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Penal III
Recurso em Sentido Estrito e Recurso de Apelação
Revisão Técnico:
Prof. Dr. Reinaldo Zychan
Revisão Textual:
Caique Oliveira dos Santos
Recurso em Sentido Estrito
e Recurso de Apelação
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Compreender o cabimento, a forma de interposição e o alcance do recurso em sentido estrito
e do recurso de apelação.
UNIDADE Recurso em Sentido Estrito e Recurso de Apelação
Fonte 1
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Hipóteses Legais
O RESE é o recurso cabível das decisões que tenham por objeto quaisquer das hipóteses
elencadas no art. 581 do CPP. São elas:
I – que não receber a denúncia ou a queixa;
II – que concluir pela incompetência do juízo;
III – que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
IV – que pronunciar o réu; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
V – que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, inde-
ferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade
provisória ou relaxar a prisão em flagrante;
VI – que absolver o réu, nos casos do art. 411; (Revogado pela Lei
nº 11.689, de 2008)
VII – que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
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VIII – que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a
punibilidade;
IX – que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra
causa extintiva da punibilidade;
X – que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
XI – que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena
(não se aplica mais RESE, aplica-se apelação ou agravo em execução,
conforme o caso);
XII – que conceder, negar ou revogar livramento condicional (não se apli-
ca mais RESE, aplica-se agravo em execução);
XIII – que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
XIV – que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
XV – que denegar a apelação ou a julgar deserta;
XVI – que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão
prejudicial;
XVII – que decidir sobre a unificação de penas (não se aplica mais RESE,
aplica-se agravo em execução);
XVIII – que decidir o incidente de falsidade;
XIX – que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença
em julgado (não se aplica mais RESE, aplica-se agravo em execução);
XX – que impuser medida de segurança por transgressão de outra (não
se aplica mais RESE, aplica-se agravo em execução);
XXI – que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do
art. 774; (não se aplica mais RESE, aplica-se agravo em execução);
XXII – que revogar a medida de segurança;
XXIII – que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em
que a lei admita a revogação (não se aplica mais RESE, aplica-se agravo
em execução);
XXIV – que converter a multa em detenção ou em prisão simples (não
cabe RESE, pois não se converte mais multa em prisão).
XXV – que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução
penal, previsto no art. 28-A desta Lei.
Assim, rejeitada a inicial por falta de um dos requisitos formais ou materiais, nos
termos do art. 43 do CPP, dessa decisão interlocutória mista, cabe o recurso em sentido
estrito, a ser interposto pelo Ministério Público (se não recebida a denúncia) ou pelo
querelante (na ação penal privada, se não recebida a queixa-crime).
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UNIDADE Recurso em Sentido Estrito e Recurso de Apelação
Mas atenção: quanto à decisão que recebe a denúncia ou a queixa (que é uma de-
cisão interlocutória simples), não cabe qualquer recurso. Nesse caso, quando se recebe a
denúncia ou a queixa-crime, não cabe RESE (lembre-se: rol taxativo). Trata-se, pois, de uma
decisão irrecorrível. Dependendo do caso, da decisão que receber a denúncia ou a queixa,
caberá habeas corpus (HC). Todavia, HC não é recurso, mas ação de impugnação.
Importante!
No Juizado Especial Criminal (Lei nº 9.099/1995): “da decisão de rejeição da denúncia ou
queixa e da sentença caberá apelação” (art. 82, caput).
Da decisão do juiz que rejeitar qualquer exceção, não caberá qualquer recurso.
Quanto à decisão do juiz que acolher qualquer exceção, caberá recurso em sen-
tido estrito.
Por fim, da decisão do juiz que acolher a exceção de suspeição, não caberá recurso.
E, nesse caso, não caberia recurso da decisão que acolhesse a suspeição, por uma razão
muito óbvia: se a parte arguisse a exceção de suspeição do juiz e este entendesse ser ela
procedente, seria um contrassenso a parte contrária insurgir-se contra tal entendimento
do próprio Magistrado.
Atente-se que, quando houver requerimento de uma das partes para que haja reco-
nhecimento de incompetência do juízo, sendo deferido, caberá interposição do recurso
em sentido estrito, pela parte contrária, na capitulação do art. 581, III, do CPP.
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Importante!
Na hipótese do inciso II do art. 581 do CPP, cabe recurso em sentido estrito quando o juiz,
de ofício, reconhece a sua incompetência, ou seja, sem provocação das partes. Já a hi-
pótese do inciso III do art. 581 do CPP ocorre quando o juiz acolhe uma exceção invocada
pelas partes, ou seja, com provocação!
Terminativa: é aquela que resolve uma questão processual, encerra uma fase do processo sem
condenar ou absolver o acusado.
V – Da decisão que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir
requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar
a prisão em flagrante delito
A liberdade provisória com ou sem arbitramento de fiança está capitulada nos arts. 321
a 350 do CPP.
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Se o juiz concede ou nega a fiança, cabe recurso em sentido estrito. Mas, se o juiz
não arbitra a fiança, cabe habeas corpus.
Se o juiz cassa ou considera inidônea a fiança, cabe recurso em sentido estrito. Mas,
se o juiz não cassa a fiança nem a julga inidônea, não cabe recurso.
Se o juiz indefere requerimento de prisão preventiva, cabe recurso em sentido estrito.
Mas, se o juiz defere requerimento de prisão preventiva, cabe habeas corpus.
Se o juiz revoga prisão preventiva, cabe recurso em sentido estrito. Mas, se o juiz não
revoga, cabe habeas corpus.
Se o juiz relaxa prisão em flagrante, cabe recurso em sentido estrito. Mas, se o juiz
não relaxa prisão em flagrante, cabe habeas corpus.
Se o juiz concede liberdade provisória, cabe recurso em sentido estrito. Mas, se o juiz
não concede liberdade provisória, cabe habeas corpus.
Importante!
O inciso VI do art. 581 do CPP foi revogado pela Lei nº 11.689/2008.
Tais atitudes por parte do réu, além de tornarem quebrada a fiança, trazem ao acu-
sado outras consequências, quais sejam:
• A perda da metade do valor da fiança;
• A proibição da concessão de nova fiança no mesmo processo;
• A revelia do acusado;
• O seu recolhimento à prisão.
Não obstante, ocorrerá o perdimento da totalidade do valor da fiança quando o réu,
condenado, deixar de recolher-se à prisão.
Se o juiz julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor, caberá recurso em sentido
estrito. Há que se observar, porém, que o recurso em sentido estrito no caso de perdimento
do valor da fiança terá efeito suspensivo. Já o recurso em sentido estrito no caso de quebra-
mento da fiança suspenderá unicamente a perda da metade de seu valor, não impedindo
os demais efeitos.
Mas, se o juiz não julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor, não caberá qual-
quer recurso.
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VIII – Da decisão que decretar a prescrição ou julgar,
por outro modo, extinta a punibilidade
A decisão do juiz que julga extinta a punibilidade do réu trata-se de uma sentença
terminativa de mérito, a qual encerra o processo, com julgamento do mérito, mas que
não condena nem absolve o réu.
As causas extintivas da punibilidade do réu são aquelas que levam o Estado à perda
do direito de punir, elencadas no art. 107 do CP brasileiro.
Assim, da decisão que julga extinta a punibilidade do réu, cabe recurso em sentido estrito.
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e que, portanto, diz respeito ao mérito, ou seja, à existência do crime, cuja suspensão
do processo penal é obrigatória.
Por sua vez, a questão prejudicial facultativa caracteriza-se pela faculdade que as-
siste ao juiz criminal de suspender ou não o curso da ação penal, desde que não relativa
ao estado civil das pessoas, para se dirimir a questão prejudicial em qualquer outro juízo
especializado pela matéria prejudicial.
Qualquer que seja a decisão do juiz, ou seja, se ele julgar procedente ou improcedente
o incidente de falsidade, caberá recurso em sentido estrito.
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Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições dispostas no
acordo de não persecução penal, devolverá os autos ao Ministério Público para que seja
reformulada a proposta de acordo, com concordância do investigado e seu defensor.
O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais
ou quando não for realizada a adequação a que se refere o § 5º do art. 28-A do CPP.
No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo de não perse-
cução penal, o investigado poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior, na forma
do art. 28 do CPP.
Há, entretanto, uma exceção em relação ao inciso XIV do art. 581 do CPP. No caso
de recurso da decisão que incluir jurado na lista geral ou dela excluir, o recurso em sen-
tido estrito deve ser interposto no prazo de 20 (vinte) dias, por meio da petição de
interposição do recurso, a contar da publicação da lista geral de jurados.
Interposto o recurso em sentido estrito, abre-se vista para o recorrente, que, no prazo
de 2 (dois) dias, deve apresentar as razões do recurso em sentido estrito e, depois,
por igual prazo, abre-se vista ao recorrido, para a oferta das contrarrazões do recurso
em sentido estrito, nos termos do art. 588 do CPP:
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No entanto, com ou sem as razões, o recurso em sentido estrito subirá ao tribunal para
julgamento, conforme o disposto no art. 589 do CPP:
Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso
ao juiz, que, dentro de dois dias, reformará ou sustentará o seu despacho,
mandando instruir com os traslados que lhe parecerem necessários.
Traslado nada mais é do que a extração de cópias das principais peças do processo,
que formarão um instrumento. Este será remetido ao tribunal que, com base nesse instru-
mento, julgará aquilo que for objeto de impugnação no recurso, sem prejuízo da instrução
criminal em trâmite no juízo a quo.
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suspensivo nos casos de perda da fiança, de concessão de livramento condicional e
dos ns. XV, XVII e XXIV do art. 581”. Ou seja:
» perdimento de fiança;
» decisão que denegue a apelação ou a julgue deserta;
» despacho que julgar quebrada a fiança, no tocante à perda de metade do seu valor;
» da decisão de pronúncia, mas somente quanto à realização do julgamento;
» da decisão que julgar extinta a punibilidade do réu, não impedindo que este seja
colocado imediatamente em liberdade;
» da decisão que desclassifica o crime doloso contra a vida da competência do Tri-
bunal do Júri para a competência do juiz singular.
Juízo de Retratação
Como já dito, no recurso em sentido estrito, há efeito regressivo, ou seja, é possível que
o juiz que proferiu a decisão se arrependa, retrate-se e a modifique, após as contrarrazões
do recorrido. A previsão legal do juízo de retratação está no art. 589 do CPP.
Razões e Contrarrazões
Conforme consta no artigo 588 do Código de Processo Penal após a interposição do
recurso devem ser apresentadas as razões e contrarrazões do recurso no prazo de dois dias.
O texto da lei não menciona expressamente o termo contrarrazões, mas caso tenham sido
apresentadas as razões do recurso, em seguida devem ser apresentadas as contrarrazões.
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Modelo de Peça
Modelo de Interposição
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ª Vara do Tribunal do Júri da
Comarca de São Paulo-SP
(Pular 8 linhas)
A, já qualificado nos autos do processo criminal em epígrafe que lhe move o Minis-
tério Público Estadual, por seu/sua advogado(a) que esta subscreve, não se confor-
mando com a respeitável decisão de pronúncia a fls. ___, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 581, IV, do CPP, interpor o presente
recurso em sentido estrito.
Assim sendo, requer seja recebido o presente recurso e aplicado o juízo de retratação.
Caso Vossa Excelência entenda que deva manter a decisão, requer seja processado
e encaminhado o presente Recurso ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Nestes termos, pede deferimento.
Local e data.
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Razões de recurso em sentido estrito
Recorrente: A
Recorrido: Ministério Público de São Paulo
Autos nº:
Egrégio Tribunal!
Colenda Câmara!
Ínclitos Desembargadores!
Douta Procuradoria de Justiça!
Em que pese à respeitável decisão do Excelentíssimo Juiz de Direito a quo, não me-
rece prosperar a pronúncia do recorrente pelas razões fáticas e jurídicas a seguir
expostas, vejamos:
I – Síntese do ocorrido
O recorrente e B eram amigos e resolveram fazer uma viagem para explorar algumas
cavernas na cidade de São Paulo.
Ocorre que acabaram por se perder por longos dois meses, passando por dificulda-
des inimagináveis ao homem comum.
Conforme consta na denúncia, quando os bombeiros alcançaram o recorrente e B, o
acusado havia tirado a vida deste e assado a coxa da perna esquerda da vítima para
se alimentar.
O recorrente foi preso em flagrante, sendo processado por homicídio doloso simples
(art. 121 do CP), tendo sua liberdade provisória concedida (fls.____).
Restou pronunciado (fls. ____), em decisão prolatada há dois dias.
II – Fundamentos jurídicos
A) Ausência de provas ou indícios de homicídio
Consta da inicial acusatória que o recorrente supostamente teria cometido a condu-
ta prevista no art. 121 do CP, qual seja, homicídio simples.
Há de se ater que, apesar de constar o óbito de B (laudo fls. ____) e os próprios
bombeiros testemunharem que viram o acusado assando coxa da perna esquerda
da vítima (depoimento fls. ____), em nenhum momento há a imputação ou qual-
quer indício de que realmente o acusado tivesse tirado a vida de seu colega.
O fato de o recorrente estar comendo os restos mortais de seu amigo não prova, por
si só, que o mesmo cometeu a conduta descrita no art. 121 do CP.
Não há provas de que o réu tenha cometido a infração penal, e, por isso, não deveria
o magistrado a quo ter pronunciado o recorrente, pois não há indícios suficientes de
autoria do acusado na prática do crime imputado.
Portanto, equivocou-se o juízo de primeiro grau ao pronunciar o recorrente na inexis-
tência de provas ou indícios de crime contra a vida, devendo, neste caso, haver, desde
logo, a impronúncia do acusado nesse aspecto, conforme preceitua o art. 414 do CPP.
B) Estado de necessidade
Por outro lado, ainda que eventualmente, se V. Exas. acolherem as razões acusató-
rias, há de se reconhecer que o suposto homicídio praticado pelo recorrente ocorreu
apenas em razão da circunstância extrema de vida ou morte, qual seja, a fome.
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Conforme prevê o art. 23 do CP, não há crime quando o agente pratica o fato em
estado de necessidade, já que o recorrente apenas teria tirado a vida de seu amigo
para saciar a sua fome. Tanto que assim o fez, assando parte de seus membros por
estarem dois meses presos numa caverna e sem perspectiva alguma de resgate.
No presente caso, conforme preceitua o Código de Processo Penal, em seu art. 415,
IV, o juiz absolverá, desde logo, o acusado quando o fato não for punível, por confi-
gurar excludente de ilicitude, isto é, a exclusão do próprio crime.
Portanto, incabível e equivocada a respeitável decisão de pronúncia, já que o recorrente,
diante da excludente configurada, deveria ter sido absolvido sumariamente.
III – Pedidos
Ante o exposto, requer que seja conhecido e provido o presente recurso em sentido
estrito, para que haja a devida reforma, impronunciando o acusado, pela ausência
de indícios de crime contra a vida, conforme o art. 414 do CPP, ou, eventualmente, na
conclusão de haver ocorrido o delito, desde logo absolvido sumariamente em razão
da existência da excludente de ilicitude do estado de necessidade (art. 23 do CP c/c
art. 415 do CPP).
Nestes termos, pede deferimento.
Local e data.
Recurso de Apelação
O recurso de apelação é o recurso interposto da sentença definitiva ou das deci-
sões definitivas ou com força de definitiva, para a segunda instância, com o fim de
que se proceda ao reexame total ou parcial da matéria, com a consequente modificação
total ou parcial da decisão proferida pelos órgãos inferiores.
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Cabimento da Apelação das Decisões do Juiz Singular
O recurso de apelação está previsto no art. 593 do CPP.
Assim, vejamos:
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
I – das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por
juiz singular;
II – das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por
juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior;
III – das decisões do Tribunal do Júri, quando:
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à deci-
são dos jurados;
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou medida
de segurança;
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.
Vale lembrar:
• Sentenças definitivas: são as sentenças que resolvem o mérito da causa. São as deci-
sões que põe fim à relação jurídico-processual, julgando o mérito, quer absolvendo, quer
condenando o acusado – sentença em sentido estrito (condenatórias ou absolutórias);
• Sentença absolutória: é a decisão que não acolhe a pretensão punitiva do Estado,
julgando improcedente a ação penal;
• Sentença condenatória: é a decisão que acolhe a pretensão punitiva do Estado,
julgando procedente, no todo ou em parte, a ação penal, impondo uma pena ao
responsável, qual seja, ao réu.
Nessa mesma classificação, qual seja, das sentenças em sentido estrito existe, ainda:
• Decisão terminativa de mérito: é a decisão que encerra o processo com julgamento
do mérito, sem absolver ou condenar. Exemplo: a sentença que declara extinta a puni-
bilidade do réu. Tal decisão é apelável, desde que, para ela, não tenha sido previsto o
recurso em sentido estrito;
Importante!
A decisão que julga extinta a punibilidade do réu é uma decisão terminativa
de mérito, mas, dela, cabe recurso em sentido estrito, de acordo com o disposto no
art. 581, VII, do CPP.
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• Decisões definitivas: são aquelas que podemos denominar definitivas lato sensu,
ou seja, que encerram a relação processual, julgam o mérito da causa, mas não se
enquadram nas modalidades das sentenças condenatórias ou absolutórias previstas
nos arts. 386 e 387 do CPP. Já se colocou em dúvida a existência desse tipo de
decisão no processo penal. Todavia, há decisões que têm essa natureza, que são os
chamados incidentes. São elas:
» as decisões que julgam o pedido de restituição de coisas apreendidas, nos termos
do art. 120, § 1º, do CPP;
» as decisões que ordenam, ou não, o sequestro, nos termos do art. 127 do CPP;
» as decisões que cancelam o sequestro, pois resolvem o incidente em caráter defi-
nitivo, em seu mérito, ainda que parcial, sem que a questão possa ser renovada;
» as decisões que autorizam, ou não, o levantamento do sequestro (art. 131 do CPP);
» as decisões que acolhem, ou não, o pedido de especialização e inscrição de hipo-
teca legal ou de arresto, nos termos dos arts. 134, 135, 136 e 137, todos do CPP;
» a decisão que homologa, ou não, laudo pericial de pedido de busca e apreensão
em crimes contra a propriedade imaterial;
» a decisão que indefere a justificação;
» a decisão que concede a reabilitação.
• Decisões com força de definitiva: são as decisões interlocutórias mistas, que
se subdividem em:
» interlocutórias mistas terminativas: são as decisões que extinguem o processo,
sem julgamento do mérito, ou seja, encerram o processo, sem a solução da lide
penal. Exemplo: decisão que reconhece a ilegitimidade de parte, a decisão que
rejeita a denúncia ou queixa-crime, a decisão de impronúncia, etc.;
» interlocutórias mistas não terminativas: são as decisões que encerram apenas
uma fase do procedimento, mas não o extinguem. Exemplo: a decisão de pro-
núncia, que põe fim à primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri, que é
a instrução perante o juiz singular, remetendo os autos ao Tribunal do Júri, para
julgamento perante o plenário do júri popular.
Tais decisões, entretanto, são apeláveis desde que, para elas, não tenha sido previsto
o recurso em sentido estrito.
Assim, a decisão de pronúncia é uma decisão interlocutória mista não terminati-
va, mas, dela, cabe recurso em sentido estrito, conforme disposição expressa no art. 581,
IV, do CPP.
Do mesmo modo, a decisão que rejeita a denúncia ou queixa-crime e a decisão de
impronúncia constituem decisões interlocutórias mistas terminativas, porém essas
decisões estão elencadas, respectivamente, nos incisos I e IV do art. 581 do CPP, como
sendo decisões atacáveis por recurso em sentido estrito. Logo, da decisão que rejeita a
denúncia ou queixa-crime e da decisão de impronúncia, não cabe o recurso de apelação,
mas o recurso em sentido estrito.
Algumas questões, então, são necessárias para se verificar qual o recurso adequado
a cada situação. Nesse sentido, vejamos:
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1) A decisão do juiz que extingue a punibilidade constitui uma sentença definitiva?
Sim, é uma sentença definitiva, pois, para a sua análise, o magistrado, obrigatoria-
mente, ingressa no meritum causae.
2) Então, da decisão que extingue a punibilidade do réu, cabe recurso de apelação?
Não, porque, da decisão que extingue a punibilidade do réu, cabe recurso em senti-
do estrito, por expressa disposição no art. 581, VIII, do CPP.
3) Da decisão que declara a ilegitimidade ad causam do réu, isto é, que o réu é
parte ilegítima, qual o recurso adequado?
Depende. Se o juiz verificar, de pronto, que o réu é parte ilegítima no processo penal,
ele deve rejeitar a denúncia, e, da decisão que rejeita ou não recebe a denúncia, é
adequado o recurso em sentido estrito, nos termos do art. 581, I, do CPP.
Mas, se o juiz reconhecer a ilegitimidade de parte do réu após o recebimento da
denúncia e, portanto, durante a ação penal, é adequado o recurso de apelação.
4) O juiz absolve o réu, entendendo que não há provas suficientes para a
condenação (fundamento da decisão: insuficiência de provas). O réu, incon-
formado, deseja que fique reconhecido, na sentença absolutória, que ele não
praticou o ato ilícito. Nessa hipótese, qual o recurso cabível?
Da sentença que absolver o réu (sentença definitiva), qualquer que seja o seu funda-
mento, é cabível o recurso de apelação.
5) O réu foi condenado pelo juízo a quo por roubo, mas a defesa deseja modi-
ficar a decisão no sentido de desclassificar para o crime de furto, por entender
não ter havido a violência ou a grave ameaça. Qual o recurso cabível?
A desclassificação não é hipótese prevista no rol do art. 581 do CPP, portanto, nesse
caso, a defesa deverá ingressar com o recurso de apelação, mesmo porque trata-se
de uma sentença condenatória (sentença definitiva).
6) O réu foi condenado e o juiz estabeleceu o regime semiaberto para início de
cumprimento da pena. O réu, inconformado, deseja ver modificada a decisão
do juízo a quo, para que se estipule o regime aberto para o início do cumpri-
mento da pena. Qual o recurso cabível?
Nesse caso, trata-se também de uma sentença condenatória e, portanto, de uma
sentença definitiva e, nos termos do art. 593, I, do CPP, das sentenças definitivas de
condenação, caberá o recurso de apelação.
7) Qual o recurso cabível da decisão do juiz que não recebeu a apelação e jul-
gou extinto o processo?
Nos termos do art. 581, XV, do CPP, é cabível o recurso em sentido estrito.
O recurso de apelação possui maior amplitude, pois realiza o exame das questões de
fato e de direito discutidas no processo, ainda que não examinadas por inteiro na sentença.
Assim, todas as questões de ordem pública podem ser conhecidas e discutidas a qualquer
tempo, ainda que em grau de recurso – na apelação.
É um recurso genérico, porque é um recurso cabível nas sentenças definitivas, das
decisões definitivas ou com força de definitiva proferidas do juiz singular e das decisões
do Tribunal do Júri, nas hipóteses mencionadas expressamente no art. 593, III, a a d.
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Como é sabido, o art. 581 do CPP nos traz um elenco de hipóteses impugnáveis por
via de recurso em sentido estrito. Tais hipóteses constituem um rol taxativo, que não
admite qualquer extensão ou ampliação das suas hipóteses. Isso significa que, se, para
a decisão que se deseja impugnar, não houver previsão expressa no rol do art. 581 do
CPP, não caberá recurso em sentido estrito. Por via de regra, o recurso cabível para a
hipótese é a apelação.
É, por fim, um recurso preferível, por ser o mais adequado quando “parte” da de-
cisão impugnada poderia ser atacada por meio de recurso em sentido estrito, que fica
afastado para que seja nela apreciado todo o objeto da sentença, em atenção ao princípio
da unirrecorribilidade.
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Cabimento da Apelação das Decisões do Júri
O recurso de apelação também é cabível de algumas decisões proferidas no proce-
dimento do Tribunal do Júri, conforme dispõe o art. 593, III, a a d, do CPP, in verbis:
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
[...]
III – das decisões do Tribunal do Júri, quando:
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à deci-
são dos jurados;
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou medida
de segurança;
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.
Fonte 4
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Apelação Plena e Apelação Limitada
Por via de regra, o recurso de apelação devolve ao tribunal ad quem o conhecimento
de toda a matéria discutida e decidida em primeira instância, no que se denomina ape-
lação plena ou ampla. Assim, o recurso pode ter por objetivo o reexame completo da
causa, quando, por exemplo, a parte, não se conformando com a respeitável sentença
final, pleiteia a sua reforma integral, total.
Não obstante, pode o próprio recorrente delimitar o objeto da apelação, pedindo
apenas o reexame de parte da decisão, no que se denomina apelação limitada ou
parcial. Desse modo, pode o recorrente, não se conformando apenas com parte da
sentença final, delimitar o campo de atuação do tribunal. Nesse caso, entretanto, faz-
-se necessário que o recorrente determine, com absoluta clareza e precisão, e de forma
absolutamente explícita, a sua pretensão recursal, ou seja, deve delimitar, inequivoca-
mente, a parte da decisão com a qual não se conforma e, por isso, pretende o reexame.
Na dúvida, o recurso deve ser recebido em sua integralidade, o que nos permite concluir
que, no silêncio do recorrente, a apelação será recebida em termos amplos.
Mas, partindo da premissa de que o tribunal não pode proceder de ofício, em face da
inércia da jurisdição, conclui-se que, sem recurso, não há como se reexaminar uma deci-
são judicial de instância inferior. É justamente o recurso que cria a competência recursal.
Dessa forma, sem recurso, o tribunal não poderá modificar a decisão do juízo a quo,
determinar providências, nem fazer coisa alguma, ainda que assim muito desejasse, ou
seja, sem o recurso, a jurisdição de segundo grau (tribunal) fica impedida de manifestar-se.
Logo, se ao recurso é dado o papel de criar competência recursal, permitindo a emis-
são de um provimento jurisdicional, certamente cabe a ele fixar os limites de atuação da
instância superior. Do mesmo modo que não pode o juízo a quo julgar ultra ou extra pe-
tita, não pode o juízo ad quem. Trata-se da aplicação do princípio do tantum devolutum
quantum appellatum, inserido no art. 599 do CPP, in verbis: “Art. 599. As apelações
poderão ser interpostas quer em relação a todo o julgado, quer em relação a parte dele”.
Podemos concluir, portanto, que, no recurso de apelação, vigora o princípio do
tantum devolutum quantum appellatum, ou seja, somente será permitido devolver
para o reexame do tribunal a análise da matéria impugnada, não sendo permitido que seja
apreciada a parte da decisão da qual não apelou o interessado pela reforma da decisão.
Legitimidade e Interesse
O réu e a acusação possuem interesse de apelar na medida da sua sucumbência.
Mas, se o réu for absolvido e pretender, de qualquer forma uma melhora em sua situ-
ação, poderá recorrer, ainda que somente para mudar o fundamento da sentença penal
absolutória, visto que presente está o interesse jurídico para recorrer.
O assistente da acusação, por sua vez, de acordo com o art. 598, caput, do CPP, so-
mente possui legitimidade recursal supletiva, o que significa dizer que, se o representante
do Ministério Público apelar de forma ampla, ou seja, atacar a decisão integralmente,
o recurso de apelação, eventualmente interposto pelo assistente da acusação, não será
conhecido. Vejamos:
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UNIDADE Recurso em Sentido Estrito e Recurso de Apelação
Fonte 5
Fonte: Getty Images
Prazo da Apelação
O recurso deve ser interposto no prazo de 5 (cinco) dias, por meio da petição de
interposição do recurso, a contar do dia em que ocorrer a intimação da sentença.
No caso do réu, devem ser intimados ele e seu defensor, motivo pelo qual o prazo para
a interposição do recurso de apelação começa a fluir da última intimação (no primeiro dia
útil seguinte à última intimação – art. 798, § 1º, do CPP).
Já, no caso do Ministério Público, o prazo de 5 (cinco) dias para interpor o recurso de
apelação começa a fluir da data em que se apõe o seu “ciente” nos autos, ou seja, será
intimado em seu gabinete.
No caso de ter sido feita a intimação da sentença por edital, o prazo para a interpo-
sição do recurso de apelação começa a fluir da data do esgotamento do prazo do edital,
que é de 60 (sessenta) dias, se imposta pena inferior a um ano, e de 90 (noventa) dias,
se imposta pena igual ou superior a um ano.
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No caso de intimação da sentença por carta precatória, o prazo recursal começa a fluir
da juntada da carta aos autos (no primeiro dia útil seguinte à juntada da carta precatória
aos autos – art. 798, § 1º, do CPP).
Interposto o recurso de apelação, abre-se vista para o apelante, que, no prazo de 8 (oito)
dias, deve apresentar as razões do recurso de apelação, se se tratar de crime apena-
do com reclusão ou detenção, e prazo de 3 (três) dias, se se tratar de contravenção,
conforme disposto no art. 600 do CPP e, depois, por igual prazo, ao apelado, para a oferta
das contrarrazões do recurso de apelação. “Art. 600. Assinado o termo de apelação,
o apelante e, depois dele, o apelado terão o prazo de oito dias cada um para oferecer as
razões, salvo nos processos de contravenção, em que o prazo é de três dias.”
Havendo assistente da acusação, este poderá arrazoar no prazo de 3 (três) dias, após
o Ministério Público, conforme dispõe o art. 600, § 1º, do CPP:
Art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o ape-
lado terão o prazo de oito dias cada um para oferecer as razões, salvo nos
processos de contravenção, em que o prazo é de três dias.
§ 1º. Se houver assistente, este arrazoará, no prazo de três dias, após o
Ministério Público.
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UNIDADE Recurso em Sentido Estrito e Recurso de Apelação
É obrigatória a intimação do apelante para que possa oferecer suas razões do recurso
de apelação, sob pena de nulidade. Do mesmo modo, evidentemente, deve a parte ape-
lada ser intimada da interposição do recurso da parte contrária, para que possa oferecer
as contrarrazões do recurso de apelação.
Na dúvida quanto à tempestividade do recurso, deve ser ele conhecido.
Fonte 6
Fonte: Getty Images
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imediatamente em liberdade, nos termos do art. 596 do CPP: “Art. 596. A apelação da
sentença absolutória não impedirá que o réu seja posto imediatamente em liberdade”.
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UNIDADE Recurso em Sentido Estrito e Recurso de Apelação
Razões de apelação
Apelante: “A”
Apelado: Ministério Público _________ (estadual ou federal)
Processo nº
Egrégio Tribunal!
Colenda Câmara (ou Turma)!
Douta Procuradoria!
O ora apelante foi condenado à pena de _________ por sentença proferida pelo
MM. Juiz de primeiro grau.
Não agiu como costumeiro acerto o Ínclito Magistrado a quo ao proferir o decreto
ora combatido, pelas razões a seguir aduzidas:
I – Dos fatos
(copiar o problema com suas palavras utilizando a nomenclatura apelante).
(pule 1 linha)
Com efeito, (redigir com suas palavras uma tese de defesa, com ao menos 15 linhas:
deve ter introdução, desenvolvimento e conclusão).
(faça um desfecho aqui)
Diante de todo o exposto, postula-se seja conhecido e dado provimento ao recurso, refor-
mando a r. sentença, absolvendo o apelante (ou o que deva ser pedido: redução de pena,
mudança de regime, reconhecimento de tentativa etc.) por ser medida de justiça.
Local e data.
Nome do(a) Advogado(a)
OAB/SP nº
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Termos em que pede deferimento.
Local e data.
Nome do(a) Advogado(a)
OAB/SP nº
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UNIDADE Recurso em Sentido Estrito e Recurso de Apelação
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Contrarrazões de apelação
Apelado: “A”
Apelante: Justiça Pública
Processo nº
Egrégio Tribunal de
Colenda Câmara (ou Turma, se federal)
Douta Procuradoria de Justiça (Procurador Geral de República
O apelado foi denunciado e, ao final, absolvido (condenado pela pena de ______).
Não se conformando com o r. decisório, a acusação apelou, buscando acolhimento
perante esta Colenda Câmara, para ver reformada a r. sentença.
Com a permissa venia, agiu o MM. Juiz a quo com o costumeiro acerto ao proferir
a r. sentença.
O recurso interposto pelo Ministério Público deve ser improvido, para que se mantenha
a sentença prolatada em favor do apelado, pelas razões a seguir aduzidas:
Dos fatos:
(copiar o problema).
Do direito:
Com efeito, o apelado (redigir com suas palavras uma tese defensiva).
Conforme entendimento predominante na jurisprudência: “_______” (se não
houver, não coloque essa frase).
Diante do exposto, deve ser improvida a apelação interposta pelo Digno Representante
do Ministério Público, devendo ser mantida a absolvição, como medida de justiça.
Local e data
Nome do(a) Advogado(a)
OAB/SP nº
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UNIDADE Recurso em Sentido Estrito e Recurso de Apelação
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Prática penal para 2ª Fase OAB – recurso em sentido estrito (RESE)
https://youtu.be/qpRHAFpDFus
Recurso em sentido estrito, Ministério Público e efeito suspensivo
https://youtu.be/dJXHrhrGesk
Prática penal para 2ª Fase OAB – contrarrazões de apelação
https://youtu.be/8M6j-gyHJtY
Recurso de apelação
https://youtu.be/MpEatyP7qic
Leitura
Modelo de petição
https://bit.ly/3ueXCri
Razões de recurso em sentido estrito
https://bit.ly/2RClPL5
Modelo de recurso de apelação – penal
https://bit.ly/3fjFWXt
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Referências
AVENA, N. Processo penal. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019. (e-book)
LOPES JR., A. Direito processual penal. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. (e-book)
MARCÃO, R. Curso de processo penal. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. (e-book)
NUCCI, G. S. Curso de direito processual penal. 17. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2020. (e-book)
PACELLI, E. Curso de processo penal. 22. ed. São Paulo: Atlas, 2018. (e-book)
RANGEL, P. Direito processual penal. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2019. (e-book)
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