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AULA 01 – 17/02/2016
TEMA: PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL E A JURISPRUDÊNCIA DOS
TRIBUNAIS SUPERIORES
PROFESSOR ROGÉRIO SCHIETTI
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
1.2.1. Características
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
“[...]E sob esta base que as duas finalidades preventivas - a prevenção dos
delitos e aquela das penas arbitrárias - são, entre si, conexas, vez que legitimam,
conjuntamente, a "necessidade política" do direito penal enquanto instrumento de
tutela dos direitos fundamentais, os quais lhe definem, normativamente, os âmbitos
e os limites, enquanto bens que não se justifica ofender nem com os delitos nem
com as punições. Esta legitimidade [...] não é "democrática" no sentido que não
provém do consenso da maioria. É, sim, "garantista", e reside nos vínculos impostos
pela lei à função punitiva e à tutela dos direitos de todos [...]. o monopólio estatal do
poder punitivo é tanto mais justificado quanto mais baixos forem os custos do direito
penal em relação aos custos da anarquia punitiva [...]” (FERRAJOLI).
O direito penal traz uma relação de forças, seja do infrator com a vítima, seja
do infrator com o Estado.
Um sistema que trabalha com o direito penal máximo costuma ser o que mais
comete erros judiciários.
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
5. FINS DA PENA
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
6. PRINCÍPIOS
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7. A SUPERAÇÃO DO POSITIVISMO
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Com isso assumem eles, não somente no Direito Constitucional, mas em todo
o Direito, uma valoração e eficácia nunca antes ocorrida, pois passam a ser as
“normas-chave” de todo o sistema jurídico (BONAVIDES).
8. PRINCÍPIOS PENAIS
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8.2.1. Fundamentos
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
a) “nulla poena, nullum crimen sine lege”: Não há crime nem pena sem lei
prévia. Só se pode punir alguém por algo se a lei estiver na vigência no momento do
cometimento, logo, pendendo de vacatio legis, ao indivíduo não pode ser imputada a
determinada conduta;
Se uma lei nova alterar o crime, pode ocorrer abolitio criminis ou a lei pior.
Sendo lei que piore a situação do réu, ela jamais irá retroagir ao momento dos fatos.
Porém, se a lei nova extinguir o crime ou trouxer qualquer benefício, irá retroagir
para beneficiar o réu. Efeitos ultrativos da lei melhor e não retroativos da lei pior.
A lei anterior deve ser certa, não pode gerar dúvidas ao indivíduo nem ao
intérprete. Os seus conceitos devem ser compreensíveis, não pode ser abstratos,
deixando brechas à várias interpretações.
A primeira exige que somente se qualifique como crime aquelas condutas que
ofendam significativamente os bens jurídicos tutelados pela norma penal. Deve ser
uma ofensa que traga risco de perecimento do bem jurídico.
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A mesma ideia vem exposta por BUSTOS RAMIREZ, que salienta o aspecto
policialesco que o Estado pode assumir na hipótese de pretender impor, pela
violência do controle formal, a solução punitiva. Em semelhante situação, as
pessoas viveriam sob permanente tensão e ameaça de serem punidas, o que seria a
própria negação do Estado de Direito.
8.5. NECESSIDADE
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8.6. PROPORCIONALIDADE
Há proporcionalidade na:
8.7. OFENSIVIDADE
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II – A norma penal não pode incriminar a conduta que não exceda o âmbito do
próprio autor;
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8.9. CULPABILIDADE
Ele decorre que ninguém pode ser condenado ser que seja culpado. Não há
crime, nem pena, sem culpabilidade (nulla poena sine culpa).
Encontra-se implícito na atual CF, art. 5, inciso XLV, sob a ótica material.
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
AULA 02 – 24/02/2016
TEMA: HISTÓRIA DO DIREITO PENAL POSITIVO BRASILEIRO
PROFESSOR ANDRÉ ESTEFAM
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1. ORDENAÇÕES DO REINO
Tiradentes foi condenado pelo crime inscrito no Livro VI, o crime de lesa-
majestade. A pena atingiu a pessoa de Tiradentes e até suas gerações futuras. As
partes do corpo de Tiradentes ficaram expostas em grandes locais de circulação
para servir de exemplo.
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
Uma característica era o Direito Penal do Terror, aquele que trabalha com a
ideia do terror, em que as pessoas ficariam com temor da pena e não cometeriam
delitos. Tratava-se de um Direito penal de grande submissão.
Também era crime a prática sexual com judeus e mouros, sendo queimado
na fogueira.
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
No final, foi decidido pela manutenção da pena de morte, isso ocorreu muito
em função da escravidão, a pena, portanto, foi utilizada para punir amplamente os
escravos.
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I - a emoção ou a paixão;
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6. FIM DO IMPÉRIO
Percebe-se, desse modo, que o código foi feito às pressas, antes mesmo da
Constituição, tendo sido considerado motivo de vergonha, com inúmeras falhas e
incongruências, de modo que, logo publicado, já foi objeto de reformas.
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
O CP/40 criou uma regra que permanece vigente até hoje: a emoção e a
paixão não excluem o crime. Essa regra surge em resposta à perturbação dos
sentidos, que absolveu muitas pessoas sob tal alegação.
9. CONSTITUIÇÃO DE 1934
Foi sob esse momento que surgiu o atual Código Penal de 1940.
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11.1.CARACTERÍSTICAS
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13. REDEMOCRATIZAÇÃO
1 - TEMPO DO CRIME
A) CRIMES PERMANENTES
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Súmula nº 711 do STF “A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado
ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou
da permanência.”
B) CRIMES HABITUAIS
O tempo do crime segue a mesma regra do crime permanente (art. 284, CP).
C) CRIMES OMISSIVOS
D) CONCURSO DE PESSOAS
E) CRIME CONTINUADO
F) MENORIDADE PENAL
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
A Constituição Federal estabelece, em seu art. 5º, inciso XL que: “a lei penal
não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”, trata-se do princípio da irretroatividade
da lei penal mais gravosa, que se conjuga, para efeito de interpretação dos conflitos
intertemporais do Direito Penal, com o princípio da ultratividade da lei penal previsto
no art. 2º, caput, do CP e da retroatividade da lei penal mais benéfica, constante do
art. 2º, parágrafo único, do CP. A regra geral é, portanto, de que a lei penal não deve
retroagir, salvo no caso das hipóteses em que ela venha beneficiar de alguma
maneira o agente. Quais são as hipóteses em que se demonstra a aplicabilidade do
princípio da retroatividade penal benéfica? Existe alguma situação em que não se
aplicaria esse princípio, fazendo-se a norma mais gravosa retroagir? Vejamos as
seguintes situações hipotéticas:
Os fatos anteriores, não regidos pela lei nova, são atípicos, “toda lei penal
nova que se apresenta como prejudicial não retroage”.4 Ex: Novatio legis
incriminadora, que criou o art. 154-A do CP, dos delitos informáticos.
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
“Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da
sentença condenatória. Parágrafo único. A lei posterior, que de qualquer modo
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
condenatória transitada em julgado.”
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
Se ele pode escolher, para aplicar o mandamento da lei Magna, entre duas
séries de disposições legais, a que lhe pareça mais benigna, não vemos porque se
lhe vede a combinação de ambas, para assim aplicar, mais retamente, a
Constituição. Se lhe está afeto escolher o ‘todo’, para que o réu tenha tratamento
penal mais favorável e benigno, nada há que lhe obste selecionar parte de um todo
e parte de outro para cumprir uma regra constitucional que deva sobrepairar a
pruridos de lógica formal. Primeiro a Constituição e depois 5 “Art. 107 – Extingue-se
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
a punibilidade: [...]; III – pela retroatividade de lei que não mais considera o fato
como criminoso;” o formalismo jurídico, mesmo porque a própria dogmática legal
obriga a essa subordinação, pelo papel preponderante do texto constitucional. A
verdade é que não estará retroagindo a lei mais benéfica, se, para evitar-se a
transação e o ecletismo, a parcela benéfica da lei posterior não for aplicada pelo
Juiz; e este tem por missão precípua velar pela Constituição e tornar efetivos os
postulados fundamentais que ela garante e proclama os Direitos do homem”.
Há quem diga que se o juiz tiver que ficar combinando as leis para aplicá-la,
irá acabar legislando porque criaria uma lei nova.
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
Lei temporária - possui prazo determinado em lei para sua exigência, vigora
até cessada esta vigência.
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
Territorialidade
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
2.3 EXTRATERRITORIALIDADE
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a) EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA
Trata-se das hipóteses previstas no art. 7º, inciso I, do CP, sendo que as
alíneas a, b e c são positivações do princípio real ou de defesa, e a alínea d é
decorrência do princípio da universalidade. Não existe exceção às regras de
extraterritorialidade.
b) EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA
2.3.1.PRINCÍPIOS
A lei penal aplicada deve ser do Estado titular do bem jurídico lesado ou
ameaçado de lesão.
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
d) PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE
3.1. IMUNIDADES
a) IMUNIDADE MATERIAL
b) IMUNIDADE FORMAL
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
a) IMUNIDADE MATERIAL
b) IMUNIDADE FORMAL
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AULA 04 – 09/03/2016
TEMA: DIREITO PENAL DO INIMIGO
PROFESSOR ALEXANDRE ROCHA (aram.mp@gmail.com)
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
AULA 05 –19/03/2016
TEMA: SISTEMAS PENAIS
PROFESSOR GUSTAVO JUNQUEIRA
1 - CAUSALISMO NATURALISTA
Quem deve fazer juízo de valor é o legislador. Os juízes não poderiam fazer
juízo de valor.
Críticas:
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
Críticas:
3 - FINALISMO
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
Como essa culpabilidade tem grande juízo de valor, foi conhecida como
culpabilidade normativa pura.
4 - FUNCIONALISMO
Ex: ser judeu é uma conduta, logo, pode ser crime. Mas Roxin responde que
não haveria perigo, porque seu conceito de conduta está no limite dos direitos e
garantias fundamentais.
Para Roxin, o crime é fato típico, antijurídico, mas uma das mais importantes
contribuições do autor é a substituição da culpabilidade pela responsabilidade. Logo,
é fato típico, antijurídico e responsável.
Fato típico
Antijurídico
Responsabilidade:
Culpabilidade (imputabilidade/ potencial consciência de ilicitude);
Necessidade da pena (exigibilidade de conduta diversa)
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
Ele nega a tradicional teoria do bem jurídico. O Direito Penal não pode ter
como função primordial evitar o crime, que faz isso é o sistema policial.
Crítica:
AULA 06 –23/03/2016
TEMA: IMPUTAÇÃO OBJETIVA
PROFESSORA PATRÍCIA VANZOLINI
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
Tudo o que era objetivo, externo, estava no fato típico. Enquanto aquilo que
relacionava-se ao lado subjetivo estava na culpabilidade.
Estava muito ligada às ciências naturais, por exemplo, matar era causar a
morte, nada além disso.
Proximidade com o sistema nazista. O Direito Penal tem a ver com cultura, e
não com as ciências naturais. É aquilo que vai perturbar o convívio social.
É o Direito Penal que cria o crime. Começou a quebrar o paradigma que o tipo
era somente objetivo.
Conduta Imputabilidade
Resultado Dolo e culpa
Nexo causal
Exigibilidade de conduta
Elementos normativos
diversa
(culturais)
Elementos subjetivos
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
ilicitude
Nexo causal Exigibilidade de conduta
Elementos normativos + culpa diversa
Elementos subjetivos + dolo
O DP deveria ser construído a partir da função que era esperada dele. Nisso,
surgem dois tipos de funcionalismo:
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
A culpa foi substituída pela imputação objetiva, porque antes de falar em dolo,
fala-se em imputação objetiva.
O problema não é se você deu causa (causa-ação), mas se o evento pode ser
imputável ao autor como um tipo penal. O nexo de causalidade não é suficiente para
imputar um crime a alguém.
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
mas a professora entende que foi uma aplicação exagerada da Teoria da Imputação
(TJ-RS - Apelação Crime. 70052159621).
No caso apresentado, não havia alvará, mas esse não serviria de nada para
impedir que o jovem se embriagasse. O alvará serviria apenas para casos como
incêndio ou multidões. Dessa forma, a exigência do alvará não tem finalidade com a
morte do jovem.
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
AULA 07 – 30/03/2016
TEMA: ILICITUDE E ERRO DE TIPO
PROFESSOR ANTONIO CARLOS DA PONTE
Para a teoria finalista não importa se vai ser aplicado o conceito bipartido ou
tripartido.
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
Na coação, o coagido atua com dolo, mas sua conduta apresenta um vício de
vontade, ela não foi livre.
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5 - ERRO DE TIPO
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
Aqui, o agente pensa cometer crime contra uma pessoa, mas comete
contra outra. O agente não erra sobre qualquer elementar, circunstâncias ou outro
dado que se agregue à figura típica. O seu erro cinge-se especificamente, à
identificação da vítima, que em nada modifica a classificação do crime por ele
pretendido.
Nesse caso, queria matar uma pessoa X, mas o confundiu com a pessoa
Y e acabou matando essa. Aqui, o dolo do tipo existe, somente por erro do agente é
que atinge-se pessoa diversa da pretendida.
Toda vez que a vítima virtual não for atingida, aplica-se a primeira parte
do art. 73. Ainda que cometa vários crimes, só responderá por aqueles pretendidos.
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Aberratio ictus com unidade complexa: são atingidas tanto a vítima virtual
quanto real a aplica-se o art. 73, segunda parte, que remete à forma de aplicação de
pena concurso formal. Nesse caso, não se reconhece o concurso formal, mas
somente o sistema da exasperação típico do concurso formal, ou seja, existindo
mais de um crime, deve-se pegar a pena do crime mais grave e aumentada de 1/6
até a ½.
6 - ERRO DE PROIBIÇÃO
O agente conhece a lei, mas o que ele faz é uma interpretação equivocada da
lei.
AULA 08 – 06/04/2016
TEMA: CULPABILIDADE
PROFESSOR GUSTAVO JUNQUEIRA
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
Na escola positiva, o autor não pode ser reprovado pelo mau uso de uma
liberdade que não possui. A culpabilidade é substituída pela periculosidade que não
justifica a pena, mas sim medidas para (de) segurança da sociedade.
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
Roxin assume que a base de sua culpabilidade é uma ficção, mas justifica
que a ficção se legitima porque não fundamenta a pena (o fundamento da pena é
apenas preventivo, e não retributivo), mas somente a limita, ou seja, opera apenas a
favor do autor.
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
Quanto “maior o esforço” que o agente faz para ser alvo do Estado, maior a
sua culpabilidade.
EMBRIAGUEZ
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
Classificação da embriaguez:
CRISE1:
CRISE 2:
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Damásio. Pós-Graduação em Direito Penal - Módulo 01: Fundamentos do Direito Penal Brasileiro.
OBS: nos termos do art. 28, I, CP, a emoção e a paixão não afastam a
imputabilidade.
Tal estrutura foi proposta por Frank, em 1904, em sua Teoria das
Circunstâncias Concomitantes (adaptação do rebus sic stantbus).
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