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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO

BATALHÃO DE RONDAS OSTENSIVAS TÁTICO MOVÉL

MÓDULO II
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO
209
ABORDAGEM A VEÍCULO
PROCESSO
ABORDAGEM A VEÍCULO (ÔNIBUS COLETIVO) EM FUNDADA SUSPEITA
MATERIAL NECESSÁRIO
1. EPI (vide POP 101);
2. Viatura Operacional quatro rodas ROTAM, (Equipe com 04 (quatro) policiais militares);
3. Uniforme Operacional de ROTAM;
4. Equipamento de Patrulhamento Tático (uma pistola cal. .40 para cada integrante da
equipe, três armas longas, sendo uma Cal. 12, um fuzil e uma Submetralhadora, além de
munições sobressalentes);
5. Bastão BP 90;
6. Guias de Ruas;
7. Telefone Celular;
8. Farol auxiliar portátil (celibrim);
9. Pasta de Patrulhamento de ROTAM (Conterá Prancheta, Caneta, Relatórios/Documentos
de Patrulhamento Tático, além de principais leis, endereços de batalhões/cias, modelos de
históricos de ocorrência, etc.);
10. Fita zebrada para isolamento de local de crime;
11. Arma de condutividade elétrica.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento. 1. Conhecimento da ocorrência. Vide POP PMMT 201.1
2. Deslocamento para o local da ocorrência. Vide POP
Deslocamento.
PMMT 201.2
Chegada ao local. 3. Chegada ao local da ocorrência. Vide POP PMMT 201.3
4. Abordagem a veículo (Ônibus) em atitude(s)
Adoção de medidas específicas.
suspeita(s).
Condução. 5. Condução da(s) parte(s). Vide POP PMMT 201.6
6. Apresentação da ocorrência na repartição pública
Apresentação da ocorrência.
competente. Vide POP PMMT 201.7
Encerramento. 7. Encerramento da ocorrência. Vide POP PMMT 201.8

DOUTRINA OPERACIONAL
DESCRIÇÃO NORMAS OPERACIONAIS
Poder de Policia. Art. 78 do Código Tributário Nacional.
Busca Pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal.
Busca Pessoal em Mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal.
Art. 1º, inciso I, II e III; art. 178 do Estatuto da Criança e do
Condução das partes.
Adolescente..
Deslocamento para o local da Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro.
ocorrência.
Fiscalização do veículo e do Art. 23 do Código de Trânsito Brasileiro; Dec. Lei 667/69
Condutor. artigo 3º letra a.
Procedimento Operacional Padrão da Polícia Militar do
POP-PMMT.
Estado de Mato Grosso.

COMENTÁRIOS:
1. PODER DE POLÍCIA: é a liberdade da administração pública de agir dentro dos limites legais (poder
discricionário), limitando se necessário, as liberdades individuais em favor do interesse maior da
coletividade. (Art. 78 do Código Tributário Nacional conceitua Poder de Polícia).
2. DESLOCAMENTO PARA LOCAL DE OCORRÊNCIA: vide art. 29, inciso VII do CTB: “O Trânsito de
veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas”:
VII – os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e
operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação,
estacionamento e parada, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos
regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente, observadas as seguintes
disposições:
a. quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos, todos os
condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e

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parando, se necessário;
b. os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, só atravessando a via quando
o veículo já tiver passado pelo local;
c. o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só poderá ocorrer
quando da efetiva prestação de serviço de urgência;
d. a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e com os
devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas deste Código”.
e. atentar para que durante o deslocamento ao aproximar-se do local da ocorrência reduza a
velocidade e procure observar a movimentação, pois quando se está em baixa velocidade aumenta
possibilidade de detectar a ocorrência de fatos que se destacam dentro da situação normal, fatos
estes que podem ter correlação com a ocorrência a ser atendida.
3. BUSCA PESSOAL: independe de mandado no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de
que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito.
(Art. 244 do CPP).
4. BUSCA PESSOAL EM MULHERES: em princípio deve ser realizada por policiais femininos, porém se
houver a necessidade de rápida diligência, excepcionalmente, poderá ser realizada por homem, para
não acarretar o retardamento ou prejuízo da diligência. (Art. 249 do CPP).
5. CONDUÇÃO DAS PARTES: vide Decreto nº. 19.930/50, art. 1º, inciso I, II e III que dispõe sobre o uso de
algemas: o emprego de algemas se dá na condução de delinqüentes detidos em flagrante, que ofereçam
resistência ou tentem a fuga; de ébrios, viciosos e turbulentos recolhidos na prática de infração ou
transporte de presos de uma dependência para outra.
6. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: A lei 8.069/90 define, no Art. 2º, como criança a
pessoa até 12 anos de idade incompletos e o adolescente de entre 12 a 18 anos. Também faz as
seguintes observações:
a. Apreensão de Adolescente: De acordo com o Art. 172 o adolescente apreendido em flagrante de ato
infracional será, desde logo, encaminhado à autoridade policial (Delegado) competente.
Parágrafo único. Havendo repartição policial especializada para atendimento de adolescente e em se
tratando de ato infracional praticado em co-autoria com maior, prevalecerá a atribuição da repartição
especializada, que, após as providências necessárias e conforme o caso, encaminhará o adulto à
repartição policial própria.
b. Apresentação de criança: Em se tratando de criança infratora em flagrante de ato infracional será
apresentada ao Conselho Tutelar competente, vedada sua condução a qualquer unidade policial de
acordo com o Art. 262, I – Enquanto não instalados os Conselhos Tutelares as crianças serão
apresentadas à autoridade judiciária (Juiz), na forma a ser regulamentada pelo Poder Judiciário
Local.
c. Transporte de Adolescente ou criança: “art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato
infracional não poderá ser conduzido ou transportado em compartimento fechado de veículo policial,
em condições atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua integridade física ou
mental, sob pena de responsabilidade”.
d. Observação: “não esquecer de realizar a busca pessoal nas pessoas a serem conduzidas na
viatura”.
e. Constrangimento contra criança ou adolescente: Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob
sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento: Pena - detenção de seis meses
a 2 anos.
7. RESISTÊNCIA POR PARTE DA PESSOA A SER ABORDADA: Tal procedimento implica em o policial
advertir a pessoa quanto ao seu comportamento esclarecendo tratar-se de crime (desobediência, art.
330 CP). Em persistindo, a pessoa ainda poderá praticar outros crimes (desacato, art. 331, e resistência,
art. 329 CP), comuns nessas situações.
8. ARMAS NÃO-LETAIS: O conceito Não-Letal não pode ser entendido como uma justificativa para o seu
uso indiscriminado, mas sim como um objetivo a ser alcançado através da capacitação e do constante
treinamento do homem para a garantia da obtenção dos resultados desejados. Por isso, o policial deve
atentar-se para: “Doutrina/regulamento; Treinamento; Estratégias e Táticas.
9. RECUSA DE DADOS SOBRE A PRÓPRIA IDENTIDADE OU QUALIFICAÇÃO: Artigo 68 das
Contravenções Penais (Dec. lei 3688/41).
10. ATO DE ALGEMAMENTO: O ato de algemar se justifica: 1) para garantir a integridade física do preso e
da equipe; 2) dissuadir o preso de qualquer reação contra a equipe ou fuga; 3) o preso sabe que aquela
poderá ser sua última chance de fuga (cavalo doido). Há que se ter em mente que o ato de algemar gera
uma sensação de incapacidade (pode gerar também constrangimento), motivo pelo qual muitas vezes
ocorre reação natural por parte da pessoa em aceitar tal condição, principalmente quando se trata de
pessoas que não cometeram delitos tidos como “graves” (aqueles que atentem contra a vida ou a
integridade física das pessoas).
11. SÚMULA VINCULANTE Nº 11 STF: Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado
receio de fuga ou de perigo a integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros,
justificada a excepcionalidade por escrito sob pena de responsabilidade civil e penal do agente ou da
autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual que se refere, sem prejuízo da responsabilidade
civil do Estado.
12. PORTARIA INTERMINISTERIAL n° 4.226: Estabelece Diretrizes sobre o Uso da Força pelos Agentes de
Segurança Pública. (ANEXO I - ITEM 7) O ato de apontar arma de fogo contra pessoas durante os
procedimentos de abordagem não deverá ser uma prática rotineira e indiscriminada.

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO
BATALHÃO DE RONDAS OSTENSIVAS
TÁTICO MÓVEL
MÓDULO: II ABORDAGEM ROTAM VIATURA 4 RODAS
ABORDAGEM A VEÍCULO (ÔNIBUS COLETIVO) EM FUNDADA
PROCESSO: 209
SUSPEITA
PROCEDIMENTO: 209.1 Abordagem de (Ônibus Coletivo)
ESTABELECIDO EM: 21/06/2016.
REVISÃO EM: --
RESPONSÁVEL: Equipe de ROTAM.
ATIVIDADES CRITICAS
1. Parada do coletivo;
2. Posicionamento da equipe;
3. Embarque da equipe no coletivo para verbalização;
4. Desembarque dos ocupantes do coletivo a ser(em) submetida(s) à busca pessoal,
posicionamento dos mesmo no local para busca pessoal.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Atender ao chamado do CIOSP, do solicitante, do Batalhão ROTAM ou de populares que
solicitarem a equipe;
2. 4º Homem, anotar as informações repassadas pelo CIOSP, como: Característica do Veículo,
Fabricante, Modelo, Cor, Placa, etc; e Características físicas, vestes, tipo de arma usada,
local do fato, direção tomada pelo(s) suspeito(s), entre outros;
3. Identificar o ônibus, cujos ocupantes se encontrem em fundada suspeita;
4. Solicitar apoio e acompanhar o ônibus coletivo até um local apropriado para abordagem e
Informar via rádio a CIOSP, o local da abordagem;
5. O 1º Homem deverá acionar o giroflex e a sirene, enquanto 2º Homem deve sinalizar ao
condutor do veículo suspeito, piscando faróis altos e acionando a seta para indicar em qual
lado da via o veículo deverá parar (sempre que possível o lado direito, evitando prejuízo ao
trânsito);
6. Com o ônibus coletivo suspeito estacionado, a viatura é parada a distância de 3 à 5 metros,
tendo a viatura posicionada totalmente à esquerda do veículo abordado de forma que se o
motorista do ônibus soltar o freio de estacionamento (freio de mão) ou descer, por estar em
uma ladeira, o coletivo não venha a se chocar contra a viatura; Obs: o 2º Homem deverá
deixar a viatura ligada, em marcha neutra e com o freio de estacionamento (freio de mão)
acionado; No momento da parada da viatura, a equipe deverá redobrar a atenção para uma
possível escolta de marginais conforme foto 01;
7. Assumir posição semi desembarcada, de arma em punho na posição de pronto baixo,
dedo fora do gatilho e prontos para se defenderem de uma possível agressão, conforme foto
02;
8. O 1º, 3° e 4° Homem desembarcam e deslocam em coluna até se posicionarem na lateral
direita do coletivo, sendo que o 3º Homem passa por trás da viatura para formar a coluna,
conforme foto 03 e 04; ao mesmo tempo o 2º Homem desembarca da viatura pega uma arma
longa e vai realizar a segurança externa da equipe, posicionando a frente e a esquerda da
viatura, evitando assim, que a Equipe seja surpreendida em uma emboscada e o 2º Homem
realizará se necessário for o controle do trânsito na via para que não interfira na abordagem;
9. O 1º Homem, com arma em pronto baixo, se dirigirá à porta dianteira do coletivo, coberto
pela lateral, o mais discretamente possível, solicitando ao motorista que abra a porta
dianteira, permanecendo o 3º Homem junto à porta traseira do ônibus e o 4º Homem próximo
a porta do meio observando o movimento no interior do coletivo, conforme foto 05 e 06;
10. O 1º Homem adentra no coletivo, momento em que com a arma na posição pronto retido,
com calma e educadamente, mas com energia, em tom de voz suficiente para ser ouvido,
deve determinar aos ocupantes:
“POLÍCIA! OS HOMENS ATRÁS DA ROLETA DESEMBARQUEM PELA PORTA DE TRÁS,
COM AS MÃOS NA CABEÇA!”, conforme foto 07;
O 3º Homem irá determinar que os homens se posicionem na lateral do ônibus um ao lado do
outro, de frente para o ônibus e com as pernas abertas;
11. Em seguida o 1° Homem determina aos homens que ocupam a parte dianteira do coletivo
para que desembarquem pela porta dianteira; o 4º Homem irá orientar as pessoas a irem se
posicionando na lateral do ônibus, atentando para que não se misture com os que desceram
pela porta traseira, na qual pagaram passagem, conforme foto 08; Ao mesmo tempo o 2º

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Homem irá realizar a segurança coletiva da equipe, passando pela frente da viatura e
posicionando do lado direito desta;
12. Após todos os homens desembarcarem, o 1° Homem determina que as mulheres sentem-se
todas ao lado oposto ao que está sendo realizada a abordagem e manterem suas mãos sobre
a barra de ferro do banco à frente das mesmas, momento que desembarcara e auxiliará como
segurança na abordagem;
13. O 1º e 3º Homem realizarão a segurança da equipe em relação aos abordados, o 4º Homem
realizará a busca pessoal e o 2º Homem a segurança da abordagem;
14. O 1º Homem desembarcará e determinará que ocupantes desembarcados do ônibus coletivo
“ENTRELASSEM OS DEDOS E ABRAM BEM AS PERNAS”
estando os ocupantes do ônibus coletivo na posição, o 4° Homem irá fazer coldre arma e já
com a arma no coldre travado dará início às buscas pessoais, devendo o 4º Homem
verbalizar para que cada suspeito ao ser abordado:
“DÊ DOIS PASSOS PARA TRÁS E ABRA BEM AS PERNAS!”
saindo assim, da linha dos demais abordados e procedem à busca pessoal normalmente,
tomando as providências caso encontrem algo irregular;
15. O 4º Homem preferencialmente iniciará a busca pessoal pelo suspeito mais distante do 1º
homem. Conforme for concluindo a busca pessoal no abordado e não sendo localizada
nenhuma irregularidade, deverá de imediato conduzir este até local entre o 2º e 3º Homem,
posicionando os abordados já submetidos a busca pessoal agrupados de forma organizada,
atentando para que o abordado não passe pelas costas do 3º Homem; conforme foto 09, 10 e
11;
16. Após a última busca pessoal, o 4º Homem deve realizar vistoria no interior do ônibus e depois
nas imediações procurando objetos que possam ter sido abandonadas pelas pessoas assim
que perceberam a presença da Policia Militar, determinando que as mulheres sentem-se do
lado oposto que se encontram para vistoriar o restante do interior do veículo,
17. Da mesma forma o 4º Homem realiza pelo menos uma busca visual nas Mulheres abordadas,
tal qual uma busca minuciosa nos objetos que esta transportar consigo (bolsas, mochilas,
sacolas, etc.); Obs.: Caso haja policial feminino na equipe, esta deverá realizar a busca
pessoal nas mulheres, no interior do ônibus coletivo, conforme foto 12;
18. Ao termino na região posterior do ônibus, o 4º Homem, fará a vistoria na parte dianteira do
coletivo da mesma forma, depois deve solicitar ao motorista sua documentação, não se
esquecendo de verificar se o mesmo se encontra armado, bem como o cobrador, sendo que
tal verificação deve ser feita no interior do ônibus, tendo em vista a existência de numerário no
interior do mesmo,
19. O 1º Homem deve manter uma comunicação com o motorista e o cobrador para o
esclarecimento dos motivos que levaram à realização da abordagem, principalmente no
tocante à identificação de possíveis infratores;
20. O 4º Homem solicita, recolhe a documentação individual dos abordados e após o término da
busca veicular realizará a checagem dos suspeitos via CIOSP, conforme foto 13;
21. Realizada a busca e não sendo nada irregular constatado, o 1º Homem irá devolver os
documentos verificados a seus proprietários e orientar os abordados para que verifiquem se
está tudo em ordem; Os policiais serão cordiais e o 1º Homem procederá a liberação do(s)
abordado(s) e informando os motivos da abordagem, inicialmente dizendo:
“A ROTAM agradece a colaboração do Senhor(a) com o serviço da Polícia Militar”
22. A equipe aguarda que todos retornem aos seus respectivos lugares de início liberando o
ônibus coletivo logo após e auxiliando para que o veículo seja colocado de volta no fluxo de
trânsito para evitar acidentes, somente embarcando na VTR posteriormente a saída do ônibus
coletivo abordado, conforme foto 14, 15, 16, 17 e 18;
23. Caso haja mais de uma viatura de ROTAM na abordagem, as funções são duplicadas.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que seja realizada a abordagem com a maior segurança possível, verificando-se as reais
circunstâncias que envolvem a atitude dos ocupantes do coletivo;
2. Que seja mantida uma zona de Segurança (ângulo de 360º) que se estende além das
imediações do coletivo, precavendo-se contra qualquer situação inusitada que possa surgir
(escolta, emboscada, roubos a estabelecimentos comerciais próximos, etc);
3. Que caso se configure algum ilícito penal, os indivíduos sejam detidos com a máxima
segurança, tanto própria quanto dos componentes da equipe;
4. Que seja prestado um serviço técnico e tático, aproximando a Polícia e a Comunidade,
proporcionando reconhecimento da atividade prestada em prol da manutenção da ordem
pública;
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso não seja localizado o ônibus coletivo suspeito, solicitar novas informações ao Centro de

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Operações e coletar dados junto a terceiros pelo local;

2. O procedimento para deficientes físicos que possam se locomover sozinhos no interior do


ônibus é o mesmo dispensado às mulheres;
3. Se durante a abordagem, chegarem outras viaturas ao local, seu efetivo deve auxiliar no
bloqueio policial da via e controle do fluxo de veículo, fazendo também a Segurança do
perímetro externo;
4. Se algum passageiro for tomado como refém, deve ser adotado apenas as medidas iniciais do
gerenciamento de crise e informar o CIOSP para providências cabíveis;
5. Se um dos policiais militares identificar que um dos passageiros se desfez de algum objeto
produto de ilícito (entorpecente, arma,...), não deve demonstrar em sua atitude, restringindo-
se a identificar o indivíduo para que posteriormente seja feita a sua detenção. Isto porque se o
indivíduo considerar que sua atitude passou despercebida pelos policias, não oporá
resistência no interior do coletivo, que é um local desfavorável para a detenção do mesmo,
visto que há uma concentração de diversas pessoas em um espaço restrito;
6. Se algum transeunte for cruzar o cenário da abordagem, excetuando-se quando for possível
contornar (sempre há possibilidade “do inocente pedestre” ser companheiro dos suspeitos ou
ainda, se apenas inocente, ser agarrado como refém), realizar no transeunte, rápida revista à
procura de armas, feita pelo 1º ou 2º Homem (dependendo do sentido de onde venha),
devendo passar o mais distante possível dos suspeitos;
7. Se surgirem situações em que o suspeito alegar impossibilidade física de desembarcar, o 1º
Homem determina que coloque as mãos sobre a barra de ferro do banco à frente, assim
permanecendo até que o policial se aproxime e verifique a veracidade. Mesmo assim, dentro
das possibilidades deve ser revistado, bem como o local que ocupa no coletivo;
8. Caso pessoas idosas, mulheres e crianças, estejam transportando material ilícito e, portanto,
também devem ser vistoriadas, porém com bom senso e dentro do aspecto legal;
9. Se o suspeito se demonstrar agressivo ou recusar-se a ser submetido à revista, a equipe,
deve ser enérgica, e educadamente alertá-lo sobre a possibilidade de incorrer nos crimes de
desobediência, desacato e resistência por se opor ao exercício discricionário do poder de
polícia, isto porque podem estar tentando desviar a atenção dos policiais, ou simplesmente
por serem ignorantes da atividade policial;
10. Caso seja constatada a existência de algum ilícito penal, deve ser dada voz de prisão em
flagrante delito aos indivíduos informando-lhes acerca de seus direitos constitucionais,
conduzindo-os à presença da autoridade de policia judiciária, arrolando testemunhas;
11. Se um indivíduo empreender fuga durante a abordagem, nenhum componente da equipe
deverá abandonar o local, pois esta atitude pode ter o objetivo de distrair a equipe além de
interferir na segurança da mesma. Assim, deve-se informar ao CIOSP as características do
indivíduo, bem como o local, e sentido tomado, para que as viaturas que estão no apoio,
possam patrulhar com vistas à localização do mesmo;
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Ao avistar o ônibus, efetuar manobras bruscas que possam vir a ocasionar acidentes;
2. Ao acompanhar o coletivo deixar de ter a devida atenção quanto ao arremesso de objetos,
causado pela certeza de que o coletivo será abordado;
3. Posicionar erradamente a viatura podendo ocasionar qualquer tipo de acidente durante a
abordagem;
4. Falta de postura na abordagem, ocasionando descrédito da equipe, podendo resultar
atitudes desdenhosas que se reflitam numa possível desinteligência, e comprometendo a
segurança da equipe;
5. Negligenciar a atenção com relação a possíveis ilícitos que venham a ocorrer nas
imediações e que possam comprometer a segurança da equipe;
6. Deixar de ter o devido zelo no manuseio dos documentos dos suspeitos;
7. Causar qualquer tipo de dano no coletivo bem como em objetos que se encontrem no seu
interior deixando de colocá-los no lugar onde se encontravam;
8. Deixar de devolver a documentação ou qualquer outro objeto fiscalizado e de propriedade
dos ocupantes do coletivo;
9. Faltar de comunicação entre os componentes da equipe causando prejuízo na abordagem;
10. Exceder-se no contato físico com o suspeito dando azo para o cometimento de infração
penal e administrativa que somente resultará em prejuízos aos objetivos;
11. Deixar que transeuntes circulem no perímetro da abordagem.

ILUSTRAÇÕES

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FOTO 07 FOTO 08

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FOTO 13 FOTO 14

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