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MÓDULO II
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
302
PROCESSO ABORDAGEM A PESSOA(S) INFRATOR(ES) DA LEI A PÉ POR VTR 02
RODAS (MOTOCICLETA).
1. EPI (vide POP 101 ROTAM), e EPI específico para o moto patrulhamento: Capacete,
cotoveleiras, luvas, joelheiras e botas.
2. Viatura Operacional duas rodas ROTAM, (guarnição com 04 (quatro) policiais militares);
3. Uniforme Operacional de ROTAM;
4. Equipamento de Patrulha Tática (uma arma longa por guarnição, uma pistola individual e um
rádio portátil para cada integrante, além de munições sobressalentes);
5. Guias de Ruas;
6. Telefone Celular;
7. Pasta ou mochila de Patrulhamento de ROTAM (Conterá prancheta, caneta,
Relatórios/Documentos de Patrulhamento Tático, além de principais leis, endereços de
batalhões/cias, modelos de históricos de ocorrência, etc.);
8. Fita zebrada para isolamento de local de crime;
9. Arma de condutividade elétrica.
ETAPAS NORMAS OPERACIONAIS
Conhecimento 1. Conhecimento da ocorrência. (vide POP 201.1 PMMT 2009).
2. Deslocamento para o local da ocorrência. (vide POP 201.2
Deslocamento
PMMT 2009).
3. Chegada ao local da ocorrência. (vide POP 201.3 PMMT
Chegada ao local
2009).
4. Abordagem a pessoa(s) infrator(es) da lei a pé por VTR 02
Adoção de medidas especifica
rodas (motocicleta).
Condução 5. Condução das partes. (vide POP 201.6 PMMT 2009).
6. Apresentação da ocorrência na repartição pública
Apresentação da ocorrência
competente. (vide POP 201.7 PMMT 2009).
Encerramento 7. Encerramento da ocorrência. (vide POP 201.8 PMMT 2009).
DOUTRINA OPERACIONAL.
DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO
Poder de Policia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca Pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca Pessoal em Mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal.
Art. 1º, inciso I, II e III; art. 178 do Estatuto da Criança e do
Condução das partes.
Adolescente.
Deslocamento para o local da
Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do Estado de
POP-PMMT.
Mato Grosso, de 27de Setembro de 2009.
COMENTÁRIOS:
1. PODER DE POLÍCIA: é a liberdade da administração pública de agir dentro dos limites legais (poder
discricionário), limitando se necessário, as liberdades individuais em favor do interesse maior da
coletividade. (Art. 78 do Código Tributário Nacional conceitua Poder de Polícia).
2. DESLOCAMENTO PARA LOCAL DE OCORRÊNCIA: vide art. 29, inciso VII do CTB: “O Trânsito de
veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas”:
VII – os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e
operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação,
estacionamento e parada, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos
regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente, observadas as seguintes
disposições:
a. quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos, todos os
condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e
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parando, se necessário;
b. os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, só atravessando a via quando
o veículo já tiver passado pelo local;
c. o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só poderá ocorrer
quando da efetiva prestação de serviço de urgência;
d. a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e com os
devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas deste Código”.
e. atentar para que durante o deslocamento ao aproximar-se do local da ocorrência reduza a
velocidade e procure observar a movimentação, pois quando se está em baixa velocidade aumenta
possibilidade de detectar a ocorrência de fatos que se destacam dentro da situação normal, fatos
estes que podem ter correlação com a ocorrência a ser atendida.
3. BUSCA PESSOAL: independe de mandado no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de
que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito.
(Art. 244 do CPP).
4. BUSCA PESSOAL EM MULHERES: em princípio deve ser realizada por policiais femininos, porém se
houver a necessidade de rápida diligência, excepcionalmente, poderá ser realizada por homem, para
não acarretar o retardamento ou prejuízo da diligência. (Art. 249 do CPP).
5. CONDUÇÃO DAS PARTES: vide Decreto nº. 19.930/50, art. 1º, inciso I, II e III que dispõe sobre o uso de
algemas: o emprego de algemas se dá na condução de delinqüentes detidos em flagrante, que ofereçam
resistência ou tentem a fuga; de ébrios, viciosos e turbulentos recolhidos na prática de infração ou
transporte de presos de uma dependência para outra.
6. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: A lei 8.069/90 define, no Art. 2º, como criança a
pessoa até 12 anos de idade incompletos e o adolescente de entre 12 a 18 anos. Também faz as
seguintes observações:
a. Apreensão de Adolescente: De acordo com o Art. 172 o adolescente apreendido em flagrante de ato
infracional será, desde logo, encaminhado à autoridade policial (Delegado) competente.
Parágrafo único. Havendo repartição policial especializada para atendimento de adolescente e em se
tratando de ato infracional praticado em co-autoria com maior, prevalecerá a atribuição da repartição
especializada, que, após as providências necessárias e conforme o caso, encaminhará o adulto à
repartição policial própria.
b. Apresentação de criança:Em se tratando de criança infratora em flagrante de ato infracional será
apresentada ao Conselho Tutelar competente, vedada sua condução a qualquer unidade policial de
acordo com o Art. 262,I – Enquanto não instalados os Conselhos Tutelares as crianças serão
apresentadas à autoridade judiciária (Juiz), na forma a ser regulamentada pelo Poder Judiciário
Local.
c. Transporte de Adolescente ou criança: “art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato
infracional não poderá ser conduzido ou transportado em compartimento fechado de veículo policial,
em condições atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua integridade física ou
mental, sob pena de responsabilidade”.
d. Observação: “não esquecer de realizar a busca pessoal nas pessoas a serem conduzidas na
viatura”.
e. Constrangimento contra criança ou adolescente: Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob
sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou aconstrangimento:Pena - detenção de seis meses a
2 anos.
7. RESISTÊNCIA POR PARTE DA PESSOA A SER ABORDADA: Tal procedimento implica em o policial
advertir a pessoa quanto ao seu comportamento esclarecendo tratar-se de crime (desobediência, art.
330 CP). Em persistindo, a pessoa ainda poderá praticar outros crimes (desacato, art. 331, e resistência,
art. 329 CP), comuns nessas situações.
8. ARMAS NÃO-LETAIS: O conceito Não-Letal não pode ser entendido como uma justificativa para o seu
uso indiscriminado, mas sim como um objetivo a ser alcançado através da capacitação e do constante
treinamento do homem para a garantia da obtenção dos resultados desejados. Por isso, o policial deve
atentar-se para: “Doutrina/regulamento; Treinamento; Estratégias e Táticas.
9. RECUSA DE DADOS SOBRE A PRÓPRIA IDENTIDADE OU QUALIFICAÇÃO: Artigo 68 das
Contravenções Penais (Dec. lei 3688/41).
10. ATO DE ALGEMAMENTO: O ato de algemar se justifica: 1) para garantir a integridade física do preso e
da GU; 2) dissuadir o preso de qualquer reação contra a GU ou fuga; 3) o preso sabe que aquela poderá
ser sua última chance de fuga (cavalo doido). Há que se ter em mente que o ato de algemar gera uma
sensação de incapacidade (pode gerar também constrangimento), motivo pelo qual muitas das vezes
ocorre reação natural por parte da pessoa em aceitar tal condição, principalmente quando se trata de
pessoas que não cometeram delitos tidos como “graves” (aqueles que atentem contra a vida ou a
integridade física das pessoas).
11. SÚMULA VINCULANTE Nº 11 STF: Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado
receio de fuga ou de perigo a integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros,
justificada a excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade civil e penal do agente ou da
autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual que se refere, sem prejuízo da responsabilidade
civil do Estado.
ESCLARECIMENTOS:
1. TIRO DUPLO: Dois disparos defensivos em curto espaço de tempo realizado pelo policial em
situação de legítima defesa própria ou de terceiros, caso a agressão recebida seja injusta, ilegal
e iminente contra a vida esgotando-se a possibilidade do uso de outros meios de controle e
defesa. A legislação penal criou jurisprudência a respeito dos dois disparos não configurando
como uso excessivo da força policial, caso esteja amparado pelo excludente legítima defesa. Sob
o aspecto de poder de parada, o efeito dos dois disparos realizados num curto espaço de tempo
e a uma distância aproximada entre ambos (agrupamento dos disparos) é capaz de potencializar
substancialmente a capacidade de defesa do calibre utilizado, agindo em benefício da atividade
policial.
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