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Índice

Índice………………………………………………………………………………………………………………………1

Introdução……………………………………………………………………………………………………………….2

1-O “caso kalupeteca”……………………………………………………………………………………….…….3

2- O advogado da causa, suas declarações e seu ponto de vista sobre o caso………….4

3-O julgamento…………………………………………………………………………………………………………4

4- A sentença dos arguidos……………………………………………………………………………………….6

Conclusão………………………………………………………………………………………………………………….7

Bibliografia……………………………………………………………………………………………………………….8
Introdução
Subordinado ao tema: o “caso Kalupeteca”, o presente trabalho é feito no âmbito da
Disciplina de Direito. Para melhor abordagem do tema, serviu-me de auxílio
informações contidas em jornais e sites.

A abordagem do tema foi dividida em quatro partes, nomeadamente:

1. O “caso Kalupeteca”: nesta primeira parte esclarecerei o que é o caso


Kalupeteca, quem são os arguidos deste caso e porquê, isto é, do quê que são
acusados e, por último, quem é o principal advogado e quem é o juiz-
presidente da causa;
2. O advogado da causa, suas declarações e seu ponto de vista sobre o caso :
neste “capítulo”, irei expor algumas declarações que o advogado da causa deu
à imprensa expondo o seu ponto de vista sobre o caso;
3. O julgamento: nesta penúltima parte abordarei, não especificamente sobre o
processo do julgamento, mas propriamente sobre as acusações do Ministério
Público no julgamento do caso Kalupeteca;
4. A sentença dos arguidos: neste último “capítulo” apresentarei o resultado do
caso Kalupeteca.

Assim sendo, com este trabalho pretendo:

 Definir o que é o caso Kalupeteca;


 Identificar os principais arguidos do processo;
 Apresentar as acusações feitas pelo Ministério Público;
 Conhecer os resultados do caso.
1-O “caso kalupeteca”
Caso kalupeteca: foi um caso jurídico no qual o líder, e mais seus colaboradores, da
extinta seita religiosa “Luz do Mundo”, são acusados pelo Ministério Público de terem
assassinado agentes da polícia nacional, num confronto ocorrido a 16 de Abril de 2015,
e de outros delitos.

José Julino kalupeteca, líder da extinta seita religiosa, é o principal arguido do


processo, que inclui os nacionais: Filipe Quintas, Hossi Lucanty Vilinga, João Zacarias A.
Cungongo, Cipriano Colembe, Gabriel Esperança, Carlos Cassucala, Amos Congumbe e
Inocência Nunda. O caso kalupeteca ficou também conhecido como “massacre do
Monte Sumi”. A seita em causa iniciou a sua actividade na província e estendeu-se
para o Huambo, Benguela e Luanda, e é conhecida pela sua aversão à ordem pública e
ao desrespeito aos órgãos da soberania nacional.

José Julino kalupeteca é acusado de co-autoria material de nove crimes de homicídio


qualificado consumado, crimes de homicídio qualificado frustrado e ainda de crimes de
desobediência, resistência e posse ilegal de armas.

Num comunicado de imprensa divulgado a 20/04/2015, o Presidente da República


repudiou o assassinato de polícias no Huambo e em Benguela por elementos da seita
Igreja do Sétimo Dia a Luz do Mundo. José Eduardo dos Santos considerou que a seita
constitui “uma ameaça à paz e à unidade nacional” e que a sua doutrina constitui uma
perturbação à ordem nacional.

No mesmo dia 20 de Abril de 2015, a Igreja do Sétimo Dia a Luz do Mundo foi
considerada pelo responsável máximo da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Angola,
Mateus Vinte, como sendo anticristo, supostamente por não respeitar os princípios da
Bíblia. Mateus Vinte disse em conferência de impresa que os seguidores de Kalupeteca
são conhecidos por inverterem a ordem convencional do tempo, convertendo dias por
noites e trocando a numeração dos dias da semana.

A seita apregoava que o mundo acabaria em 2015 e incitou os fiéis a deixar os seus
haveres e a abandonar as suas casas para se fixarem nas montanhas.

José J. kalupeteca estudou apenas durante quatro meses na primeira classe.


Kalupeteca fundou o que chamou a sua igreja, A Luz do Mundo, em meados de 2016,
apôs desentender-se com a Igreja Adventista do Sétimo Dia, em que chegou a ser líder
da Juventude.

Depois dos confrontos no dia 16 de Abril de 2015, kalupeteca, e alguns dos seus
colaboradores, foram detidos no dia 17 do mesmo mês e ano, pela Polícia Nacional de
Angola ficando presos na Cadeia da Comarca do Huambo.
O “caso kalupeteca” teve como advogado de defesa o advogado David Mendes e juiz-
presidente da causa o jurista Afonso Pinto.

2- O advogado da causa, suas declarações e seu ponto de vista


sobre o caso
O advogado David Mendes prometeu defender em tribunal o líder da igreja Adventista
do Sétimo Dia a Luz do Mundo, José Julino kalupeteca, acusado pelo governo de ter
causado a morte de nove agentes da Polícia Nacional nas províncias de Benguela e
Huambo, no dia 16 de Abril de 2015.

Em declarações à VOA, Mendes confirmou que o processo foi remetido ao tribunal


mas desconhece o juiz que irá tratar o caso. Mendes desconfia que pode haver
interesse em direccionarem o processo para um determinado juiz.

“Não há até ao momento nenhum registo em que o kalupeteca e seus seguidores sem
réus, o quer dizer que, suspeitamos que o processo não será igual aos outros, ou seja,
pode não ser submetido ao sorteio”, denunciou Mendes. Com isso, o advogado espera
que tudo isso “não seja para submeter o processo a um juiz em concreto”.

Ainda de acordo com David Mendes, a sua equipa desconhece a fundamentação da


acusação contra kalupeteca, que, segundo soube, é considerado autor moral ou
material dos assassinatos dos polícias.

No dia 01 de Setembro de 2015, O filho de kalupeteca, Julino Tito, disse à VOA ter
visitado o pai na cadeia, que está bem e à espera do julgamento.

3-O julgamento
O primeiro dia do julgamento de José Julino kalupeteca, líder da seita religiosa “Sétimo
Dia a Luz do Mundo, foi marcado com a leitura das acusações da parte do Ministério
Público, constantes no processo que decorreu a partir do dia 18 de Janeiro do ano em
curso, no Tribunal Provincial do Huambo.

José Julino kalupeteca, com a referência de autor moral e mais dez membros da seita
religiosa a Luz do Mundo, como co-autores materiais, foram designados arguidos do
processo nº 141/2015, em que são arrolados os acontecimentos da aldeia de Kaluei,
no município de Cunhinga (Bié) e no monte de Sumé, no município da Caála (Huambo),
em Abril do ano transacto.

No mesmo processo, o Ministério Público acusa os co-arguidos, por co-autoria moral e


concurso real os crimes de homicídio qualificado sob forma frustrada, homicídio
qualificado sob forma consumada, crime de desobediência, de danos materiais, de
resistências e de posse ilegal de arma de fogo, previstos e puníveis pelo Código Penal e
legislação avulsa vigente.

No processo acusatório apresentado ao juiz da causa, Afonso Pinto, o Ministério


Público refere que as responsabilidades de alguns arguidos são agravadas e de outros
atenuadas pelas circunstâncias constantes no artigo 39º do Código Penal.

Durante a sessão, o juiz da causa ouviu a contestação das acusações por parte da
defesa.

Questionado sobre quantos fiéis encontravam-se no monte Sumé, kalupeteca disse


que “inicialmente eram 700 pessoas, mas, depois de o governo ter orientado o fim das
suas actividades, apenas ficaram alguns obreiros, viúvas e crianças” que tinham como
principal ocupação a agricultura.

Ainda no processo são arrolados como declarantes dos factos ocorridos no monte
Sumé, Joaquim Pereira, Miguel Somakessenje, Victor Chissingui, Luciao António Clara,
Francisco Candumbu, Augusto Sambo.

São também declarantes, Tomas Alberto Daniel, Filipe João Quissingui, João da Silva
Dinis, Higino Capiñgala, Benfica João, Pedro Nambongue Chissanga, entre outros.

Durante a fase de inquérito e instrução preparatória, o Ministério Público ouviu 89


seguidores de kalupeteca, dos quais 79 foram postos em liberdade por não se ter
provado o envolvimento dos mesmos nos crimes alegados no processo.

As acusações deduzidas pelo Ministério Público, de acordo com o processo, assentam-


se nas provas documentais, provas materiais e fotos tábuas ilustradas. De referir que o
incidente ocorrido no monte Sumé, resultou na morte de nove agentes da Polícia
Nacional, por elementos afectos a seita religiosa do Sétimo Dia a Luz do Mundo,
quando os efectivos cumpriam um mandado de captura contra o líder da organização,
emitido pela Procuradoria-geral da República no Bié.

Entre as vítimas consta o comandante da corporação da Caála, superintendente-chefe


Evaristo Catumbela, o chefe das operações da Polícia de Intervenção Rápida nesta
província, intendente Luhengue Joaquim José, e o instrutor da Polícia de Intervenção
Rápida, sub-inspector Abel do Carmo.

Foram ainda assassinados, o 1º sub-chefe João Nunes, os agentes Luíz Sambo, Castro
Hossi, Manuel Lopes e Afonso António, assim o delegado do Serviço de Inteligência e
Segurança Interna do município da Caála, António Afonso
4- A sentença dos arguidos
O tribunal do Huambo condenou em, Fevereiro de 2016, o líder da seita religiosa
angolana “A Luz do Mundo”, Julino kalupeteca, a uma pena de 28 anos de cadeia pelo
homicídio de nove polícias, em Abril de 2015. Além de Kalupeteca, sete dos seus
seguidores foram condenados a pena de 24 anos de cadeia e outros dois a 16 anos,
segundo a sentença conhecida ao início da tarde.

A condenação apanhou de surpresa os advogados de defesa, que recordaram que o


código penal angolano apenas permite penas efectivas de cadeia de até 24 anos.

No processo, a acusação do Ministério público do regime concluiu que antes do crime,


que aconteceu a 26 de Abril de 2015, quando se deram os confrontos que levaram à
morte, segundo a versão oficial de nove polícias e 13 fiéis, no Huambo, os elementos
daquela igreja ilegal preparam machados, facas, mocas para atacar os “inimigos da
seita ou mundanos”

O casomarcou a actualidade internacional em 2015, com as denúncias da oposição


angolana e de algumas organizações – sempre negadas pelo Governo – apontando a
morte de sentenas de seguidores daquela seita nos confrontos com a polícia no monte
sumé, Huambo.

Durante o julgamento, que decorreu em Janeiro e Fevereiro deste ano, o líder da seita
e principal visado deste processo, José Julino Kalupeteca, também conhecido como
“profeta” pelos seus seguidores e que advogava o fim do mundo em 2015, recusou a
autoria dos confrontos ou dos actos de violência que terminaram com a morte dos
agentes da polícia, que tentavam prender, na altura.

Em prisão preventiva há praticamente um ano, Kalupeteca, de 46 anos, foi o principal


visado dos dez acusados e estava indiciado pela co-autoria material de nove crimes de
homicídio qualificado consumado, crimes de homicídio qualificado frustrado e ainda
de desobidiência, resistência e posse ilegal de arma de fogo.

Como é hábito no nosso país, não funciona a regra “in dúbio pro reo” (na dúvida, a
favor do réu). Aliás, ninguém no regime tem dúvidas sobre o que quer que seja. Por
alguma razão o princípio do regime é “até prova em contrário todos são… culpados”.
Conclusão
Depois de muita pesquisa feita e uma abordagem rigorosa debruçada sobre o tema o
caso kalupeteca, conclui que o “caso kalupeteca” foi um caso jurídico no qual o líder, e
mais seus colaboradores, da extinta seita religiosa “Luz do Mundo”, são acusados pelo
Ministério Público de terem assassinado agentes da polícia nacional, num confronto
ocorrido a 16 de Abril de 2015, e de outros delitos. José Julino kalupeteca, líder da
extinta seita religiosa, é o principal arguido do processo.

Concluí também que no processo acusatório, o Ministério Público acusa os co-


arguidos, por co-autoria moral e concurso real os crimes de homicídio qualificado sob
forma frustrada, homicídio qualificado sob forma consumada, crime de desobediência,
de danos materiais, de resistências e de posse ilegal de arma de fogo, previstos e
puníveis pelo Código Penal e legislação avulsa vigente. As acusações deduzidas pelo
Ministério Público, de acordo com o processo, assentam-se nas provas documentais,
provas materiais e fotos tábuas ilustradas.

Ainda concluí que o tribunal do Huambo condenou em, Fevereiro de 2016, o líder da
seita religiosa angolana “A Luz do Mundo”, Julino kalupeteca, a uma pena de 28 anos
de cadeia pelo homicídio de nove polícias, em Abril de 2015. Além de Kalupeteca, sete
dos seus seguidores foram condenados a pena de 24 anos de cadeia e outros dois a 16
anos, segundo a sentença conhecida ao início da tarde.
Bibliografia
 www.voaportugues.com/a/agentes-da-policia-ouvidos-hoje-no-caso-
kalipeteca/316163

Domingo, 01/05/2016, as 07h

 www.voaportugues.com/a/kalupeteca-lider-religioso-que-nao-usa-telefone-
nem-a-escrita

Domingo, 01/05/2016, as 10h

 www.voaportugues.com/a/condenacoes-acusacoes-e-duvidas-no-caso-
kalupeteca/272696

Segunda-feira, 02/05/2016, as 20h

 Club-k.net/índex.php?option=com_content&view=article&id=20914

Segunda-feira 02/05/2016, 20h

 www.angoadventistas.com/category/noticias/?print=print-search

Quinta-feira 05/05/2016, 10h

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