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PROCESSO CIVIL

PROF. FÁBIO MILHOMENS

TEMA 01: NORMAS FUNDAMENTAIS

a) CONSIDERAÇÕES INICIAIS: As NF têm sua previsão legal descrita nos art. 1º ao


12º do CPC. (O processo civil deverá ser ordenado, disciplinado e interpretado
de acordo com valores e normas fundamentais constante na constituição).

b) PRINCÍPIOS = são as normas fundamentais positivada em nosso CPC

 INERCIA = atividade jurisdicional é inerte e só se manifesta se for provocada,


salvo as exceções prevista em Lei, só se instaura mediante a iniciativa da parte.
(art. 2º c/c 312 CPC)(

 IMPULSO OFICIAL = está relacionada ao princípio da inercia, quando se dar


entrada no processo será desenvolvido mediante impulso oficial.

 – ACESSO A JURISDIÇÃO = a lei não excluirá da apreciação JURISDICIONAL lesão


ou ameaça ao direito. (art. 3º)

 – PRIMAZIA DA DECISÃO DO MÉRITO = as partes tem o direito de obter um


prazo razoável a solução integral do mérito incluindo a atividade satisfatória
(ART. 4º)

 - BOA FÉ = é o dever de todos que participam ou atuam no processo de agir


com lealdade e boa fé. A violação deste princípio vai ocasionar a chamada
LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ (age com deslealdade) com pena ou multa não a 1% e
nem superior a 10% sobre o valor da causa, revertendo este valor a parte
prejudicada. Essa multa será imposta pelo Juiz. (art. 80 E 81 CPC)

 – COOPERAÇÃO = Os sujeitos do processo devem cooperar entre si para


obtenção de uma decisão de mérito, em tempo razoável e de forma justa e
efetiva.(art. 6º).

OBSERVAÇÃO: A construção da decisão não fica apenas a cargo dos magistrados, mas
também das partes que não podem deixar de se atentar aos seus deveres, direitos,
faculdades e ônus processuais.

 – ISONOMIA = Aponta paridade (igualdade) de tratamento entre as partes no


processo, no que concerne aos seus direitos, faculdades e ônus processuais
(art. 7º).

 – CONTRADITÓRIO SUBSTANCIAL = ( arts. 8º, 9º e 10) – O direito que possuem


as partes de conhecer, manifestar e influenciar a decisão do Juiz.

OBSERVAÇÃO: VEDAÇÃO DAS CHAMADAS DECISÕES SURPRESAS - O juiz não poderá


decidir contra a parte sem que antes dê a oportunidade para que ela possa se
manifestar. ( art. 9º) Este princípio sofre as seguintes exceções:

1 – Tutela provisória de urgências

2 – Tutela de evidência do Art. 311 incisos II e III

3 – Decisão do Art. 701 (Decisão do Juiz)

 PUBLICIDADE = significa que os atos processuais e os julgamentos do poder


judiciário serão públicos, salvo aqueles que tramitarem em segredo de justiça,
ou quando houver interesse do Estado em proteger a integridade da vítima.

Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão


públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada
a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores
públicos ou do Ministério Público.

 PRINCIPIO DA FUNDAMENTAÇÃO = as decisões judiciais devem ser


fundamentadas sobre pena de nulidade. (art.11 CPC c/c 489§1º CPC)

SE LIGUE!

A prescrição trazida pelo artigo 489 do CPC/2015, confirma a jurisprudência já


sedimentada pelo Colendo STJ, “sendo dever do julgador apenas enfrentar as
questões capazes de infirmar a conclusão adotada na decisão recorrida.” O
entendimento foi firmado no julgamento do AgInt no AREsp 1.382.885, sob relatoria
do ministro Francisco Falcão.

 PRINCIPIO DA ORDEM CRONOLOGICA = Determina que os julgamentos do


poder judiciários devem ser realizados, preferencialmente em ordem
cronológica (art. 12)

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