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POLÍCIA MILITAR

DIRETORIA DE ENSINO
SEÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO E ESPECIALIZAÇÃO-DE3

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - POP

Processo nº 008
ABORDAGEM A ÔNIBUS COM PESSOA(S)
EM SITUAÇÃO DE FUNDADA SUSPEITA Atualizado em 20/06/2020.
Publicado Adt. BG nº____, de ___/___/___
RESULTADOS ESPERADOS
 Execução da abordagem e da busca pessoal, com base nos princípios da legalidade,
necessidade, proporcionalidade, moderação, oportunidade, conveniência e ética,
preservando as garantias individuais do(a) cidadão(ã) e a segurança dos PM.
 Refutação ou confirmação da suspeição.
 Prisão, detenção, apreensão, ou liberação da pessoa ou grupo de pessoas abordadas.
MATERIAL RECOMENDADO
 Algema metálicas e/ou algemas plásticas.
 Armas de fogo (de porte e/ou portátil) e munições.
 Boletim de Ocorrência ou documento similar, bloco de anotações e caneta.
 Colete balístico.
 Instrumentos de menor potencial ofensivo.
 Lanterna.
 Rádio portátil.
 Auto de Resistência.
 Viatura.
PROCEDIMENTOS
AÇÕES PRELIMINARES
1. Atender ao chamado, da Central de Operações (CIOSP), de terceiros ou agir por iniciativa
própria, devendo nestes dois últimos casos, sempre informar o CIOSP.
2. Buscar e coletar informações acerca do fato, do local, do ônibus (Empresa e Linha de itinerário),
das características físicas e do vestuário da(s) pessoa(s) e outras (Quem? O Quê? Quando? Como?
Onde e Por quê?).
3. Informar ao CIOSP quando da localização do ônibus e o momento do início da abordagem.
4. Estabelecer um plano de ação e executar os procedimentos de forma coordenada.

AÇÕES DE ABORDAGEM
5. O PM comandante deverá usar o alto-falante da viatura para verbalizar de forma clara, objetiva
e firme, com o condutor do ônibus ainda em movimento, ordenando a sua parada no local que for
mais apropriado e seguro. Ex.: “ATENÇÃO, ÔNIBUS! (EMPRESA/NÚMERO DA LINHA).
POLÍCIA MILITAR! ESTACIONE O ÔNIBUS! (CITAR LOCAL).
6. Estacionar a viatura a uma distância aproximada de 5m a 10 m da traseira do ônibus, sempre
que possível.
7. Desembarcar da viatura, permanecendo o PM Motorista com a atenção nas janelas do lado
esquerdo do ônibus, o PM Revistador estaciona na porta traseira e mantêm a atenção na porta e
janelas do lado direito do ônibus. O PM Comandante se desloca até a porta dianteira juntamente
com o PM Revistador adotando as medidas de segurança para o procedimento.
9. Em observar algo sendo arremessado pelas janelas do ônibus, o PM deve informar aos demais
da equipe em reforçar as atenções e tentar precisar qual janela usada.
10. O PM Comandante solicita ao condutor do ônibus a abertura da porta dianteira. Pergunta ao
condutor se há alterações no ônibus quanto aos passageiros. Em havendo, saber das características
dos suspeitos observando o princípio da segurança e com discrição.
11. Obedecendo ao princípio da segurança o deslocamento realizado pelo PM Comandante e o PM
Revistador deve ser feito com o cano da arma em situação de pronta resposta (posição 4). Após,
não sendo confirmada qualquer ameaça à integridade física dos policiais militares, terceiros e
cidadãos abordados, o PM deve manter o cano da arma apontado para o solo, em posição de
segurança e atitude expectante (Posição 3). Atentar que o ato de apontar arma de fogo contra
pessoas durante os procedimentos de abordagem não deverá ser uma prática indiscriminada.
12. O PM Comandante deverá adentrar ao ônibus e realizar a verbalização solicitando que os
passageiros desembarquem do veículo pela porta traseira seguindo a sequência (homens, mulheres,
crianças, idosos e deficientes) portando os seus objetos pessoais (bolsas/mochilas entre outros).
Devendo todos se posicionaram na lateral do ônibus com as mãos sobre a cabeça e virados de
costas para os policiais militares.
11. Solicitar ao condutor do ônibus a abertura da porta traseira.
12. O PM Revistador percorre todo o corredor do ônibus observando se algum passageiro não
desembarcou do veículo.
13. O PM Comandante desce e assume a segurança do PM Revistador, com vistas às janelas e
suspeitos abordados. O PM Revistador executa a busca pessoal nos passageiros.
14. Na busca pessoal, o PM Revistador poderá assumir a verbalização, indagando à pessoa
abordada sobre: nome, residência, itinerário, o que faz no local, e outras informações pertinentes.
15. Durante a busca pessoal, remover os objetos encontrados, observá-los e colocá-los às vistas da
pessoa. No caso de mochilas, carteiras, pochetes, bolsas entre outros o PM faz o procedimento da
busca sendo acompanhado visualmente pelo proprietário. Ao término da busca pessoal, solicitar
aos passageiros que virem-se de frente portando o documento de identificação.
16. Constatado que há objetos suspeitos ou ilícitos questionar sobre a sua origem.
17.Se encontrada arma de fogo, durante a busca pessoal ou veicular, o PM Revistador deverá falar
“ARMA”, para reforçar a atenção da equipe. Deve retirá-la da pessoa ou removê-la do veículo,
guardá-la consigo, finalizar a busca e algemar.
18. Constatado que há malas e bolsas de viagem, identificar os proprietários e realizar buscas sob
suas vistas. Em havendo objetos suspeitos ou ilícitos, questionar sobre a sua origem.
19. Realizar entrevista.
20. Checar, junto ao CIOSP, a identificação criminal das pessoas.
Obs.: Dependendo da viabilidade operacional, o PM Comandante deve solicitar apoio de outras
viaturas para realização do procedimento de abordagem elencado acima.

AÇÕES APÓS ABORDAGEM


REFUTADA A SUSPEIÇÃO
1. Identificada a pessoa e nada constando de irregular, restituir os objetos, agradecer pela
cooperação, informar o nome do PM, a motivação da abordagem e liberar.
2. Informar ao CIOSP sobre o término da abordagem, relatar o procedimento realizado e os
resultados obtidos. Registrar todas as ações e informações em Boletim de Ocorrência.

CONFIRMADA A SUSPEIÇÃO
1. Quando em situação de flagrante delito, informar a motivação da prisão, o nome do PM
condutor, para onde será encaminhada, os seus direitos constitucionais de permanecer calada, de
ter assistência à família e de advogado.
2. Identificar vítima(s), arrolar testemunha(s), e conduzir as partes para a Delegacia de Polícia.
3. Na ausência de compartimento fechado na viatura, conduzir o cidadão infrator no lado direito do
banco traseiro e algemado, se necessário. A ordem do embarque deverá ser primeiro o cidadão
infrator, depois o PM patrulheiro que fará sua custódia, em seguida o PM motorista e por fim o PM
comandante. A ordem do desembarque deverá ser inversa.
4. Na apreensão do veículo, a equipe deverá relacionar, em impresso próprio, todos os objetos que
constam no interior do veículo, na presença e com o acompanhamento do condutor detido.
5. Registrar todas as ações e informações em Boletim de Ocorrência.
SITUAÇÕES DE RESISTÊNCIA E TENTATIVA DE FUGA
Na resistência de pessoa suspeita, o PM deverá avaliar e classificar os riscos e ameaças, de
forma a possibilitar o uso de técnicas e táticas adequadas à intervenção policial. Deverão ser
observados e considerados, entre outros aspectos, a intensidade da resistência, a periculosidade e a
forma de proceder da pessoa abordada, a hostilidade do ambiente e os meios disponíveis
(habilidade, técnica e equipamentos) do policial militar. O nível da força a ser utilizado deverá
sempre ser proporcional a resistência da pessoa, visando a retomada do controle da situação e a
realização da busca pessoal.
Na tentativa de fuga, não é legítimo o disparo de armas de fogo contra pessoa que esteja
desarmada ou que, mesmo na posse de algum tipo de arma, não represente risco imediato de
morte ou de lesão grave aos PM ou terceiros. O PM deverá acompanhar, empreendendo todos os
esforços possíveis para a captura, manter a pessoa sob as vistas, informar detalhes da pessoa ao
CIOSP e solicitar apoio.
USO DE ALGEMAS
O uso de algemas deverá ser avaliado durante toda a abordagem, sendo limitado a casos
excepcionais de resistência, de fundado receio de fuga ou risco à integridade física do PM ou
alheia, por parte do preso ou de terceiros. O PM deverá justificar por escrito as razões pelas quais
foi feito o uso de algemas.
ATENÇÃO: O disparo de arma de fogo pelo PM deve ser compreendido e adotado como o último
recurso. Tem objetivo de interromper de imediato uma ação que atente contra a vida ou ameace
qualquer pessoa, sem a intenção do PM de produzir, necessariamente, um resultado de morte.
SITUAÇÕES ESPECIAIS DE ABORDAGEM
MULHER
A busca pessoal em mulheres deverá ser realizada somente por uma PM. Na ausência, solicitar
apoio de outros órgãos de segurança pública. Caso não haja uma PM para realizar a busca e esta
ação seja imprescindível, proceder a busca pessoal preliminar, apenas com a observação das
vestes e objetos. Manter todos os procedimentos de segurança até que seja possível se realizar a
busca minuciosa.
A mulher vítima de violência deve ser amparada e conduzida à Delegacia Especializada. Deve-se
mostrar interesse na ocorrência e incentivar a vítima a fazer o registro do fato, por ser a melhor
forma de garantir seus direitos.

CRIANÇA E ADOLESCENTE
Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
É dever de todos zelar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer
tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor, prevenindo a ocorrência
de ameaça ou violação dos seus direitos.
O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela
sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.
Em ocorrências, a prioridade de atendimento e encaminhamento será sempre da criança e do
adolescente.
ABORDAGEM A CRIANÇA
No caso da criança estar na companhia de passageiro adulto, o PM comandante deverá ordenar a
saída da criança junto com o responsável por ela, conduzi-la para um local seguro e próximo, sob
as vistas do PM Comandante, e realizar a busca pessoal no seu responsável, respeitando o gênero.
Em caso de criança de colo, ela permanecerá junto ao responsável, enquanto o PM Revistador
executa a busca.
Após realizada a busca pessoal em todos os adultos, o PM comandante deverá perguntar à criança,
o seu nome e sua relação com o passageiro adulto que a acompanha. Se necessário, fazer a busca
pessoal preliminar, observando os critérios técnicos e legais relacionados ao gênero.
Constatada a existência de objetos ilícitos, questionar sobre a sua origem junto aos adultos
envolvidos, arrolar testemunhas e acionar o Conselho Tutelar para a comunicação do fato ao
Juizado da Infância e da Juventude.
ABORDAGEM A ADOLESCENTE
A equipe deverá identificá-lo e procurar se informar a respeito da sua relação com os demais
passageiros abordados e, se necessário, fazer a busca pessoal, observando os critérios técnicos e
legais relacionados ao gênero. Constatado o flagrante de ato infracional, deverá ser conduzido
para a Delegacia Especializada da Polícia Judiciária, sentado no lado direito do banco traseiro,
sem algemas, salvo se representar perigo para a equipe de policiais militares ou para si mesmo.
O adolescente tem direito à identificação dos responsáveis pela sua apreensão, de ser informado
dos motivos que levaram à sua apreensão, do local para onde será encaminhado, dos direitos
constitucionais de permanecer calado, de ter assistência da família e de advogado.
A autoridade policial, o Conselho Tutelar e a família do adolescente apreendido (ou a pessoa por
ele indicada), deverão ser informadas de imediato de sua apreensão, via CIOSP.
IDOSO
O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes a pessoa humana, sem prejuízo da sua
proteção integral, sendo-lhe assegurado por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e
facilidades, para a preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral,
intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
No caso de abordagem de pessoa idosa, o PM deverá observar, preliminarmente, os sinais da
condição física e de mobilidade. Em seguida, manter atenção especial para outros aspectos, como
redução parcial da audição e dificuldade de visão, que podem dificultar a compreensão dos
comandos do PM.

PESSOA COM DEFICIÊNCIA


DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Proceder os comandos de abordagem na Língua Brasileira de Sinais (Libras), certificando-se de
que a pessoa mantenha o contato visual.
MOBILIDADE REDUZIDA
Em caso de cadeirante, a busca pessoal deverá ser feita sem removê-la do veículo, mas com a
imobilização de suas mãos, observando os critérios técnicos e legais relacionados ao gênero. A
busca veicular será realizada sob as vistas do cadeirante, sendo ele condutor ou passageiro, sentado
no interior do veículo. O PM comandante deverá manter a atenção focada nas mãos do cadeirante
durante a busca no veículo, realizada pelo PM Revistador.
DEFICIÊNCIA MENTAL
Reconhecer que existem deficiências mentais que podem provocar agitação na pessoa, falta de
comunicação ou comunicação agressiva com a perda da noção de perigo. Recomenda-se quando
necessário, solicitar a presença de equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência ou do
Corpo de Bombeiros Militar.
PESSOA SOB EFEITO DE ÁLCOOL, MEDICAMENTOS OU DROGAS ILÍCITAS
O policial militar Revistador deverá aproximar-se do veículo suspeito de forma perpendicular, com
a arma engajada, valendo-se de possíveis abrigos, e observar a existência de risco no interior do
veículo. Constatada a não existência de risco, deverá o policial militar comandante e o policial
militar Revistador a aproximar-se, coldrear a arma, e retirar a pessoa do veículo, direcionando-a
para o local da busca pessoal.
Deverá acionar, por via do CIOSP, o órgão de trânsito responsável para os casos específicos de
notificação e remoção do veículo.
PESSOA EM SITUAÇÃO DE RUA
O policial militar deve reconhecer a vulnerabilidade da pessoa em situação de rua e garantir a
isonomia (igualdade e equidade) do tratamento, devendo tratá-la como um cidadão (cidadã) de
direitos, garantindo-lhe proteção, segurança e tratamento igualitário.
Quando a pessoa em situação de rua na condição de vítima não possuir qualquer contato familiar,
ela pode ser encaminhada, caso concorde, a uma instituição de acolhimento. Sendo importante que
o policial militar esteja informado dos serviços existentes em seu município.
LÉSBICAS, GAYS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS
A pessoa pode identificar-se por nome social, não sendo correto ou permitido fazer comentários
ofensivos, desrespeitosos ou mesmo discriminatórios.
Prioritariamente, a policial feminino deve realizar a busca pessoal na mulher transexual, bem
como, o PM masculino realizar a busca pessoal no homem transexual.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Negligenciar a segurança.
2. Não elaborar ou elaborar incorretamente o plano de ação.
3. Agir com discriminação (cor, crença religiosa, etnia, nacionalidade, nível social ou orientação
sexual).
4. Usar termos inadequados, ofensivos e desrespeitosos.
5. Exceder no uso da força.
6. Proceder busca pessoal de forma incorreta.
7. Não identificar corretamente a pessoa abordada.
8. Efetuar disparos de arma de fogo, quando da tentativa de fuga da pessoa abordada, em
condições que não ameacem a integridade física do policial militar.
9. Não confeccionar corretamente o Boletim de Ocorrência.
10. Não elaborar justificativa por escrito, quando do uso de algemas.
11. Não preservar a veiculação da imagem da pessoa sob sua custódia.
GLOSSÁRIO TÉCNICO
1. Abordagem à pessoa: conjunto ordenado de ações para aproximar-se de uma pessoa com
intuito de orientar, identificar, advertir, fiscalizar, apreender, deter, capturar ou prender.
2. Ato Infracional: conduta tipificada como crime ou contravenção penal praticada por uma
criança ou um adolescente.
3. Apreensão: ato de privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, quando em situação de
flagrante de ato infracional ou mediante ordem escrita da autoridade judiciária competente.
4. Busca Pessoal: ato de revistar uma pessoa que independe de ordem judicial no caso de prisão
ou quando houver a fundada suspeita.
5. Busca Pessoal minuciosa: Realizada pelo policial militar a partir da observação e tato sobre as
vestes e objetos da pessoa abordada.
6. Detenção: ato de cercear a liberdade de pessoa, autora ou suspeita de autoria de delito,
provisória e temporariamente, para conduzi-la à presença da autoridade policial.
7. Equipe de policiais militares: equipe de serviço composta por no mínimo dois operacionais.
8. Fundada suspeita: indicativo de conduta humana que pelo horário, local e entre outras
circunstâncias de caráter objetivo, suscitam desconfiança. A suspeição não guarda relação com
a cor, raça, nacionalidade, crença religiosa, etnia, nível social e orientação sexual das pessoas.
Não existem pessoas suspeitas, mas atitudes suspeitas.
9. Infrator da Lei: Pessoa que comete ato tipificado em Lei como crime ou contravenção passível
de sansões.
10. Instrumentos de menor potencial ofensivo: conjunto de armas, munições e equipamentos
desenvolvidos com a finalidade de preservar vidas e minimizar danos à integridade das
pessoas.
11. Nome Social: Usado para denotar o nome pelo qual as pessoas trans desejam ser chamadas
cotidianamente, em contraste com o nome oficialmente registrado, que não reflete a sua identidade
de gênero. A identidade do nome social é vinculada com a identidade civil original.
12. Pessoa com deficiência: aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física,
mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir
sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais
pessoas.
13. Plano de ação: procedimentos táticos definidos com base em um planejamento mental, que
devem ser compartilhados entre a equipe de policiais militares para a execução da abordagem.
14. Prisão em flagrante delito: ato de restringir a liberdade de alguém, independente de ordem
judicial, desde que esse alguém esteja cometendo ou tenha acabado de cometer uma infração
penal; seja perseguido logo após pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
situação que faça presumir ser o autor da infração; ou seja encontrado, logo depois, com
instrumentos, armas ou objetos que façam presumir ser ele autor de fato tipificado como crime.
15. Revistador: policial militar responsável pela busca pessoal e de objetos.
16. Supremacia de Força: vantagem tática do policial militar em relação ao abordado, não só pelo
número de policiais militares, mas também pelo uso de força e pela posse de instrumentos,
equipamentos e armamentos, dispondo do emprego de níveis de força adequados para
reagirem às ameaças que poderão advir dos abordados.
17. Situações especiais de abordagem: situações que requerem do policial militar além do
conhecimento técnico geral descrito nas ações, um conhecimento e conduta especial para
realizar a abordagem, garantindo o respeito aos Direitos Humanos.
18. Técnica de Aproximação Triangular (TAT): formação triangular próxima ou em torno da
pessoa com a finalidade de contê-la e desestimulá-la a uma provável agressão ou fuga.
19. Uso diferenciado da força: processo dinâmico e escalonado das possibilidades do emprego da
força, podendo aumentar ou diminuir, diante de uma potencial ameaça a ser controlada, e de
acordo com as circunstâncias em que se dará a intervenção policial.

REFERÊNCIAS LEGAIS
 Constituição da República Federativa do Brasil/ 1988.
 Convenção Americana dos Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica)
 Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher,
“Convenção de Belém do Pará” / 1994
 Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência /ONU 2006.
 Princípios Básicos sobre a Utilização da Força e de Armas de Fogo pelos funcionários
responsáveis pela aplicação da lei – PBUFAF
 Conjunto de Princípios para a Proteção de Todas as Pessoas Sujeitas a Qualquer forma de
Detenção ou Prisão (Assembleia Geral da ONU de 9 de dezembro de 1988)
 Decreto Lei nº 3.689/1941 - Código de Processo Penal Brasileiro
 Dec. 65.810/1969 - promulga a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as
Formas de Discriminação Racial.
 Lei 7.716/1989 - define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.
 Lei 8.069/1990 - Estatuto da criança e do adolescente.
 Lei nº 8.742/1993 - Lei Orgânica da Assistência Social.
 Lei nº 8.842/1994 - Política Nacional do Idoso.
 Lei 9.459/1997 - altera a Lei de Crime de Racismo. Lei nº 10.741/2003 - Estatuto do Idoso.
 Lei nº 10054/2000 – Lei da Identificação Criminal
 Decreto 4.886/2003 - cria a Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial (PNPIR).
 Súmula Vinculante nº. 11/ STF. Regulamenta o uso das algemas.
 Portaria Interministerial N.º 4.226, de 31 de dezembro de 2010 – Estabelece Diretrizes sobre
o Uso da Força pelos Agentes de Segurança Pública.
 Curso de Aspectos Legais da Abordagem Policial. EAD/ SENASP.
 Curso de Uso diferenciado da força. EAD/ SENASP.
 Curso de Segurança Pública sem homofobia. EAD/ SENASP.

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