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AULA 01
2) JURISDIÇÃO
3) AÇÃO
É o meio utilizado para provocar a jurisdição, com objetivo de obter a tutela jurisdicional.
3.1) Natureza Jurídica
DIREITO SUBJETIVO PÚBLICO, exercido contra o Estado.
3.2) Condições da Ação
L egitimidade
I nteresse processual:
P ossibildiade jurídica do pedido:
i) LEGITIMIDADE:
à REGRA: LEGITIMIDADE Ordinária: Pleitear em nome próprio, direito próprio.
Art. 6º CPC: Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei.
à EXCEÇÃO: LEGITIMIDADE Extraordinária ou Substituição processual: Pleitear em nome próprio,
direito alheio. Deve ter expressa autorização legal.
iii) POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO: É preciso que a pretensão formulada em juízo não
afronte o ordenamento jurídico.
O PROCESSO
1) ELEMENTOS DO PROCESSO
O processo é composto por elementos subjetivos (sujeitos) e por elementos objetivos.
A) SUBJETIVOS:
- Partes (autor e réu)
- Órgão Jurisdicional (Juiz e Auxiliares da jurisdição)
- Ministério Público (atuação arts. 81 e 82 CPC.)
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Curso: Reta Final TRF 3ª Região SP/MS
2) SUJEITOS DO PROCESSO
a) Partes e seus procuradores;
b) Ministério Público;
c) Juiz e seus auxiliares.
2.1) PARTES
a) Capacidade de ser parte: o indivíduo é titular de direitos e obrigações e, portanto, está legitimado
para defesa dos interesses em juízo.
Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo:
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade
II - proceder com lealdade e boa-fé
III - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de fundamento
V - não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou defesa do direito.
V - cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de
natureza antecipatória ou final.
Art. 15. É defeso às partes e seus advogados empregar expressões injuriosas nos escritos apresentados no processo,
cabendo ao juiz, de ofício ou a requerimento do ofendido, mandar riscá-las.
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Parágrafo único. Quando as expressões injuriosas forem proferidas em defesa oral, o juiz advertirá o advogado que não as
use, sob pena de Ihe ser cassada a palavra.
Art. 16. Responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu ou interveniente.
Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que:
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
Vl - provocar incidentes manifestamente infundados
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o
valor da causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que
efetuou.
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§ 1 Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção do seu respectivo interesse na causa, ou
solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária.
o
§ 2 O valor da indenização será desde logo fixado pelo juiz, em quantia não superior a 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, ou
liquidado por arbitramento.
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2.3) DO JUIZ
O juiz tem a função de exercer a atividade Jurisdicional do Estado: condução dos processos,
pugnando pela administração da Justiça e aplicação do direito ao caso concreto.
à Poderes e Deveres do juiz: Art. 125 e 130 do CPC traz algumas funções:
Art. 125. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, competindo-lhe:
I - assegurar às partes igualdade de tratamento;
II - velar pela rápida solução do litígio;
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da Justiça;
IV - tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes.
Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do
processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Pode acontecer do juiz não ser imparcial, caso tenha algum vínculo com os litigantes, advogados ou
contenham próprios interesses em determinada demanda.
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A) ESCRIVÃO:
à FUNÇÕES:
Art. 141. Incumbe ao escrivão:
I - redigir, em forma legal, os ofícios, mandados, cartas precatórias e mais atos que pertencem ao seu ofício;
II - executar as ordens judiciais, promovendo citações e intimações, bem como praticando todos os demais
atos, que Ihe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária;
III - comparecer às audiências, ou, não podendo fazê-lo, designar para substituí-lo escrevente juramentado, de
preferência datilógrafo ou taquígrafo;
IV - ter, sob sua guarda e responsabilidade, os autos, não permitindo que saiam de cartório, exceto:
a) quando tenham de subir à conclusão do juiz;
b) com vista aos procuradores, ao Ministério Público ou à Fazenda Pública;
c) quando devam ser remetidos ao contador ou ao partidor;
d) quando, modificando-se a competência, forem transferidos a outro juízo;
V - dar, independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo do processo, observado o
disposto no art. 155.
OBS.: Art. 142. No impedimento do escrivão, o juiz convocar-lhe-á o substituto, e, não o havendo, nomeará
pessoa idônea para o ato
B) OFICIAL DE JUSTIÇA:
à FUNÇÕES
Art. 143. Incumbe ao oficial de justiça:
I - fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e mais diligências próprias do seu ofício,
certificando no mandado o ocorrido, com menção de lugar, dia e hora. A diligência, sempre que possível,
realizar-se-á na presença de duas testemunhas;
II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;
III - entregar, em cartório, o mandado, logo depois de cumprido;
IV - estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem.
V - efetuar avaliações.
OBS.: RESPONSABILIDADES
Art. 144. O escrivão e o oficial de justiça são civilmente responsáveis:
I - quando, sem justo motivo, se recusarem a cumprir, dentro do prazo, os atos que Ihes impõe a lei, ou os que
o juiz, a que estão subordinados, Ihes comete;
II - quando praticarem ato nulo com dolo ou culpa.
C) PERITO
É o auxiliar do juiz responsável por esclarecer situações fáticas que dependam de conhecimentos
técnicos específicos.
Art. 145. Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido por
perito, segundo o disposto no art. 421.
§ 1o Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário, devidamente inscritos no órgão de
classe competente, respeitado o disposto no Capítulo Vl, seção Vll, deste Código. (Incluído pela Lei nº 7.270,
de 10.12.1984)
§ 2o Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre que deverão opinar, mediante certidão do
órgão profissional em que estiverem inscritos. (Incluído pela Lei nº 7.270, de 10.12.1984)
§ 3o Nas localidades onde não houver profissionais qualificados que preencham os requisitos dos parágrafos
anteriores, a indicação dos peritos será de livre escolha do juiz. (Incluído pela Lei nº 7.270, de 10.12.1984)
Art. 146. O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo que Ihe assina a lei, empregando toda a sua
diligência; pode, todavia, escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.
Parágrafo único. A escusa será apresentada dentro de 5 (cinco) dias, contados da intimação ou do
impedimento superveniente, sob pena de se reputar renunciado o direito a alegá-la (art. 423). (Redação dada
pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992)
Art. 147. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá pelos prejuízos que
causar à parte, ficará inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar em outras perícias e incorrerá na sanção que a
lei penal estabelecer.