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retornou para a sua segunda posição e afirmou que o cumprimento da pena somente pode
ter início com o esgotamento de todos os recursos. Assim, é proibida a execução
provisória da pena.
Vejamos as alterações de entendimento do STF:
I no caso de condenação:
Norma penal em O complemento normativo é dado por outra fonte normativa, diversa do
branco própria legislador.
(ou em sentido estrito Lei sendo complementada por portaria, resolução, atos administrativos...
ou heterogênea) Exemplo: conceito de Drogas dada pela Portaria 344/98 da SVS/MS.
Exemplo:
Crime progressivo: agente para alcançar um resultado mais grave passa, necessariamente,
Consunção
por um crime menos grave. O agente desde o início tem a intenção de cometer o crime mais
grave. Para cometer homicídio (art. 121) é necessário lesionar (lesão corporal - art. 129) a
pessoa. Ou seja, lesão corporal é consumida pelo homicídio.
Progressão criminosa: o agente substitui o seu dolo, dando causa a resultado mais grave.
O agente muda sua intenção, ou seja, no começo era um resultado menos grave, depois
decide cometer outro resultado mais grave. Agente decide lesionar uma pessoa, depois
decide matá-la.
''Antefactum" impunível: são fatos anteriores que estão na linha de desdobramento da
ofensa mais grave, mas não necessariamente, ou seja, pode praticar por outros meios.
"Postfactum" impunível: exaurimento do crime principal praticado pelo agente e, portanto,
por ele não pode ser punido.
Não é bem um conflito aparente de normas, é um conflito aparente dentro da própria norma de
conteúdo múltiplo (ou variado), isto é, tipos penais que contam com vários verbos nucleares
(Art. 33 da Lei de Drogas).
Alternatividade
A quantidade de ações nucleares realizadas não interessa para a subsunção do fato (adequação
do fato à norma penal incriminadora), mas pode influenciar na dosimetria da pena.
Exemplo: Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor
à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar,
entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo
com determinação legal ou regulamentar:
Afasta uma lei se o fato já é criminalizado por outra lei e esta contém crime mais grave.
Subsidiariedade
Exemplo:
1 - Art. 334 do CP (crime de contrabando ou descaminho) e o art. 33 da Lei n° 11.343/06
(crime de tráfico de drogas). Apesar da droga também ser produto proibido de entrada
no Brasil, aplica-se a Lei 11.343/06, por ser especial, por regular o fato com maior
precisão.
2 - Infanticídio em relação ao homicídio.
Crime É aquele que pode ser praticado por apenas uma ou várias pessoas (concurso
unissubjetivo eventual de agentes).
Crime Crime basilar, formado objetivamente por apenas um tipo penal e subjetivamente
simples sem nenhuma circunstância que aumente ou diminua sua gravidade.
Crime Crime formado por meio da reunião entre dois ou mais tipos penais. Exemplo:
complexo roubo (furto + constrangimento ilegal).
O crime que deriva do tipo penal básico ou do complexo, com a mesma natureza,
cuja reprimenda sofre um agravamento, em novos patamares mínimo e máximo,
Crime em virtude da maior gravidade da conduta.
qualificado Atenção: os patamares da pena mudam (aumentam). Diferente do crime majorado,
em que contém uma causa de aumento, normalmente, em fração.
Crime É aquele em que a lei considera determinadas circunstâncias que diminuem a
privilegiado gravidade da ação e, consequentemente, a reprimenda imposta.
Fonte: Manual de Direito Penal - Parte Geral. Rogério Sanches. Editora JusPodivm. Ano 2015.
Ferrajoli é contra crime de perigo abstrato, mas é a favor de crime de perigo concreto, desde que o órgão
julgador demonstre o perigo.
STF já decidiu que é constitucional os crimes de perigo abstrato.
TÍTULO I
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL
Anterioridade da Lei
Art. 1º -
Não há crime
sem lei anterior que o defina.
Não há pena
sem prévia cominação legal.
NÃO HÁ CRIME
sem lei (somente lei em sentido estrito)
anterior (proíbe que a lei penal retroaja para prejudicar)
escrita - scripta (proíbe que o costume crie crime ou comine sanção)
estrita - stricta (proíbe que a analogia crie crime ou comine sanção)
certa (princípio da taxatividade) - [veda-se o tipo penal indeterminado (vago)]
necessária (intervenção mínima)
Atenção:
1 - Ao ler crime, leia-se também contravenção penal. Ao ler pena, leia-se também medida de segurança.
2 - É permitido o costume e a analogia in bonam partem (para favorecer).
3 - A norma penal em branco não fere o princípio da taxatividade. Necessário aprofundar o tema.
4 - O princípio da intervenção mínima se desdobra nos princípios da subsidiariedade e no princípio da
fragmentariedade.
5 - O princípio da insignificância é desdobramento lógico da fragmentariedade. A insignificância exclui
a tipicidade material, excluindo a tipicidade, excluindo o crime.
6 - Atenção especial aos princípios abaixo relacionados. Caem muito e normalmente os candidatos erram
devido à similitude dos conceitos. Recomendo leitura do Sanches ou do Masson.
Art. 2º -
Ninguém pode ser punido
por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
Cessando em virtude dela a
execução e os
efeitos penais da sentença condenatória.
Tempo da Fenômeno da
Lei posterior
realização do ato IR(RETROATIVIDADE)
Lei incriminadora
Fato atípico Torna o fato típico
Irretroatividade - art. 1º
Mantém o fato típico, mas, de Novatio legis in pejus
Fato típico
qualquer modo, prejudica o réu Irretroatividade - art. 1º
Abolitio criminis
Fato típico Supressão da figura criminosa
Retroatividade - art. 2º
Mantém o fato típico, mas, de Novatio legis in mellius
Fato típico
qualquer modo, favorece o réu Retroatividade - art. 2º p. único.
O conteúdo típico migra para Princípio da continuidade
Fato típico
outro tipo penal normativo-típica
Fonte: Cunha, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal - Parte Geral. Salvador- Bahia. 2015. Editora
JusPodivm
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
Tempo do crime
LU TA
Lugar do crime Teoria da Ubiquidade (momento da ação ou omissão OU momento do resultado)
Tempo do crime Teoria da Atividade (momento da ação ou omissão)
Princípio da nacionalidade Aplica-se a lei do país a que pertence o agente, pouco importando o
ou personalidade ativa local do crime, a nacionalidade da vítima ou do bem jurídico violado.
Princípio da nacionalidade
Aplica-se a lei penal da nacionalidade do ofendido.
ou personalidade passiva
O agente fica sujeito à lei do país onde for encontrado, não importando
Princípio da justiça penal a sua nacionalidade, do bem jurídico lesado ou do local do crime. Esse
universal ou da justiça princípio está normalmente presente nos tratados internacionais de
cosmopolita cooperação de repressão a determinados delitos de alcance
transnacional.
Princípio da
Lei penal nacional aplica-se aos crimes cometidos em aeronaves e
representação, do
embarcações privadas, quando praticados no estrangeiro e aí não
pavilhão, da substituição
sejam julgados.
ou da bandeira
Fonte: Cunha, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal - Parte Geral. Salvador- Bahia. 2015. Editora JusPodivm
LU TA
Lugar do crime Teoria da Ubiquidade (momento da ação ou omissão OU momento do resultado)
Tempo do crime Teoria da Atividade (momento da ação ou omissão)
Em relação ao lugar do crime, segundo Cleber Masson, não se aplica a teoria da ubiquidade:
a) Crimes conexos; delito relacionado a outro porque praticado para a realização ou ocultação do segundo, porque
estão em relação de causa e efeito, ou porque um é cometido durante a execução do outro.
b) Crimes plurilocais: é aquele em que a conduta é praticada em uma comarca e o resultado é produzido em outra
comarca. Exige a pluralidade de comarcas dentro de um mesmo Estado Soberano. Não confundir com crime à
distância que é aquele em que a conduta é praticada em um país e o resultado é produzido em outro. Exige a pluralidade
de Estados Soberanos.
d) Crimes falimentares: será competente o foro do local em que foi decretada a falência, concedida a recuperação
judicial ou homologado o plano de recuperação extrajudicial (art. 183 da Lei 11.101/05).
e) Atos infracionais
(AOCP 2021 Delegado PA - Correta) Aos crimes conexos e aos crimes plurilocais, quanto ao lugar
do crime, não se aplica a teoria da ubiquidade.
d) de GENOCÍDIO,
quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado
no estrangeiro.
II - os CRIMES:
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes
CONDIÇÕES:
a) entrar o agente no território nacional;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a
punibilidade, segundo a lei mais favorável.
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando
diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
Contagem de prazo
Art. 10 - O dia do começo INCLUI-SE no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo
calendário comum.
CONTAGEM DE PRAZO
PENAL PROCESSUAL PENAL
Não se computará no prazo o dia do começo,
Inclui dia do começo. incluindo-se, porém, o do vencimento. (798, § 1º do
CPP)
Penas, sursis, livramento condicional, Prática de atos processuais, citação, intimação,
prescrição, decadência, dentre outros. recursos, dentre outros.
Se terminar em domingo ou feriado considerar-se-á
Prazos são improrrogáveis
prorrogado até o próximo dia útil.
Pode ser suspenso ou interrompido. Pode ser suspenso ou interrompido.
Legislação especial
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por LEI ESPECIAL, se esta
não dispuser de modo diverso.
SUJEITOS DO CRIME
Pessoa que pratica a infração penal
Qualquer pessoa física capaz e com 18 anos completos
Sujeito ativo
Pessoa jurídica, excepcionalmente, pode ser sujeito ativo em crime ambiental.
Se for menor de 18 anos, não comete crime, e sim ato infracional
Pessoa (física ou jurídica) que sofre as consequências da infração penal.
Sujeito passivo mediato (constante, formal, geral ou genérico): sempre
o Estado
Sujeito passivo
Sujeito passivo imediato (eventual, material, particular ou acidental):
titular do interesse protegido (quem sofre diretamente as consequências
da infração.