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QUEM ESTÁ APRESENTANDO?

Clara Luana Maria Victoria Maria Caroline Maria Luyza

Kelliane Lethicia
Evolução doutrinária do
direito penal
(sinopse)
1. O positivismo jurídico
 Origina-se na Alemanha com estudos de Binding;
 Preferência pela cientificidade;
 Escola Positiva # Positivismo Jurídico;
 Conceito Clássico de Delito (tratamento formal ao comportamento Humano delituoso); 
 Conduta meramente Objetiva:
- Aplicar no direito mesmos métodos de observação e investigação que eram utilizados
nas ciências experimentais.
- Posição normativista e formal.
1.1 Neokantismo Penal
 Bases idênticas ao Positivismo (fim do séc. XIX/ Rudolf Stammler e Gustav Radbruch);
 Supervalorização do “deve ser”;
 Objetivo Fundamental a compreensão di conteúdo dos fenômenos e categorias
jurídicas;
 Essa teoria permitiu graduar o injusto de acordo com a gravidade da lesão produzida; 
 Conduta: significado social;
 Teoria Psicológico – Normativo;
1.2 Garantismo Penal
 Luigi Ferrajoli - “ Direito e Razão”;
 Também chamado de Cognitivo ou Legalidade Estrita;
 Modelo Universal;
 Engloba diversas fases: 
* Criação da Lei Penal;
* Validade das normas e princípios;
* Respeito pelas regras;
 Ferrajoli e seus Dez Axiomas (princípios) que compõem um “modelo - limite”;
 Doutrina Moderna: 
* Garantismo Penal Monocular: interesses do acusado.
* Garantismo Penal Binocular: pretensões do acusado e da sociedade.
1.3 Funcionalismo Penal
 Iniciou-se na Alemanha;
 Submissão a dogmática penal;
 O funcionalismo penal questiona a validade do conceito de conduta desenvolvido pelos
sistemas clássico e finalista, ao conceber o Direito como regulador da sociedade vincula-se à
teoria da imputação objetiva.
 Funcionalismo apresenta duas concepções:
1) funcionalismo moderado, dualista ou de política criminal, capitaneado por Claus Roxin (Escola
de Munique);
2) funcionalismo radical, monista ou sistêmico, liderado por Günther Jakobs (Escola de Bonn);
1.3 Funcionalismo Penal
1.3.1 Posição de Claus Roxin – Escola
de Munique 1.3.2 Posição de Gunther Jakobs – Escola de Bonn
 ponto de vista teleológico do Direito Penal;  o adaptou o Direito Penal à teoria dos sistemas
sociais de Luhmann, com a sua teoria da
 o Desenvolveu novas posições sobre a teoria da
imputação normativa;
pena e a sua concepção preventiva geral positiva
(prevenção de integração);  o Direito Penal é considerado um sistema
autônomo, autorreferente e autopoiético;
 o relação entre o fato e o seu autor;
 o Direito Penal tem como função assegurar os
 o principal contribuição de Roxin reside na valores éticos e sociais da ação;
circunstância de ter chamado a atenção sobre a
necessidade que a construção dogmática está a  o a função do Direito Penal é aplicar o comando
serviço da resolução dos problemas; contido na norma penal, pois somente sua
reiterada incidência lhe confere o merecido
 o Para a tipicidade; respeito;
 o Para a ilicitude;  o teoria do direito penal do inimigo;
 o Para a culpabilidade;
Direito Penal do Inimigo
Noções Preliminares
O direito penal do inimigo foi criado por Gunther Jackobs, que é um professor catedrático
do direito penal e da filosofia do direito. Para ela, apenas a aplicação da normal penal é o
que imprime à sociedade as condutas aceitas e os comportamentos indesejados. Em
2003, assumiu uma postura corajosa na defesa do direito penal do inimigo, com uma obra
doutrinária, a necessidade de revolucionar conceitos clássicos já impostos por outros
doutrinadores.
Conceito de inimigo
Quem é o inimigo? É aquele que em qualquer situação de confronto, deve ser enfrentado e
a qualquer custo, vencido. Na visão de Jackobs, o inimigo é aquele que afronta a estrutura
do Estado, desobecendo seu ordenamento jurídico. Em resumo, é alguém que não garante
o mínimo de segurança cognitiva do comportamento pessoal e manifesta isso por meio das
suas condutas.
Efeitos da aplicação da teoria do direito penal no inimigo:

 Direito penal do cidadão e direito penal do inimigo;


 para Gunter Jakobs o Inimigo não deve ter direitos reconhecidos;
 Violação dedireitos e garantias constitucionais;
 Risco para a sociedade;
 “Em uma guerra, o importante é vencer, ainda que para isso haja deslealdade com o adversário.” 
 Substituição das penas por medidas de segurança;
 Direito penal prospectivo;
 Adiantamento da tutela penal para atingir atos preparatórios; 
 Medidas preventivas e cautelares alargadas; 
 Penas severamente majoradas; 
 Tortura como meio de prova; 
 Exemplo prático: Vamos supor que alguém é pego com pequena quantidade de droga, que
visivelmente era pra uso pessoal, para Jakobs está pessoa já deve sofrer reprimendas, pois ela
pode vir a tornar-se traficante e etc...Para que isso ocorra, deve haver um alargamento das
medidas preventivas e cautelares, como por exemplo: facilitar a autorização de interceptações
telefônicas e quebras de sigilo bancário e fiscal, infiltração de polícias nas organizações
criminosas, dentre outras.
 No direito penal do inimigo, defende-se inclusive, que as penas, mesmo em crimes
minuciosamente tipificados devem ser severamente majoradas, com o intuito de intimidar o
inimigo, sendo cabível inclusive a tortura como meio de prova para desbaratas as atividades
ilícitas dos criminosos e dos seus comparsas. Ao final, verifica-se que o direito penal do inimigo é
totalmente antagônico ao garantismo penal, se mostrando incompatível com essencialmente
todos os ordenamentos jurídicos modernos, onde cada vez mais se privilegiam as liberdades
individuais em detrimento do estado absoluto.
Neopunitivismo: a quarta velocidade do
Direito Penal
• O argentino Daniel Pastor desenvolve o neopunitivismo;
- também conhecido como a quarta velo­cidade do Direito Penal. 

• Relacionada ao ao Direito Penal Internacional;


- caracterizado pelo alto nível de incidência política e pela seletividade (escolha dos
criminosos e do tra­tamento dispensado).

• Panpenalismo (medidas adotadas pelo poder público relacionados a segurança pública)


promove a diminuição ou eliminação de garantias pe­nais e processuais;
Direito Penal como proteção de contextos da
vida em sociedade
• Formulada por Giinter Stratenwerth com a finalidade de garantir o futuro da sociedade;
- deixa em segundo plano a proteção dos interesses individuais, para salvaguardar imediatamente os bens
jurídicos inerentes a toda a coletividade.

• Contrário da teoria proposta por Winfried Hassemer;


- busca de modo precípuo a proteção dos bens jurídicos difusos, pois considera mais importante a
salvaguarda do todo social para, secundariamente, assegurar o patrimônio jurídico de cada indivíduo
isoladamente considerado. 

• Perfil de gestão dos interesses difusos e coletivos a ser seguido;


- protege-se o contexto que passa a legitimar a intervenção do Direito Penal quando determinado modelo
de comportamento é desrespeitado. Antecipa-se de maneira sensível a tutela penal, ainda que sirva
apenas para a proteção do ambiente desejado pelo legislador.

• Proposta audaciosa que ganhará importância ao longo do século XXI, para o enfrentamento dos riscos da
sociedade moderna;

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