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RESUMO DAS AULAS – DIREITO PROCESSUAL PENAL I

Prof.º Gustavo Queiroz

Acadêmico: Fabricio Leite da silva

CURSO DE DIREITO PROCESSUAL PENAL I

Aulas 1 e 2 - 08/05/2021: Acesso ao material complementar – atividade assíncrona:

Leitura: GIACOMOLLI, Nereu José. O Devido Processo Penal: Abordagem


conforme a Constituição Federal e o Pacto de São José da Costa Rica. São Paulo:
Atlas. 2016. p. 3- 46 (PRIMEIRA PARTE - PERSPECTIVA HUMANITÁRIA DO
PROCESSO PENAL: 1 SISTEMA PROTETIVO DOS DIREITOS HUMANOS, 2
HUMANIZAÇÃO DO PROCESSO, 3 CONTROLE JURISDICIONAL DA
CONVENCIONALIDADE e 4 DIÁLOGO DAS FONTES).
O autor nos traz uma síntese sobre o surgimento das nações unidas tratando da
carta da ONU de 1945 onde houve existência de um sistema internacional de proteção
de direitos humanos e liberdades fundamentais. Com o propósito da ONU de sempre
promover e estimular o respeito aos direitos humanos e a liberdades fundamentais de
todos.
Foi em 1948 o ano em que ocorreu a declaração de direito humanos da ONU,
onde se elencou os direitos e as liberdades fundamentais, firmando assim uma base
axiológica universal de respeito e proteção, um paradigma ético e humanitário, também
aplicável ao sistema criminal, ao processo penal, com regras internacionais de jus
cogens.
Portanto, em cada processo de desenvolvimento e de julgamento nas alegações mais
graves, onde o juiz deve ser exageradamente preciso na avaliação da prova na avaliação da
responsabilidade e na avaliação igualitária de cada prova.

Esses elementos fazem parte do espírito maior de conquista universal desses


princípios, que podem dar garantias a qualquer cidadão e fornece a base jurídica e a orientação
do direito.

Esses princípios vêm de lugares distantes. Portanto, a justiça humana não é a


verdadeira justiça apaixonada. Em particular, as pessoas promovem e distribuem justiça com
base na verdadeira finalidade do direito de punição concedido pelo Estado e pela sociedade.
Em termos de certeza e convicção, o estado está interessado na punição. É impossível
compreender o país, não pode conceder o país, a sociedade não pode ver os bocadinhos que
agravam a situação pessoal, não pode determinar a resposta à opinião pública, ou a resposta à
notoriedade ou a satisfação das autoridades sob investigação. A justiça superou e sublimava
tudo isso, que excedia em muito dessas exigências.

Aulas 3 e 4 - 08/05/2021: Web Conferência – aula síncrona. Apresentação do


professor, do plano de ensino. Aula aberta sobre Direito e Alteridade.

O professor deu início a aula de direito processual penal explicando sobre o plano de
ensino, os horários da aula. Se apresentou a todos os alunos falando onde se formou, onde já
teve experiências de trabalho etc.

Falou também das bibliografias indicadas para possíveis leitura e resenhas durante
todo o semestre.

Continuou a espécie de aula com a apresentação da poesia do maiakoviski, como


uma espécie de aula magna aula de abertura, após lido o poema fez um paralelo com os
dias atuais.

Deu continuidade lendo vários outros poemas e trazendo exemplo para os dias
atuais, explicou sobre o juramento do bacharel em direito, juramento do advogado etc.

E encerrou- se a aula com os 10 dez mandamentos do advogado.

Aulas 5 e 6 - 15/05/2021: Acesso ao material complementar – atividade


assíncrona: Leitura: GIACOMOLLI, Nereu José. O Devido Processo Penal: Abordagem
conforme a Constituição Federal e o Pacto de São José da Costa Rica. São Paulo:
Atlas. 2016. p. 47 - 83 (PRIMEIRA PARTE - PERSPECTIVA HUMANITÁRIA DO PROCESSO
PENAL: 5 ALGUNS CASOS CONTRA O BRASIL).
O autor José Nerel Giacomolli nos traz alguns casos práticos a respeito dos
direitos humanos e a falha no sistema judiciário Brasileiro, entre os casos cito, o do
Damião Ximenes Lopes que foi internado em uma clínica psiquiátrica com convenio
pelo SUS (sistema único de saúde). Onde em uma das visitas de sua mãe Damião foi
deparado deparou com seu filho sangrando, com roupa rasgada, sujo, cheirando a
excremento, mãos amarradas para trás, com dificuldade para respirar, agonizante,
com hematomas, gritando e pedindo socorro. Vendo isso ela suplicou ajuda aos
médicos onde não teve a demanda atendia pelos médicos. Após isso a mãe da vítima
recebeu a notícia em que a vítima teria falecido, onde a mesma percebeu que o corpo
do filho apresentava sinais de maus tratos.
Apesar dos sinais de maus tratos, os médicos atestaram causa mortis
indeterminada como motivo da morte de Damião. Irene Ximenes Lopes Miranda, irmã
da vítima, apresentou ante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos uma
representação contra a República Federativa do Brasil. Alegou ter o resultado da
autópsia somente mencionado as lesões aparentes, silenciando acerca da causa
mortis; ter transladado o corpo da vítima para a Capital do Estado, com o objetivo de
ser periciado, por não confiar no Instituto Médico Legal de Sobral, uma vez que seu
diretor era o mesmo da Casa de Repouso. Porém o laudo não apontou a causa mortis.
a Comissão, de acordo com o disposto nos arts. 51 e 61 da CADH, decidiu submeter a
demanda à Corte, por violação aos arts. 4o (direito à vida), 5o (direito à integridade
física), 11 (proteção da honra e da dignidade) e 25 (direito ao recurso judicial),
combinados com o art. 1.1 (obrigação de respeitar e garantir os direitos contidos na
Convenção), todos da CADH. Ao encaminhar o caso à Corte, a Comissão entendeu ter
havido:
Falta de efetividade do processo interno de apuração de responsabilidades
decorrentes da omissão de autoridades, as quais não empreenderam ações e
investigações fundamentais para recolher as provas possíveis para averiguar os fatos;
Irregularidades na investigação policial, comprometedoras da elucidação da
morte da vítima, na medida em que a notitia criminis sobre a morte chegou ao
conhecimento das autoridades policiais no mesmo dia, por intermédio de sua família.
Porém, o Delegado de Polícia somente instaurou a investigação depois de 35 dias
prejudicando a eficácia da investigação;
Ausência de uma investigação imediata, séria e exaustiva, bem como a
inexistência de uma sentença de primeira instância, depois de transcorridos seis anos
da morte, situação comprobatória de denegação de justiça.
Depois disso ocorreu uma mediação e conciliação estado com a família da
vítima onde ofertaram uma quantia em dinheiro porem a família não aceitou.
Por fim a Corte reconheceu, por unanimidade, a responsabilidade parcial do
Estado brasileiro pela violação: do direito à vida (art. 4o. Direito à vida. 1. Toda pessoa
tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em
geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida
arbitrariamente); da integridade física (art. 5o Direito à integridade pessoal. 1. Toda
pessoa tem direito a que se respeite sua integridade física, psíquica e moral. 2.
Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou
degradantes. Toda pessoa privada de liberdade deve ser tratada com o devido respeito
à dignidade inerente ao ser humano); das garantias judiciais (art. 8o Garantias judiciais.
1. Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um
prazo razoável, por um juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial,
estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal
formulada contra ela, ou na determinação de seus direitos e obrigações de caráter
civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza);
Da proteção judicial (art. 25. Proteção judicial 1. Toda pessoa tem direito a
um recurso simples e rápido ou a qualquer outro recurso efetivo, perante os juízes ou
tribunais competentes, que a proteja contra atos que violem seus direitos
fundamentais reconhecidos pela Constituição, pela lei ou pela presente Convenção,
mesmo quando tal violação seja cometida por pessoas que estejam atuando no
exercício de suas funções oficiais. e da obrigação de respeitar os direitos (Art. 1o
Obrigação de respeitar os direitos. Os Estados parte nesta Convenção comprometem-
se a respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e pleno
exercício a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação alguma,
por motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra
natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra
condição social).
A Corte assentou ser dever dos Estados apurarem as agressões aos direitos à
vida e à apontando, ainda, que o país “falhou em seus deveres de respeito, prevenção
e proteção”, considerando o Brasil responsável pela violação desses direitos.

Aulas 7 e 8 - 15/05/2021: Web Conferência – aula síncrona. INTRODUÇÃO AO


DIREITO PROCESSUAL PENAL: conceito, finalidade e características. Sistemas Processuais:
Inquisitivo, Acusatório e Misto. Fontes e interpretação da Lei Penal. Lei Penal no Tempo e no
Espaço;
O professor deu início a aula introduzindo sobre o direito processual penal,
conceituou o direito penal como um conjunto normativo regulamentador indispensável a
aplicação jurisdicional do direito processual penal, explicou sobre o termo em latim ‘’ Nulla
poena sine judicio’’ que significa não pode ter pena sem julgamento anterior e justo, e
também exercer a limitação do poder do estado em face ao indivíduo.

O processo penal impede os abusos do estado e mediatamente como todos os


ramos do direito visa a pacificação social.

Explicou sobre o conceito de Geraldo Prado que é um processualista


importante e ele vai trazer uma outra anuência trata se de Assegurar que o exercício
legitimo do poder punitivo reservado com exclusividade ao estado seja implementado
de acordo com princípios éticos adotados expressa ou implicitamente na carta
constitucional. O processo penal serve para o estado exercer o seu juspuniendi o direito
de punir do estado. De acordo com as normas que estão na constituição federal.

Conceituou também o sistema inquisitivo que é aquele que acusa, defende e


julga. Onde concentra-se nas mãos de uma só pessoa o inquisidor, não se há
contraditório.

O réu ou investigado não é sujeito de direito, mas mero objeto de prova, fonte
detentora da verdade a ser extraído. Prevalece o princípio da verdade real como algo
possível de ser alcançado admitindo sua busca por qualquer meio, nesse sistema o
acusado e inimigo do inquisidor que deseja e age para sua condenação e a gestão de
prova está nas mãos do inquisidor. O segredo e a forma escrita são características deste
sistema etc.

Finalizou a aula dando inúmeros exemplos práticos inclusive dentro de um


deles o exemplo da CPI da covid do Bolsonaro dando exemplo de falso testemunho do
indivíduo no âmbito do direito processual penal.

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