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Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE SOLEDADE
VARA ÚNICA DE SOLEDADE
Processo: 8000774-44.2019.8.15.2002
Classe Processual: Execução da Pena
Assunto Principal: Pena Privativa de Liberdade
Autoridade(s): Estado da Paraíba (CPF/CNPJ: 08.761.124/0001-00)
Executado(s): PAULA NEI FONTES DE FARIAS (CPF/CNPJ: Não Cadastrado)
RUA RAIMUNDA MENDONÇA DE QUEIROZ , 0 - SÃO JOSÉ - SOLEDADE/
PB
- Preenchidos os requisitos do art. 83, do CP, tanto de ordem objetiva, quanto subjetiva, mister se
faz conceder o benefício, em respeito à devida reinserção social do apenado, máxime diante de
pareceres técnicos que recomendem a medida, nos termos dos arts. 131 e segs. da LEP.
Vistos.
PAULA NEI FONTES DE FARIAS, qualificada nos autos, por meio de advogado, requereu o
benefício de livramento condicional, ao qual considera ter direito (sequencial 269.1).
É o relatório.
Decido. Ressalte-se que o livramento condicional, como última etapa do sistema penitenciário
progressivo, tem o objetivo de propiciar, com suporte no senso pessoal de responsabilidade do
condenado, uma maior possibilidade de readaptação humana ao convívio social, à vida gregária,
dentro dos padrões legais e morais exigidos para a preservação do bem comum.
O Código Penal, para concessão do livramento condicional, exige o cumprimento de 1/3 da pena,
se for primário, 1/2 se reincidente, e 2/3 quando o apenado pratica crime hediondo ou equiparado.
De fato, a apenada faz jus ao benefício ora postulado, já que cumpriu 06(seis) anos, 02(dois)
meses e 6(seis) dias da pena que lhe foi imposta de 08(oito) anos, 09(nove) meses e 10(dez) dias
de reclusão, ou seja, cumpriu setenta por cento da metade da pena, cumprindo a exigência do
artigo 83 do Código Penal.
Além disso, a apenada se encontra cumprindo pena no regime semiaberto, com monitoramento,
não ocorrendo descumprimentos, possuindo comportamento regular, conforme atestado de pena,
ofício sequencial 269.3, o que demonstra o cumprimento do requisito subjetivo.
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Quanto à declaração de trabalho, mormente o art. 114, I, da LEP, exigir a comprovação de
trabalho ou à apresentação de proposta de emprego, tal exigência deve ser mitigada, considerada
a realidade socioeconômica de nosso país e dificuldade de reinserção no mercado de trabalho, de
forma que faculto a confirmação de ocupação lícita, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, sob
pena de revogação do benefício.
1. Obter ocupação lícita, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, sob pena de revogação do
benefício;
2. Não se ausentar do território desta Comarca, por período superior a 10 (dez) dias sem expressa
autorização da Execução Penal;
5. Não frequentar bares, bailes, casas e locais de shows, casas de jogo ou de prostituição;
8. Não frequentar festas de rua tais como São João, carnaval, etc.;
P.I e cumpra-se.
Juíza de Direito
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