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PROJUDI - Recurso: 0075210-91.2023.8.16.0014 - Ref. mov. 1.

1 - Assinado digitalmente por Flavio Jesuino da Silva Peixoto:03347489926


16/11/2023: JUNTADA DE PETIÇÃO DE RECURSO ESPECIAL. Arq: Petição Inicial

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO…

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RECURSO ESPECIAL - 5ª VARA CIVIL DE LONDRINA-PR

APELAÇÃO CÍVEL Nº…0056791-23.2023.8.16.0014

RECORRENTE: JAQUELINE MAGALHAES PIRES VASCONCELOS

RECORRIDO: MARCELO AUGUSTO DE VASCONCELOS

MARCELO AUGUSTO DE VASCONCELOS, brasileiro, divorciado, autônomo, portador da


cédula de identidade RG n° 7.167.794-0, inscrito no CPF/MF sob n° 008.833.269- 14,
residente e domiciliado na Rua Oswaldo dos Santos, nº 75, Jardim Paraty, CEP 86081-
400, Londrina-PR, inconformada com o r. Acórdão que negou provimento ao recurso de
apelação, vem perante V. Exa., interpor o presente

RECURSO ESPECIAL

o que faz com fundamento no art. 105, III, alíneas “a” e “c”, da Constituição Federal e do
art. 1029 do NCPC/2015, requerendo seja o mesmo recebido, processado e admitido,
determinando-se sua remessa ao Colendo Superior Tribunal de Justiça para apreciação e
julgamento.

Nestes termos,

pede e espera deferimento.

Londrina, pr, 16 de novembro de 2023.

ADVOGADO
FLAVIO PEIXOTO
OAB n° 85386 – UF
PROJUDI - Recurso: 0075210-91.2023.8.16.0014 - Ref. mov. 1.1 - Assinado digitalmente por Flavio Jesuino da Silva Peixoto:03347489926
16/11/2023: JUNTADA DE PETIÇÃO DE RECURSO ESPECIAL. Arq: Petição Inicial

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RECURSO ESPECIAL

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EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

RECORRENTE: MARCELO AUGUSTO DE VASCONCELOS

RECORRIDA: JAQUELINE MAGALHAES PIRES VASCONCELOS

RECURSO ESPECIAL

Colenda Turma,

Eméritos Ministros:

“Permissa maxima venia” o v. Acórdão recorrido merece integral reforma, eis que
infringiu vários dispositivos de leis federais, divergindo também de decisões de outros
tribunais pátrios e, inclusive do presente E. Tribunal, conforme a seguir será
demonstrado.

I – RAZÕES RECURSAIS:

I. A) Do Cabimento do Recurso Especial:

Da análise dos autos restaram as seguintes conclusões: 1. O acórdão recorrido foi julgado
em última instância pelo Tribunal Regional; 2. O acórdão caminhou, data vênia, em
sentido contrário à lei federal, lhe afrontando, contradizendo e negando-lhe vigência; 3.
Há dissídio jurisprudencial quanto à questão suscitada no feito.

Isto posto, à luz do art. 105, III, alíneas a e c da Constituição Federal, e, também, do
art. 1029, II do NCPC/2015, é cabível o presente RECURSO ESPECIAL como meio de
alcançar o fim desejado, qual seja, a reforma do acórdão para determinar a nulidade da
sentença de primeiro grau.

I. B) Da Tempestividade do presente REsp:


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Nos termos do art. 1003, § 5º do NCPC/2015, o prazo para interpor o presente recurso é
de 15 dias. Dessa forma, considerando que a decisão fora publicada no Diário Oficial na

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data de dd/mm/aa, tendo sido o recorrente intimado da mesma nesta data,
reconhecidamente o recurso é tempestivo e merece acolhimento.

I. C) Do Preparo e Recolhimento das Custas Recursais:

Cumprindo uma das exigências para o recebimento do presente recursos, as custas


referentes ao preparo já foram recolhidas, conforme demonstram as guias e
comprovantes em anexo.

I. D) Do Prequestionamento:

Exige-se, para acolhimento de Recurso Especial, que a matéria tenha sido


prequestionada. Este requisito foi cumprido, já que, no julgamento dos embargos de
declaração, o competente Tribunal a quo manifestou-se sobre a matéria, decidindo não
haver omissão, contradição ou obscuridade, e, portanto, não violação à lei ou desacordo
com dissídio jurisprudencial. O acórdão que negou os embargos de declaração opostos
pela recorrente está assim fundamentado:

(…)

Muito embora o v. Acórdão não tenha acolhido os embargos de declaração,


expressamente referiu que os mesmos foram admitidos para fins de prequestionamento
da matéria junto aos Tribunais Superiores, restando assim demonstrado tal requisito.

De qualquer forma, está assim disposto o artigo 1025 do CPC:

Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou,


para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam
inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.

I. E) Da Síntese dos Fatos:

A recorrida ajuizou ação, EMBARGOS DE DECLARAÇÃO COM EFEITOS


INFRINGENTES - (MODIFICATIVO )
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Em sua contestação, a ora recorrente, MARCELO AUGUSTO DE VASCONCELOS

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A sentença de primeiro grau entendeu, Diante do exposto, com fulcro no art. 932, III, do
Código de Processo Civil e art. 182, XIX, do Regimento Interno deste Tribunal de Justiça,
não conheço do presente recurso, pois intempestivo.

Foi negado provimento à 02/08/2023 (mov. 32 - AP)

Assim, e diante de todo o exposto, viu-se a recorrente obrigada a interpor o presente


Recurso Especial, tendo em vista tratar-se de questão de JUSTIÇA.

II – DO DIREITO.

II. A) Da ofensa aos artigos 1.022, II, art. 489, § 1º, IV, art. 373, I e art. 1.013 e incisos,
todos do NCPC/2015:

Não tendo sido acolhidos os embargos de declaração, acabou-se por infringir os


arts. 1022, II e 489, § 1º, IV do NCPC/2015, que assim estão dispostos:

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício
ou a requerimento;

III – corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:

I – deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em


incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

II – incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o.

Art. 489. São elementos essenciais da sentença:


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I – o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do
pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento

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do processo;

II – os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;

III – o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe
submeterem.

§ 1oNão se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória,


sentença ou acórdão, que:

I – se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua


relação com a causa ou a questão decidida;

II – empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua


incidência no caso;

III – invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;

IV – não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese,


infirmar a conclusão adotada pelo julgador;

V – se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus


fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta
àqueles fundamentos;

VI – deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela


parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação
do entendimento.

Ao negar provimento à apelação da recorrente, o Tribunal acabou por infringir os artigos


acima colacionados, pois não manifestou-se em relação aos argumentos apresentados
no apelo da recorrente, deixando de apreciar os mesmos, os quais poderiam, de fato,
infirmar a conclusão adotada pelo julgador. Assim refere o julgador:

“(…)
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Em que pese o inegável saber jurídico do ilustre relator do acórdão, não se trata de
INOVAÇÃO RECURSAL, e sim, da CORRETA APRECIAÇÃO DA PROVA, argumentos estes

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que o acórdão recorrido pura e simplesmente NEGOU-SE a analisar.

Assim, trata-se da VALORAÇÃO DA PROVA DE MANEIRA ADEQUADA PELO TRIBUNAL DE


ORIGEM, o QUE TAMBÉM É APRECÍAVEL EM INSTÂNCIA SUPERIOR, SEM A INCIDÊNCIA
DA SUM. 07 DO STJ.

Em outras palavras, o acórdão recorrido deixou de tirar das provas as devidas


CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS. É nesse contexto que surge a valoração jurídica da prova.

Com o advento do Novo Código de Processo Civil, fica reforçada a importância distinção,
pois já não basta a mera opinião do julgador, pois, enquanto opinião representar, não
poderá ser considerada como suficiente para o desfecho da lide. Assim, a valoração
jurídica da prova se coaduna com o dever do juiz ou tribunal fundamentar as suas
decisões, não bastando escolher ao seu livre arbítrio uma delas e não aceitar outras sem
a devida fundamentação.

O Ministro Athos Gusmão Carneiro bem ensina que o erro na valoração da


prova ensejador do recurso especial é verdadeiro erro de direito, consistente em que a
Corte de origem tenha decidido com base em prova, para aquele caso, vedada pelo
direito positivo expresso.

A função do E. STJ, é zelar pela unidade, autoridade e uniformidade da lei federal, o que
vem aqui se pedir. Sobre a valoração de prova, segue o entendimento do Ministro
Gueiros Leite:

“(…) Para o simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário, o


que, por transposição se aplica ao recurso especial, na sua esfera. Formou-
se, porém, corrente jurisprudencial que veio amenizar o seu rigor. É a dos
que fazem distinção entre a simples apreciação da prova e a sua
valorização, e esta última erigida em critério legal. O STF saiu, então, de
uma postura de neutralidade, dispondo-se a apurar se foi ou não
infringido algum princípio probatório e, desta perspectiva, tirar alguma
conclusão que servisse para emenda de eventuais injustiças.(…)”
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No presente caso, o v. Acórdão simplesmente NEGOU-SE a apreciar os argumentos
trazidos pela recorrente no seu recurso de apelação, com o que violou o princípio recursal

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do duplo grau de jurisdição, até porque a sentença de primeiro grau também deixou de
analisar e valorizar a prova apresentada pela recorrente sem a adequada e necessária
fundamentação.

Diante de toda exposto, requer-se a reforma do acórdão, reconhecendo-se , na forma do


art. 332, § 1º do NCPC/2015.

III – Dos Pedidos:

Como se vê todos os dispositivos de lei federal e decisão paradigma acima transcritos,


resta cabalmente demonstrada a violação de dispositivos de lei federal e a divergência
jurisprudencial acerca da interpretação dos dispositivos legais violados.

FACE AO EXPOSTO, e tendo sido atendidos todos os requisitos de admissibilidade


recursal, requer a recorrente:

a) seja recebido, processado e admitido o presente Recurso Especial;

b) seja intimada a recorrida, para, querendo, apresentar sua resposta, no prazo previsto
em lei;

c) sejam juntados os comprovantes das custas do despacho de admissibilidade e da


interposição de recurso em instância inferior;

d) sejam juntados os acórdãos e certidões em anexo, para fim de fazer prova da


divergência/dissídio jurisprudencial na forma do art. 1029, § 1º do NCPC.

e) seja dado provimento ao presente recurso especial, determinando-se a NULIDADE do


acórdão por falta de fundamentação, não apreciação de todos os argumentos e erro na
valoração das provas, reconhecendo-se a prescrição anual, tudo com base nos
fundamentos acima aludidos, por ser matéria de D I R E I T O e J U S T I Ç A.

Nestes termos,

pede e espera deferimento.


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FLAVIO PEIXOTO
OAB n° 85386 – UF

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