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Disponibilização: quarta-feira, 22 de setembro de 2021 Diário da Justiça Eletrônico - Caderno Judicial - 2ª Instância São Paulo, Ano XIV - Edição

V - Edição 3366 1542

da conduta e/ou elevado grau de reprovabilidade do comportamento. Deste modo, não verifico ao menos nesta fase da
investigação situação excepcional que permita concluir pela atipicidade material da conduta do autuado. No mais, é sabido que
para a decretação da prisão preventiva é indispensável a demonstração da existência da prova da materialidade do crime, da
presença de indícios suficientes da autoria e do perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado, bem como a ocorrência de
um ou mais pressupostos do artigo 312 do Código de Processo Penal. Os indícios de autoria e materialidade podem ser extraídos
através do boletim de ocorrência (fls. 09/13), declaração da vítima (fl. 6), auto de exibição e apreensão (20kg de ferro avaliados
em R$ 80,00 fl. 14), auto de reconhecimento de objeto (fl. 15) e depoimentos dos policiais militares a implicar o paciente na
prática da conduta (fls. 03/06). Contudo, no particular, tem-se que a decisão combatida não justifica, satisfatoriamente, a
necessidade da prisão preventiva. É que apesar de o réu ter realmente passado desabonador (reincidente após ter sido
condenado por tráfico de drogas nos autos de n. 0002069-75.2015.8.26.0520 fls. 40/42), não se pode perder de vista que o caso
em análise é de muito escassa lesividade, seja pelo valor do que fora subtraído (R$ 80,00), seja pelo fato de que a vítima não
suportou efetivo prejuízo. Tais circunstâncias preponderam à reincidência, pois não permitem concluir que, pelo fato praticado,
justifique-se que o paciente responda ao processo na prisão. Logo, é caso de substituir a prisão preventiva por medidas
cautelares alternativas, consistentes em: (i) comparecimento mensal em Juízo e sempre que determinado; (ii) proibição de se
ausentar da comarca onde reside por mais de oito dias sem autorização judicial; (iii) comparecimento a todos os atos processuais,
sob pena de revogação do benefício. Fundamentos: artigo 319, incisos I, IV, do CPP e art. 282, parágrafo 4º também do CPP.
Ante o exposto, CONCEDE-SE a liminar, a fim de revogar a prisão preventiva imposta ao paciente, ficando ele, contudo, sujeito
às medidas cautelares alternativas acima especificadas - (i) comparecimento mensal em Juízo e sempre que determinado; (ii)
proibição de se ausentar da comarca onde reside, por mais de oito dias, sem autorização judicial; (iii) comparecimento a todos
os atos processuais, sob pena de revogação do benefício. Fundamentos: artigo 319, incisos I, IV, do CPP e art. 282, parágrafo
4º também do CPP. Expeça-se alvará de soltura com urgência. Dispensadas as informações pela apontada autoridade coatora
(que deve ser comunicada desta impetração), remetam-se os autos à Douta PGJ para elaboração de seu prestimoso parecer.
Ao final, tornem conclusos para julgamento. São Paulo, 20 de setembro de 2021. XISTO RANGEL Relator - Magistrado(a) Xisto
Albarelli Rangel Neto - Advs: Defensoria Pública do Estado de São Paulo (OAB: 99999/DP) - 10º Andar

Nº 2219934-91.2021.8.26.0000 - Processo Digital. Petições para juntada devem ser apresentadas exclusivamente por
meio eletrônico, nos termos do artigo 7º da Res. 551/2011 - Habeas Corpus Criminal - Marília - Impetrante: Artur Eduardo
Garcia Mechedjian Junior - Paciente: Wellington Pereira Souto - Habeas Corpus Criminal Processo nº 2219934-91.2021.8.26.0000
Relator(a): PAIVA COUTINHO Órgão Julgador: 11ª Câmara de Direito Criminal IMPETRANTE: Artur Eduardo Garcia Mechedjian
PACIENTE: Wellington Pereira Souto COMARCA: Marília Vistos. Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado
pelo advogado Artur Eduardo Garcia Mechedjian Junior em favor de WELLINGTON PEREIRA SOUTO ao fundamento, em
breve síntese, de que o paciente estaria experimentando ilegal constrangimento, porque teve a prisão preventiva decretada
em virtude de descumprimento de medidas protetivas de urgência (fls. 1/18 e documentos fls. 19/37). O impetrante argumenta,
em suma, sobre o afrontamento aos princípios da ampla defesa e do contraditório, vez que diversamente do relatado pela
vítima, não houve descumprimento de medida protetiva, sendo que foi o paciente quem em outras oportunidades noticiou na
Delegacia de Polícia que estava sendo perseguido pela vítima e tinha receio de sua integridade física. Requer, com a presente
impetração, a revogação da prisão preventiva para que o paciente aguarde em liberdade o desfecho da acusação, expedindo-se
em favor dele o alvará de soltura. Em consulta realizada no processo digital da origem nº 1508592-62.2021.8.26.03444, infere-
se que em 7 de setembro p.p., Fabiana da Silva Borges de Souza compareceu à Delegacia de Polícia noticiando que conviveu
maritalmente com o paciente por cerca de oito anos, e estão separados há três meses. Ela declarou que possui medida protetiva
de urgência deferida no processo nº 1506820-64.2021.8.26.0344 em desfavor do agora paciente, e que durante a madrugada
saiu da casa da amiga Vitória indo para casa de sua mãe, quando o viu conduzindo uma motocicleta na companhia de Aline (a
atual namorada) e outra moça de nome Juliana. Tão logo perceberam a presença de Fabiana, eles retornaram e desceram da
motocicleta, sendo que o paciente e Aline passaram a agredi-la com os capacetes pelo corpo todo (cabeça, rosto e pernas).
Ao que parece, houve ainda agressão com uma tesoura e ameaça quando o paciente disse à ex-companheira que tinha sorte,
pois iria virar defunto. O paciente acabou, então, denunciado por suposta infringência ao art. 24-A da Lei nº 11.340/2006 e o
art. 129, § 13, do Código Penal, na forma do art. 69 do mesmo diploma legal e dos artigos 5º e 7º, ambos da lei nº 11.340/2006
(fls. 60/63 do processo virtual da origem). Pois bem, como se sabe, a tutela de urgência em habeas corpus exige prova pré-
constituída a demonstrar de imediato o constrangimento que se pretende ver superado, o que não é possível se depreender dos
fatos alegados e da documentação que instrui a inicial, não se colhendo em princípio ilegalidade na r. decisão impugnada (fls.
27/28), sendo o caso de se aguardar a audição do r. Juízo da origem. Sendo isso, por ora, indefiro a liminar. Requisitem-se as
informações do r. Juízo apontado como coator, ouvindo-se posteriormente a douta Procuradoria Geral de Justiça. São Paulo, 20
de setembro de 2021. Aben-Athar de PAIVA COUTINHO Relator - Magistrado(a) Paiva Coutinho - Advs: Artur Eduardo Garcia
Mechedjian Junior (OAB: 364928/SP) - 10º Andar

Nº 2219938-31.2021.8.26.0000 - Processo Digital. Petições para juntada devem ser apresentadas exclusivamente
por meio eletrônico, nos termos do artigo 7º da Res. 551/2011 - Habeas Corpus Criminal - Monte Mor - Paciente: Maurílio
Germano dos Santos - Impetrante: José Albino Neto - Impetrante: Maria Carolina Ruiz Marques - Vistos, etc...(...) Com a ressalva
de que o paciente transportava 50.200g de cocaína (cf. Auto de Exibição e Apreensão de fls. 28/9 e laudo de constatação de fls.
48/9), tem-se que as circunstâncias de fato e de direito deduzidas na presente impetração não autorizam a concessão da liminar
alvitrada, providência excepcionalíssima, reservada a casos de ilegalidade gritante. Não se evidenciam os requisitos essenciais
à medida, vale dizer, o fumus boni iuris e o periculum in mora. Denego, portanto, a liminar. Solicitem-se as informações; com a
resposta, à douta Procuradoria-Geral de Justiça. São Paulo, 20 de setembro de 2021 Geraldo Wohlers Relator - Magistrado(a)
Geraldo Wohlers - Advs: José Albino Neto (OAB: 275310/SP) - 10º Andar

Nº 2219949-60.2021.8.26.0000 - Processo Digital. Petições para juntada devem ser apresentadas exclusivamente por
meio eletrônico, nos termos do artigo 7º da Res. 551/2011 - Habeas Corpus Criminal - Botucatu - Paciente: Lucas Johann
Faria Lopes - Impetrante: Lucas Johann Faria Lopes - Vistos. Trata-se de habeas corpus com pedido de liminar no qual o
impetrante pugna o deferimento do direito do paciente, para a revogação da prisão preventiva. Em favor do paciente LUCAS
JOHANN FARIA LOPES, apontando como autoridade coatora o MM. Juízo de Direito da 1ª. Vara Criminal Da Comarca De
Botucatu/SP. Alega, em síntese, que o paciente está sofrendo constrangimento ilegal, uma vez que a autoridade apontada como
coatora converteu a prisão em flagrante em preventiva, sendo denunciado pela prática do crime tipificado no artigo 121, § 2º,
inciso II (por motivo fútil), combinado com o artigo 14, inciso II, ambos do Código Penal, na forma do artigo 1º, inciso I, da Lei
nº 8.072/90. Argumenta-se a título de constrangimento ilegal o seguinte: que o paciente foi preso em flagrante, sob o enfoque

Publicação Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - Lei Federal nº 11.419/06, art. 4º

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