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Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da _ª Vara do Júri da Comarca de Santos.

Autos nº

Maria, já qualificado nos autos do


processo em epígrafe, vem perante V. Exa., através de seu advogado infra-
assinado, interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, com fulcro no art. 581,
IV, do CPP.

Requer, ainda, o recebimento do


presente recurso e que V. Exa. possa fazer valer o juízo de retratação e não
entendendo pela reforma da decisão, que sejam encaminhada as razões ao
egrégio TJ

Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data

Nome Advogado
OAB/SP

Autos nº
Recorrente: Maria
Recorrido: Ministério Público
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Egrégio Tribunal.
Colenda Câmara

DOS FATOS:

A recorrente, moradora da cidade de Santos, supostamente seria a


responsável por uma clínica clandestina que praticava abortos na cidade onde
reside.

Mediante uma denúncia anônima, a polícia chega na suposta clínica de


aborto, e nesse mesmo instante a recorrente estava realizando um
procedimento em sua cliente.

Os policiais indagaram a cliente da recorrente, que disse ter consentido


com a prática do procedimento.

A Vara do Júri de Santos então processou a recorrente.

Destaca-se que não foi juntado aos autos o exame de corpo de delito,
comprovando a gravidez e tampouco a existência de feto sacrificado.

O Ministério Público requereu a pronúncia da acusada, sendo que a


defesa requereu a impronúncia nos termos do art. 414 do CPP.

O juiz pronunciou a ré por infração ao art. 126 do CP.

O DIREITO:

Observa-se que houve uma violação ao princípio da ampla defesa, uma


vez que o recorrente não teve acesso as provas que foram acostadas ao
procedimento.

Requer também a absolvição sumária, tendo em vista que o fato


evidentemente não constitui crime, uma vez que não se comprova a existência
da gravidez e tampouco de feto sacrificado, podendo a conduta ser definida
como atípica.

Estamos diante da falta de garantida de consumação do crime previsto


no art. 126 do CP, ressaltando a falta de constatação de gravidez e de
consumação do crime em razão da falta de fator comprobatório do crime, no
caso, o feto.

Acreditava-se que a recorrente estaria praticando o procedimento de


aborto, porém no mundo fático não há feto sacrificado para que possa ser
confirmada a existência do delito, então, não sendo causada qualquer lesão, a
conduta é atípica, devendo ser o agente absolvido de imediato, nos termos do
Art. 415, inciso III, do CPP.

PEDIDO:

a) ser reconhecida a prescrição da pretensão punitiva;

b) anulação da decisão de pronúncia;

c) absolvição sumária, nos termos do Art. 415, inciso III, do CPP.

Local e data.

Nome Advogado
OAB.

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