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Processo nº 0001490-10.2019.8.26.158
Com a entrada em vigor da Lei 12.736/12, que dispõe sobre a detração penal, que
alterou o artigo 387 do Código de Processo Penal, ficou determinado que o Juiz de
conhecimento, no momento em que é prolatada a sentença condenatória, já deve levar
em consideração o tempo em que o sentenciado ficou cautelarmente preso durante a
instrução processual.
Conforme observado, a pena aplicada ao REQUERENTE, de 02 (dois) anos de reclusão,
08 (oito) meses e 20 (vinte) dias de reclusão em regime inicial SEMIABERTO, além do
pagamento de 12 (doze) dias multa.
Conforme sentença prolatada por este juízo o início do cumprimento da pena foi o
semiaberto. Tendo em vista que o REQUERENTE se encontra no regime semiaberto
desde 26/06/2018, e que só não estava em estabelecimento apropriado por conta de
motivos alheios a sua vontade, fato é que se encontra a mais de 1/6 no regime inicial
semiaberto, devendo, portanto progredir para o aberto.
Sabemos que a pena, por mais que se divida a doutrina, tem seu aspecto retributivo e sua
função social. Retributivo no sentido de que a sanção deve ser aplicada, na medida da
culpabilidade, àquele que cometeu o ato ilícito, não gerando assim a impunidade, pois a
punição é uma resposta à sociedade de que ninguém está acima da lei, e que é
necessário o seu cumprimento para que seja possível o convívio social.
Martiliane Aparecida da Silva Fonseca
201701247054
QUANTO AO PEDIDO
Diante do exposto, e por medida de justiça, requer, após parecer do digno representante
do Ministério Público, a concessão de regime ABERTO, ao REQUERENTE, tendo em
vista o lapso de tempo em que se encontra em regime semiaberto.
ADVOGADO(A)
OAB/SP XXX.XXX