Você está na página 1de 5

ANDRÉ LUIZ MATEUS

Advogado

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO


JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE ITAQUERA-SP.

Processo: 0005607.10.2015.8.26.0635

MANOEL ARAUJO RODRIGUES, já qualificado nos autos da


ação criminal que lhe move a JUSTIÇA PÚBLICA, vem mui
respeitosamente, perante Vossa Excelência para interpor a presente
APELAÇÃO, dentro do prazo legal, por seu advogado que esta subscreve,
com fulcro no artigo 593, I do Código de Processo Penal, pois não se
conforma, “data vênia”, com a r. sentença que o condenou pelo crime do
artigo 306, “caput”, parágrafos 1º, incisos I e II, do Código Transito
Brasileiro, endereçando a presente apelação ao Egrégio Tribunal de Justiça
do Estado de São Paulo.

Nestes termos,

Pede Deferimento.

São Paulo, 04 de novembro de 2023.

ANDRÉ LUIZ MATEUS


OAB/SP 203.466

Rua: Araçazeiro, 236 - Jardim São Carlos – Guaianazes – São Paulo/SP - CEP: 08411-530
Tel: 11-97333-8107 * email: andre.adv.mateus@hotmail.com
ANDRÉ LUIZ MATEUS
Advogado

Razões de Apelação em favor da apelante “MANOEL RODRIGUES


ARAUJO”
Processo-crime número nº 0005607.10.2015.8.26.0635
Juizado Especial Criminal do Foro Regional de Itaquera

Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

Colenda Câmara,
Nobre e Cultos Julgadores,
Douto Procurador de Justiça:

A presente apelação, Nobres Desembargadores, deve ser provida em


favor do apelante MANOEL RODRIGUES ARAUJO, tanto na sua
preliminar como em relação ao Mérito.

Ainda no que pese a denuncia fls. 78/79, que houve a ingestão do


álcool por parte do réu, isto fica claro no LAUDO MÉDICO PERICIAL,
as fls. 70/74, o qual diz que o réu não se encontrava embriagado, divergindo
totalmente do exame do etilometro.

Rua: Araçazeiro, 236 - Jardim São Carlos – Guaianazes – São Paulo/SP - CEP: 08411-530
Tel: 11-97333-8107 * email: andre.adv.mateus@hotmail.com
ANDRÉ LUIZ MATEUS
Advogado

Vemos que o réu, de posse de seu veiculo, estava dirigindo seu


veiculo após sair do trabalho, podendo manifestar cansaço e por isso
poderia estar dirigindo de forma displicente, que ao realizar o teste do
etilometro na Delegacia de Policia, constatou embriagues, mas vemos que
no laudo pericial não consta tal analise.

O artigo 306 do CTB - Conduzir veículo automotor com


capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou
de outra substância psicoativa que determine dependência:

Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou


proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo
automotor”.

Evidente no presente caso que o réu através do laudo pericial


demonstra que não existia estado de embriagues e que estava apto para
dirigir veiculo automotor. Diante disto o réu não cometeu qualquer tipo de
infração ao Código de Transito Brasileiro, que possa leva-lo a uma
condenação penal, simplesmente há uma situação administrativa.

A norma deixa clara que se o réu tivesse em estado de embriagues e


sem condições de conduzir veículos automotores, este cometeria o crime
ora trazido a denuncia, o que não restou demonstrado nos autos.

Sabemos que o depoimento dos Servidores Públicos são tidos como


de boa-fé, ou seja, os policiais ao serem questionados na audiência de
instrução, simplesmente narraram o que imaginaram na época da
abordagem, mas não condiz com a prova técnica, ou seja o laudo pericial,
realizado no IML as fls. 78/79.

Vemos que o MM Juiz a quo, ao analisar os fatos trazidos nos autos,


deixou de analisar referida prova técnica, ou seja, a que detém maior
influencia para se analisar e julgar um processo que poderá mudar a vida do
réu e sua ficha corrida, quando solicitado documentos para um emprego etc.

Diante dos fatos não deve prosperar a denuncia trazida aos autos para
que o réu venha a ser condenado por crime, situado no artigo 306 do CTB,
haja vista, não ter cometido qualquer crime/delito, para que sofra uma

Rua: Araçazeiro, 236 - Jardim São Carlos – Guaianazes – São Paulo/SP - CEP: 08411-530
Tel: 11-97333-8107 * email: andre.adv.mateus@hotmail.com
ANDRÉ LUIZ MATEUS
Advogado

condenação penal o que poderia ocorrer, se fosse o caso a imputação de


uma direção perigosa administrativa e não a condenação por embriagues ao
volante.

Diante dos fatos deve ser modificada a r. sentença e o réu ser


absolvido.

Assim, temos que não deve prosperar a denuncia trazida aos autos
para que o réu venha a ser condenado por crime, situado no artigo 306 do
CTB, haja vista, não ter cometido qualquer crime/delito, para que sofra uma
condenação penal.

Derradeiramente:

“Ex positis”, REQUER SEJA JULGADA IMPROCEDENTE a


denúncia oferecida, COM A ABSOLVIÇÃO DO ACUSADO MANOEL
ARAUJO RODRIGUES, já qualificado nos autos supra referido, com
esteio no artigo 386, inciso III, IV e IV do Código de Processo Penal, pois
sendo inocente das alegações apresentadas, fazendo-se, assim, a necessária

Caso este E. Tribunal, mantenha a condenação deve ser modificado o


regime para cumprimento da pena para o aberto, haja vista, o réu ser
trabalhador, residência fixa e cumpridor de seus deveres, ainda que tenha
em seus antecedentes criminais uma punição que já cumpriu, não podendo
novamente ser punido por conduta anterior.

Assim caso seja mantida a condenação no quantum de pena, deve ser


o regime par a cumprimento desta modificado para o REGIME ABERTO, e
não ter seu direito a dirigir suspenso pelo prazo determinado em sentença.

Resta evidente na r. decisão que ao condenar o réu e majorar a pena,


puniu o réu duas vezes, ou seja, condenou o recorrente a pena criminal e
ainda suspendeu-lhe o direito de dirigir, assim o MM Juiz, agiu
erroneamente, onde deverá ser reformada caso não seja o entendimento
deste DD Tribunal.

No presente caso que este Egrégio Tribunal entenda pela não reforma
da sentença absolvendo o réu, deve rever a majoração da pena, no que tange
ao caso.

Rua: Araçazeiro, 236 - Jardim São Carlos – Guaianazes – São Paulo/SP - CEP: 08411-530
Tel: 11-97333-8107 * email: andre.adv.mateus@hotmail.com
ANDRÉ LUIZ MATEUS
Advogado

Assim podemos ver que não pode ser mantida a r. sentença,


devendo a mesma ser reformada, culminando com a absolvição do réu,
no que tange ao crime a ele imputado.

“Ex positis”, quanto ao mérito, requer-se o provimento da presente


apelação em favor de “MANOEL ARAUJO RODRIGUES”, já qualificado
nos autos, pois ele é inocente, devendo ser reformada a r. Decisão de
primeiro grau, absolvendo-o sumariamente, conforme determinação legal.

Caso não seja este o entendimento desta Corte, requer a revisão no


que tange a majoração da pena aplicada, pois o MM Juiz a quo, aplicou-lhe
a pena mais dura, e não existe qualquer motivo para tal, inclusive par ao
cumprimento do regime inicial decretado.

Desta feita, entende que será feita festejada

Justiça!

São Paulo, 04 de dezembro de 2023.

ANDRÉ LUIZ MATEUS


OAB/SP 203.466

Rua: Araçazeiro, 236 - Jardim São Carlos – Guaianazes – São Paulo/SP - CEP: 08411-530
Tel: 11-97333-8107 * email: andre.adv.mateus@hotmail.com

Você também pode gostar