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Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJ573 XH4GD TUCMZ GGAGK
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA UNIDADE REGIONALIZADA DO
PLANTÃO JUDICIÁRIO DE CORNÉLIO PROCÓPIO/PR
DENÚNCIA
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No dia 17 de dezembro de 2022, por volta das 18h30min, na Rua Jorge
Shimba, 184, Bairro Cotia, nesta cidade e Comarca de Assaí/PR, a
denunciada CAMILA ALEIXO e o denunciado JHONATAN HENRIQUE
APARECIDO, agindo em unidade de desígnios e comunhão de
vontades com o denunciado, com consciência e vontade, um aderindo à
conduta do outro, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, traziam consigo e mantinham
em depósito, para fins de traficância, 842 (oitocentos e quarenta e
dois) eppendorfs da substância entorpecente identificada como
cocaína, pesando aproximadamente 527 (quinhentos e vinte e sete)
gramas, droga capaz de causar dependência física e psíquica e de uso
proscrito no Brasil, consoante Portaria nº 344/1998 da Secretaria de
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (auto de exibição e
apreensão – mov. 1.14; auto de constatação provisória de droga – mov.
1.16; fotografias – movs. 1.20, 1.22 e 1.24).
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apreensão – mov. 1.14; fotografias – movs. 1.21, 1.24, 1.25, 1.27, 1.28 ,
1.31 e 1.32).
Requer-se a notificação dos denunciados para apresentarem defesa prévia, por escrito,
no prazo de 10 (dez) dias, nos termos do artigo 55 da Lei nº 11.343/2006, prosseguindo o feito com o
recebimento da denúncia, citação dos denunciados e designação de dia e horário para a audiência
de instrução e julgamento, ouvindo-se, oportunamente, as pessoas adiante elencadas. Por fim,
requer-se que seja observado o procedimento previsto na Lei nº 11.343/2006, porém com a
realização dos interrogatórios ao final da instrução, nos termos do artigo 400 do Código de Processo
Penal1.
ROL DE TESTEMUNHAS:
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Pereira, lotado no Destacamento da Polícia Militar de Assaí, local onde deverá ser requisitado, nos
termos do artigo 221, §2º, do Código de Processo Penal (mov. 1.6).
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Inquérito Policial nº 0002949-63.2022.8.16.0047
Meritíssimo Juiz,
2. O Ministério Público requer que sejam juntados aos autos os antecedentes criminais
dos denunciados, mediante certidão extraída do Sistema Oráculo, e que sejam requisitadas certidões
de antecedentes criminais junto ao Instituto de Identificação do Estado Paraná.
3. Após o recebimento da denúncia, requer-se que tal ato seja comunicado à Autoridade
Policial, ao Cartório Distribuidor e ao Instituto de Identificação do Paraná, nos termos do item 6.4.1,
inciso IV, do Código de Normas da Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça deste Estado.
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7. Considerando que foram apreendidos 02 (dois) celulares com os denunciados (mov.
1.14), o Ministério Público requer a quebra do sigilo telefônico e telemáticos dos referidos
aparelhos. Com a ordem judicial de acesso aos celulares apreendido, é possível trazer à tona
informações armazenadas, registros, mensagens e dados que contribuam na elucidação da forma
como a empreitada criminosa restou planejada, dentre outros elementos capazes de contribuir
diretamente na elucidação dos fatos.
Embora não se esteja diante de uma situação de interceptação telefônica, cuja análise se
faz à luz da Lei nº 9.296/96, é necessário distingui-la da quebra de sigilo de dados. Enquanto a
interceptação de uma comunicação telefônica diz respeito à captação da conversa e acesso ao seu
conteúdo, a quebra do sigilo de dados telefônicos diz respeito aos registros documentados e
armazenados no aparelho celular.
Assim, a fim de que não haja uma devassa indevida ao direito fundamental de proteção à
intimidade do indivíduo, previsto no artigo 5º, inciso XII, da Constituição Federal, é necessário que
haja justa causa para a quebra do sigilo de dados telefônicos, a fim de se demonstrar por qual razão,
no caso concreto, deve prevalecer o interesse público à investigação sobre a proteção da intimidade.
Neste caso, aplica-se o princípio da proporcionalidade para fazer prevalecer o interesse coletivo em
apurar a prática de crimes, exigindo-se autorização judicial para que se possa obter os dados
telefônicos. Assim já se manifestou o Superior Tribunal de Justiça:
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que "a interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza,
para prova em investigação criminal e em instrução processual penal,
observará o disposto nesta Lei e dependerá de ordem do juiz competente da
ação principal, sob segredo de justiça". 3. A Lei 9.296/1996 restringe-se às
comunicações telefônicas e de sistemas de informática e telemática, não
se estendendo, assim, aos dados já registrados nos respectivos
aparelhos. Precedente do STF. 4. Contudo, o fato de a Lei 9.296/1996 não
tutelar os dados e registros já contidos em aparelhos telefônicos e afins, não
permite que a polícia devasse a intimidade dos investigados a pretexto de
obter provas do crime e de sua autoria, o que só é admitido mediante prévia
autorização judicial. Precedentes do STJ. (…)
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local para que, por seus próprios agentes, acesse o conteúdo dos celulares e elabore um
relatório indicando eventuais informações obtidas que se relacionem ao tráfico de drogas ou
outra prática delitiva, com a advertência de que sejam mantidos inalterados os dados dos
celulares a fim de preservar a cadeia de custódia.