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O modelo constitucional de processo civil

Introdução

O art. 1º do nosso Código de Processo Civil - CPC, estabelece que o


“processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as
normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do
Brasil” (art. 1º, CPC/2015). Tal texto está localizado na parte geral do mencionado
código, donde é possível localizar também outras disposições jurídicas fundamentais
como o princípio dispositivo e impulso oficial (art. 2º, CPC/2015), direito de ação e
tutela eficiente (arts. 3º e 4º, CPC/2015), solução extrajudicial dos conflitos (§§ 1º a
3º, do art. 3º, CPC/2015), igualdade (art. 7º, CPC/2015), lealdade e boa-fé (arts. 5º e
6º, CPC/2015), fim social do processo (art. 8º, CPC/2015), contraditório e ampla
defesa (arts. 9º e 10, CPC/2015), publicidade e motivação (art. 9º CPC/2015),
reforçando, deste modo, princípios já estabelecidos na Constituição Federal.

Estas são as chamadas normas fundamentais constantes no código de


processo civil. Neste artigo, nos ocuparemos de realizar breves incursões em cada
um dos temas constitucionais que devem ser aplicados na jurisdição civil, de modo a
evidenciar a forte conexão existente entre o referido código e a força normativa e
vinculante de nossa vigente Constituição Federal.

1.) Acesso formal à justiça, ou, inafastabilidade da jurisdição

O art. 5.º, XXXV, da CF preceitua que a lei não excluirá da apreciação do


Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Conforme Cassio Scarpinella Bueno:

“A compreensão de que nenhuma lei excluirá ameaça ou lesão


a direito da apreciação do Poder Judiciário deve ser entendida
no sentido de que qualquer forma de “pretensão”, isto é,
“afirmação de direito” pode ser levada ao Poder Judiciário para
solução. Uma vez provocado o Estado-juiz tem o dever de
fornecer àquele que bateu às suas portas uma resposta,
mesmo que seja negativa, no sentido de que não há direito
nenhum a ser tutelado ou, bem menos do que isso, uma
resposta que diga ao interessado que não há condições
mínimas de saber se existe, ou não, direito a ser tutelado,
isto é, que não há condições mínimas de exercício da
própria função jurisdicional, o que poderá ocorrer por
diversas razões, inclusive por faltar o mínimo
indispensável para o que a própria CF exige como devido
processo legal”.1

Com outras palavras, ao referir-se tanto à lesão quanto à ameaça, deixa claro
a Constituição que a jurisdição deve realizar o Direito, restaurando a ordem jurídica
violada ou evitando que tal violação ocorra, através de procedimento ordenado para
esse fim.2

2.) Dignidade da pessoa humana

Ainda, temos a dignidade da pessoa humana, pois, a Constituição


estabelece esta como um dos fundamentos da República Federativa do Brasil (cf.
art. 1.º, III da CF). Tanto assim o é que, nos termos do art. 8.º do CPC/20, o juiz
deve orientar-se pela defesa e promoção da dignidade da pessoa humana. Trata-se
de reprodução, na lei processual, de comando previsto na referida norma
constitucional.

Assim, o indivíduo tem o direito de receber uma resposta efetiva e célere do


Estado quando se sentir lesado em suas prerrogativas, cabendo também a este
(Estado) concretizar, no caso concreto, este preceito constitucional fundante.

3.) Fins sociais do direito e bem comum

Também de acordo com o art. 8.º do CPC/2015, deve o juiz atender "aos fins
sociais e à exigência do bem comum" ao aplicar o direito. Tal artigo ajusta-se ao que
1 BUENO, Cassio Scarpinella. Curso Sistematizado de Direito Processual Civil, vol. 1 : teoria geral
do direito processual civil : parte geral do código de processo civil [livro eletrônico]. 10ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2020.

2 MEDINA, José Miguel Garcia. Curso de Processo Civil Moderno. 5.ed.rev., atual e ampl. - São
Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2020. p.128.
dispõe à Constituição, que, além de erigir a dignidade da pessoa humana como
fundamento da República Federativa do Brasil (art. 1.º, III, da CF), dispõe que um de
seus objetivos é o de "construir uma sociedade livre, justa e solidária" (art. 3.º, I, da
CF). Trata-se, pois, de dar concretude ao que impõe as normas constitucionais.

4.) Eficiência

Conforme previsto no art. 8.º do CPC/2015, o juiz deve observar a eficiência,


o que reproduz em parte algo que, na Constituição, encontra-se destacado em
capítulo dedicado à Administração Pública (art. 37 da CF).

O CPC/2015 dispõe que incumbe o juiz de ordenar as causas, a fim de que


seja respeitada determinada ordem de julgamento (cf. art. 12 do CPC/2015). Nesse
ponto, tal como um administrador, deve ele se organizar e realizar os atos de modo
a alcançar o melhor resultado possível com os meios disponíveis.

A ideia de eficiência aspira a que algo seja realizado de modo a propiciar um


grau máximo de satisfação.

5.) Devido processo legal

Conforme os ensinamentos doutrinários do emérito professor Cassio


Scarpinella Bueno:

“Se o princípio do acesso à Justiça representa,


fundamentadamente a ideia de que o Judiciário está aberto,
desde o plano constitucional a quaisquer situações de
ameaças ou lesões de direito, o princípio do devido processo
legal volta-se, basicamente, a indicar as condições mínimas em
que o desenvolvimento do processo, isto é, o método de
atuação do Estado – juiz para lidar com a afirmação de uma
ameaça ou lesão de direito, deve se dar” 3.

3 BUENO, Cassio Scarpinella. Curso Sistematizado de Direito Processual Civil, vol. 1 : teoria geral
do direito processual civil : parte geral do código de processo civil [livro eletrônico]. 10ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2020.
Entre as garantias fundamentais, a Constituição Federal estabelece o direito à
inafastabilidade da tutela jurisdicional (art. 5.o, XXXV), à ampla defesa e ao
contraditório (art. 5.o, LV), à duração razoável do processo (art. 5.o, LXXVIII) e, em
outras disposições, refere-se a mais princípios, como o da motivação das decisões
judiciais (art. 93, IX). Há ainda princípios que, embora não digam respeito
exclusivamente ao processo, mostram-se, nesta seara, fecundos de consequências,
tal como ocorre com o princípio da isonomia (art. 5.º caput, I da CF). Esses
princípios e garantias, como se disse, decorrem da cláusula do devido processo
legal, também textualmente referida no art. 5º, LIV da CF. O CPC/2015 reproduz
muitas dessas disposições, em seus primeiros artigos.

6.) Inércia da jurisdição, demanda e impulso oficial

Tendo-se iniciado por provocação das partes, o processo desenvolve-se "por


impulso oficial" (art. 2.º do CPC/2015). O início do processo é condicionado à
demanda da parte. Está-se, aqui, diante de uma das relações de status: confere-se
à pessoa a faculdade de agir em juízo, condicionando-se o início da atividade
jurisdicional e, ao exercer o direito de demandar, a parte reclama a prestação
jurisdicional que lhe deve ser conferida pelo Estado.

O início do processo é condicionado à demanda da


parte. Está-se, aqui, diante de uma das relações de status:
confere-se à pessoa a faculdade de agir em juízo
condicionando-se o início da atividade jurisdicional (status
libertatis), e, ao exercer o direito de demandar, a parte reclama
a prestação jurisdicional que lhe deve ser conferida pelo
Estado (status positivo)4.

Portanto, verifica-se o aspecto constitucional do referido dispositivo quando


analisado sob a ótica da teoria dos direitos fundamentais.

7.) Contraditório e ampla defesa

Está-se diante de decorrência do princípio da isonomia (art. 5.º, caput e


II da CF; art. 7.º do CPC/2015), já que, se o juiz decidir apenas com base no

4 MEDINA, José Miguel Garcia. Curso de Processo Civil Moderno. 5.ed.rev., atual e ampl. - São
Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2020. p.130.
que uma das partes tiver argumentado, dará a elas tratamento desigual.

A garantia do contraditório, no entanto, é mais ampla, e compreende também


o direito de influir decisivamente nos destinos do processo. Há, pois, o direito de se
manifestar, de ser ouvido, mas, também, o de ter suas manifestações levadas em
consideração. Veda-se, nesse contexto, a prolação de decisões com surpresa para
as partes, disso tratando o art. 10 do CPC/2015. De acordo com as lições de Fredie
Didier Jr:

“O princípio do contraditório pode ser decomposto em duas


garantias: participação (audiência, comunicação, ciência) e
possibilidade de influência na decisão.

A garantia da participação é a dimensão formal do princípio do


contraditório. Trata-se da garantia de ser ouvido, de participar
do processo. Esse é o conteúdo mínimo do princípio do
contraditório e concretiza a visão tradicional a respeito do tema.
De acordo com esse pensamento, o órgão jurisdicional dá
cumprimento à garantia do contraditório simplesmente ao dar
ensejo à ouvida da parte.

Há porém, ainda, a dimensão substancial do princípio do


contraditório. Trata-se do “poder de influência”. Não adianta
permitir que a parte simplesmente participe do processo.
Apenas isso não é o suficiente para que se efetive o princípio
do contraditório. É necessário que se permita que ela seja
ouvida, é claro, mas em condições de poder influenciar a
decisão do órgão jurisdicional”5.

Deve ser reconhecido às partes o direito de participar ativamente no


procedimento de tomada da decisão judicial. Tal participação consiste em poder
influir decisivamente nos destinos do processo.

Desta forma, o princípio do contraditório concretiza-se através da participação


das partes no processo, e do diálogo que deve ter o órgão jurisdicional com as
partes, sendo que, como uma das consequências do princípio, o órgão jurisdicional
5 DIDIER JR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil: Introdução ao Direito Processual Civil, Parte
Geral e Processo do Conhecimento.22.ed. - Salvador: Ed. Jus Podivm, 2020, p.111
não pode proferir decisão com surpresa para as partes.

Já a ampla defesa pode constitui-se como o direito do demandado:

O direito de defesa – com os meios e recursos a ela


inerentes – grava todo e qualquer processo. Jurisdicional ou
não, estatal ou não, o direito de defesa se impõe como núcleo
duro que contribui para a legitimação da imposição da tutela
jurisdicional ao demandado. O direito à ampla defesa
determina: (i) a declinação pormenorizada pelo autor da
demanda das razões pelas quais pretende impor
consequências jurídicas ao demandado; (ii) a adoção de
procedimento de cognição plena e exauriente como
procedimento padrão para tutela dos direitos e para
persecução penal; (iii) o direito à defesa pessoal e à defesa
técnica no processo penal; e (iv) o direito à dupla cientificação
da sentença penal condenatória.
A declinação pormenorizada pelo autor da demanda
das razões pelas quais pretende impor consequências jurídicas
ao demandado constitui condição para que o demandado
possa compreender os motivos que levaram o autor à
propositura da ação e possa elaborar de forma adequada sua
defesa. 6

Para Scarpinella Bueno:

[...] é correto discernir o princípio do contraditório do da


ampla defesa, emprestando àquele a concepção de
“participação”, de “cooperação”, de “colaboração”, reservando
para a ampla defesa o conteúdo aqui discutido. A não se
pensar dessa forma, a função dos princípios restaria
apequenada, o que contrariaria a sua própria razão de ser e,
superiormente, o art. 5º, § 1º, da Constituição Federal.

Assim, importa entender a ampla defesa como a

6 SARLET,, Ingo Wolfgang. MARINONI, Luiz Guilherme. MITIDIERO, Daniel. Curso de direito
constitucional[livro eletrônico]. 8. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019.
garantia ampla de todo e qualquer acusado em sentido amplo
(que é nomenclatura mais empregada para o direito processual
penal) e qualquer réu (nomenclatura mais utilizada para o
direito processual civil) ter condições efetivas, isto é, concretas,
de responder às imputações que lhe são dirigidas antes que
seus efeitos decorrentes possam ser sentidos. Alguém que
seja acusado de violar ou, quando menos, de ameaçar violar
normas jurídicas tem o direito de se defender amplamente.
A amplitude dos meios de defesa está sublinhada pelo
próprio inciso LV do art. 5º da Constituição Federal, que se
refere aos “recursos a ela inerentes”7

Portanto, o direito de defesa é direito à resistência no processo e, à luz da


necessidade de paridade de armas no processo, deve ser simetricamente construído
a partir do direito de ação8.

8.) Isonomia processual

Rege-se o processo pelo princípio constitucional da isonomia (art. 5.º, caput e


I, da CF), devendo o juiz assegurar às partes igualdade de tratamento (art. 139, I,
do CPC/2015). Liga-se o princípio de um lado, à ideia de que o juiz deve atuar de
modo imparcial, em relação às partes. O CPC/2015, a respeito, dispõe que é
assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e
faculdades processuais (art. 7º).

9.) A Boa-fé objetiva

A proteção à boa-fé objetiva é postulado imposto pelo sistema normativo,


estendendo-se por todas as áreas do direito. Trata-se de uma "norma de conduta",
em razão da qual se impõe àqueles que participam de uma relação jurídica um agir
pautado pela lealdade.
Como corolário da proteção à boa-fé objetiva, o exercício abusivo de uma

7 BUENO, Cassio Scarpinella. Curso Sistematizado de Direito Processual Civil, vol. 1 : teoria geral
do direito processual civil : parte geral do código de processo civil [livro eletrônico]. 10ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2020.

8 Ibidem.
posição jurídica deve ser reprimido. O abuso ocorre quando se excederem
manifestamente os limites próprios do exercício de um direito.

O princípio deve ser observado também pelo órgão jurisdicional. É que,


agindo em desconformidade à boa-fé objetiva, viola-se o princípio da confiança no
ordenamento jurídico e, consequentemente, perde-se a segurança jurídica almejada
no art.5º inciso XXXVI, já que, uma vez despertada a legítima confiança, espera-se
um comportamento em sintonia com o procedimento até então manifestado.

10.) Razoável duração do processo

Assegura-se o direito à razoável duração do processo, bem como a meios


que garantam que sua tramitação se dê celeremente (CF, art. 5.º, LXXVIII e
CPC/2015, art. 4.º). Só pode ser considerada eficiente a tutela jurisdicional se
prestada tempestivamente, e não tardiamente.

A garantia de razoável duração do processo constitui desdobramento do


princípio estabelecido no art. 5.o, XXXV da CF, já que a tutela a ser realizada pelo
Poder Judiciário deve ser capaz de realizar, eficientemente, aquilo que o
ordenamento jurídico material reserva à parte.

11.) Publicidade e Fundamentação das Decisões

A publicidade dos atos processuais é garantia prevista no art. 5.º, LX, da


Constituição, segundo o qual "a lei só poderá restringir a publicidade dos atos
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem". Esse
comando é repetido de modo mais detalhado no art. 93, IX, da CF, que estabelece
que pode "a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a
seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito
à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à
informação".

A ressalva constante do final do art. 93, IX, da CF diz respeito aos limites do
direito de preservação da intimidade (art. 5.º, X, da CF), que poderá ceder quando
houver "interesse público à informação", a que se refere também o art. 5.º, XIV, da
CF.
No CPC/2015, o tema é versado nos arts. 11 e 189, dentre outros. Ressalte-
se que a própria CF admite que a lei venha a restringir a publicidade dos atos
processuais com relação a terceiros estranhos ao processo, quando o exigirem a
defesa da intimidade ou o interesse processual (art. 5, LX).

Ainda, e não menos importante do que dar publicidade aos atos processuais
(estando entre estes as decisões judiciais), é saber as razões que levaram o
julgador a decidir de um determinado modo. A fundamentação, além de uma “mera
exposição de motivos”, serve também como uma forma de controle para a parte,
pois, ao averiguar que determinada decisão está em desconformidade com a
Legislação infra e/ou constitucional, a mesma poderá exercer um outro Direito tão
Fundamental quanto, estampado no próprio artigo 3º do CPC 2015, qual seja, o de
“que não se excluirá da apreciação judicial lesão ou ameaça a direito”, uma vez que
a parte inconformada poderá recorrer às instâncias superiores no que não
concordarem em uma sentença ou, em um acórdão. Desta forma, verifica-se a
intrinsecabilidade constitucional entre o art.11º do CPC e o artigo 93 inciso IX da
Constituição Federal.

12.) Cooperação Processual

O art 6º trata do princípio da cooperação, querendo estabelecer um modelo


de processo cooperativo, inspirado na CF, com ampla participação dos sujeitos
processuais, do início ao fim da atividade jurisdicional.
A cooperação prevista no dispositivo mencionado deve ser praticada por
todos os sujeitos do processo. Não se trata de envolvimento apenas entre as partes
(autor e réu) e de seus procuradores, mas os membros da advocacia pública,
defensoria e eventuais terceiros intervenientes, bem como o magistrado e os
membros do Ministério Público.

CONCLUSÃO

Conforme visto neste trabalho, devido a força normativa irradiadora da


Constituição Federal, os clássicos institutos de direito processual civil são pensados
a partir da constitucionalização sofrida por todo ordenamento jurídico pátrio.
Portanto, na contemporaneidade, referidos institutos devem ser aplicados a partir
destas “veredas constitucionais”. Não que antes não houvesse quem pensasse
desta forma. Só que agora, com a expressa positivação do artigo 1º do ordenamento
processual objeto deste artigo, evidencia-se o (necessário) protagonismo que nossa
carta política assume no atual Estado Democrático de Direito em que vivemos.

BIBLIOGRAFIA

MEDINA, José Miguel Garcia. Curso de Processo Civil Moderno. 5.ed.rev., atual e
ampl. - São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2020.

SARLET, Ingo Wolfgang. MARINONI, Luiz Guilherme. MITIDIERO, Daniel. Curso de


direito constitucional[livro eletrônico]. 8. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019.

BUENO, Cassio Scarpinella. Curso Sistematizado de Direito Processual Civil, vol.


1 : teoria geral do direito processual civil : parte geral do código de processo civil
[livro eletrônico]. 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 2020.

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