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O Princípio Publicidade

O princípio da publicidade exerce duas funções: a primeira busca dar o


conhecimento do ato administrativo ao público, a segunda busca a
transparência da administração pública, de modo a permitir o controle social
dos atos administrativos, sobre a segunda a Constituição Federal determina
que:

“Art 37, §1º "A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas
dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação
social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos"
Portanto a Constituição impõe ao Estado o dever de dar a satisfação a
sociedade sobre de seus ato, sendo assim um instrumento de
transparência para eles.
O texto Constitucional veda a promoção pessoal, sendo elas na publicidade
institucional, a utilização de nomes, símbolos ou imagem de autoridades ou
servidores públicos, caso contrário sofrerá condenação, as penas da Lei de
Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992).

Também, pode-se encontrar o referido princípio contido no artigo 5º, inciso LX


da Constituição Federal. Onde:

Art. 5º. Omissis

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a


defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 93, inciso IX, traz


expressamente a determinação de que todos os julgamentos dos órgãos do
Poder Judiciário serão públicos, sob pena de nulidade.

1. Princípio da Inafastabilidade do Controle Jurisdicional

O princípio da inafastabilidade da jurisdição tem previsão no 5º, inciso XXXV


da Constituição Federal vigente, que dispõe:

“A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a


direito”.
Esse princípio deixa claro que cabe ao Poder Judiciário o monopólio da
jurisdição e assegurar a todos aqueles que se sentirem lesados ou
ameaçados em seus direitos o ingresso aos órgãos judiciais.

Esse princípio proporciona as partes litigantes igualdade de condição, sendo


do cidadão menos culto até o legislador.

O princípio da inafastabilidade é um direito fundamental à efetividade do


processo, essa necessidade de uma justiça correta é um dos principais
problemas atualmente enfrentado pelo Poder Judiciário, pois a justiça tarda, é
incoerente, acaba equivocando uma injustiça na sociedade.

Berto e Ribeiro (2005) pronunciam-se na intenção de favorecer a celeridade e


o acesso á justiça, no sentido:

"O princípio da inafastabilidade, assim como o devido processo legal, objetiva


fazer com que o Estado crie novas formas de solução de litígios, céleres,
desburocratizadas e desvinculadas de ordenamentos ultrapassados que
interditam o livre acesso à justiça; isso quer dizer que todos têm acesso à
justiça para postular tutela preventiva ou reparatória; na verdade é o direito de
ação, que todos possuem, quando sentirem-se lesados".

Diante disse, no Brasil somente o Poder Judiciário, pode declarar o direito.

2. Princípio da Lealdade Processual ou Boa-fé

O princípio da lealdade processual deriva da “boa-fé”, e exclui a fraude


processual, todas as imoralidades, que possa trazer prejuízo em algum feito,
sendo a eliminação dos conflitos existentes entre as partes,

O Código de Processo Civil registra que todos que, de alguma forma participam
do processo, tem o dever de atuar com lealdade processual descrita no Art.14,
caput e inciso II , sejam eles juízes, promotores, partes, advogados, peritos,
serventuários da Justiça e testemunhas.

Institui o Código de Processo Civil .

Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma
participam do processo: (Redação dada pela Lei nº 10.358, de 27.12.2001)

II - proceder com lealdade e boa-fé;

Se houver descumprimento do ato, haverá ilicitude processual


(compreendendo o dolo e a fraude processual), ao qual correspondem sanções
processuais também previstas no Código de Processo Civil.
Desta forma, este princípio impõe a atuação moral das partes, sem agir de
maneira fraudenta.

3. Princípio da Motivação das Decisões

É uma garantia das partes, sendo o princípio do livre convencimento do juiz,


surge a necessidade da motivação das decisões judiciárias

Esse princípio é consitutucional, descrita no Art 93, IX da Constituição Federal


e no Art 11 do novo CPP

“Todos os julgamentos do poder judiciário, serão publicadas e motivadas as


suas decisões , sob pena de nulidade”

Esse princípio acarreta a dignidade da pessoa humana, como também o da


ampla defesa, do contraditório e aos recursos a eles interligados.

A lei limita a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus


advogados, nos casos onde a preservação do direito à intimidade do
interessado, não prejudique o interesse público à informação.

A razão inicial é o controle da imparcialidade dos julgadores, pois sem essa


motivação não haveria como verificar o magistrado se sua decisão foi imparcial
ou não.

Essa motivação também é importante para que as partes possam identificar os


erros judiciais, e desse modo utilizar recursos para contestar a objetividade e
eficácia.

4. Princípio da Oralidade

A oralidade permite um contato direto entre o órgão judicial e as pessoas


envolvidas no processo. (ALMEIDA, 2013, p. 38)

O princípio da oralidade determina que certos atos devem ser praticados


oralmente, ou seja, a palavra expressamente dita prevalece sobre as
circunstâncias, esse princípio é relacionado como um fundamento da
produção de provas para a convicção do juiz.

Existem três tipos de procedimento: o oral, o escrito e o misto uma combinação


de ambos e também o mais comum, adotado pelo sistema jurídico brasileiro,
nas relações jurídicas.

O procedimento escrito ainda prevalece, mas a fala é uma forma mais


relevante para convencer o magistrado, como os depoimentos que ocorrem em
audiência, debates e sessões de julgamento.
Nos Juizados Especiais Cíveis, o procedimento adotado é o da Oralidade que
constitui um dos seus princípios norteadores.

Esse princípio busca a participação ativa e o contato direto das partes, como as
provas por elas produzidas (imediação), com o julgador.

O princípio permite que as provas sejam realizadas perante o juiz, com direito a
testemunhas.

5. Princípio da Iniciativa das Partes

O princípio da iniciativa das partes é assinalado pelos axiomas latinos nemo


judex sine actore e ne procedat judex ex officio, 0u seja o juiz não pode iniciar
o processo sem a provocação da parte interessada sendo dito, não há juiz
sem autor.

O Código de Processo Penal, prevê que ação penal pública deve ser
promovida pelo Ministério Público, através da denúncia, e que a ação penal
privada deve ser promovida pelo ofendido ou por quem representá-lo, mediante
queixa.

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do
Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do
Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver
qualidade para representá-lo.

Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá


intentar a ação privada.

6. Princípio do Impulso Oficial

Cabe ao juiz e ao seus auxiliares zelar para que o processo tenha andamento,
impulsionando-o até atingir o seu desfecho, se o processo ficar paralisado, o
Superior Tribunal de Justiça tem exigido que a extinção seja requerida pelo réu,
Mas se o réu não o requerer, o processo ficará paralisado por um ano, e então
o juiz poderá decretar-lhe a extinção, na forma do artigo 485, II, do CPC

Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das
partes;

7. Princípio da Legalidade
da legalidade é a base de qualquer Estado Democrático de Direito e um dire O
princípio ito fundamental de cláusula pétrea, porque através desse princípio os
litígios não serão resolvidos com base na força, mas sim na lei, como inserida
no 5.º, II

“Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer senão em virtude de lei.”

Deixando claro que tanto a administração pública, quanto as particulares, só serão


obrigada a fazer ou deixar de fazer alguma coisa em virtude de lei.

Esse princípio não traz o mesmo perfil para ambos, pois a legalidade para os
particulares diz que, ao atuarem, poderá fazer tudo aquilo que a lei não proíbe, ou
seja, eles têm uma liberdade muito maior porque não precisam de uma lei prévia
autorizadora, basta que não exista uma lei proibindo.

Já para a Administração Pública a legalidade significa que ela só poderá fazer aquilo
que a lei expressamente determina, para que o poder público possa editar um ato ele
precisa ter uma lei anterior autorizando.

Por isso a Administração Pública é subordinada a lei.

A importância deste princípio pode ser vista no direito penal onde se observa que não
existe crime sem lei anterior que o defina e nem pena sem prévia cominação legal

8. Princípio da Bilateralidade da Audiência

É o preceito indicado pela Constituição Federal em seu art. 5º, inc. LV garante
aos litigantes no processo judicial ou administrativo o direito ao contraditório e à
ampla defesa.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em


geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes;

É garantido ao demandado a tomada de conhecimento e o direito de defesa


para que se manifeste em ação promovida em juízo em seu desfavor.

É importante haver um debate sobre determinadas questões, para obter pleno


convencimento motivador da decisão que encerra a demanda, sendo aceitável
o adiantamento deste princípio para proporcionar ao caso concreto
apresentado ao juízo, diante de circunstância própria, prestação jurisdicional
efetiva e pontual.
Ovídio A. Baptista da Silva e Fábio Luiz Gomes explicam na Obra “Teoria
Geral do Processo Civil” 5ª ed. Página 51:

"O princípio do contraditório, ou da bilateralidade da audiência dá expressão a


um princípio de natureza constitucional do direito brasileiro, que é o direito de
defesa, ou direito ao devido processo legal, consubstanciado no art. 5º, LV, da
Constituição Federal."

9. Princípio da Verdade Formal

Verdade formal a que resulta do processo, embora possa não encontrar exata
correspondência com os fatos, como aconteceram historicamente.
Referências

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

CONSTITUIÇÃO DEFERATIVA DA REPÚBLICA DO BRASIL

NOVO CÓDIGO DO PROCESSO PENAL

WWW.ADPMENT.COM.BR

WWW.ANANICOLAU.BLOGSPOT.COM

WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR

WWW.JUSBRASIL.COM.BR

WWW.MONOGRAFIAS.BRASILESCOLA.UOL.COM.BR

WWW.PASSEIDIRETO.COM.BR

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