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FINALIDADE DA PENA

a. Reprovar – reprovar o mal produzido pela conduta praticada


pelo agente.
b. Reprimir – prevenir futuras infrações penais.
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à
conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às
circunstâncias e consequências do crime, bem como ao
comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e
suficiente para reprovação e prevenção do crime:

Teoria absoluta – encontra guarida no caráter retributivo da pena Teoria relativa – reside no
critério de prevenção

No Brasil, adota-se a teoria mista ou unificadora,


isto é, visto que possui o caráter repressivo e
preventivo.
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à
conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às
circunstâncias e consequências do crime, bem como ao
comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e
suficiente para reprovação e prevenção do crime:

PENA: pena é espécie de sanção penal, pela qual o


Estado priva ou restringe bens jurídicos do condenado, em
função do cometimento de infração penal, com as finalidades de
castigar o responsável, readaptando-o ao convívio em
comunidade e de intimidar a sociedade, evitando a prática
de novos delitos.

PRINCIPIOS:

Princípio da reserva legal ou da estrita legalidade: deriva


do brocardo latino “nulla poena sine lege”, pelo qual somente
a lei pode cominar pena, trata-se de cláusula pétrea (art. 5º,
XXXIX, CF e art. 1º, CP).

Princípio da anterioridade: a lei que comina a pena dever ser


anterior ao fato que pretende punir. Desta forma, o “nulla
poena sine lege” não é suficiente, exigindo “nulla poena sine
praevia lege”, ou seja, não há pena sem lei e esta deve ser prévia
ao fato praticado.

Princípio da personalidade, intransmissibilidade, intranscendência


ou responsabilidade pessoal: a pena não pode ultrapassar a pessoa do
condenado (art. 5º, XLV, CF), ou seja, “impede que sanções e restrições de
ordem jurídica superem a dimensão estritamente pessoal do
infrator”

Princípio da inderrogabilidade ou inevitabilidade:


derivação lógica do princípio da reserva legal, sustenta que se
presentes os requisitos necessários para a condenação, a pena
não pode deixar de ser aplicada e integralmente cumprida.

Princípio da intervenção mínima: a pena é legítima


unicamente nos casos estritamente necessários para a
tutela de bens jurídicos penalmente relevantes.
Princípio da humanidade ou humanização das
penas: a pena deve respeitar os direitos
fundamentais do condenado, devendo guardar a
integridade física e moral do detento (art. 5º, XLIX, CF).
Desta forma, o Estado não pode dispensar nenhum tipo de
tratamento cruel, desumano ou degradante ao preso, por
isso, a Constituição Federal proíbe as penas de
morte, trabalhos forçados, banimento e cruéis, bem
como a prisão de caráter perpétuo (art. 5º XLVII, CF).

Princípio da proporcionalidade: “a resposta penal deve ser justa e


suficiente para cumprir o papel de reprovação do ilícito”

Princípio da Individualização: deve ser eleita justa e


adequada sanção penal, quanto ao montante, ao perfil e aos
efeitos pendentes sobre o sentenciado, tornando-o único e
distinto dos demais infratores, ainda que coautores ou mesmo
corréu.
v Finalidade: fugir da padronização da pena, exige-se do juiz
não uma atitude mecanizada, mas sim ação pensante,
motivada e reflexiva.

Princípio da vedação do “bis in idem”: Não está previsto


expressamente na CF, mas sim no Estatuto de Roma, o qual criou o
TPI (art. 20).
O princípio abarca três significados:
Processual Material Execucional
Ninguém poderá ser:
processado duas vezes pelo
mesmo crime
Ninguém pode ser condenado
pela segunda vez em razão do
mesmo fato
Ninguém pode ser executado
duas vezes por condenações
relacionadas ao mesmo fato

a) Pena de Reclusão
§ “a reclusão é a pena mais grave do nosso
Direito, que desconhece a pena de morte e
a prisão perpétua. Mais grave, quer pela
importância que a lei lhe atribui, pondo-a
em relação com as figuras mais
condenáveis de fatos puníveis, quer pelas
consequências que decorrem da sua
própria natureza e das condições da sua
execução.” (Aníbal Bruno);
§ “deve ser cumprida em regime fechado,
semiaberto ou aberto.”(art. 33 do CP).
b) Pena de Detenção
§ deve ser cumprida “em
regime semiaberto, ou aberto,
salvo necessidade de
transferência a regime
fechado.” (art. 33 do
CP).
c) Prisão Simples
§ “deve ser cumprida, sem rigor
penitenciário, em estabelecimento
especial ou seção especial de
prisão comum, em regime
semiaberto ou aberto” (art. 6º da
LCP).

RECLUSÃO X DETENÇÃO
c) Prisão Simples
§ “deve ser cumprida, sem rigor
penitenciário, em estabelecimento
especial ou seção especial de
prisão comum, em regime
semiaberto ou aberto” (art. 6º da
LCP).

PENAS RESTRITIVAS DE
DIREITO -sanção penal
imposta pelo Estado em
substituição à pena de prisão,
consistindo na suspensão ou
supressão, parcial ou total, de
um ou mais direitos do
condenado definitivo.

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