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AULA 01
2) JURISDIÇÃO
2.1) Características:
a) Substitutividade
b) Imperatividade
c) Indelegabilidade
d) Definitividade
e) Inafastabilidade
f) Inércia
2.2) Espécies:
à Jurisdição contenciosa e voluntária (art. 1º CPC)
Art. 1º A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o território nacional,
conforme as disposições que este Código estabelece
3) AÇÃO
É o meio utilizado para provocar a jurisdição, com objetivo de obter a tutela jurisdicional.
3.1) Natureza Jurídica
DIREITO SUBJETIVO PÚBLICO, exercido contra o Estado.
3.2) Condições da Ação
L egitimidade
I nteresse de agir:
P ossibildiade jurídica do pedido:
i) LEGITIMIDADE:
à REGRA: LEGITIMIDADE Ordinária: Pleitear em nome próprio, direito próprio.
Art. 6º CPC: Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei.
à EXCEÇÃO: LEGITIMIDADE Extraordinária ou Substituição processual: Pleitear em nome próprio,
direito alheio. Deve ter expressa autorização legal.
iii) POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO: É preciso que a pretensão formulada em juízo não
afronte o ordenamento jurídico.
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O PROCESSO
1) ELEMENTOS DO PROCESSO
O processo é composto por elementos subjetivos (sujeitos) e por elementos objetivos.
A) SUBJETIVOS:
- Partes (autor e réu)
- Órgão Jurisdicional (Juiz e Auxiliares da jurisdição)
- Ministério Público (atuação arts. 81 e 82 CPC.)
2) SUJEITOS DO PROCESSO
a) Partes e seus procuradores;
b) Ministério Público;
c) Juiz e seus auxiliares.
2.1) PARTES
a) Capacidade de ser parte: o indivíduo é titular de direitos e obrigações e, portanto, está legitimado
para defesa dos interesses em juízo.
2.2) PROCURADORES
Art. 133 CF. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
Art. 37. Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar em juízo. Poderá, todavia, em
nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição, bem como intervir, no processo, para
praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advogado se obrigará, independentemente de caução, a
exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável até outros 15 (quinze), por despacho
do juiz.
Parágrafo único. Os atos, não ratificados no prazo, serão havidos por inexistentes, respondendo o advogado
por despesas e perdas e danos.
à ELEMENTOS DA PROCURAÇÃO:
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Art. 38. A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, ou particular assinado pela
parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber citação inicial,
confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se
funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso.
Parágrafo único. A procuração pode ser assinada digitalmente com base em certificado emitido por
Autoridade Certificadora credenciada, na forma da lei específica."
Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo:
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade
II - proceder com lealdade e boa-fé
III - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de fundamento
V - não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou defesa do direito.
V - cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de
natureza antecipatória ou final.
Art. 15. É defeso às partes e seus advogados empregar expressões injuriosas nos escritos apresentados no processo,
cabendo ao juiz, de ofício ou a requerimento do ofendido, mandar riscá-las.
Parágrafo único. Quando as expressões injuriosas forem proferidas em defesa oral, o juiz advertirá o advogado que não as
use, sob pena de Ihe ser cassada a palavra.
Art. 16. Responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu ou interveniente.
Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que:
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
Vl - provocar incidentes manifestamente infundados
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o
valor da causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que
efetuou.
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§ 1 Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção do seu respectivo interesse na causa, ou
solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária.
o
§ 2 O valor da indenização será desde logo fixado pelo juiz, em quantia não superior a 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, ou
liquidado por arbitramento.
b) Por morte: qualquer das partes, o juiz determinará a suspensão do processo com a fixação de
prazo para substituição do morto por seu espólio ou seus sucessores (art. 43 CPC). Com a morte da
parte, ocorrerá automaticamente a extinção do mandato outorgado ao advogado que também perde
seus poderes nos autos.
Art. 43. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a substituição pelo seu espólio ou pelos seus sucessores,
observado o disposto no art. 265.
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2.4) DO JUIZ
O juiz tem a função de exercer a atividade Jurisdicional do Estado: condução dos processos,
pugnando pela administração da Justiça e aplicação do direito ao caso concreto.
à Poderes e Deveres do juiz: Art. 125 e 130 do CPC traz algumas funções:
Art. 125. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, competindo-lhe:
I - assegurar às partes igualdade de tratamento;
II - velar pela rápida solução do litígio;
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da Justiça;
IV - tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes.
Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do
processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Pode acontecer do juiz não ser imparcial, caso tenha algum vínculo com os litigantes, advogados ou
contenham próprios interesses em determinada demanda.
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Litisconsórcio
- Leitura Recomendada: arts. 46 a 49 CPC
1) CONCEITO
Litisconsórcio é a pluralidade sujeitos em um ou ambos os polos, dentro do mesmo
processo.
3) CLASSIFICAÇÃO
i. QUANTO AO POLO:
- Ativo
- Passivo
- Misto
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Cuidado
Art. 47. Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica, o juiz
tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá
da citação de todos os litisconsortes no processo.