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1. SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 39. ed. São
Paulo: Malheiros, 2016.
2. FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de direito constitucional. 41. ed. Rio
de Janeiro: Forense, 2020..
3. MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 32. ed. São Paulo: Atlas, 2016.4.
4. LEITE, Washington Luis Ferreira Leite. Apostila de Direito Constitucional.
5. BARROSO. Luís Roberto. Curso de direito constitucional contemporâneo:
conceitos fundamentais e a construção de um novo modelo. 9. ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2020.
6. DOS SANTOS, Eduardo. Manual de Direito Constitucional. 2.. Ed. São Paulo:
JusPODIVM, 2022.
PODER JUDICIÁRIO
1 – CONCEITO
O Poder Judiciário é um dos três poderes clássicos
consagrado como poder autônomo e independente vital ao
Estado democrático de direito, pois sua função não consiste
simplesmente em administrar a justiça, mas na verdade a função
de preservar os princípios da legalidade e igualdade sem os quais
os demais não teriam efeitos.
2. CARACTERÍSTICAS DA ATIVIDADE JURISDICIONAL.
• Secundariedade – cumprimento da lei deve ser voluntário,
contudo não sendo, havendo conflitos – tutela jurisdicional.
• Imparcialidade – atuação independente, autônoma, imparcial
e impessoal.
• Substitutividade – substitui a vontade individual das partes.
• Inércia – em regra, Poder Judiciário precisa ser provocado.
• Definitividade – após a coisa julgada e não cabendo ação
rescisória a decisão judicial firma-se como definitiva.
• Unidade – apesar de diferentes órgãos a jurisdição é uma.
3. ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO
STF – Supremo Tribunal Federal
CNJ – Conselho Nacional de Justiça
STJ – Superior Tribunal de Justiça
TSE – Tribunal Superior Eleitoral
STM – Superior Tribunal Militar
TST – Tribunal Superior do Trabalho
TJ – Tribunal de Justiça
TRE – Tribunal Regional Eleitoral
TM – Tribunal Militar
JS – Juiz Singular
4 – FUNÇÕES TÍPICAS E ATÍPICAS
A função típica do Poder Judiciário é a Jurisdicional, ou seja,
julgar aplicando a Lei a um caso concreto.
As funções atípicas: Administrativa e Legislativa.
• Natureza Administrativa.
a) Prover de acordo com a Constituição os cargos de Juiz de
Carreira na respectiva Jurisdição – Art. 96, I, c;
b) Conceder férias aos seus membros – Art. 96, I, f;
• Natureza Legislativa.
a) Edição de normas regimentais. Dispondo sobre
competência e o funcionamento dos respectivos órgãos.
5. JUSTIÇA COMUM E JUSTIÇA ESPECIAL.
• Justiça Especial – em razão de trabalhar com uma matéria
específica. São elas: Trabalho, Eleitoral e Militar.
Trata-se de Poder Judiciário da União.
• Justiça Comum – cuida das demais matérias. São elas Federal e
Estadual.
Juizados especiais compõem a justiça comum.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
1. Estatuto da Magistratura.
• Iniciativa da Lei Complementar – STF
• Ingresso na Carreira – juiz substituto mediante concurso público,
exigindo-se do bacharel em direito mínimo de 3 anos de
atividade jurídica.
Inconstitucional lei determinado idade mínima e máxima para
ingresso na carreira.
• Promoção – entrância para entrância alternadamente por
antiguidade e merecimento.
Requisitos necessários para promoção do magistrado.
• obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes
consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento;
• a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício
na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte
da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais
requisitos quem aceite o lugar vago;
• aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos
critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da
jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos
oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento
• na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá
recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois
terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e
assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a
indicação;
• não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver
autos em seu poder além do prazo legal, não podendo
devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão
• Subsídio na magistratura - o subsídio dos Ministros dos
Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por
cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo
Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados serão
fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual,
conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária
nacional.
• Domicílio, remoção, permuta e disponibilidade.
• juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal;
• o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse
público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo
tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;
• a remoção a pedido de magistrados de comarca de igual entrância
atenderá, no que couber, ao disposto para promoção;
• a permuta de magistrados de comarca de igual entrância, quando for o
caso, e dentro do mesmo segmento de justiça, inclusive entre os juízes de
segundo grau, vinculados a diferentes tribunais, na esfera da justiça
estadual, federal ou do trabalho atenderá, no que couber, ao disposto para
promoção;
• Princípio da motivação e da publicidade das decisões judiciais.
Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei
limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do
direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse
público à informação.
As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão
pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de
seus membros.
• Dos Órgãos Especiais.
Nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores,
poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o
máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das
atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da
competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas
por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal
pleno.
REGRAS ATINENTES A ATIVIDADE JURISDICIONAL
APLICAÇÃO
TRFs, TJ dos Estados e Distrito Federal, TST e TRTs.
REQUISITOS PARA NOMEAÇÃO.
1. Ministério Público:
• Mais de 10 anos de carreira.
2. Advogados:
• ´Notório saber jurídico
• Mais de 10 anos de efetiva atividade profissional.
PROCEDIMENTO.
1. Órgão de representação indica 6 membros;
2. Tribunal escolhe 3 membros da lista;
3. Chefe do Executivo escolhe um desses 3 membros e o
nomeia.
Observações:
• O tribunal pode rejeitar o nome de um e de até todos os
indicados na lista sêxtupla, motivadamente.
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
1. COMPOSIÇÃO.
• O Supremo Tribunal Federal compõe-se de 11 membros,
divididos em duas turmas, com 5 membros de cada uma.
• O Presidente participa das sessões plenárias apenas.
• O Presidente da República, presentes os requisitos
constitucionais para investidura, escolhe livremente o
candidato, que será sabatinado pelo Senado Federal, devendo
ser aprovado por maioria absoluta de seus membros para
poder ser nomeado pelo Presidente da República.
2. REQUISITOS.
a) Idade: 35 a 70 anos;
b) Ser brasileiro nato;
c) Ser cidadão;
d) Notável saber jurídico e reputação ilibada.
c
c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato do
próprio Tribunal ou de juiz federal;
d) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal;
e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao
Tribunal;
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes
federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência
federal da área de sua jurisdição.
Compete aos juízes federais processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés,
assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de
trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional
e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País;
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com
Estado estrangeiro ou organismo internacional;
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em
detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas
entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as
contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da
Justiça Eleitoral;
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional,
quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou
devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º
deste artigo
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos
determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem
econômico-financeira;
VII - os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência
ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos
não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de
autoridade federal, excetuados os casos de competência dos
tribunais federal;
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves,
ressalvada a competência da Justiça Militar;
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de
estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e
de sentença estrangeira, após a homologação, as causas
referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à
naturalização;
XI - a disputa sobre direitos indígenas
Competência Territorial.
União autora - seção judiciária onde tiver domicílio a outra
parte.
União ré - seção judiciária em que for domiciliado o autor,
naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à
demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito
Federal.
A Lei poderá autorizar que as causas de competência da Justiça
Federal em que forem parte instituição de previdência social e
segurado possam ser processadas e julgadas na justiça estadual
quando a comarca do domicílio do segurado não for sede de vara
federal.
JUSTIÇA ESTADUAL
• Competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado,
sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de
Justiça.
• Lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a
Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de
direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio
Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em
que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
1. Conceito – e a verificação da compatibilidade material e
formal das normas com a Constituição Federal.
2. Fundamento do Controle de Constitucionalidade.
• Princípio da Supremacia Constitucional – superioridade das
normas constitucionais em relação as demais normas da
ordem jurídica.
• Princípio da Rigidez Constitucional – processo de reforma mais
rígido, com algumas limitações.
LIMITAÇÕES
Limitações Materiais – art.60, §4º da CF/88
Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente
a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
Limitações Circunstanciais – art.60, §1º CF/88
A Constituição não poderá ser emendada na vigência de
intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
Limitações Procedimentais – art.60, I, II, III e §§ 2°,3º e 5°.
A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
§
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos
Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades
da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria
relativa de seus membro
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada
se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos
membros.
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo
número de ordem.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou
havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na
mesma sessão legislativa.
3. Tipos de Inconstitucionalidade.
• Material – conteúdo (essência) da norma viola preceitos da
Constituição;
• Formal – quando procedimento de elaboração da norma não
observa um dos atos do rito prescrito na Constituição;
• Total ou Parcial – norma pode ser integralmente inconstitucional
ou apenas parcialmente inconatitucional;
• Originária – quando o vício esta presente em norma editada
quando vigente a Constituição ofendida.
• Superveniente- quando a norma é editada de acordo com a
Constituição mas esta é alterada e a norma torna-se inválida
supervenientemente à sua criação pela alteração da
Constituição;
Obs.: resolução também pelo fenômeno da recepção ou não.
• Por Ação – elaboração de lei em desacordo coma Constituição;
• Por Omissão – norma da Constituição depende
regulamentação e o responsável fica inerte.
4. Tipos de Controle de Constitucionalidade.
4.1. Em relação ao órgão que vai exercer o controle:
• Político – Poder legislativo, Poder Executivo, Ministério Público,
Tribuna de Contas.
• Judiciário – somente que presta jurisdição.
4.2. Em relação ao momento:
• Preventivo – exercido durante a elaboração da norma (evitar);
• Repressivo – exercido sobre a norma pronta ( paralisar
eficácia).
Controle de Constitucionalidade Político.
Modos de Exercício.
1. Pelo Poder Legislativo.
a) Exercido pela CCJ – visa corrigir ou impedir a continuidade da tramitação
de um projeto de lei viciado.
b) Exercido pelo veto oposto ao projeto de lei pelo Presidente da República
por considerá-lo inconstitucional.
c) Atos normativos editado pelo Presidente da República sem a observância
dos limites constitucionais. ( Medida Provisória)
d) Exercido por Comissão Mista de Deputados Federais e Senadores.
e) exercido pelo Congresso Nacional quando aprova Emenda
Constitucional;
f) Exercido pelo Congresso Nacional quando revoga lei declarada
inconstitucional;
g) Exercido pelo Poder Legislativo quando, através das mesas de
suas casa propõe ao STF ADIN ou ADC .
2. Pelo Tribunal de Contas.
Quando aprecia e julga atos e contas de órgãos públicos ou
privados que tenham acesso a recursos públicos. Se a conta,
fundada em norma inconstitucional, no entendimento do TCU
pode declará-la não válida ou nula.
3. Pelo Poder Executivo.
a) Pelo veto oposto em um projeto de lei considerado
inconstitucional.
b) Quando deixa de aplicar uma norma por considerá-la
inconstitucional;
• c) quando decide propor ao STF ADIN ou ADC.
4. Pelo Ministério Público.
a) Deixar de aplicar uma norma por considerar que é
inconstitucional, como Poder Executivo;
b) Quando decide propor ao STF ADIN ou ADC;
c) Quando suscita a inconstitucionalidade das leis no sistema
difuso, como autor ou fiscal da lei.
Controle de Constitucionalidade Judicial.
1. Modo de Exercício – Poder judiciário.
2. Classificação.
2.1. Em relação ao órgão competente para julgar:
• Difuso – exercido por qualquer órgão do Poder judiciário.
• Concentrado – exercido apenas pelo STF.
2.2. Em relação ao modo de exercício:
• Principal – validade das normas - STF
• Incidental – conflito de interesses.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE VIA INCIDENTAL
1. LEGITIMIDADE.
Qualquer pessoa, no bojo de qualquer ação, perante qualquer
juízo. Autor, réu, terceiro interessado, membro do MP que atue
no processo, como custos legis ou o amicus curiae.
Pode ser realizado de ofício pelo julgador.
2. FORMA DE EXAME.
• Causa de Pedir;
• Questão prejudicial de mérito.
3. RESERVA DE PLENÁRIO.
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou
dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público.
Situações que o órgão fracionário deve se posicionar quando a
discussão lhe é colocada para exame:
• Se entender que a norma invocada é válida prossegue o julgamento
do mérito da causa;
• Caso contrário, não pode declará-la. Remete ao órgão pleno ou
órgão especial para exame da inconstitucionalidade.
• Órgão Pleno ou Órgão Especial examina tão somente a
existência da inconstitucionalidade, lavrando o acórdão e
devolvendo ao órgão fracionário para julgamento do mérito;
• Se o órgão fracionário entender que a norma é inválida e essa
invalidade já tiver sido declarada pelo Pleno ou pelo Especial
daquele tribunal ou pelo pleno do STF em outra causa pode
aplicar o entendimento de qualquer dessas cortes e julgar a
causa.
• Juizados Especiais e sua Turmas Recursais – são órgãos
singulares e esses juízes julgam inconstitucionalidade, na forma
do juízo singular.
4. EFEITOS DA DECISÃO NA VIA DIFUSA.
4.1. Efeitos temporais – ex tunc, efeito declaratório retroativo à
data da edição do ato – nulo ab initio.
4.2. Efeitos no aspecto subjetivo – inter partes, não se
estendendo a terceiros que não componham a relação
processual.
Exceção: decisões proferidas pelo STF - efeitos erga omnes.
5. POSIÇÃO DO SENADO FEDERAL.
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal;
(....) X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei
declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo
Tribunal Federal;
Corrente prevalente até 2017 – faculdade do Senado Federal
suspender ou não a norma. (ADI 3406)
Atualmente STF dispensa atuação do Senado Federal.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE POR VIA DIRETA.
1. Conceito.
É chamado de controle por via de ação direta porque as ações
são propostas diretamente para exame de constitucionalidade da
norma.
2. Características do Controle pela Via Direta.
• Abstrato – não considerada dentro de um caso concreto.
• Principal – é o pedido da causa.
• Direto – o que se quer é o exame da constitucionalidade.
• Objetivo – não discute direito subjetivo.
• Concentrado – apenas um órgão jurisdicional o exerce.
3. Espécies de ações da Via Direta.
• Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADIN
• Ação Declaratória de Constitucionalidade – ADECON
• Ação Declaratória de Inconstitucionalidade por Omissão.
• Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental.
4. . Legitimação para propor essas ações.
De acordo com o art.103 da CF e art.2º,I da Lei 9882/99 podem propor
as ações descritas no item anterior:
1. Presidente da República
2. Mesa do Senado Federal
3. Mesa da Câmara dos Deputados
4. Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa
5. Governador de Estado ou DF
6. Procurador Geral da República
7. Conselho Federal da OAB
8. Partido Político com representação no Congresso Nacional
9. Confederação Sindical ou Entidade de Classe de âmbito
nacional.
Obs.: Classe de legitimados, segundo o Supremo Tribunal Federal
• Legitimados universais
• Legitimados especiais
• Legitimados Universais -não se exige pertinência temática.
“Pertinência temática é a relação de adequação que deve existir
entre o ato normativo impugnado e os interesses defendidos
pelo legitimado”.
• Presidente da República;
• Mesa do Senado Federal;
• Mesa da Câmara dos Deputados;
• Procurador Geral da República;
• Conselho Federal da OAB;
• Partido Político com representação no Congresso Nacional
• Legitimados Especiais - é exigida pertinência temática.
• Mesa da Assembleia Legislativa;
• Mesa da Câmara Legislativa;
• Governador do Estado e do DF;
• Confederação Sindical ou Entidade de Classe de âmbito
nacional.
5. Capacidade Postulatória – necessidade de advogados.
• Partidos Políticos;
• Confederações Sindicais;
• Entidades de Classe.
6. Procurador Geral da República.
PGR tem dupla função. Pode ser autor da ação e funcionará em
todas as ações como fiscal da lei, conforme determina o art.103,
§1ºda CF.
7. Advogado Geral da União.
No controle de constitucionalidade abstrato, o AGU exerce função
atípica. Ele tem a missão de fazer a defesa da norma impugnada.
Atua com curador da presunção de constitucionalidade da norma.
É tarefa indeclinável.
O AGU não atuará na ADECON nem na ADIN por omissão.
Na ADPF poderá atuar se o objeto da ação for ato normativo e
seu julgamento puder resultar em declaração de
inconstitucionalidade.
8. Amicus Curiae.
O amicus curiae tem a função de levar ao conhecimento do STF
informações que a sociedade possui sobre a norma que está
sofrendo controle e suas repercussões práticas.
9. Procedimento para julgamento destas ações ( Lei 9868/99 e
9882/99).
• Não existe possibilidade de desistência do pedido;
• Não se admite litisconsórcio;
• Não cabe intervenção de terceiros;
• Não há dilação probatória, ou se, não há fase instrutória;
• Não cabe recurso da decisão final, exceto embargos de
declaração e reclamação;
• Não cabe ação rescisória;
• Para iniciar o julgamento da ação a lei exige que estejam
presentes, no mínimo, oito Ministros do STF
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
1. Conceito.
A ADIN é a ação típica de controle abstrato que tem por escopo a
defesa da ordem jurídica, mediante, na esfera federal, a apreciação
da constitucionalidade, em tese, de lei ou ato normativo, federal ou
estadual, em face das regras e princípios constantes expressa ou
implicitamente na Constituição.
2. Legitimidade ativa.
Listados anteriormente.
3. Legitimidade passiva.
No polo passivo desta relação jurídica estará a lei ou ato normativo
sob controle.
4. Medida Cautelar.
Cabe medida cautelar em ADIN, desde que presentes os
pressupostos do periculum in mora e do fumus boni iuris.
• A norma, apenas se a medida cautelar for concedida pode
ter sua eficácia suspensa erga omnes e ex nunc. Essa é regra mas
pode o STF excepcionalmente conceder-lhe eficácia ex tunc.
• A concessão de medida cautelar produz ainda o chamado
efeito repristinatório
5. Objeto.
5.1. São objetos de ADI:
• Espécies normativas primárias – art.57 da CF/88;
• Tratados e Convenções Internacionais;
• Leis orçamentárias;
• Lei do Distrito Federal no exercício de competência estadual;
• Decretos autônomos do Presidente da República;
• Decretos do Presidente da República que promulguem
Tratados e Convenções Internacionais.
• Regimento interno das casas do Poder Legislativo;
• Decretos presidenciais quando assumem feições autônomas;
• Atos normativos infralegais do poder público;
• Atos estatais de caráter derrogatório, por se tratarem de
resoluções administrativas normativas;
• Resolução do conselho Interministerial de Preços;
• Regimento interno do Tribunais;
• Resoluções do CNJ ou do CNMP;
• Resoluções ou deliberações administrativas de Tribunais.
5.2. Não são objetos de ADI:
• Normas Constitucionais Originárias;
• Leis ou atos normativos anteriores a CF/88;
• Leis ou atos normativos já revogados;
• Leis ou atos normativos revogados durante o trâmite da ADI;
• Leis declarada inconstitucionais pelo STF, de forma definitiva, com
efeitos erga omnes.
• Leis temporárias após sua vigência;
• Leis ou atos normativos municipais;
• Leis ou atos normativos do Distrito Federal no exercício de sua
competência municipal;
• Proposta de Emenda Constitucional;
• Projetos de lei;
• Súmulas de tribunais e Súmula Vinculante;
• Convenção Coletiva de Trabalho;
• Atos normativos privados (contratos).
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
1. Conceito.
A Ação Declaratória de Constitucionalidade visa diretamente a
obtenção da declaração de que o ato normativo seu objeto é
constitucional.
Tem a finalidade de afastar a insegurança jurídica gerada por
decisões judiciais contraditórias sobre um mesmo ato normativo.
Há a necessidade de demonstrar a existência da contradição entre
decisões sobre a norma a ser examinada pelo STF.
2. Objeto.
Discute-se na ADECON apenas a lei ou ato normativo federal,
diferente da ADIN onde se regula atos federais e estaduais.
3. Legitimidade ativa.
Os mesmos da ADIN.
4. Legitimação passiva.
Ocupa o polo passivo da relação jurídica a norma federal objeto
de controle.
5. Medida Cautelar.
Cabe medida cautelar na ADECON.
A medida cautelar na ADECON será concedida para o fim de
impedir que a insegurança jurídica prevaleça.
A eficácia da liminar perdura por 180 dias, prazo concedido para
o STF julgar a ADECON. Transcorrido esse prazo sem julgamento
a liminar perde a eficácia e todos os juízes voltam a julgar como
queiram os casos que dependam daquela norma.
Efeitos caso concedida – erga omnes e vinculante.
EFEITOS DA DECISÃO EM ADIN E ADECON
1. Conceito.
Ação constitucional de natureza cível concedida para assegurar o
conhecimento, retificação ou anotação de informações relativas à
pessoa do impetrante, contantes de registro ou banco de dados de
entidades governamentais ou de caráter público.
2. Natureza Jurídica.
É uma ação constitucional mandamental.
3. Cabimento.
Constituição Federal 1988 – art.5º, LXXII
Lei 9.507/97- art.7º
Cabimento agregado.
• Para assegurar o conhecimento de informações relativas à
pessoa do impetrante, contantes de registro ou banco de
dados de entidades governamentais ou de caráter público.
• Para retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por
processo judicial ou administrativo.
• Para anotação nos assentamentos do interessado, de
contestação ou explicação sobre dado verdadeiro mas
justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável.
Observação:
Habeas data é cabível contra:
• Bancos de dados governamentais – banco de dados públicos,
de órgãos de Administração Pública Direta ou Indireta de todos
os Poderes;
• Banco de dados privados de caráter público – todo registro ou
banco de dados privado que contenha informações que sejam
ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam
de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou
depositária das informações. Ex.: SERASA ou do SPC.
• Com a recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais
de 10 dias sem decisão;
• Com recusa em fazer-se a anotação ou explicação sobre o
dado exato ou do decurso de mais de 15 dias sem decisão;
• Com recusa de fazer-se a retificação ou do decurso de mais de
15 dias sem decisão.
4. Legitimidade.
4.1. Legitimidade Ativa.
• Pessoa física brasileiro ou estrangeiro;
• Pessoa jurídica
• Órgãos públicos despersonalizados.
Legitimidade ativa do Habeas Data tem caráter personalíssimo, salvo
nas causas de legitimidade ad causam dos herdeiros legítimos e
cônjuge.
4.2. Legitimidade Passiva.
Pessoa jurídica de direito público ou pessoa jurídica de direito privado
onde se encontra o registro ou banco de dados, bem como qualquer
entidade privada que possua registro ou banco de dados privados que
contenha informações que possa ser transmitida a terceiros.
5. Competência.
Determinadas pela CF/88.
5.1. Competência Originária.
• STF – art.102,I,d e art.102,I, r
• STJ – art.105,I,b
• TRF – art.108,I,c
• Juiz Federal – art.109,VIII
• TJ – art.125, §1º.
• Justiça Eleitoral – art.121, §4º,V
• Justiça do Trabalho – art.114, IV
5.2. Competência Recursal.
• STF – Recurso Ordinário quando denegado pelos Tribunais
Superiores o habeas data decidido em única instância –
art.102,II,c CF/88.
• STF - Recurso Extraordinário, o habeas data decidido em única
ou última instância – art.102,III CF/88
• STJ – Recurso Especial, o habeas data decidido em única ou
última instância pelos TRFs ou pelos TJs – art.105, III CF/88
• TRF – Apelação – habeas data de decisão proferida por Juiz
federal – art.108,II CF/88.
• TJ - Apelação – habeas data de decisão proferida por Juiz de
Direito.
6. Efeitos da decisão.
Julgando procedente o pedido o juiz ou Tribunal marcará data e
horário para que o coator:
• Apresente ao impetrante as informações a seu, constantes de
registros ou banco de dados;
• Apresente em juízo a prova da retificação ou anotação feita
nos assentamentos do impetrante.
MANDADO DE SEGURANÇA
1. Conceito.
Ação constitucional de natureza cível que busca proteger direito líquido
e certo lesionado ou ameaçado de lesão, não amparado por habeas
corpus ou habeas data, em razão de ilegalidade ou abuso de poder
cometido por autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições públicas.
2. Cabimento.
• Ato de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições públicas;
• Ilegalidade ou abuso de poder;
• Lesão ou ameaça de lesão a direito líquido e certo;
• Subsidiariedade ao habeas corpus e ao habeas data.
3. Espécies.
3.1. Qto. a finalidade.
• Repressivo – interromper uma lesão ao direito líquido e certo;
• Preventivo – evitar que ocorra lesão ao direito líquido e certo.
3.2 Qto. a titularidade do direito líquido e certo.
• Individual;
• Coletivo.
4. Direito líquido e certo.
É aquele direito que o impetrante é capaz de provar de pronto,
logo na inicial, e, portanto, direito que não exige dilação probatória,
pois o autor da ação junta todas as provas em sua petição.
5. Legitimidade.
5.1. Legitimidade Ativa.
• Qualquer pessoa física nacional ou estrangeira;
• Pessoa jurídica nacional ou estrangeira, privada ou pública.
• Universalidade de bens como espólio e a massa falida;
• Órgãos públicos despersonalizados com capacidade processual
como MP.
5.2. Legitimidade Passiva.
• Autoridade coatora.
6. Prazo decadencial.
Direito de requerer Mandado de Segurança extinguir-se-á decorridos
120 dias , contados da ciência, pelo interessado do ato impugnado.
7. Liminar.
É cabível o pedido de liminar e a concessão da liminar é direito
subjetivo do autor, ou seja preenchidos os requisitos o magistrado é
obrigado a conceder.(art.7º, III da Lei 12.016/2009)
8. Efeitos da decisão.
Em relação à coisa julgada no Mandado de Segurança temos
basicamente três situações:
• Decisão aprecia o mérito e concede a ordem em favor do
impetrante, produzindo coisa julgada material em seu favor;
• Decisão aprecia o mérito e denega a ordem, produzindo coisa
julgada material em desfavor do impetrante e impedindo que
seja proposto outro Mandado de Segurança ou mesmo outra
ação judicial;
• Decisão denegatória não aprecia o mérito, não produzindo
coisa julgada material podendo o impetrante propor outro
Mandado de Segurança ou mesmo outra ação judicial.
9. Sistema Recursal.
• Se o Mandado de Segurança for impetrado originariamente no
primeiro grau de jurisdição da sentença denegando ou
concedendo o MS cabe Apelação.
• Se o Mandado de Segurança for impetrado originariamente
perante Tribunal e o relator vier a indeferi-lo de plano cabe
Agravo Regimental.
• Cabe ainda os Recursos Ordinário e Especial junto ao STJ e
Recurso Ordinário e Extraordinário junto ao STF.
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO
1. Conceito.
Ação constitucional de natureza cível que busca proteger direito líquido
e certo de natureza transindividual lesionado ou ameaçado de lesão,
não amparado por habeas corpus ou habeas data, em razão de
ilegalidade ou abuso de poder cometido por autoridade pública ou
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições públicas.
2. Finalidades.
• Evitar proliferação de demandas idênticas;
• Facilitar acesso a justiça;
• Fortalecer as entidades de classe.
3. Objeto de proteção.
Direito líquido e certo transindividual:
• Direitos Difusos – direitos de natureza indivisível, de que sejam
titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de
fato.
• Direitos Coletivos – direitos de natureza indivisível de que seja
titular grupo, categoria ou classe de pessoas, ligadas entre si ou
com a parte contrária por uma relação jurídica base.
• Direitos Individuais Homogêneos – direitos decorrentes de
origem comum e da atividade ou situação específica da
totalidade ou parte doas associados ou membros do impetrante.
4. Cabimento.
Mesmos requisitos do Mandado de Segurança Individual, salvo
que a lesão esta ligada a direitos transindividuais.
5. Legitimidade.
5.1. Legitimidade Ativa.
• Partido político com representação no Congresso Nacional;
• Organização sindical, entidade de classe ou associação
legalmente constituída há pelo menos um ano, em defesa dos
interesses de seus membros ou associados.
5.2. Legitimidade Passiva.
• Autoridade coatora.
6. Decisão e efeitos.
• No Mandado de Segurança Coletivo, os efeitos da decisão
abrangem todos os associados que se encontrem na situação
descrita na Inicial, independentemente se entraram na
associação antes ou após a impetração da ação.
• O mandado de Segurança Coletivo não induz litispendência
para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não
beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a
desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 dias a
contar da ciência comprovada da impetração da segurança
coletiva, sendo essa posição discutível na doutrina.
MANDADO DE INJUNÇÃO
1. Conceito.
Ação constitucional de natureza cível que busca viabilizar o
exercício de direitos e liberdade constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania, que se encontrem inviabilizados por falta de norma
regulamentadora de norma constitucional.
2. Finalidades.
• Viabilizar e concretizar o exercício dos direitos constitucionais;
• Combater a inércia dos poderes públicos em regulamentar
normas consagradoras de direitos constitucionais.
3. Espécies.
3.1. Quanto a omissão.
• Mandado de Injunção Total – busca viabilizar o exercício do
direito quando da falta da norma regulamentadora.;
• Mandado de Injunção Parcial – existe a norma mas ela é
insuficiente.
3.2. Quanto a titularidade do direito.
• Mandado de Injunção Individual – busca concretizar direito
individual;
• Mandado de Injunção Coletivo – busca concretizar direito
transindividual.
4. Requisitos de cabimento.
• Normas constitucionais que necessitam de regulamentação
para produzir efeitos;
• Falta de norma regulamentadora da norma constitucional ou
norma regulamentadora insuficiente;
• Inviabilização do direito, liberdade ou prerrogativa
constitucional.
5. Legitimidade.
5.1. Legitimidade Ativa.
Pessoas naturais ou jurídica, no Mandado Injunção Individual,
que se afirmarem titulares dos direitos, das liberdades e das
prerrogativas constitucionais.
No Mandado de Injunção Coletivo temos Ministério Público,
Partido Político, Organização Sindical, Entidade de Classe,
Associação e Defensoria Pública.
5.2.Legitimidade Passiva.
• Poder, Entidade, Órgão ou Autoridade Pública com atribuição
para editar a norma regulamentadora.
6. Decisão e Efeitos.
Teses do STF:
1. Tese não concretista – judiciário deve reconhecer a mora do
responsável pela edição da norma recomendando-lhe que supra a
mora, sem contudo concretizar o direito constitucional do autor –
decisão natureza declaratória.
2. Tese Concretista – judiciário deve concretizar o direito
constitucional do autor até a superveniência da norma
regulamentadora – decisão natureza constitutiva.
2.1. Tese Concretista Individual.
Além de reconhecer a mora e notificar o responsável pela omissão o
Judiciário irá implementar o direito constitucional apenas interpartes.
2.2. Tese Concretista Geral.
Além de reconhecer a mora do poder público em regulamentar a
norma constitucional, notificando-o, o Judiciário irá implementar
o direito constitucional de forma geral e abstrata, isto é, efeito
erga omnes, mesmo para aqueles que não buscaram a tutela
judicial.
2.3. Fundamentação dos efeitos.
art.9º, § 1º da Lei nº 13.300/2016.
AÇÃO POPULAR
1. Conceito.
Ação constitucional de natureza cível, atribuída a qualquer
cidadão, que visa anular atos lesivos ao patrimônio público,
econômico, financeiro, ambiental, histórico, cultural etc. em
razão de ilegalidade ou imoralidade administrativa.
2. Requisitos de Cabimento.
2.1. Requisito Subjetivo – cidadão em dia com seus direitos
políticos.
2.2. Requisitos Objetivos – lesão ou ameaça de lesão ao
patrimônio público por ilegalidade ou imoralidade.
3. Hipóteses de atos lesivos ao Patrimônio Público.
• Incompetência – atos não se inclui nas atribuições legais do
agente que o praticou;
• Vício de forma – irregularidade de formalidades indispensáveis
à existência do fato;
• Inexistência dos motivos – se verifica quando a matéria de fato
ou de matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o
ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada
ao resultado obtido;
• Desvio de finalidade – agente pratica o ato visando fim diverso
daquele previsto.
4. Legitimidade.
4.1. Legitimidade Ativa.
• Cidadão – brasileiro que possui capacidade eleitoral ativa.
• Casos especiais – português equiparado, MP atuando como
custos legis, menores relativamente incapazes com capacidade
eleitoral ativa (não precisam de assistência para propor ação
popular)
4.2. Legitimidade Passiva.
• Pessoas públicas de direito público ou privado da AP Direta e
Indireta;
• Entidade de que o Estado participe;
• Autoridades, funcionários ou administradores que tenham
autorizado, aprovado ou praticado o ato impugnado;
• Beneficiários diretos do ato lesivo.
5. Competência.
5.1. Regra.
• Juízo de primeiro grau da Justiça Federal ou Estadual.
5.2.Exceções – competência do STF.
• Ação Popular contra ato do CNL e do CNMP;
• Ação Popular contra ato do presidente da República;
• Conflitos entre a União e os Estado e Distrito Federal e as
respectivas entidades da Administração Pública Indireta;
• Ação popular em que todos os membros da magistratura sejam
interessado direta ou indiretamente.
6. Prazo para impetração.
• 5 anos a contar da realização do ato impugnado.
7. Atuação do Ministério Público.
O MP não é legitimado ativo para impetrar Ação Popular, mas ele será
parte na ação atuando como custos constitucionais.
• Vedado, em qualquer hipótese assumir a defesa do ato jmpugnado
ou dos seus autores;
• Se autor desistir ou der motivo à absolvição da instância o MP dentro
do prazo de 90 dias da última publicação poderá promover o
prosseguimento da ação;
• Caso decorridos 60 dias da publicação da sentença condenatória sem
a promoção da execução o MP promoverá nos 30 dias seguintes;
• Das sentenças e decisões perdas contra o autor da ação e
suscetíveis de recursos, o MP poderá recorrer;
• O membro do MP tem legitimidade para propor Ação
Rescisória em face da decisão da Ação Popular.
8. Decisão e Efeitos.
• Abrangência erga omnes.
• Declaração de nulidade do ato impugnado (caso de ato nulo)ou
o anulará (caso de ato anulável);
• Condenação dos responsáveis pelo dano, bem como seus
beneficiários diretos e indiretos ao pagamento de perdas e
danos, custas e demais despesas judiciais e extra judiciais,
além dos honorários de sucumbência.