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Objectivos da aula:
Discente conheça os principais modelos ou sistemas do processo penal
vigentes.
Estrutura do processo penal moçambicano.
Clássicos jurídicos, Jorge de Figueiredo Dias, Direito Processual Penal, 1.a edição,
Reimpressão 1974, Coimbra Editora, 2004.
SGA.
Na senda dos sujeitos processuais a que ver como estes estão configurados, quanto
a sua actuação.
Discussão ultrapassada.
O M.oP.o não tem qualquer poder de parte, como no processo civil. A partir do
momento que o feito é metido em tribunal a acusação não pode ser retirada
(princípio da imutabilidade). Para além de que o tribunal não está vinculado ao
pedido do M.oP.o (é livre), não existe o princípio do pedido (não condenar para
além do pedido ou do que é pedido).
Conclui-se, em princípio, que o processo penal não é de partes. O M. oP.o
investiga, não só para fundamentar a acusação, mas também, para inocentar. Até
recorre, mesmo se conformando com a decisão.
SGA
Clássicos jurídicos, Jorge de Figueiredo Dias, Direito Processual Penal, 1.a edição,
Reimpressão 1974, Coimbra Editora, 2004.
3. Sujeitos processuais
Para que o processo penal possa ser posto em actividade exige-se a actuação
de indivíduos e entidades [garantia institucional].
Para nós tem interesse didáctico (sistematização do nosso estudo). Tem a ver
com a posição jurídica. Eg. Para ser chamado de marido é porque há obrigações e
direitos.
4. Os tribunais penais
SGA
O discente ouve, várias vezes, da existência de tribunais. Mas não sabe distinguir se
existem diferentes tribunais, como estão organizados e como se apura as suas
competências. No final, o discente deve ser capaz de conhecer as características dos
tribunais, qual é a sua função? O que distingue juizes de procuradores?
a) o Tribunal Supremo;
b) o Tribunal Administrativo;
c) os tribunais judiciais.
Doutrina da execução;
Define-se conexão como a relação que intercede entre vários processos pendentes
1
que se encontrem na mesma fase, ou se vão instaurar, relação essa que poderá
levar à unificação ou apensação dos vários processos, sem que seja de atender às
normas sobre a competência material ou territorial ?[22]. Nunca há conexão em
relação a processos que se encontrem em fases distintas: se um se encontra na fase
de instrução e outro na fase de acusação, não é possível haver conexão; se um se
encontra na fase de instrução e outro em fase de julgamento, também não; se um
se encontra na fase de julgamento e outro na fase de recurso, também não.
Portanto, só não se atende à competência material ou territorial do Tribunal. Para
haver conexão (arts. 28.º segs. CPP), torna-se necessário:
Funcional:
Graus (recursos)
Tem que haver dois ou mais processos distintos, quer sejam distintos sobre o
ponto de vista formal, quer mesmo quanto ao objecto específico ?[23].
O Ministério Público
SGA
O discente ouve, várias vezes, da existência do M. oP.o. Mas nunca viu o edíficio
aonde funciona. No final, deverá ser capaz de distinguir se existem diferenças entre
o M.oP.o e os tribunais e a procuradoria da república, como está organizado e como
se apura as suas competências. O que distingue juízes de procuradores?
Artigo 235
2[17]
Art. 53.º in fine CPP
O Ministério Público é um órgão autónomo da administração da justiça,
exerce as suas actividades independentemente, não está vinculado a qualquer
poder3[24], exerce a sua actividade de forma autónoma (art. 53.º CPP).
SGA
O discente ouve, várias vezes, do SERNIC. Mas não sabe se há diferença com a
Polícia da República de Moçambique (PRM). No final, o discente deve ser capaz de
conhecer as características do SERNIC. O que lhe distingue da PRM e qual é a sua
função?
3[24]
Poder executivo, judicial, legislativo.
Relembrar que a todos é lhe imposto o dever de colaborar na administração
da justiça penal.
Quanto aos órgãos de polícia criminal (artigo 61.º e ss do CPP) têm por
função coadjuvar as autoridades judiciárias (juiz, juiz de instrução criminal e o
M.oP.o) com vistas à realização das finalidades do processo.
Artigo 253
2. Defensor do arguido.
4
Artigo 66.o, n.o 2 do CPP comunicação oral ou por escrito de que deve
considerar-se como arguido, enunciando-se-lhe os direitos e deveres.
Consequência, inexistência das declarações.
Pode ser obrigatoriamente constituído em arguido reunidos os pressupostos
previstos pelo artigo 66.º do C.P.P.
Exigindo-se um formalismo complexo e maiores garantias. Vide artigos 67.º,
68.º, 69.º, 70.º a 75.º, 175.º, 297.º, n. o 2 do C.P.P. Por exemplo, não se exige a
presença de advogados para testemunhas e declarantes, diferentemente do arguido
[68.º, 69.º, 70.º, 71.º e 72.º, 135.º, al c); 175.º, n. o 2; 177º, n.os 2 e 3; ou
admissibilidade da sua presença, artigo 163.º do CPP]. Não está vinculado ao dever
da verdade (artigo 174.º, n.o 4; 179.º, n.o 2 do C.P.P).
Por sua vez, assume a qualidade de arguido aquele contra quem for deduzida
acusação ou requerida audiência preliminar num processo penal (artigo 65.º, n. o 2
do C.P.P). Portanto, só depois de reunidos fortes elementos de indiciação é que
alguém (incluindo pessoas colectivas) adquire a qualidade de arguido (artigo 158.º
do C.P.P). E esta qualidade conserva-se durante todo o decurso do processo. Ou
seja, já não há diferenciação de suspeito, arguido, réu e condenado (artigo 65.º, n. o
4 do C.P.P).
iv. For levantado auto de notícia que dê uma pessoa como agente de um
crime e aquele lhe for comunicado (artigos 109.º, 122.º, 123.º e 124.º, 286.º,
442.º).
Prazos: 5 dias, 8 dias e 30 dias (artigos 325.º, n. o 2; 330.º, n.o 3; 333.º, n.o 1
do C.P.P).
A evitar:
De tal sorte que não se confunde com o suspeito (65.º, n. o 1). Porque as
garantias de ser arguido são maiores do que o suspeito; este pode requerer que
seja constituído em arguido (artigo 67.º, n. o 2 do CPP).
Evitar:
Dizer que o Processo Penal e Código Penal são Magnas cartas de protecção
de delinquentes ou criminosos.
É verdade que o arguido pode ser sujeito de medidas coactivas, ou servir de
meio de prova. Mas, tem de ser com base na sua livre expressão de personalidade
(sem extorsão, nem auto incriminação – artigo 174.º, n. o 1 do C.P.P).
SGA
O discente ouve, várias vezes, da defesa no processo penal. Mas não sabe se há
diferença com o mandatário judicial (advogado). Se no processo penal há
procuração forense. No final, o discente deve ser capaz de conhecer as
características do direito a defesa no processo penal e como se manifesta. O que
distingue o advogado cível e qual é a sua função?
Defensor do arguido
SGA
5[18]
Poderá existir ou não.
Relembrar as limitações ao princípio da oficialidade:
a) Crimes particulares:
O lesado sofre danos indirectamente com o crime: ele não é a vítima directa
do crime.
Rege esta matéria o artigo 86.º C.P.P.. Neste artigo tem-se que ter bem
presente quem formula o pedido de indemnização: se é o Ministério Público, se é o
assistente, ou se é o lesado.
Isto quer dizer que o lesado deve fornecer ao Ministério Público os elementos
de facto que fundamentam o seu pedido antes do termo da instrução, isto é, antes
do Ministério Público formular a acusação.
Se o assistente não deduzir acusação então deve, nesses cinco dias, formular
o pedido de indemnização, sob pena de o mesmo depois não ser conhecido.
Mesmo que não tenha sido requerida a indemnização o juiz fixa, com base no
prudente arbítrio, cfr artigos 94.º do C.P.P..