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EXMO.

JUIZ DA ___ VARA DO TRIBUNAL DO JURI DA COMARCA BELO HORIZONTE

Processo nº ____

FABIANO , já qualificada na ação penal referida, vem através de seu advogado legalmente
constituído, na forma do art. 581 , IV do Código de Processo Penal, não concordando com a decisão
de prenuncia apresentar TERMO DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, requerendo seu
conhecimento, recebimento e vista para apresentação das razões.

Termos em que pede deferimento

Cidade, data

ADVOGADO
OAB/UF
EXMO. JUIZ DA ___ VARA DO TRIBUNAL DO JURI DA COMARCA BELO HORIZONTE

Requerente: FABIANO
Requerido: Ministério Público
Processo nº ____

EGRÉGIO TRIBUNAL
COLENDA TURMA
NOBRES JULGADORES

FABIANO, já qualificado na ação penal referida, vem através de seu advogado legalmente
constituído, na forma do art. 588 do Código de Processo Penal, não concordando com a decisão
apresentar RAZOES DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, requerendo o juízo de retratação
com objetivo de impronunciar o requerente e em caso negativo, o afastamento das qualificadoras e a
remessa ao Tribunal para processamento e julgamento.

FABIANO, foi denunciado pela prática de homicídio qualificado pelo motivo fútil e recurso
que impossibilitou a defesa da vítima, nos artigos 121, § 2º, II e IV do Código Penal, pelo
homicídio de Victor no dia 01/01/2021, segundo o Ministério Público, por volta das 22 horas, na
estrada que liga Belo Horizonte à Nova Lima, teria empurrado a vítima de uma ponte de forma que
ele caiu em um leito de rio e desapareceu, seu corpo não foi encontrado motivo pela qual não se fez
o exame necroscópico.

Ocorre que fabiano contesta a prova de existência de delito, pois esta ocorrência foi por
legítima defesa, que após luta corporal, o sr. Vitor caiu no rio não sendo encontrado, podendo
inclusive está vivo. Conforme o artigo 158 do CPP, quando a infração deixar vestígio é
indispensável o exame de corpo delito, o que não ocorreu neste caso.

Também, para se ter a pronuncia deve-se atentar para o artigo 413 do CPP, que estabelece
requisitos necessários para a pronuncia que é a existência da materialidade do fato e indícios
suficientes de autoria e a participação. Quanto a materialidade inexiste prova nos autos. Portanto
esta pronuncia não pode prevalecer, devendo ser retratada.

O recorrente também refuta a pronuncia pois informa que agiu em legítima defesa, conforme
dispõe os artigos 23 e 25 do Código Penal, não ha crime quando o agente pratica o fato em legítima
defesa. Por legítima defesa entende-se quem usa moderadamente dos meios necessários repele
injusta agressão, atual ou iminente, portanto está presente os requisitos que autorizam aplicação da
exclusão da ilicitude pela legítima defesa.

Diante do exposto, requer a impronuncia do crime e caso entenda que houve o crime, que
afaste as qualificadoras, pois as mesmas não encontram respaldo nos autos.

Termos em que pede deferimento


Cidade, data

ADVOGADO
OAB/UF

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