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Direito e Processo Penal

Módulo Prático
Prof. Alexandre Salim
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Caiu no XXIX
Exame de Ordem

Agravo em Execução
(Ataca decisões do Juiz da Execução)
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Agravo em Execução

Art. 197 da LEP (Lei 7.210/84)


Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo.

Súmula 700 do STF


É de cinco dias o prazo para interposição de agravo contra decisão do juiz da
execução penal.
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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara de Execuções Penais


de São Paulo:

GUILHERME, já qualificado nos autos do Processo de Execução


Penal nº ..., por seu procurador firmatário, procuração anexa (fl. ...), vem, à
presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 197 da Lei de
Execução Penal (Lei 7.210/84), interpor RECURSO DE AGRAVO EM
EXECUÇÃO, apresentando, desde logo, suas razões recursais para a
reforma da decisão.
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Requer, ainda, uma vez recebido e processado o recurso, a retratação


de Vossa Excelência, com base no artigo 589 do Código de Processo Penal, ou,
em caso negativo, a sua remessa à Superior Instância para análise e
julgamento.

Nesses termos, pede deferimento.

Local..., 15 de julho de 2019.

Advogado...
OAB...
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EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COLENDA CÂMARA CRIMINAL

Processo de Execução Penal nº ...

Recorrente: GUILHERME

RAZÕES DO RECURSO DE AGRAVO EM EXECUÇÃO


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1. DOS FATOS

O recorrente foi condenado definitivamente pela prática do crime de lesão corporal


seguida de morte, sendo-lhe aplicada a pena de 06 anos de reclusão, a ser cumprida em
regime inicial fechado, em razão das circunstâncias do fato. Após cumprir 01 ano da pena
aplicada, o apenado foi beneficiado com progressão para o regime semiaberto. Durante o
cumprimento da pena nesse regime, veio a ser encontrado escondido em seu colchão um
aparelho de telefonia celular. O diretor do estabelecimento penitenciário, ao tomar
conhecimento do fato por meio dos agentes penitenciários, de imediato reconheceu na
ficha do recorrente a prática de falta grave, apenas afirmando que a conduta narrada pelos
agentes, e que teria sido praticada pelo condenado, se adequava ao Art. 50, inciso VII, da
Lei nº 7.210/84.
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1. DOS FATOS
O reconhecimento da falta pelo diretor foi comunicado ao Ministério Público, que
apresentou promoção ao juízo da Vara de Execuções Penais, requerendo a perda de
benefícios da execução por parte do apenado.
O juiz competente, analisando o requerimento do Ministério Público, decidiu que,
“considerando a falta grave reconhecida pelo diretor da unidade, impõe-se: a) a regressão
do regime de cumprimento de pena para o fechado; b) perda da totalidade dos dias
remidos; c) reinício da contagem do prazo de livramento condicional; d) reinício da
contagem do prazo do indulto.”
Em razão disso foi interposto o presente recurso.
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2. DO DIREITO

2.1. Do agravo em execução


A decisão supramencionada foi prolatada pelo Juiz das Execuções
Penais. Assim, o agravo em execução, previsto no artigo 197 da Lei de Execução
Penal (Lei 7.210/84), é o instrumento adequado para buscar a reforma da
decisão.
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2. DO DIREITO

2.2. Da necessidade de instauração de procedimento administrativo disciplinar


O reconhecimento da falta grave não observou as formalidades legais. Nos termos do
Art. 50 da Lei 7.210/84, realmente como mencionado pelo diretor do estabelecimento
penitenciário, a conduta de esconder celular configura prática de falta grave. Todavia, para
assegurar o direito ao exercício do princípio da ampla defesa e do princípio do
contraditório, pacificou a jurisprudência o entendimento de que o reconhecimento de falta
grave depende de regular procedimento administrativo disciplinar, devidamente
assegurado o acompanhamento de defesa técnica.
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2. DO DIREITO

Nesse sentido, inclusive, é o teor da Súmula 533 do Superior Tribunal de Justiça. Na


situação apresentada, o diretor do estabelecimento reconheceu a prática de falta grave
sem observar as exigências antes mencionadas, ou seja, sem instaurar procedimento
administrativo e sem garantir o direito de defesa. Dessa forma, não pode aquele
reconhecimento ser considerado pelo juízo da execução.
Ademais, não sendo válido o reconhecimento da prática de falta grave, sequer seria
possível a regressão do cumprimento da pena para o regime fechado.
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2. DO DIREITO

2.3. Da impossibilidade de perda da integralidade dos dias remidos


Ainda que o reconhecimento da falta grave fosse considerado válido, impossível
seria a sanção de perda da integralidade dos dias remidos.
O Art. 127 da LEP admite que a punição por falta grave gere perda dos dias
remidos. Todavia, o mesmo dispositivo assegura um limite de perda de até 1/3, sendo
incorreta a decisão do magistrado que determina a perda de TODOS os dias remidos.
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2. DO DIREITO

2.4. Da impossibilidade de reinício da contagem do prazo para fins de obtenção


de livramento condicional e indulto
Da mesma forma, incorreta a decisão que determinou o reinício da contagem do prazo
para fins de obtenção de livramento condicional e indulto.
Em que pese muitos defendam que o ideal seria o reinício da contagem desses prazos,
fato é que a execução penal está sujeita ao princípio da legalidade, sendo certo que tais sanções
não estão previstas na lei. Diante da ausência de previsão legal, não pode o magistrado impor o
reinício da contagem do prazo do livramento condicional, nos termos da Súmula 441 do STJ.
Pelas mesmas razões, foi editada a Súmula 535 do STJ, prevendo que a prática de falta
grave não interrompe o prazo para fins de comutação de pena ou indulto, sem prejuízo de esta ser
considerada no momento de analisar o preenchimento dos requisitos subjetivos deste benefício.
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3. DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer:


a) O conhecimento do presente recurso de agravo em execução;
b) No mérito, o provimento do recurso, a fim de que seja afastado o
reconhecimento da falta grave e, consequentemente, todas as suas
consequências.
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Nesses termos, pede deferimento.

Local..., 15 de julho de 2019.

Advogado...
OAB...
Bons estudos!

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