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PROCESSO DE EXECUÇÃO N°
Requer seja RECEBIDO e PROCESSADO o presente recurso, E QUE SEJA REALIZADO O JUÍZO DE
RETRATAÇÃO REFORMANDO-SE A RESPEITÁVEL DECISÃO, nos termos do art. 589 do CPP ou,
caso Vossa Excelência entenda que deva mantê-la, QUE SEJA ENCAMINHADO, com as
INCLUSAS RAZÕES, ao Egrégio Tribunal de Justiça.
Termos em que;
Espera Retratação
EXECUÇÃO NÚMERO:
COLENDA CÂMARA,
Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz a quo, IMPÕE-SE A REFORMA DA
RESPEITÁVEL DECISÃO que reconheceu falta grave cometida pelo agravante.
1- BREVE SÍNTESE
Tobias Matias foi condenado como incurso no art. 129, parágrafo 3º do CP à pena de 6 anos de
reclusão. Após cumprir 1 ano, foi beneficiado com progressão para o regime semiaberto.
Tobias trabalhava internamente na unidade penitenciária em busca da remição. Durante o
cumprimento da pena, veio a ser encontrado em seu colchão um celular. Desta forma o diretor
prisional anotou a prática de falta grave na ficha conforme art. 50, VII da Lei. O diretor
prisional comunicou o MP que entrou com representação junto ao juízo da Vara de Execução
penal do Rio de Janeiro.
Inicialmente urge destacar que o presente recurso é meio cabível para combater a decisão ora
recorrida, conforme preceitua o art. 197 da Lei 7.210/84, estabelecendo que das decisões
proferidas pelo juízo da execução caberá recurso de agravo.
Neste norte, cabe destacar ainda, que o recurso em questão encontra-se plenamente
tempestivo, conforme entendimento da súmula 700 do STF, a qual prevê o prazo de 05 dias
para interposição de agravo contra as decisões do juízo da execução, portanto, o recurso ora
interposto preenche todos os requisitos de admissibilidade, devendo ser conhecido e provido
em sua integralidade.
III- DO MÉRITO RECURSAL
Sendo assim é INVÁLIDO tal procedimento, conforme enunciado da Súmula 533 do STJ.
Conforme art. 127 da LEP, em caso de falta grave o juiz poderá APENAS revogar 1/3 do tempo
remido.
Nos termos da Súmula 441 do STJ, a falta grave não interrompe o prazo para obtenção de
livramento condicional.
Conforme enunciado da Súmula 534 do STJ, a falta grave interrompe o prazo para a progressão
de regime, o qual se REINICIA no cometimento da infração.
Segundo reza a Súmula 535 do STJ, a prática de falta grave não interrompe prazo de indulto ou
comutação de pena.
E. Conhecimento e Provimento