direito?

O conceito de Estado de direito é relacionado ao poder do Estado. É quando


esse poder, em relação às decisões que podem ser tomadas pelos
governantes, é limitado pelo conjunto das leis, pelo direito.

No Estado de direito obrigatoriamente todos os direitos fundamentais do homem


devem ser protegidos pelo Estado: tanto os direitos políticos, como os sociais e
os econômicos.

O Direito, através da legislação, vai definir o que pode ou não pode ser feito,
tanto em relação aos governantes como em relação aos cidadãos. No Estado de
direito uma decisão não pode ser contrária à legislação, ou seja, a lei não pode
ser violada.

O Brasil é um Estado democrático baseado na soberania popular, a soberania


que vem do povo. É uma democracia participativa que foi estabelecida na
Constituição Federal de 1988.

Limite de poder dos governantes

O conceito de Estado de direito se refere ao poder de decisão dos governantes,


ou seja, no Estado de direito nenhuma ação ou decisão deve ir contra as leis
que existem em um território.

Da mesma forma os cidadãos devem se submeter às leis como forma de viver


em uma sociedade organizada, o poder do Estado também é submetido ao
direito.

O limite de poder existe para garantir que o mais importante em um Estado seja
a vontade e a garantia dos direitos dos cidadãos. É por esse motivo a lei não
permite que os governantes tenham liberdade absoluta em suas decisões.

O Estado de direito e o Princípio da Legalidade

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O conceito de Estado de direito é relacionado a um dos princípios básicos do
direito: o Princípio da Legalidade.

De acordo com esse princípio ninguém pode ser obrigado a fazer algo ou a
deixar de fazer algo, a menos que exista uma previsão da lei sobre o assunto.

Diferença entre Estado de direito e Estado democrático de direito

A diferença entre o Estado de direito e o Estado democrático de direito é ligada


à proteção dos valores e princípios que são garantidos aos cidadãos pela
Constituição Federal e por outras leis.

No Estado democrático de direito, assim como acontece no Estado de direito, as


decisões dos governantes devem ser tomadas com base na lei e dentro dos
limites que são estabelecidos pela legislação do país.

A diferença entre eles é que no Estado democrático de direito os direitos


fundamentais protegidos pela Constituição devem ser levados em consideração
nas decisões com o objetivo de proteger os direitos dos cidadãos.

INTERLEGIS
(Programa de Integração e Modernização do
Poder Legislativo)

Surgiu em 1977 no órgão de processamento de dados do Senado


(PRODASEN) a partir do projeto de doutorado de Armando Roberto Ceuchi
Nascimento, funcionário daquele órgão. Em 1999 o Governo Brasileiro assinou o
contrato, estabelecendo a parceria entre o Senado e o BID ( Banco
Interamericano de Desenvolvimento), dando início ao programa Interlegis, que
foi dividido em três fases: e-Parlamento, e-Governo e o e-Democracia.
Na prática, o Programa Interlegis busca melhorar a comunicação e o
fluxo de informação entre os legisladores, aumentar a eficiência e a
competência das Casas Legislativas e promover a participação cidadã
nos processos legislativos, preparando os parlamentos brasileiros para
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Democracia Participativa ou e-Democracia. Ele atua com base em quatro
pilares: Capacitação, comunicação, informação e tecnologia. Na área de
tecnologia, o Programa Interlegis desenvolve sistemas para o poder legislativo,
liberando-os como software livre sob a licença GPL, e que são desenvolvidos em
conjunto com comunidades de usuários e cidadãos interessados, apoiados pelo
ambiente Colab. Dentre os principais sistemas se destacam:

 SAPL - Sistema de Apoio ao Processo Legislativo - que visa a


automação do processo legislativo eletrônico;
 Portal Modelo - é um portal CMS (Content Manegement System =
Sistema de Gerenciamento de Conteúdo) pronto para uso e
customizado para uma Casa Legislativa, com ferramentas
de transparência, lei de acesso à informação, participação
cidadã, dados abertos, e-democracia, entre outras;
 SAAP - Sistema de Apoio à Atividade Parlamentar - que visa a
automação dos gabinetes dos parlamentares;
 SPDO - Sistema de Protocolo de Documentos - que visa a
automação do protocolo eletrônico das Casas Legislativas,
reduzindo o uso de papel;
 SAAL - Sistema de Apoio à Administração Legislativa - que visa a
automação administrativa de um parlamento, sendo
um ERP (Enterprise Resource planning = Planejamento de
Recursos Empresariais) legislativo. Está em fase de
desenvolvimento e ainda não possui versão de uso.

O Interlegis foi responsável por um dos maiores programas de


inclusão digital, no início do século XXI, distribuindo equipamentos e conectando
na Internet 3398 municípios brasileiros, através das Câmaras
Municipais e Assembleias Legislativas, criando assim a Rede Nacional Interlegis -
RNI. Hoje a infraestrutura de tecnologia do Interlegis atua também na
hospedagem dos produtos e serviços desenvolvidos pelos Interlegis e fornecidos
gratuitamente às Casas Legislativas Brasileiras.
Em 2010 o Interlegis criou o Colab, que é um ambiente de
colaboração para as comunidades de prática do legislativo, que possui
ferramentas da Internet para estimular a participação de cidadãos interessados,
funcionários das Casas Legislativas e parlamentares, com o objetivo de resolver
os problemas práticos dos parlamentos, permitindo melhor comunicação entre
as pessoas participantes e colaboração em várias áreas do conhecimento, como
assessoria legislativa, desenvolvimento de tecnologias, comunicação e
administração legislativa, entre outras.
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Em 2013, após a reforma administrativa do Senado Federal, o
Programa Interlegis, que antes era administrado por uma secretaria especial
chamada SINTER, passou a ser administrado pelo Instituto Legislativo Brasileiro
(ILB), ao qual compete exercer as prerrogativas de Escola de Governo, que
consistem em gerir e executar a Política de Capacitação do órgão e o Programa
de Integração e Modernização do Poder Legislativo Brasileiro (Interlegis). O
Interlegis é fruto de uma parceria entre o Senado e o BID, Banco
Interamericano de Desenvolvimento. Ele oferece mecanismos de modernização
e transparência às casas legislativas de todo o país e faz um trabalho importante
de treinamento e integração delas.

PORTAL MODELO

Vantagens:

 É gratuito: Ao ser desenvolvido utilizando ferramentas licenciadas


com software livre, o Portal Modelo é disponibilizado sem custo
para as casas legislativas.
 É rápido: Após solicitar, em poucos dias estará disponível.
 É  .LEG: Todo Portal Modelo  utiliza o  Domínio .LEG. 
 É fácil de usar: A tecnologia do Portal Modelo é muito simples e
intuitiva tornando-o simples de utilizar, personalizar e gerenciar
seu conteúdo.
 Vem pronto pra uso: A casa legislativa recebe o site pronto. Ela
precisa apenas definir o conteúdo (personalizar) e mantê-lo
atualizado.
 Tem hospedagem grátis: Caso seja de interesse da Câmara, os dados
do Portal Modelo  da casa podem ser armazenados gratuitamente
no datacenter do Interlegis. 

HOSPEDAGEM

Hospedagem se refere ao termo utilizado em Tecnologia para


designar a guarda e a manutenção de dados e sistemas em um centro de
processamento de dados (datacenter). O datacenter do Interlegis tem
infraestrutura capaz de hospedar os sites (Portal Modelo) e os sistemas de
Processo Legislativo (SAPL) de qualquer casa legislativa. Também disponibiliza
para as casas legislativas recursos de infraestrutura de TI para prover o serviço
de identificação de domínio na internet, DNS. 
E-MAIL LEGISLATIVO
O e-mail legislativo proporciona segurança e credibilidade no uso do
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correio eletrônico por servidores e parlamentares de casas legislativas estaduais
e municipais. Características:

 é possível criar até 100 caixas de e-mail de 1GB cada, ou até 50


caixas de e-mails de 2GB cada, ou senão 20 caixas de e-mails de
5GB cada;
 segue o padrão usuario@municipio.uf.leg.br;
 os dados ficam hospedados no datacenter do Interlegis. 
 
Vantagens:
 Mais profissionalismo: a casa adquire uma identidade on-
line profissional.
 Interface intuitiva: acessível de todos os navegadores, de forma
fácil e prática.
 Hospedagem gratuita: o correio é oferecido sem custos financeiros.
 Vem pronto pra uso: é entregue pronto para ser utilizado.  

DOMÍNIO ".LEG.BR"

“. LEG” identifica o Legislativo na internet. Em outras palavras, o domínio.


LEG agrupa todos os órgãos do Poder Legislativo na Rede Mundial de
Computadores.

Veja os domínios mais comuns no Brasil:

 Sites comerciais: .COM


 Sites do governo: GOV

 Sites do judiciário: JUS

 Sites do legislativo: .LEG

 O .LEG pode e deve ser utilizado por todos os órgãos do Poder


Legislativo brasileiro.
 Senado Federal (www.senado.leg.br), Câmara dos Deputados
(www.camara.leg.br) e Tribunal de Contas da União
(www.tcu.leg.br) passaram a adotar o .LEG em outubro de 2012.
 Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais e Tribunais de
Contas estão aderindo aos poucos ao novo domínio.
As regras para uso do .LEG são diferenciadas para cada órgão do
Legislativo e seguem as mesmas regras estabelecidas pelo  Executivo, veja:

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Órgãos Federais

 Padrão: www.órgão.leg.br
 Exemplo: www.senado.leg.br

Assembleias Legislativas

 Padrão: www.al.uf.leg.br
 Exemplo: www.al.al.leg.br

Câmaras Municipais

 Padrão: www.nomedacidade.uf.leg.br
 Exemplo: www.fernao.sp.leg.br

Tribunais de Contas dos Estados (TCEs)

 Padrão: www.tce.uf.leg.br
 Exemplo: www.tce.rr.leg.br

O SAPL é um sistema que automatiza boa parte das atividades relacionadas ao


Processo Legislativo, como: Elaboração de proposições; Protocolo e tramitação
de matérias legislativas; Organização da ordem do dia; Registro de votações nas
Sessões Plenárias; Manutenção atualizada da base de leis e outras normas
jurídicas; Arquivo histórico de proposições, entre outras.

Além das atividades relacionadas, o SAPL ainda mantém e


disponibiliza consultas às informações sobre a Mesa Diretora, Comissões,
Parlamentares, Ordem do Dia, Sessão Plenária, Proposições e Normas Jurídicas.
A informatização do Processo Legislativo facilita as atividades dos parlamentares
e dos servidores do Legislativo em geral, além de permitir aos cidadãos o
acompanhamento dos Processos Legislativo e acesso à legislação existente.

Vantagens operacionais

1. Melhor organização das informações;

2. Padronização e racionalização das atividades;

3. Disponibilidade tanto de editor próprio para elaboração das proposições


legislativas, como de carregamento de arquivo externo;

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4. Facilidade e segurança no envio, recebimento e protocolo das proposições;

5. Melhor controle e maior agilidade na tramitação das matérias;

6. Facilidade e rapidez na elaboração da pauta da sessão;

7. Facilidade no registro das atividades da sessão plenária;

8. Maior disponibilidade e exatidão das informações;

9. Maior transparência das atividades legislativas;

10. Fácil acesso e atualização das informações do acervo legislativo local.

Vantagens técnicas

1. Interface web

2. Software livre

3. Acesso ao código fonte

4. Facilidade de obtenção

5. Facilidade de adaptação

6. Garantia de evolução

PROCESSO LEGISLATIVO É O PRINCIPAL CONJUNTO DE ATIVIDADES


DE UMA CASA LEGISLATIVA

Para facilitar a rotina da casa, o Programa Interlegis desenvolveu e


mantém o Sistema de Apoio ao Processo Legislativo (SAPL), uma ferramenta
que informatiza o Processo Legislativo, sem custos financeiros para a Câmara.
Com o lançamento da versão 3.1, o novo SAPL vem com Painel Eletrônico e
Compilação de textos.
Entre suas principais funções estão:

 elaboração de proposições;
 protocolo e tramitação das matérias legislativas;
 organização das sessões plenárias;
 manutenção da base de leis e consultas às informações sobre mesa
diretora, comissões, parlamentares, ordem do dia, votações, etc.

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O SAPL simplifica a atividade do parlamentar e dos servidores, além


de colaborar com a transparência da casa, pois permite que os cidadãos
conheçam a produção legislativa dos parlamentares, acompanhem o processo
legislativo e façam pesquisa à legislação municipal ou estadual.

CÂMARA DOS DEPUTADOS

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Os candidatos a prefeito, governador, senador e presidente da República são
eleitos pelo voto majoritário. Ou seja, vence quem tem mais votos.

Mas a eleição para vereador, deputado estadual e deputado federal é diferente.


Eles são eleitos pelo sistema proporcional. Nesse sistema, a votação de cada
candidato é influenciada pela soma de votos de todos os candidatos do mesmo
partido ou coligação e ainda pelos os votos de legenda. Basicamente, os votos
que “sobram” dos candidatos mais votados ajudam a eleger outros do mesmo
partido ou coligação.

O cálculo de votos para a eleição de deputados federais funciona da seguinte


forma:

- Divide-se o número de votos válidos (em candidatos e em partidos) pelo


número de vagas que determinado estado tem na Câmara. O número que
resulta dessa conta é o quociente eleitoral;

- Em seguida, é feito o cálculo do quociente partidário, dividindo-se o


número de votos que o partido ou coligação obteve pelo quociente
eleitoral. Esse quociente determina o número de vagas que cada partido ou
coligação vai ter na Câmara.

Os partidos ou coligações cujos candidatos tenham recebido mais votos elegem


um número maior de deputados. Por isso, muitos candidatos são eleitos com
menos votos que outros que tiveram mais votos que eles. É que eles pertencem
a partidos ou coligações que, na soma, tiveram mais votos.

Para evitar a eleição de candidatos com votação inexpressiva, como já ocorreu


no passado, foi criada em 2015 a cláusula de desempenho individual. Para que
um deputado seja eleito, ele precisa ter pelo menos 10% do quociente eleitoral.

Os 513 integrantes da Câmara dos Deputados são eleitos a cada quatro anos.
As vagas são divididas por estados e pelo Distrito Federal e definidas por lei
complementar: vão de 8 a 70, conforme o tamanho da população local. Mas o
que faz um deputado federal? Como representante do povo, esse parlamentar
tem duas atribuições principais, estabelecidas na Constituição: legislar e
fiscalizar. O deputado pode propor novas leis e sugerir a alteração ou revogação
das já existentes, incluindo a própria Constituição. As propostas são votadas
pelo Plenário – ou pelas comissões, quando for o caso. Qualquer projeto de
iniciativa do Executivo passa primeiro pela Câmara, antes de seguir para o
Senado. Cabe ainda aos parlamentares discutir e votar medidas provisórias,
editadas pelo governo federal. Nem todas as propostas são votadas no Plenário:

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muitas são decididas nas comissões temáticas da Casa.

Compete aos integrantes da Câmara dos Deputados, juntamente com os


senadores, por exemplo, discutir e votar o orçamento da União, assim como
fiscalizar a aplicação adequada dos recursos públicos. É durante a análise da
proposta orçamentária que os deputados apresentam emendas que destinam
verbas para a realização de obras específicas em seus estados e municípios. Os
parlamentares também examinam o planejamento plurianual do governo federal
e as diretrizes para o orçamento do ano seguinte.

Relação com o Executivo


Os congressistas também têm a obrigação de controlar os atos do presidente da
República e fiscalizar as ações do Executivo. A Constituição estabelece ainda que
somente a Câmara tem poderes para autorizar a instauração de processo contra
o presidente e o vice-presidente da República. Compete ainda aos deputados
federais eleger dois dos integrantes do Conselho da República, órgão superior
de consulta do presidente.

Os parlamentares podem convocar ministros de Estado para prestar


informações, assim como têm a atribuição de julgar as concessões de emissoras
de rádio e televisão e a renovação desses contratos.

Direitos específicos
Entre as prerrogativas do cargo de parlamentar, consta o direito de não ser
preso, a não ser em flagrante de crime inafiançável. Deputados e senadores
também são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos, conforme a
Constituição. Da mesma forma, não são obrigados a testemunhar sobre
informações recebidas ou prestadas em razão do mandato, nem sobre as
pessoas que lhes passaram tais dados. Além disso, os parlamentares têm foro
privilegiado e os processos contra eles só podem ser julgados no Supremo
Tribunal Federal (STF). A intenção dos constituintes ao conferir esses direitos
aos integrantes do Legislativo foi assegurar a liberdade no exercício do
mandato.

Ainda pode perder a vaga na Câmara o deputado que faltar, sem justificativa, a
1/3 das sessões ordinárias de cada sessão legislativa ou sofrer condenação
criminal em sentença transitada em julgado. O cidadão pode consultar no portal
da Casa informações, como a presença em plenário, sobre os parlamentares.

O Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara estabelece uma série de


outras condutas passíveis de levar à perda do cargo. Receber vantagens
indevidas em função da atividade, atrapalhar o andamento do trabalho
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legislativo ou fraudar resultado de votações estão entre elas.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Anexo 1

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados dirige os trabalhos


legislativos e administrativos da instituição. Compõe-se de
Presidência, duas Vice-Presidências e quatro Secretarias.

* Competência geral do presidente da Câmara: substituir o presidente


da República em caso de impedimento ou ausência dele e do vice-presidente;
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integrar os conselhos da república e da Defesa Nacional; decidir, juntamente
com o presidente do Senado, sobre a convocação extraordinária do Congresso
Nacional, em caso de urgência; dar posse aos deputados; conceder licença aos
deputados; zelar pelo prestígio e decoro da Câmara, e pela dignidade e respeito
às prerrogativas constitucionais de seus membros;

Promulgar atos da Câmara e assinar os atos da mesa.

* Sessões: convocar e presidir as sessões do plenário; definir a Ordem do


Dia (pauta de votações) sessões; desempatar votações; manter a ordem da
sessão.

* Propostas Legislativas: distribuir as comissões permanentes ou


especiais; deferir a retirada da proposição da ordem do dia; devolver ao autor
proposta que contrarie o regimento ou a constituição.

* Comissões: designar seus membros titulares e suplentes mediante


comunicação dos líderes, ou independente desta, se terminado o prazo
regimental; convocar as comissões permanentes para a eleição dos respectivos
presidentes e vice-presidente; julgar recurso contra decisão de presidente de
comissão em questão de ordem.

* Mesa: presidir reuniões; tomar parte nas discussões e deliberações, com


direito a voto; distribuir matérias que dependem de parecer.

Primeiro Vice-Presidente da Câmara - Principais atribuições:

 Substituir o Presidente em suas ausências ou impedimentos;


 Elaborar pareceres sobre os requerimentos de informações e os 
projetos de resolução;

Segundo Vice-Presidente da Câmara - Principais atribuições:

 Substituir o Presidente e o Primeiro Vice-Presidente em suas ausências;


 Examinar os pedidos de ressarcimento de despesa médica dos deputados;
 Fomentar a interação institucional entre a Câmara dos Deputados e os
órgãos do Poder Legislativo dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios, para desenvolver sistematicamente a ação legislativa.

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Anexo 2

Comissões Temáticas

São órgãos temáticos formados pelos deputados para debater e votar as


propostas legislativas relacionadas a seus temas. A composição parlamentar
desses órgãos é renovada a cada ano.

As comissões emitem pareceres sobre as propostas antes que sejam votadas


pelo Plenário; ou votam as propostas em caráter conclusivo, aprovando-as ou
rejeitando-as, sem a necessidade de passagem pelo Plenário da Casa.

Na ação fiscalizadora, as comissões atuam como mecanismos de controle dos


programas do Poder Executivo.

 COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DES.


RURAL
 COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA
 COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA
 COMISSÃO DE CULTURA
 COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
 COMISSÃO DE DES. ECONÔMICO, INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS
 COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO
 COMISSÃO DOS DIREITOS DA MULHER
 COMISSÃO DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA
 COMISSÃO DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
 COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS
 COMISSÃO DE EDUCAÇÃO
 COMISSÃO DO ESPORTE
 COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO
 COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE
 COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL, DES. REGIONAL E AMAZÔNIA
 COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA
 COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
 COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA
 COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL
 COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME

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ORGANIZADO
 COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA
 COMISSÃO DE TRABALHO, ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO
 COMISSÃO DE TURISMO
 COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA,


ABASTECIMENTO E DES. RURAL
ATRIBUIÇÕES

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e


Desenvolvimento Rural debate e vota os seguintes temas:

a) política agrícola e assuntos atinentes à agricultura e à pesca


profissional, destacadamente:

1 - organização do setor rural; política nacional de cooperativismo; condições


sociais no meio rural; migrações rural-urbanas;
2 - estímulos fiscais, financeiros e creditícios à agricultura, à pesquisa e
experimentação agrícolas;
3 - política e sistema nacional de crédito rural;
4 - política e planejamento agrícola e política de desenvolvimento tecnológico da
agropecuária; extensão rural;
5 - seguro agrícola;
6 - política de abastecimento, comercialização e exportação de produtos
agropecuários, marinhos e da aquicultura;
7 - política de eletrificação rural;
8 - política e programa nacional de irrigação;
9 - vigilância e defesa sanitária animal e vegetal;
10 - padronização e inspeção de produtos vegetais e animais;
11 - padronização, inspeção e fiscalização do uso de defensivos agrotóxicos nas
atividades agropecuárias;
12 - política de insumos agropecuários;

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13 - meteorologia e climatologia;

b) política e questões fundiárias; reforma agrária; justiça agrária;


direito agrário, destacadamente:

1 - uso ou posse temporária da terra; contratos agrários;


2 - colonização oficial e particular;
3 - regularização dominial de terras rurais e de sua ocupação;
4 - aquisição ou arrendamento de imóvel rural por pessoas físicas ou jurídicas
estrangeiras e na faixa de fronteira;
5 - alienação e concessão de terras públicas;

Histórico da comissão:

* Instituída no 1º Império, 29 de agosto de 1823, com o nome de Comissão de


Minas e Bosques, durante a Assembleia Geral Constituinte e Legislativa
convocada por D. Pedro I, teve entre os seus integrantes o proeminente
deputado José Bonifácio de Andrada e Silva. Funcionou até novembro daquele
ano, quando a Constituinte foi dissolvida.

* Os seus trabalhos foram retomados em 1826 com a elaboração do 1º


Regimento da Câmara dos Deputados, dois anos depois de promulgada a 1ª
Constituição do país.

* Somente em 1861, 35 anos mais tarde, o termo agricultura é incluído no


nome da Comissão. Naquele ano, uma nova mudança passa a designá-la como
Comissão Sexta de Orçamento da Agricultura.

* Em 1893, seu nome é alterado para Comissão de Agricultura e Indústrias


Conexas, modificado no ano seguinte para Comissão de Agricultura e Indústria.

* As suas atribuições não estavam definidas no Regimento, o que só ocorreu em


1920. Com o título de Comissão de Agricultura, Indústria e Comércio, o
colegiado cuidava não só dos três setores, mas também dos assuntos relativos à
imigração e à colonização, à estatística econômica, ao ensino técnico, aos
inventos industriais e ao comércio exterior.

* Em 1936, passa a ser chamada Comissão de Agricultura.

* Entre 1949 e 1962, perde a denominação específica e suas atribuições são

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incluídas na Comissão de Economia, a exceção de 1955 quando pelo período de
um ano fica designada como Comissão de Agricultura e Política Rural.

* Em 1963, esse nome é retomado, vigorando por 41 anos.

* Em março de 2004, pela resolução nº 20, a pedido dos seus integrantes para
que o nome guardasse maior identificação com os ministérios do governo Lula,
passa a ser Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e
Desenvolvimento Rural.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E


INFORMÁTICA
ATRIBUIÇÕES

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e


Informática debate e vota os seguintes temas:

a) desenvolvimento científico e tecnológico; política nacional de ciência e


tecnologia e organização institucional do setor; acordos de cooperação com
outros países e organismos internacionais;
b) sistema estatístico, cartográfico e demográfico nacional;
c) os meios de comunicação social e a liberdade de imprensa;
d) a produção e a programação das emissoras de rádio e televisão;
e) assuntos relativos a comunicações, telecomunicações, informática, telemática
e robótica em geral;
f) indústrias de computação e seus aspectos estratégicos;
g) serviços postais, telegráficos, telefônicos, de telex, de radiodifusão e de
transmissão de dados;
h) outorga e renovação da exploração de serviços de radiodifusão sonora e de
sons e imagens;
i) política nacional de informática e automação e de telecomunicações;
j) regime jurídico das telecomunicações e informática.

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