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EXCELENTISSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(a) DA VARA DE

EXECUÇÕES PENAIS DE SÃO PAULO.

Processo: XXXXXXXXXX

Guilherme, já qualificado nos autos, vem por meio desta advogada que lhe
subscreve (nome da advogada) inscrita sob o n° da OAB: XXXXX, vem mui
respeitosamente a Vossa Excelência apresentar o Agravo de Instrumento.

GUILHERME, já qualificado nos autos do processo de execução penal nº


[número do processo], em trâmite perante a Vara de Execuções Penais de São
Paulo, por seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente à presença
de Vossa Excelência interpor o presente AGRAVO DE INSTRUMENTO, com
fundamento no artigo 197 da Lei de Execuções Penais, em face da decisão
proferida pelo juízo de primeiro grau, que determinou a regressão do regime de
cumprimento de pena para o fechado, perda da totalidade dos dias remidos,
reinício da contagem do prazo de livramento condicional e reinício da contagem
do prazo do indulto, nos seguintes termos:

I – DOS FATOS

Guilherme foi condenado definitivamente pela prática do crime de lesão


corporal seguida de morte, tendo sido aplicada a pena de 06 (seis) anos de
reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado, em razão das
circunstâncias do fato. Após cumprir 01 (um) ano da pena aplicada, o apenado
foi beneficiado com progressão para o regime semiaberto, onde trabalhava
internamente em busca da remição

Durante o cumprimento da pena nesse regime, veio a ser encontrado


escondido em seu colchão um aparelho de telefonia celular. O diretor do
estabelecimento penitenciário, ao tomar conhecimento do fato por meio dos
agentes penitenciários, de imediato reconheceu na ficha do preso a prática de
falta grave, apenas afirmando que a conduta narrada pelos agentes, e que teria
sido praticada por Guilherme, se adequava ao Art. 50, inciso VII, da Lei nº
7.210/84. O reconhecimento da falta pelo diretor foi comunicado ao Ministério
Público, que apresentou promoção ao juízo da Vara de Execuções Penais de
São Paulo, juízo este competente, requerendo a perda de benefícios da
execução por parte do apenado.

O juiz competente, analisando o requerimento do Ministério Público, decidiu


que, “considerando a falta grave reconhecida pelo diretor da unidade, impõe-
se: a) a regressão do regime de cumprimento de pena para o fechado; b) perda
da totalidade dos dias remidos; c) reinício da contagem do prazo de livramento
condicional; d) reinício da contagem do prazo do indulto.”

Ao ser intimado do teor da decisão, em 09 de julho de 2019, terça-feira,


Guilherme entra em contato, de imediato, com seu advogado, esclarecendo
que nunca fora ouvido sobre a aplicação da falta grave, apenas tendo
conhecimento de que a Defensoria se manifestou no processo de execução
após o requerimento do Ministério Público.

II – DO DIREITO

O presente recurso é interposto com fundamento no art. 197 da Lei de


Execução Penal, que prevê a possibilidade de interposição de agravo de
instrumento em face de decisões proferidas em processos de execução penal.

Além disso, a decisão objeto do presente recurso é passível de recurso,


uma vez que a mesma impôs sanções ao agravante, como a regressão do
regime de cumprimento de pena para o fechado, perda da totalidade dos dias
remidos, reinício da contagem do prazo de livramento condicional e reinício da
contagem do prazo do indulto.
III- DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer-se que seja dado efeito suspensivo à decisão


agravada, para que o agravante possa continuar cumprindo a pena em regime
semiaberto até o julgamento definitivo deste recurso.

Ademais, requer-se a intimação do Ministério Público para, querendo,


apresentar contrarrazões ao presente recurso, nos termos do art. 197, §4º, da
Lei de Execução Penal

Por fim, requer-se o provimento do presente agravo de instrumento, a


fim de que seja reformada a decisão agravada, afastando-se as sanções
aplicadas ao agravante.

Nestes termos, pede deferimento.

Local e data.

Advogado:

OAB/UF :

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