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EXMO (a). SR (a). DR (a).

JUIZ (a) DE DIREITO DA____VARA DE TÓXICOS DA COMARCA


DE XXXXXXXX - MG

Autos nº:

Fulano de Tal, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, por seus procuradores
infra-assinados, nos autos do processo em que o Ministério Pú blico lhe move, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do Art. 593, do Có digo de
Processo Penal, interpor recurso de

APELAÇÃO. Requer-se, ainda, nos termos do Art. 600, § 4º, do mesmo có dex, seja
recebido, autuado e remetido o recurso para a Instância Superior, para que seja o
subscritor intimado para apresentação das razões de apelação perante o competente
órgão colegiado.

Termos em que,

pede deferimento.

Local data

______________xx de___________xxxx

Advogado

OAB

EXMO. SR. DR. DESEMBARGADOR RELATOR DA _____ CÂMARACRIMINAL DO TRIBUNAL


DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

AUTOS Nº.

Fulano de Tal, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, por intermédio de seus
procuradores infra-assinados, nos autos do processo em que o Ministério Pú blico lhe move,
vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, em atendimento aos r. despachos de
fls. 196/197, apresentar suas RAZÕES DE APELAÇÃO, que seguem nas laudas em anexo.
Termos em que,

pede deferimento.

Local data

______________xx de___________xxxx

Advogado

OAB

AO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

APELANTE:xxxxxxxxxxxxxxxx

APELADO:Ministério Pú blico do Estado

VARA DE ORIGEM:xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Nº DO PROCESSO DE ORIGEM:

RAZÕES DE APELAÇÃO

Ilustres Julgadores,

Colenda Câ mara,

I - DOS FATOS

Na data de 06 de julho de xxxx, o réu, ora apelante, xxxxxxxxxxxx, juntamente com o


menorxxxxxxxxx, foi preso em suposto flagrante delito, pela pratica, em tese, do crime
capitulado no art. 33 c/c art. 40, VI, ambos da Lei 11.343/06.

Em sede de audiência de custó dia, a prisã o em flagrante foi convertida em preventiva.


Denú ncia recebida (fls. 61) e defesa prévia apresentada (fls. 58).

Audiência de instruçã o e julgamento designada para a data de xxxxxxx. Nova audiência de


instruçã o (fls. 116), na data de xxxxxxxxx, ocasiã o em que foram ouvidas 03 (três)
testemunhas, e, o ato foi adiado dada a ausência de uma testemunha arrolada pela defesa,
apesar de devidamente intimada.

Audiência de instruçã o em continuaçã o (fls. 123), ocasiã o em que o apelante foi interrogado
e a defesa desistiu de uma testemunha faltante, restando pendente o retorno de uma carta
precató ria, oriunda da cidade de xxxxxxxxxxx (fls. 126).

Com o retorno da carta precató ria, foi aberta vista a defesa para manifestaçã o em relaçã o a
uma testemunha que nã o foi localizada (fls. 137), ocasiã o em que a defesa manifestou sua
desistência com relaçã o a mesma.

Pedido de revogaçã o da preventiva apresentado (fls. 138/146), baseado no depoimento da


testemunha ouvida por carta precató ria (fls. 134), que, a nosso sentir, inocentou
completamente o apelante. Pedido indeferido (fls. 150/151), sob argumentaçã o de que a
instruçã o se encontra encerrada, estando o feito em fase de alegaçõ es finais.

Alegaçõ es finais do Parquet apresentadas (fls. 151/159), opinando pela procedência da


denú ncia.

Alegaçõ es finais da defesa apresentada (fls. 160/165), arguindo pela absolviçã o do apelante
pela insuficiência de provas nos termos do art. 386, VII, do CPP, sucessivamente, caso
sobrevenha condenaçã o a fixaçã o da pena no patamar mínimo, bem como o
reconhecimento da causa de diminuiçã o de pena, em seu patamar má ximo, conforme
previsã o do art. 33, § 4º, da lei 11.343/06.

A denú ncia foi julgada procedente, sendo o apelante condenado a uma pena total de 05
(cinco) anos e 10 (dez) meses de reclusã o e 583 (quinhentos e oitenta e três) dias multa e
multa estipulada em 1/30 (um trigésimo do salá rio mínimo, a ser cumprida em regime
inicialmente semiaberto (fls. 177/178).

Interposta apelaçã o pela Defesa, com requerimento para arrazoar na 2º instâ ncia, nos
termos do art. 600, § 4º, do CPP, subiram os autos à esta Colenda Corte, oportunidade em
que fora aberta a competente vista para apresentaçã o das razõ es, o que se procede neste
ato.

Em apartada síntese, sã o os fatos.

II – DO MÉRITO

II.1 – DA ABSOLVIÇÃO – AUSÊNCIA DE PROVAS – PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO REO

Cabe mencionar inicialmente que, até o presente momento, o apelante já amarga mais de
406 (quatrocentos e seis) dias encarcerado, ou seja, mais de 01 (um) ano, somente por
conta deste feito.
Ressalta-se que, somente a instruçã o levou quase 01 (um) ano, sendo que o feito ficou
concluso para sentença por quase 03 (três) meses, sendo que o feito nã o demanda qualquer
complexidade. Inclusive, tal mençã o foi objeto de Habeas Corpus, visando a declaraçã o do
excesso de prazo, que foi julgado prejudicado face a prolaçã o da sentença.

Ademais, conforme se demonstrará abaixo, nã o há qualquer prova robusta contra o


apelante, capaz de ensejar uma condenaçã o, mostrando que o presente caso é patente de
uma ilegalidade tamanha, pois demonstram a precá ria estrutura dos ó rgã os apuradores e
persecutó rios, além de rechaçar por completo o Princípio da Presunçã o de Inocência.

Desculpem o desabafo!

Vamos ao caso. Em todos os momentos em que foi ouvido, seja na delegacia (fls. 06), seja na
audiência de instruçã o (fls. 123), o apelante apresentou a mesma versã o, de forma firme e
contundente, asseverando, em todas as oportunidades, sua INOCÊ NCIA.

Conforme acima mencionado, o apelante foi preso, na data de xxxxxxxxxx, em suposto


flagrante delito, na companhia do menor xxxxxxxxxxx, em uma abordagem de rotina a um
ô nibus de viagem, que partia de xxxxxxxxxxx e seguia para a cidade de xxxxxxxxxxxxxxxx –
MG.

Na ocasiã o, foi encontrada em poder de xxxxxxxxxx, uma mochila, contendo substâ ncias
semelhante a crack. É relatado que, no ato da abordagem, xxxxxxxxxx teria assumido toda a
propriedade da substâ ncia entorpecente, negando que o apelante, que viajava na poltrona
ao lado, tivesse conhecimento do material. O que pode ser comprovado pelo BOPM (fls.
11v). Também confirmado em audiência pelos Policiais Militares xxxxxxxx e xxxxxxxx (fls.
116).

*trecho do histó rico do BOPM de fls. 11v

Em oitiva de xxxxxxxxxxx, na qualidade de testemunha, perante o Juízo de


xxxxxxxxxxxx – MG, por carta precatória, o mesmo ratificou o acima narrado, ou seja,
que a substância entorpecente era de sua propriedade e que o apelante, não tinha
sequer conhecimento da existência do material, inclusive, forneceu detalhes da
empreitada (onde, quando e por quanto comprou o material) (fls. 134/135).

Da mesma forma, o apelante, em interrogató rio (fls. 123), nega veementemente a prá tica
criminosa, narrando praticamente a mesma versã o apresentada pela testemunha retro
referenciada. Salienta-se que, a testemunha foi ouvida por precató ria, na cidade de
xxxxxxxxxxxxx, a 800 km de distâ ncia da Comarca de xxxxxxxxxxx, onde se processa o feito.

No mesmo passo, as demais testemunhas que também foram ouvidas por carta precató ria,
narraram que o apelante nã o tem qualquer envolvimento com criminalidade, a nã o ser pelo
seu passado como usuá rio de drogas, o que foi inclusive confessado pelo mesmo em
interrogató rio.

Ora, com o depoimento da testemunha acima citada (xxxxxxx), há uma reviravolta no


presente feito, pois, fica devidamente provado, que o apelante nã o participou da
empreitada criminosa.
Observa-se ainda que, as testemunhas (policiais militares), tanto na Policia Civil (fls.
03/04), no Boletim de Ocorrências (fls.11v), bem como em Juízo (fls. 116), afirmaram
categoricamente que nada foi encontrado em poder do apelante e sim da pessoa de
xxxxxxxxx, que, inclusive confessou aos policiais a autoria delitiva.

Assim, ficou devidamente provado, ou mesmo a Ilustre representante do Parquet, nã o


conseguiu provar, de forma contundente, a autoria delitiva imputada ao apelante.

Ainda assim, sem qualquer prova segura, data maxima venia, em total dissonâ ncia dos
Princípios da Presunçã o de Inocência - in dubio pro reo, vez que, conforme salientado pela
pró pria sentença condenató ria, toda a fundamentaçã o se deu com bases em indícios (fls.
170).

Em relaçã o aos mencionados indícios, repita-se, ú nicos em termos de prova, o mais


contundente foi o depoimento supostamente prestado por xxxxxxxx na DEPOL (fls. 05),
sem o crivo do contraditó rio e sem a presença de um advogado, ocasiã o em que xxxxxxxx
acusa o apelante.

Todavia, tal depoimento foi desmentido em sede de audiência de instruçã o e julgamento


(fls. 116), ocasiã o em que o mesmo narra que nã o prestou tal depoimento, somente
“assinou um papel”.

Ainda nesse sentido, nota-se que, o depoimento supostamente prestado na DEPOL é


completamente dissonante das demais provas produzidas, inclusive na narrativa dos
Policiais Militares que realizaram a prisã o, conforma acima narrado.

Quanto à s supostas mensagens de aplicativo de mensagens, mencionadas pelos Policiais


Militares, as mesmas nã o puderam ser corroboradas, pois, em que pese determinaçã o de
perícia no aparelho, a mesma até o presente momento nã o aportou nos autos, sendo
ILEGAL qualquer mençã o nesse sentido.

Isto posto, a Defesa requer que seja a sentença reformada, no sentido de se absolver o
apelante dos delitos que lhe sã o imputados, em razã o da insuficiência de provas (art. 386,
VII, do CPP).

II.2 – PEDIDO SUCESSIVO -APLICAÇÃO DO ART. 33, § 4º, DA LEI 11.343/06

Destaca-se inicialmente que, o apelante é PRIMÁRIO e possuidor de BONS


ANTECEDENTES, possuindo apenas processos em andamento.

Todavia, em aná lise da r.sentença, a MM. Juíza negou a incidência do § 4º, do art. 33, da Lei
11.343/06, fundamentando sua decisã o, basicamente, no fato de que, segundo certidã o
cartorá ria,o apelante estaria sendo investigado em outros processos.

Primeiramente, importante destacar que, o fato do apelante possuir inquéritos em


andamento para apuraçã o de infraçõ es penais nã o deve ser considerado em seu desfavor,
sob pena de ofensa ao princípio da presunçã o de inocência, entendimento já abarcado,
mutatis mutandis, na Sú mula nº 444 do Superior Tribunal de Justiça.
Outrossim, data venia a Ilustre Magistrada a quo, nã o há nos autos qualquer prova de que o
apelante integre qualquer organizaçã o criminosa, ou que tenha se dedicado a vida
criminosa, ora, data máxima vênia, a ilustre Juíza sentenciante nada mais fez do que
utilizar-se de juízo de valor ao afastar a causa especial de diminuiçã o de pena.

Ora, nã o se discute que o apelante seja investigado em outros inquéritos policiais. Contudo,
como no presente caso, quando este nã o tem ligaçã o direta com o mérito e sim para
exacerbar a pena aplicada, fato objetivo, nã o basta a simples alegaçã o. Deve-se haver provas
seguras de que o mesmo integre organizaçã o criminosa ou se dedique a esta prá tica, o que,
repita-se, nã o há nos autos.

Salienta-se, ainda, que, a pró pria fundamentaçã o da r. sentença, denota que, “(...) as
investigações ainda não foram concluídas”(fls. 175). Portanto, nã o há qualquer prova segura
de que o apelante integre organizaçã o criminosa.

O que há nos autos, é tã o somente certidã o cartorá ria que aponta os inquéritos e açõ es
penais a qual o apelante responde, o que, conforme retro mencionado, nã o pode ser
utilizado como forma de negar a incidência da figura do trá fico privilegiado.

Por fim, é este o entendimento deste C. Tribunal:

EMENTA: APELAÇÃ O CRIMINAL - TRÁ FICO DE DROGAS ILÍCITAS - MINORANTE ESPECIAL -


DECOTE - REQUISITOS LEGAIS PREENCHIDOS - IMPOSSIBILIDADE -- REGIME PRISIONAL
FECHADO - IMPOSIÇÃ O EM VIRTUDE DA NATUREZA DO INJUSTO - INADMISSIBILIDADE .
01. Sendo a ré, condenada por trá fico de drogas, primá ria, ostentando bons antecedentes
penais, nã o se dedicando a atividades delitivas, tampouco integrando organizaçã o
criminosa, faz jus à minorante prevista no § 4º, do art. 33, da Lei n.º 11.343/06. 02. O
regime prisional de cumprimento da sançã o deve ser fixado de acordo com o exame das
circunstâ ncias judiciais do apenado, de seus antecedentes penais e em sintonia com o
quantum de pena reclusiva imposta, nos termos do que dispõ e o art. 33 e seus pará grafos
do CP e nã o em virtude da natureza do injusto, haja vista decisã o do Supremo Tribunal
Federal reconhecendo, em controle difuso, a inconstitucionalidade do § 1º, do art. 2º, da Lei
nº 8.072/1990. 03. O Plená rio do Supremo Tribunal Federal, ao julgar o HC n. 118.533/MS,
também assentou o posicionamento de que o trá fico privilegiado de substâ ncias
entorpecentes nã o é equiparado a crime hediondo. 04 Sendo a ré - condenado a pena
privativa de liberdade nã o superior a quatro anos de reclusã o - primá ria, portadora de bons
antecedentes e que teve analisado, favoravelmente, as circunstâ ncias judiciais, faz jus a
cumprir a sançã o que lhe foi imposta no regime prisional aberto, bem como à substituiçã o
da sançã o reclusiva por restritiva de direitos, eis que preenchidos os requisitos necessá rios
à concessã o dessas benesses.(APELAÇÃ O CRIMINAL Nº 1.0106.17.000917-4/001 -
COMARCA DE CAMBUÍ - APELANTE (S): MINISTÉ RIO PÚ BLICO DO ESTADO DE MINAS
GERAIS - APELADO (A)(S): MARIA APARECIDA DA SILVA).

APELAÇÃ O CRIMINAL - TRÁ FICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES - CRIME COMETIDO NA


VIGÊ NCIA DA LEI Nº 11.343/06 - APLICAÇÃ O DA CAUSA ESPECIAL DE REDUÇÃ O DE PENA
DO ART. 33, § 4º, DA NOVA LEI ANTIDROGAS - POSSIBILIDADE - RÉ U PRIMÁ RIO E DE BONS
ANTECEDENTES - AUSÊ NCIA DE COMPROVAÇÃ O DE DEDICAÇÃ O A ATIVIDADES
CRIMINOSAS - NÃ O-PARTICIPAÇÃ O EM ORGANIZAÇÃ O CRIMINOSA - REDUÇÃ O MÁ XIMA -
ESCOLHA DA FRAÇÃ O TENDO POR BASE AS CIRCUNSTÂ NCIAS JUDICIAIS DO ART. 59 DO
CÓ DIGO PENAL - REGIME PRISIONAL - MODIFICAÇÃ O PARA O INTEGRALMENTE
FECHADO - IMPOSSIBILIDADE - ART. 2º, § 1º, DA LEI Nº 8.072/90 -
INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO STF - IMPOSIÇÃ O DO REGIME
INICIALMENTE FECHADO - RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.(TJMG, 3.ª C.Crim., Ap.
n.º 1.0290.06.039039-7/001, Rel.ª Des.ª Má rcia Milanez, v.u., j. 03.07.2007; pub. DOMG de
10.07.2007).

Ademais, conforme já mencionado, o apelante é PRIMÁ RIO e ostenta BONS


ANTECEDENTES, além de possuir residência fixa e emprego lícito, na atividade de
vendedor de roupas, conforme informado, por meio do pró prio apelante, em sede de
audiência de instruçã o e julgamento.

Quanto à quantidade de droga apreendida, a mesma nã o pode ser entendida como


exacerbada, ao ponto de considerar o apelante como grande traficante ou mesmo pessoa
dada aquela prá tica, muito pelo contrá rio, foi apreendida apenas uma qualidade de droga,
nã o vá rias como comumente acontece.

Salienta-se ainda que, nã o foi apreendido com o apelante, ou em sua residência, qualquer
dos materiais comumente utilizados para a mercancia de substâ ncias entorpecentes, tais
como: balança de precisã o, materiais de dolagem, caderno de anotaçõ es, etc.

Ressalta-se que na r. sentença a Excelentíssima julgadora menciona em seu relató rio


(fls.166) que os policiais visualizaram mensagens no telefone do apelante, contudo, esse
fato nã o poderá ter qualquer relevâ ncia, vez que o ato é nulo nã o cabendo nem ser
mencionado na r. sentença, dada a ausência de autorizaçã o judicial ou perícia.

Nesse sentido decide a 7ª Câ mara Criminal do E. TJMG, senã o vejamos;

EMENTA: APELAÇÃ O CRIMINAL. ORGANIZAÇÃ O CRIMINOSA. LEI 12.850/13.


PRELIMINARES. INÉ PCIA DA DENÚ NCIA. NÃ O OCORRÊ NCIA. REJEIÇÃ O. PROVA ILÍCITA.
ACESSO A MENSAGENS DE TEXTO DO APLICATIVO "WHATSAPP" SEM AUTORIZAÇÃ O
JUDICIAL. PRISÃ O EM FLAGRANTE. ILICITUDE. OCORRÊ NCIA. DESENTRANHAMENTO.
INTERCEPTAÇÃ O TELEFÔ NICA. ILICITUDE. NÃ O OCORRÊ NCIA. FONTE INDEPENDENTE.
NÃ O CONTAMINAÇÃ O. TRANSCRIÇÃ O DA INTEGRALIDADE DAS ESCUTAS. PERÍCIA
FONÉ TICA. DESNECESSIDADE. PREJUÍZO. NÃ O DEMONSTRAÇÃ O. DECISÃ O AUTORIZATIVA
DA PRORROGAÇÃ O DA INTERCEPTAÇÃ O. NULIDADE. NÃ O OCORRÊ NCIA. SENTENÇA.
AUSÊ NCIA DE ENFRENTAMENTO DE TESE DEFENSIVA. NÃ O OCORRÊ NCIA. REJEIÇÃ O.
MÉ RITO. ABSOLVIÇÃ O. NECESSIDADE. AUTORIA DELITIVA. NÃ O COMPROVAÇÃ O. (
1.0325.16.001779-5/001)

Contudo, há de salientar que, o apelante, até a presente data, se encontra preso há


mais de 1 (um) ano.

Isto posto, tendo em vista as condiçõ es pessoais do apelante, bem como a pouca quantidade
de substâ ncia entorpecente apreendida, a ausência de materiais comumente utilizados para
o trá fico de entorpecentes (balança, anotaçõ es, dinheiro, etc.), a ausência de provas de que
o mesmo integre organizaçã o criminosa, ou até mesmo que a pequena quantidade de droga
encontrada com o menor era de propriedade do apelante, em caso de nã o acolhimento da
tese de absolviçã o, pugna a Defesa pela reforma da sentença, no sentido de se reconhecer a
causa de diminuiçã o de pena prevista no art. 33, § 4º da Lei 11.343/06, em seu patamar
má ximo.
III – DA CONCLUSÃO

1) Inicialmente, a Defesa pede que seja a sentença reformada, no sentido de se absolver o


apelante dos delitos que lhe sã o imputados, em razã o da insuficiência de provas (art. 386,
VII, do CPP);

2) Em sede sucessiva, acaso nã o acolhido o pleito retro, pede-se a reforma da sentença a


quo, no sentido de se reconhecer a causa de diminuiçã o de pena prevista no art. 33, § 4º da
Lei 11.343/06, em seu patamar má ximo;

3) Em se aplicando o retro requerido, considerando que o apelante ficou preso, em regime


fechado, por toda a instruçã o criminal, qual se perfaz em mais de 01 (um) ano, requer a
substituiçã o da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos, bem como sua
imediata soltura, com expediçã o do respectivo alvará .

Termos em que,

pede deferimento.

Local data

______________xx de___________xxxx

Advogado

OAB

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