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PROJUDI - Recurso: 0012267-73.2017.8.16.0038 - Ref. mov. 41.

1 - Assinado digitalmente por Patricia Thais Rodrigues


16/08/2022: JUNTADA DE PETIÇÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. Arq: Embargos de Declaração

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJYRF P4ABJ 5TABQ GW2YB
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DA 2ª
CÂMARA CÍVEL EM COMPOSIÇÃO - ESTADO DO PARANÁ

AUTOS N.º 0012267-73.2017.8.16.0038- APELAÇÃO

JOSÉ MARIO DOS SANTOS, já qualificados nos autos em epígrafe,


vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, opor os cabíveis EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO, com fundamento com fulcro no art.º1.022, II do CPC, e nas razões que
seguem.

Trata-se de Embargos de Declaração opostos em face do acórdão


prolatado (mov. 38.1) em que houve omissão quanto a porcentagem das custas processuais e
honorários advocatícios, bem como a devolução do valor pago pelo tributo indevidamente pela
senhora Maristela do Socorro dos Santos.

Na decisão o relator, esclarece que houve o adimplemento do débito


principal, custas e honorários, vejamos:

(...) Após reexpedição das cartas de citação (movs. 39 a 43), foi juntada
petição de terceiro interessado (Maristela do Socorro dos Santos),
requerendo o adimplemento do valor principal do débito, custas e honorários
(mov. 47.1).
PROJUDI - Recurso: 0012267-73.2017.8.16.0038 - Ref. mov. 41.1 - Assinado digitalmente por Patricia Thais Rodrigues
16/08/2022: JUNTADA DE PETIÇÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. Arq: Embargos de Declaração

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJYRF P4ABJ 5TABQ GW2YB
No mesmo sentido, Vossa Excelência fundamentou a ilegalidade da
cobrança do tributo, uma vez que só pode ser redirecionado contra o espólio quando o
falecimento do contribuinte ocorrer depois dele devidamente citado nos autos da execução fiscal.

(...) O STJ já decidiu que “O redirecionamento da execução contra o espólio só é


admitido quando o falecimento do contribuinte ocorrer depois de ele ter sido
devidamente citado nos autos da execução fiscal. Assim, se ajuizada execução fiscal
contra devedor já falecido, mostra-se ausente uma das condições da ação, qual seja, a
legitimidade(REsp 1.655.422/PR, 2ª Turma, Rel. Min. HERMANpassiva. Precedentes
do STJ”. BENJAMIN, unânime, DJe 8-5-2017).

A contribuinte faleceu em 2001 e a execução fiscal foi ajuizada apenas


no ano de 2017, portanto o lançamento do tributo é nulo.

Assim, uma vez a Certidão de dívida ativa sendo nula, é necessário, por
consequência lógica, que seja decretada a devolução dos valores pagos em relação a mesma,
assim evitando o enriquecimento ilícito da parte recorrente.

Ademais, o Município foi condenado ao pagamento das custas


processuais, porém não foi mencionado a porcentagem das custas devidas, bem como não foi
determinado o valor dos honorários advocatícios, visto a atuação na exceção de pré-
executividade, movimento 53, também não foi mencionada a devolução do tributo pago
indevidamente pela senhora Maristela do Socorro dos Santos, que não faz parte do polo passivo
da presente ação. Vejamos:

Portanto, o Município exequente deve arcar com as custas processuais, uma


vez decretada a extinção do processo em razão da declaração da
ilegitimidade passiva da devedora, ressalvando-se apenas a taxa judiciária.
Diante do exposto, declaro extinto o feito, de ofício, sem resolução de mérito,
nos termos do art. 485, VI, e § 3º do Código de Processo Civil, condenando o
Município ao pagamento das custas processuais (exceto a taxa judiciária),
restando prejudicado o apelo, nos termos da fundamentação supra.

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PROJUDI - Recurso: 0012267-73.2017.8.16.0038 - Ref. mov. 41.1 - Assinado digitalmente por Patricia Thais Rodrigues
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Desta forma, requer que Vossa Excelência acolha o pedido para sanar a
omissão, determinando a expedição de alvará para a devolução do tributo pago indevidamente
pela Senhora Maristela do Socorro dos Santos, bem como determinar o valor devido a título de
custas e honorários advocatícios.

DO PEDIDO

Por derradeiro, se digne o juízo a completar o acórdão para reformar a decisão,


posto a omissão flagrante de elemento de suma importância, e dizer sob que título a considera
legítima, vide análise do conjunto probatório dos autos.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Curitiba, 16 de agosto de 2022.

PATRÍCIA THAÍS RODRIGUES PRADO DE OLIVEIRA


OAB/PR 76.937

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