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PROJUDI - Processo: 0002949-63.2022.8.16.0047 - Ref. mov. 50.

1 - Assinado digitalmente por Bruna Britto Martins:38094794895


20/12/2022: JUNTADA DE DENÚNCIA. Arq: Denúncia e Cota Ministerial

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJ573 XH4GD TUCMZ GGAGK
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA UNIDADE REGIONALIZADA DO
PLANTÃO JUDICIÁRIO DE CORNÉLIO PROCÓPIO/PR

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ, por intermédio da Promotora


Substituta que esta subscreve, no uso das atribuições conferidas pelos artigos 129, I, da
Constituição Federal, 24, caput, e 41 do Código de Processo Penal, 100, caput e § 1º, do
Código Penal, 25, III, da Lei nº 8.625/1993, e 57, III, da Lei Complementar Estadual nº
85/1999, diante do contido no Inquérito Policial nº 0002949-63.2022.8.16.0047, oriundo da Delegacia
de Polícia Civil de Assaí, vem à presença de Vossa Excelência oferecer

DENÚNCIA

em face de CAMILA ALEIXO, brasileira, solteira, desempregada, portadora do RG nº 14.478.316-


6/PR, nascida em 21/04/2000, com 22 (vinte e dois) anos de idade na data do fato, natural de
Assaí/PR, filha de Luzia Camargo Moreira e João Aleixo, residente na Rua Ladercio Amaral Soares,
s/nº, Vila Esperança, Assaí/PR, atualmente recolhida no Setor de Carceragem Temporária da
Delegacia de Polícia de Assaí/PR;

e de JHONATAN HENRIQUE APARECIDO, brasileiro, solteiro, desempregado, portador do RG nº


13.254.772-6/PR, nascido em 17/08/1997, com 25 (vinte e cinco) anos de idade na data do fato,
natural de Assaí/PR, filho de Nelma de Oliveira Alexandre e Sebastião Maurício Aparecido, residente
na Rua Jorge Shimba, nº 184, Bairro Cotia, Assaí/PR, atualmente recolhido no Setor de
Carceragem Temporária da Delegacia de Polícia de Assaí/PR, pela prática do seguinte fato
delituoso:
PROJUDI - Processo: 0002949-63.2022.8.16.0047 - Ref. mov. 50.1 - Assinado digitalmente por Bruna Britto Martins:38094794895
20/12/2022: JUNTADA DE DENÚNCIA. Arq: Denúncia e Cota Ministerial

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJ573 XH4GD TUCMZ GGAGK
No dia 17 de dezembro de 2022, por volta das 18h30min, na Rua Jorge
Shimba, 184, Bairro Cotia, nesta cidade e Comarca de Assaí/PR, a
denunciada CAMILA ALEIXO e o denunciado JHONATAN HENRIQUE
APARECIDO, agindo em unidade de desígnios e comunhão de
vontades com o denunciado, com consciência e vontade, um aderindo à
conduta do outro, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, traziam consigo e mantinham
em depósito, para fins de traficância, 842 (oitocentos e quarenta e
dois) eppendorfs da substância entorpecente identificada como
cocaína, pesando aproximadamente 527 (quinhentos e vinte e sete)
gramas, droga capaz de causar dependência física e psíquica e de uso
proscrito no Brasil, consoante Portaria nº 344/1998 da Secretaria de
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (auto de exibição e
apreensão – mov. 1.14; auto de constatação provisória de droga – mov.
1.16; fotografias – movs. 1.20, 1.22 e 1.24).

Após as equipes da ROTAM receberem informação de que o


denunciado JHONATAN HENRIQUE APARECIDO armazenava e
realizava o fracionamento e a embalagem de substâncias entorpecentes
no interior de sua residência, dirigiram-se imediatamente à Rua Jorge
Shimba, 184, Bairro Cotia, nesta cidade e Comarca de Assaí/PR, onde
avistaram a denunciada CAMILA ALEIXO saindo com uma sacola.

A denunciada CAMILA ALEIXO foi abordada defronte à residência e


foram localizados, dentro de sua sacola, 842 (oitocentos e quarenta e
dois) eppendorfs da substância entorpecente identificada como cocaína,
droga que estava embalada, separada e pronta para a venda.

O denunciado JHONATAN HENRIQUE APARECIDO também foi


abordado no local e, ao ser questionado se havia algo no interior de sua
residência, indicou às equipes a localização de uma caixa acima do
guarda-roupa contendo 02 (dois) sacos fechados e 01 (um) saco aberto
de eppendorfs, saquinhos de embalagem de plástico transparente, 01
(uma) peneira e 02 (duas) balanças de precisão (auto de exibição e
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apreensão – mov. 1.14; fotografias – movs. 1.21, 1.24, 1.25, 1.27, 1.28 ,
1.31 e 1.32).

Também foram apreendidos 02 (dois) aparelhos celulares de


propriedade dos denunciados (auto de exibição e apreensão – mov.
1.14; fotografias – movs. 1.23 e 1.26).

As equipes constataram que as embalagens dos eppendorfs vazios


encontrados na residência do denunciado JHONATAN HENRIQUE
APARECIDO eram iguais às dos eppendorfs contendo a substância
entorpecente identificada como cocaína que foram localizados na
sacola da denunciada CAMILA ALEIXO.

Assim agindo, incorreram os denunciados CAMILA ALEIXO e JHONATAN HENRIQUE


APARECIDO nas disposições do artigo 33, caput, da Lei nº 11.343/2006, razão pela qual o
Ministério Público oferece a presente denúncia.

Requer-se a notificação dos denunciados para apresentarem defesa prévia, por escrito,
no prazo de 10 (dez) dias, nos termos do artigo 55 da Lei nº 11.343/2006, prosseguindo o feito com o
recebimento da denúncia, citação dos denunciados e designação de dia e horário para a audiência
de instrução e julgamento, ouvindo-se, oportunamente, as pessoas adiante elencadas. Por fim,
requer-se que seja observado o procedimento previsto na Lei nº 11.343/2006, porém com a
realização dos interrogatórios ao final da instrução, nos termos do artigo 400 do Código de Processo
Penal1.

ROL DE TESTEMUNHAS:

1. Ivanildo Cícero Leite, brasileiro, policial militar, portador do RG nº 5.327.698-9/PR, nascido em


18/12/1969, natural de Cambé/PR, filho de Raimunda Alves Leite e José Avelino Leite, lotado no
Destacamento da Polícia Militar de Assaí, local onde deverá ser requisitado, nos termos do artigo
221, §2º, do Código de Processo Penal (mov. 1.4);

2. Cleber de Arruda Pereira, brasileiro, policial militar, portador do RG nº 12.996.356-5/PR, nascido


em 16/12/1993, natural de Assaí/PR, filho de Edna Gomes de Arruda Pereira e Roberto Fernandes
1
STF, HC nº 162.650/SP, Rel. Min. Celso de Mello, Julgado em 21/11/2019.
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Pereira, lotado no Destacamento da Polícia Militar de Assaí, local onde deverá ser requisitado, nos
termos do artigo 221, §2º, do Código de Processo Penal (mov. 1.6).

Cornélio Procópio, 20 de dezembro de 2022.

BRUNA BRITTO MARTINS


Promotora Substituta
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Inquérito Policial nº 0002949-63.2022.8.16.0047

Meritíssimo Juiz,

1. Denúncia em separado, em 4 (quatro) laudas, contra CAMILA ALEIXO e JHONATAN


HENRIQUE APARECIDO.

2. O Ministério Público requer que sejam juntados aos autos os antecedentes criminais
dos denunciados, mediante certidão extraída do Sistema Oráculo, e que sejam requisitadas certidões
de antecedentes criminais junto ao Instituto de Identificação do Estado Paraná.

3. Após o recebimento da denúncia, requer-se que tal ato seja comunicado à Autoridade
Policial, ao Cartório Distribuidor e ao Instituto de Identificação do Paraná, nos termos do item 6.4.1,
inciso IV, do Código de Normas da Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça deste Estado.

4. Requer-se que a redistribuição dos autos à Vara Criminal de Assaí após o


recebimento da denúncia.

5. O Ministério Público deixa de oferecer proposta de suspensão condicional do


processo, prevista no artigo 89 da Lei nº 9.099/95, pois a pena mínima do crime imputado aos
denunciados ultrapassa 1 (um) ano, de modo que não está preenchido o requisito objetivo
necessário para a concessão do benefício. Também em razão da pena mínima cominada ao crime,
deixa-se de oferecer acordo de não persecução penal aos denunciados (artigo 28-A, caput, do
Código de Processo Penal).

6. Requer-se seja requisitado ao Instituto de Criminalística a remessa do laudo


toxicológico definitivo das substâncias entorpecentes apreendidas, após o que poderá ser realizada a
incineração das referidas substâncias, nos termos do artigo 50, §3º, da Lei nº 11.343/06, reservando-
se apenas material de contraprova, conforme determinado na decisão de mov. 28.1.
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7. Considerando que foram apreendidos 02 (dois) celulares com os denunciados (mov.
1.14), o Ministério Público requer a quebra do sigilo telefônico e telemáticos dos referidos
aparelhos. Com a ordem judicial de acesso aos celulares apreendido, é possível trazer à tona
informações armazenadas, registros, mensagens e dados que contribuam na elucidação da forma
como a empreitada criminosa restou planejada, dentre outros elementos capazes de contribuir
diretamente na elucidação dos fatos.

Embora não se esteja diante de uma situação de interceptação telefônica, cuja análise se
faz à luz da Lei nº 9.296/96, é necessário distingui-la da quebra de sigilo de dados. Enquanto a
interceptação de uma comunicação telefônica diz respeito à captação da conversa e acesso ao seu
conteúdo, a quebra do sigilo de dados telefônicos diz respeito aos registros documentados e
armazenados no aparelho celular.

As liberdades públicas não devem ser interpretadas em sentido absoluto em razão da


natural restrição resultante do princípio da convivência das liberdades: não se permite que sejam
exercidas de modo danoso à ordem pública e às liberdades alheias, e não podem funcionar como
mecanismo de salvaguarda para atividades ilícitas2.

Assim, a fim de que não haja uma devassa indevida ao direito fundamental de proteção à
intimidade do indivíduo, previsto no artigo 5º, inciso XII, da Constituição Federal, é necessário que
haja justa causa para a quebra do sigilo de dados telefônicos, a fim de se demonstrar por qual razão,
no caso concreto, deve prevalecer o interesse público à investigação sobre a proteção da intimidade.
Neste caso, aplica-se o princípio da proporcionalidade para fazer prevalecer o interesse coletivo em
apurar a prática de crimes, exigindo-se autorização judicial para que se possa obter os dados
telefônicos. Assim já se manifestou o Superior Tribunal de Justiça:

HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO EM SUBSTITUIÇÃO AO RECURSO


CABÍVEL. UTILIZAÇÃO INDEVIDA DO REMÉDIO CONSTITUCIONAL.
VIOLAÇÃO AO SISTEMA RECURSAL. NÃO CONHECIMENTO. (…) 1. A
Constituição Federal, no artigo 5º, incisos X e XII, prescreve como sendo
invioláveis "a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas",
bem como "o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal". 2. A partir dos aludidos
comandos constitucionais, foi editada a Lei 9.296/1996, que, regulamentando
a parte final do inciso XII do artigo 5º da Carga Magna, dispõe, no artigo 1º,
2
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal – Volume único. 5. ed. rev. atual. e ampl. Salvador:
Juspodivm, 2017, p. 750.
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que "a interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza,
para prova em investigação criminal e em instrução processual penal,
observará o disposto nesta Lei e dependerá de ordem do juiz competente da
ação principal, sob segredo de justiça". 3. A Lei 9.296/1996 restringe-se às
comunicações telefônicas e de sistemas de informática e telemática, não
se estendendo, assim, aos dados já registrados nos respectivos
aparelhos. Precedente do STF. 4. Contudo, o fato de a Lei 9.296/1996 não
tutelar os dados e registros já contidos em aparelhos telefônicos e afins, não
permite que a polícia devasse a intimidade dos investigados a pretexto de
obter provas do crime e de sua autoria, o que só é admitido mediante prévia
autorização judicial. Precedentes do STJ. (…)

(STJ – 5ª Turma. HC 359549/PR. Rel. Min. Jorge Mussi - Julgado em


04/12/2018. Publicação em 12/12/2018).

Corroborando o exposto, o artigo 7º, incisos II e III, da Lei nº 12.965/2014,


prevê que o sigilo do fluxo de comunicações pela internet e comunicações privadas
armazenadas são invioláveis, salvo autorização judicial.

No caso destes autos, há elementos indicativos de que a conduta delitiva de acentuada


gravidade (tráfico de entorpecentes) foi praticada em coautoria, havendo a possibilidade de que os
envolvidos tenham planejado o delito por meio de aparelhos celulares, o que demonstra a presença
dos pressupostos necessários para o deferimento de quebra de sigilo de dados. O acesso aos dados
telefônicos e telemáticos, em especial o conteúdo de mensagens enviadas e recebidas, via SMS ou
aplicativo, é indispensável para aferir a habitualidade da traficância de drogas, o envolvimento com
organização criminosa, e a identificação de outros envolvidos.

Portanto, no caso concreto, o interesse público na apuração das atividades ilícitas


praticadas deve se sobrepor ao direito fundamental previsto no artigo 5º, inciso XII, da Constituição
Federal.

Diante do exposto, o Ministério Público do Paraná requer a decretação da quebra de sigilo


de dados dos aparelhos de telefone celular apreendido nos autos, para o fim de obter o acesso aos
dados registrados, incluindo os dados de mensagens de texto SMS, conversas por meio de
aplicativos WhatsApp, Telegram, Facebook, Messenger, correio eletrônico, além de agendas de
contatos e quaisquer outros dados relevantes para investigação.

Sendo deferida a quebra de sigilo, considerando a notória demora em se obter


um laudo pericial de aparelho celular, o Parquet requer seja requisitado à Autoridade Policial
PROJUDI - Processo: 0002949-63.2022.8.16.0047 - Ref. mov. 50.1 - Assinado digitalmente por Bruna Britto Martins:38094794895
20/12/2022: JUNTADA DE DENÚNCIA. Arq: Denúncia e Cota Ministerial

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Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJ573 XH4GD TUCMZ GGAGK
local para que, por seus próprios agentes, acesse o conteúdo dos celulares e elabore um
relatório indicando eventuais informações obtidas que se relacionem ao tráfico de drogas ou
outra prática delitiva, com a advertência de que sejam mantidos inalterados os dados dos
celulares a fim de preservar a cadeia de custódia.

Assaí para Cornélio Procópio, 20 de dezembro de 2022.

BRUNA BRITTO MARTINS


Promotora Substituta

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