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Judiciárias
Abraão Jordão Gregório Mota
ht
Cícero Filho Tavares
Cindy Mariel de Souza Cabral
Elson Martiniano de Lima Filho
Fernanda Cabral Martins
Hudson Andrade Viana
Jair Carlos
Josigley Melo de Oliveira
Pedro Henrique Alves de Carvalho
Renato de Lima Dantas Caldas
Yago Marinho Guedelha
Relação Triangular da Justiça
• Juiz – Órgão do Poder Judiciário - Art. 92, I ao VII, CF/88 e Art. 1º, I ao VIII, LC 35/79
(LOMAN)
• Ministério Público – Função Essencial à Justiça - Art. 127, caput, CF/88 e Art. 1º, caput, Lei nº
8.625/93 (LOMP)
• Advogado – Função Essencial à Justiça – Art. 133, CF/88 e Art. 2º, caput, Lei nº 8.906/94
(Estatuto da OAB)
IMPEDIMENTO:
● Participação do Juiz é vedada. (A lei presume a parcialidade)
SUSPEIÇÃO:
● Teoricamente o risco da parcialidade é menor.
RELACIONAMENTO DO ADVOGADO COM
O JUIZ: POSSÍVEIS CAUSAS DE SUSPEIÇÃO E
IMPEDIMENTO.
CAUSAS DE IMPEDIMENTO ENVOLVENDO ADVOGADOS -
(CPC/2015)Art. 144: Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas
funções no processo:
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro
do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge,
companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o
terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
“[…] pois se o juiz é escrupuloso e possuidor de sólido caráter, tem tanto medo
que a amizade possa inconscientemente induzi-lo a ser parcial em prol do
cliente do amigo, que é naturalmente levado, por reação, a ser injusto contra
ele”.
(Eles, os juízes, vistos por nós, os advogados, 3ª ed., Lisboa, Clássica, 1960, p. 159 – Piero
Calamandrei).
RELACIONAMENTO DO ADVOGADO COM
O JUIZ: POSSÍVEIS CAUSAS DE SUSPEIÇÃO E
IMPEDIMENTO.
Suspeição: A atitude ética do Juiz e do Advogado perante as amizades.
Estatuto da Advocacia
(Lei nº8906/1994) Artigos 6º e 7º
Prerrogativas do Advogado
• Receber tratamento à altura da dignidade da advocacia. Não há hierarquia nem subordinação entre
advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratarem-se com
consideração e respeito recíprocos.
• Estar frente a frente com o seu cliente, até mesmo quando se tratar de preso incomunicável., sendo
resguardado o sigilo profissional.
• Ter a presença de representante da OAB quando preso em flagrante no efetivo exercício profissional.
Prerrogativas do Advogado
• Ter acesso livre às salas de sessões dos tribunais, inclusive ao espaço reservado aos
magistrados.
• Ter acesso livre nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de
justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da
hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares.
• Dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou
outra condição, observando-se a ordem de chegada.
• Sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância
judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido.
• Reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito
de lei, regulamento ou regimento.
• Permanecer, sentado ou em pé, bem como de se retirar, sem necessidade de pedir autorização a quem quer que seja.
• Ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los
pelos prazos legais.
Prerrogativas da Advogada
A Mulher Advogada tem um capítulo específico no art. 7º-A do Estatuto da Advocacia desbravando uma reflexão para o texto quanto às
gestantes, lactantes, adotantes e as mães que dão a luz.
§1º Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto perdurar, respectivamente, o estado gravídico
ou o período de amamentação.
§2º Os direitos assegurados nos incisos II e III deste artigo à advogada adotante ou que der à luz serão concedidos pelo
prazo previsto no art. 392 do Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho). 120 (cento e
vinte) dias.
Ética no Jogo Processual
1. A questão da falta de Ética
- Alexandre de Morais Rosa: Teoria dos Jogos e o Processo Penal.
Art. 7º, § 2º: “O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria,
difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de
sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a
OAB, pelos excessos que cometer.” (Vide ADIN 1.127-8)
Excessos no Exercício da Advocacia
Posicionamento do Superior Tribunal de Justiça
O excesso configura conduta ilícita, prevista no artigo 187 do Código Civil e enseja
reparação.
Excessos no Exercício da Advocacia
Precedente Judicial de Ação de Reparação Civil por Excesso no Direito de
Representação Contra Juiz (Acórdão do TJ/RS)
“Caso concreto em que o réu excedeu-se ao defender seus interesses (advogado em
causa própria), pois apresentou reclamação junto à Corregedoria Nacional de Justiça e
arguiu exceção de suspeição aduzindo acusação de parcialidade ao magistrado que
estaria favorecendo abertamente seu ex-procurador, pois Desembargador aposentado.
Conduta do profissional da advocacia que, indubitavelmente, pôs em xeque a
seriedade, a reputação e a idoneidade do magistrado. Evidenciados, portanto, o ato
ilícito do réu, o dano à moral do autor e o nexo causal entre eles, presente o dever de
indenizar.”
Excessos no Exercício da Advocacia
Precedente Judicial de Ação de Reparação Civil por Excesso no Direito de
Representação Contra Juiz (Acórdão do TJ/RS)
“O advogado, no exercício de sua profissão, indispensável à administração da justiça,
goza de imunidade quanto a suas manifestações em juízo ou fora dele (arts. 133 da CF
e 7º, § 2º, do EOAB). Isso, no entanto, não afasta a sua responsabilização quando
cometa excessos, sendo caso de incidência do disposto no art. 187 do CC.”
“Caso em que o autor [Juiz] não contribuiu para o agir excessivo do réu [Advogado]
que o atacou no que há de mais precioso para um magistrado – a sua imparcialidade.”
(TJ-RS - AC: 70073403768 RS, Relator: Carlos Eduardo Richinitti, Data de Julgamento:
13/09/2017, Nona Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 15/09/2017)
A DISCIPLINA ÉTICA DO
MINISTÉRIO PÚBLICO
AMPARO NORMATIVO:
Lei nº 8.625 de 1993 - Lei Orgânica do Ministério Público
Portaria nº 98 de 2017 - Código de Ética e de Conduta do Ministério Público
Lei Orgânica do Ministério Público
Art. 43. Dos Deveres e Vedações dos Membros do Ministério Público
IX - Tratar com urbanidade as partes, funcionários e auxiliares de
justiça
•“Não há lugar no foro para as iras, ódios, prevenções e vinganças. A Justiça
não se desenvolve pela rudeza nem pelos ressentimentos. Controvérsia não é
sinônimo de rixa pessoal. Ela se desenvolve na inteligência e na cultura e não
no campo de batalha. Busca-se a Justiça, que responde aos mais elevados
anseios da alma humana. As atitudes hão de condizer com a majestade da
Corte.” (FILHO, p. 265, 1975).
Lei Orgânica do Ministério Público
O Ministério Público e a Urbanidade na Ação Penal Pública
Lei Orgânica do Ministério Público
XII - Atender aos interessados, a qualquer momento, nos casos urgentes
Fonte: Jusbrasil
CASOS NOTICIADOS SOBRE DESAVENÇAS
ENTRE ADVOGADOS E AUTORIDADES
JUDICIÁRIAS
•A Lei prevê que o tratamento deve ser de igual para igual, os advogados (na
grande maioria) principalmente no começo da carreira, não tem tanta coragem
para combaterem ou se manifestarem na própria audiência.
•Ela peticionou tutela de urgência desde em 22.11.2017, tendo buscado contato, por reiteradas
vezes, com o juiz titular da 2ª Vara de Família da Comarca de Fortaleza/CE, Dr. Joaquim Solón
Mota Júnior, para explicar a urgência da situação e pleitear celeridade no caso.
CASOS NOTICIADOS SOBRE DESAVENÇAS
ENTRE ADVOGADOS E AUTORIDADES
JUDICIÁRIAS - CASO PRÁTICO I
•Ocorre que neste ínterim, uma das crianças, que sofria sérios problemas de saúde, veio a óbito, tendo
como causa: “asfixia por alimentos”, não havendo relação com a doença preexistente, conforme Laudo do
IML sob nº 718906/2017, Livro 1122, pagina 99, em anexo, motivo este que, conforme relatou a advogada,
justificava a urgência pleiteada e a necessidade em falar com o magistrado para despachar o pedido.
•O promotor confirmou à produção do MGTV que houve a confusão e que os dois envolvidos se
agrediram. Ele disse, também, que os dois passaram por exames de corpo de delito. O G1 entrou em
contato com advogado Leonardo Ferreira Nunes, que confirmou a versão apresentada à PM e disse que a
OAB tomará as medidas cabíveis.
CASOS NOTICIADOS SOBRE DESAVENÇAS
ENTRE ADVOGADOS E AUTORIDADES
JUDICIÁRIAS - CASO PRÁTICO II
•OAB e Procuradoria-Geral de Justiça
•A presidente da OAB, doutora Ângela Parreira de Oliveira Botelho, e o conselheiro seccional doutor
Robison Divino Alves, estiveram no local dos fatos. Por meio de nota, a entidade ressaltou que entre as
instituições de classe deve haver respeito recíproco e tratou a confusão como um caso isolado.
•Foi dito, também, que providências já estão sendo tomadas, em defesa da prerrogativa do advogado.
•A Procuradoria-Geral de Justiça informou que ainda não recebeu os documentos relativos à ocorrência.
Assim que os receber, tomará as providências cabíveis.
•Fonte: g1.globo.com/minas
CASOS NOTICIADOS SOBRE DESAVENÇAS
ENTRE ADVOGADOS E AUTORIDADES
JUDICIÁRIAS - CASO PRÁTICO III
•CNJ dá pena máxima a seis entre cada dez juízes que pune: a aposentadoria forçada.
Nenhum foi exonerado
•Criado em 2005 como órgão de controle da atuação administrativa e financeira do
Judiciário, bem como do cumprimento dos deveres funcionais dos magistrados, o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) puniu ao menos 100 juízes e desembargadores por
atos ilegais praticados durante o exercício da magistratura. As irregularidades
constatadas vão desde a venda de sentenças judiciais até a negligência na condução de
processos, entre outras violações ao Código de Ética da Magistratura.
CASOS NOTICIADOS SOBRE DESAVENÇAS
ENTRE ADVOGADOS E AUTORIDADES
JUDICIÁRIAS - CASO PRÁTICO III
•Em 13 anos, seis em cada dez juízes (62%) foram punidos com a pena
máxima, a aposentadoria compulsória, que nada mais é do que se aposentar
antes de cumprir o tempo de serviço, com os devidos rendimentos assegurados
de forma vitalícia e integral. Além dos 62 aposentados, 6 receberam
advertência, 14 foram censurados, 6 sofreram remoção compulsória e 12
foram postos em disponibilidade. Os dados foram repassados pelo próprio
CNJ ao Congresso em Foco.
CASOS NOTICIADOS SOBRE DESAVENÇAS
ENTRE ADVOGADOS E AUTORIDADES
JUDICIÁRIAS - CASO PRÁTICO III
•Não houve registro de exoneração nos cem processos. O quadro mostra
que as penalidades aplicadas nem de longe se assemelham às sanções sofridas
por um servidor público ou funcionário de empresa privada, por exemplo, que
pratica ato ilegal no ambiente de trabalho ou em função do cargo exercido.
•Fonte: Congressoemfoco.uol.com.br
Referências
• ALENCAR, Telsírio. OAB pede CNJ pena máxima a juiz que chamou advogada de
‘desqualificada. Disponível em:
<https://www.pautajudicial.com.br/noticia/oab-pede-cnj-pena-maxima-a-juiz-que-chamou-advogada-
de-desqualificada.html>. Acesso em: 06 Abr. 2019.
• CNJ dá pena máxima a seis entre cada dez juízes que pune: a aposentadoria forçada. Nenhum foi
exonerado. Disponível em:
<https://congressoemfoco.uol.com.br/especial/noticias/noticiascnj-%E2%80%9Cpuniu%E2%80%9
D-com-aposentadoria-62-dos-cem-juizes-processados-em-13-anos-do-orgao/>. Acesso em: 07 Abr.
2019