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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA

DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE TAUBATÉ-SP.

Processo de Execução Criminal nº___.

JOÃO, já qualificado nos autos, vem, por seu defensor que esta
subscreve, inconformado, concessa maxima venia, com a respeitável
decisão de folhas, interpor, tempestivamente, AGRAVO EM
EXECUÇÃO, com fundamento no artigo 197 da Lei de Execução Penal.

Requer-se, o recebimento do recurso e, levando em


consideração as razões em anexo, que Vossa Excelência reconsidere a
decisão proferida. Não havendo retratação, requer-se o processamento
do recurso, com sua remessa ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado
de São Paulo.

Devendo o recurso subir por instrumento, requer, outrossim,


nesta oportunidade, seja determinado ao Sr. Escrivão proceda à
extração das seguintes peças (fls.__ ).

Município... Data...

________________
ADVOGADO...
OAB nº ...
Agravante: João.
Agravado: Ministério Público.
Vara de Origem: Vara das Execuções Criminais da Comarca de Taubaté-SP.
Autos de origem sob o nº ______.

“RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO”

Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo,

Colenda Câmara,

Ínclita Procuradoria de Justiça,

Em que pese a respeitável decisão ser da lavra do eminente Juiz a quo,


data maxima venia, merece ser reformada por esta Corte. Senão vejamos:

DOS FATOS.

O réu, primário, praticou o crime de roubo simples em fevereiro de 2020,


tendo sido processado e condenado a uma pena de 4 anos de reclusão, em regime
inicial fechado, e ao pagamento de 10 dias-multa, no valor de 1/30 do salário-mínimo
vigente ao tempo do fato, com início de cumprimento de pena no dia 11/09/2021.

Durante o tempo de cumprimento da pena, o réu não praticou falta de


qualquer natureza e possui bom comportamento carcerário, atestado pelo diretor do
estabelecimento prisional.

No dia 10/09/2022 o réu cumpriu 25% da sua pena, mantendo seu bom
comportamento carcerário, como atestado.

Constata-se também que o réu requereu ao Juízo das Execuções a


progressão do regime.

Após parecer ministerial, o Juiz da Vara das Execuções Criminais de


Taubaté indeferiu o pedido sob o argumento de que o reeducando foi condenado por
crime grave, e por isso não estaria apto de retornar ao convívio social nesse prazo
tão curto.

DO DIREITO.

A gravidade do crime e as circunstâncias da ação, já foram consideradas


na dosimetria da pena in sentença condenatória, não constituindo fundamento
idôneo para indeferir o benefício em sede de execução penal, em que deve ser
considerado o mérito do condenado durante o cumprimento da pena imposta.

Observando o disposto do Art. 197 da LEP, confirma-se o cabimento do


recurso de agravo, sem efeito suspensivo.

Informa-se também a legitimidade para propor esse recurso, conforme os


ditames do Art. 195 da LEP.

A Lei de Execuções Penais dispõe em seu Art. 112 que a pena privativa
de liberdade será executada em forma progressiva, com a transferência do
condenado para regime menos rigoroso.

Ressalta-se ainda sobre o Art. 112 da LEP, o seu inciso III, que determina
um dos requisitos para a progressão de regime prisional, onde o condenado primário
em crimes cometidos com violência ou grave ameaça, deve cumprir 25% da sua
pena para progredir para um regime mais brando.

A progressão do regime possui além do valor objetivo, que é o


cumprimento do lapso temporal, o valor subjetivo, sendo esse, em síntese, o bom
comportamento carcerário atestado pelo diretor da unidade prisional.

Diante do exposto, o condenado preenche todos os requisitos


necessários para progressão de regime prisional mais brando.

DO PEDIDO.

Ante o exposto, requer-se a esta colenda Câmara, o provimento do


presente recurso, para deferir a progressão do agravante ao regime semiaberto.

Município... Data...

_________________________
ADVOGADO...
OAB nº...

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