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1. Introdução
Artigo 95 da CF:
2.1 Vitaliciedade
O juiz não vitalício pode perder o cargo durante o biênio, em processo levado a
efeito perante o Tribunal a que se encontra vinculado, sempre assegurada a
amplitude da defesa.
(iii) Demissão: será aplicada em caso de caso de condenação por crime comum ou
de responsabilidade ou em virtude de processo judicial nos casos do artigo 26, II,
da LOMAN.
Artigo 26:
Artigo 56 da LOMAN:
3.2 Inamovibilidade
Pedro Lenza: “Pela regra da inamovibilidade (art. 95, II), garante-se ao juiz a
impossibilidade de remoção, sem seu consentimento, de um local para outro, de
uma comarca para outra, ou mesmo sede, cargo, tribunal, câmara, grau de
jurisdição”.
Portanto, o juiz somente pode ser removido em caso de pedido de sua parte ou
então por razões de interesse público.
No caso de remoção por interesse público, deve ser provida pela decisão do voto da
maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ.
Pedro Lenza: “desde a posse, o juiz substituto deve ter a garantia de não ser
removido para fora da unidade judiciária em está formalmente lotado. (...) muito
embora o ‘papel’ do juiz substituto seja o de substituir, deverá exercer a sua função
dentro da sua circunscrição judiciária. (...) O que não se pode aceitar é a remoção
indistinta do juiz substituto para circunscrições diversas, com o risco de
perseguição do magistrado e flagrante violação, inclusive, do princípio do juiz
natural”.
Pergunta que pode ser feita ao candidato: e o caso do Juiz volante? Não haveria
ofensa à garantia da inamovibilidade em função de sua designação para diversas
unidades jurisdicionais, sucessivamente, sem seu consentimento?
Pedro Lenza anota que a regra da inamovibilidade “não é absoluta, pois, como
estabelece o art. 93, VIII (da CF), o magistrado poderá ser removido (além de
colocado em disponibilidade e aposentado), por interesse público, fundando-se
tal decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho
Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa”
Todavia, o STF admitiu uma exceção, garantindo aos seus ex-ministros a percepção
de vantagem pessoal da gratificação por aposentadoria. Segundo o STF, pela
garantia da irredutibilidade dos vencimentos, os aposentados tem direito a
continuar recebendo o acréscimo de gratificação de aposentadoria (20%).
I - vencimentos:
b) no Poder Judiciário dos Estados, os fixados nas tabelas das leis estaduais
respectivas.
II - gratificações de:
a) Vice-Corregedor de Tribunal;
b) Membros dos Conselhos de Administração ou de Magistratura dos
Tribunais;
f) Vice-Diretor de Escola;
g) Ouvidor;
i) plantão;
k) Decanato;
l) Trabalho extraordinário;
m) Gratificação de função.
III - adicionais:
IV - abonos;
V - prêmios;
VI - verbas de representação;
f) quintos; e
De outro lado, não estão abrangidas pelo subsídio único, na forma do artigo 5º da
Resolução n. 13 do CNJ, as seguintes verbas:
d) substituições;
e) diferença de entrância;
f) coordenação de Juizados;
g) direção de escola;
Parágrafo único. A soma das verbas previstas neste artigo com o subsídio
mensal não poderá exceder os tetos referidos nos artigos 1º e 2º,
ressalvado o disposto na alínea "h" deste artigo.
b) auxílio-moradia;
c) diárias;
d) auxílio-funeral;
f) indenização de transporte;
II - de caráter permanente:
a) auxílio pré-escolar;
Alguns tribunais regulamentaram o benefício, de modo que até 2014 alguns juízes
recebiam e outros não.
Naquele ano, três liminares proferidas pelo ministro Luiz Fux determinaram o
pagamento a todos os juízes do país. Fux destacou que o auxílio é direito dos
magistrados, pois se trata de verba de caráter indenizatório, previsto na LOMAN.
O pagamento do auxílio foi então regulamentado, em outubro de 2014, pelo CNJ,
por meio da resolução 199/14. A norma estabeleceu que o valor do benefício só
poderia ser pago em relação ao período iniciado em 15 de setembro de 2014 e não
acarretaria retroatividade.
Penso que o dispositivo da LOMAN acima mencionado foi recepcionado pela CF, pois
tem nítido caráter indenizatório, não sendo uma forma de aumento disfarçado.
Deve-se lembrar que a CR exige que o magistrado resida na comarca (artigo 93,
VII), de modo que a exigência de residência na jurisdição somada à ausência de
disponibilização de residência oficial deve possibilitar ao magistrado o recebimento
da indenização pela moradia, exigida pelo texto constitucional.
II - não ser preso senão por ordem escrita do Tribunal ou do órgão especial
competente para o julgamento, salvo em flagrante de crime inafiançável,
caso em que a autoridade fará imediata comunicação e apresentação do
magistrado ao Presidente do Tribunal a que esteja vinculado;
Ainda que mantida a prisão, os Magistrados tem o direito de ser recolhidos à prisão
especial ou sala especial de Estado-Maior, por ordem e à disposição do Presidente
do Tribunal ou do Órgão Especial competente, evitando-se, pois, o contato com a
massa carcerária comum e vinganças, agressões, sevícias e humilhações daí
decorrentes, provocadas em razão do cargo ocupado pelos Juízes e das funções por
ele desempenhadas.
Anote-se que prisão especial é a distinta do ergástulo onde são recolhidos os presos
comuns. Já “Sala de Estado-Maior é o compartimento de qualquer unidade militar
que, ainda que potencialmente, possa ser utilizado pelo grupo de oficiais para
exercerem funções de assessoria do Comandante de uma organização militar”
(Vinicius de Toledo Piza Peluso e José Wilson Gonçalves).
Caso não exista na localidade estabelecimento especial para a prisão, o magistrado
deve ser colocado em prisão domiciliar, o que acontece também com o advogado
preso (STF – RCL 5212/SP, Carmem Lucia, 27/03/2008).
Artigo 66. Os magistrados terão direito a férias anuais, por sessenta dias,
coletivas ou individuais.
§ 1º - Os membros dos Tribunais, salvo os dos Tribunais Regionais do
Trabalho, que terão férias individuais, gozarão de férias coletivas, nos
períodos de 2 a 31 de janeiro e de 2 a 31 de julho. Os Juízes de primeiro
grau gozarão de férias coletivas ou individuais, conforme dispuser a lei.
(texto não recepcionado pela EC 45-2004, que deu nova redação ao inciso
XII do artigo 93 da CR, determinando que a atividade jurisdicional seja
ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais de
segundo grau)
§ 2º - Os Tribunais iniciarão e encerrarão seus trabalhos, respectivamente,
nos primeiro e último dias úteis de cada período, com a realização de
sessão.
Vinicius de Toledo Piza Peluso e José Wilson Gonçalves: “Os sessenta dias de férias
são necessários ao bom e correto desempenho das funções jurisdicionais, que
devem ser exercidas com responsabilidade, serenidade, atenção, cuidado, aplicação
e eficiência, diante dos fundamentais interesses que se encontram em jogo. Assim,
para que a função jurisdicional seja corretamente desempenhada é necessário que
os Juízes estejam no gozo e na plenitude das capacidades psico-orgânicas”.
Sobre o aspecto veja-se o que dispõe o artigo 8º, IV, da Resolução n. 13 do CNJ:
Licenças: o artigo 69 da LOMAN prevê licenças para: (i) tratamento de saúde; (ii)
motivo de doença em pessoa da família; (iii) repouso de gestante.
Durante o período em que gozar a licença, seja qual for o fundamento legal da
concessão, o Magistrado não poderá exercer quaisquer funções jurisdicionais ou
administrativas, nem exercitar outra função pública ou particular, já que as
hipóteses que autorizam a interrupção dos serviços não se coadunam com tal
possibilidade, pois seria contrassenso autorizar a ausência, mas permitir que
atividades forenses ou estranhas fossem exercidas (Vinicius de Toledo Piza Peluso e
José Wilson Gonçalves).
Pode o magistrado afastar-se do trabalho, sem prejuízo dos subsídios, para (i)
frequência a cursos ou seminários de aperfeiçoamento e estudos pelo período
máximo de dois anos; (ii) prestação de serviços exclusivos à Justiça Eleitoral; (iii)
exercer a presidência de associação de classe.
José Renato Nalini: “O intuito das proibições é liberar o juiz de qualquer outra
preocupação que não seja solucionar problemas submetidos à sua apreciação. O
exercício da judicatura é ônus de tempo integral. A dedicação plena, exclusiva e
devotada à causa da justiça é imposição natural, ínsita ao desempenho da função”.
Vinicius de Toledo Piza Peluso e José Wilson Gonçalves: “as vedações formais
impostas aos Juízes objetivam, de um lado, proteger o próprio Poder Judiciário, de
modo que seus integrantes dotem-se de condições de total independência, e, de
outra parte, garantir que os Magistrados se dediquem, integral e exclusivamente,
às funções inerentes ao cargo, proibindo que a dispersão de atividade deixe em
menor valia e cuidado com desempenho que é função essencial do Estado e de
direito fundamental do jurisdicionado”.
Segundo Pedro Lenza, trata-se de rol taxativo, exaustivo, por restringir direitos.
Todavia, além das vedações previstas na CF, a LOMAN indica outras vedações no
seu artigo 36, abaixo transcrito:
Por outro lado, o artigo 5º-A veda a realização de coaching, similares e congêneres,
destinadas à assessoria individual ou coletiva de pessoas, inclusive na preparação
de candidatos a concursos públicos, por não serem consideradas atividade docente.
Essas vedações tem por escopo teleológico impedir que o magistrado se imiscua no
que se costuma denominar de “ética comercial”, pois “no plano dos negócios e dos
comércios existe uma sistemática totalmente diversa daquela perpetuada nos
meandros do Poder Judiciário” (Lycurgo), existindo “diversas operações comerciais
que mesmo consideradas imorais, segundo o ponto de vista da ética comum
aplicável ao senso de justiça do homem médio, em sede estritamente econômica
não são consideradas como um desvio ético, segundo a referida ética comercial”.
(ibidem).
Todavia, deve-se atentar para que o exercício de cidadania não se confunda com o
exercício de atividade político-partidária (essa sim vedada pela CF), o que
ocorreria, por exemplo, se o movimento fosse liderado por um partido político,
inclusive com o uso de suas bandeiras e demais sinais identificadores.
De todo modo, ainda que não haja a vedação, penso que o Juiz deve ter uma
postura mais reservada, mormente no atual momento político, evitando-se que a
sociedade em geral possa criar desconfianças quanto à sua imparcialidade.
Vinicius de Toledo Piza Peluso e José Wilson Gonçalves: “para que a imparcialidade
seja a mais completa possível não basta a instituição de garantias, é necessário
complementá-las com proibições, vedações, impedimentos e deveres voltados aos
próprios Magistrados e que os impeçam de se expor a outros riscos que poderiam
levar à perda da imparcialidade, protegendo-os, assim, contra si mesmos, pois a
atuação impessoal dos Juízes é absolutamente necessária e indispensável à sua
independência, inclusive moral”.
O juiz titular tem o dever de residir na respectiva comarca (CR, artigo 93, VII).
Essa exigência pode ser ressalvada caso haja autorização do tribunal respectivo
para que o magistrado possa residir em localidade diversa daquela em que ele
labora.
Conforme Resolução n. 37 do CNJ, as autorizações para o juiz residir fora da
comarca só devem ser concedidas em casos excepcionais, desde que não causem
prejuízo à efetiva prestação jurisdicional. Conforme artigo 3º da referida Resolução,
caso o magistrado fixe residência fora da comarca em que atua, sem a devida
autorização do tribunal a que está vinculado, caracteriza-se como infração
funcional, sujeita a procedimento administrativo disciplinar.
O juiz tem, ainda, o dever de assegurar a publicidade dos atos processuais (CR,
artigo 93, IX). Todos os julgamentos devem ser públicos, excetuando os casos de
segredo de justiça, para assegurar o direito de intimidade das partes.
Deve fazê-lo com independência, que constitui, mais do que dever jurídico, dever
moral que decorre da natureza da própria função pública, agindo livremente, sem a
necessidade de outro impulso senão o da própria ordem legal, ou seja, sem a
interferência de outra vontade externa a influir em sua ação.
Deve cumprir, ainda, o dever com exatidão, o que diz respeito à justeza, precisão e
concordância plena do comportamento adotado com a vontade da lei.
O atraso, para configurar falta funcional, deve ser injustificado, não configurando o
descumprimento do dever o atraso decorrente de justo motivo, como o excessivo
número de demandas.
Cabe ao juiz tratar com respeito, cortesia e civilidade todos aqueles com os quais
tenha contato no desempenho de sua função jurisdicional, resguardando a imagem
pública e a dignidade do próprio Poder Judiciário.
Tal dever é ponderado pela própria norma em comento e também pela CR (artigo
93, II), ante a possibilidade de o Tribunal autorizar a residência em local diverso,
diante das inúmeras peculiaridades existentes no território nacional, bem como
diante dos avanços da modernidade, onde os meios de comunicação facilitam a
pronta atuação do juiz e a sua presença imediata, ficando, assim, a salvo a ratio
legis desse dever, que é a pronta entrega da prestação jurisdicional.
VI - comparecer pontualmente à hora de iniciar-se o expediente ou a
sessão, e não se ausentar injustificadamente antes de seu término;
Afirma Marinoni (et al) que: “A condução do processo pelo juiz tem de ser
cooperativa (art. 6º do CPC). Isso quer dizer que o juiz tem o dever de conduzir o
processo de forma paritária, dialogando com as partes a fim de permitir que elas o
influenciem nas suas decisões (arts. 9º, 10 e 11 do CPC), legitimando-se a sai
postura assimétrica apenas quando prolata o julgamento da causa. O juiz tem
deveres de esclarecimento, de diálogo, de prevenção e de auxílio para com os
litigantes. (...). O dever de esclarecimento constitui ‘o dever de o tribunal se
esclarecer junto das partes quanto às dúvidas que tenha sobre as suas alegações,
pedidos ou posições em juízo’ (Miguel Teixeira de Sousa). O de prevenção, o dever
de o órgão jurisdicional prevenir as partes do perigos de o êxito de seus pedidos
‘ser frustrado pelo uso inadequado do processo’ (idem). O de consulta, o dever de o
órgão judicial consultar as partes antes de decidir sobre qualquer questão,
possibilitando antes que essas o influenciem a respeito do rumo a ser dado à causa.
O dever de auxílio, ‘o dever de auxiliar as partes na superação de eventuais
dificuldades que impeçam o exercício de direitos ou faculdades ou o cumprimento
de ônus ou deveres processuais’”.
Prossegue o referido autor: “Ao conduzir o processo, o juiz deve velar pela
igualdade entre as partes, (...), pela duração razoável do litígio (...) e tentar a
qualquer tempo estimular as partes à autocomposição (...)”. Acrescenta que o juiz
“tem, ainda, o dever de utilizar todas as técnicas processuais disponíveis (...) para
a obtenção da tutela dos direitos (art. 537), prevenindo e reprimindo atos
atentatórios à dignidade da justiça (art. 80)”. Complementa que o juiz “tem o dever
de promover a adequação do processo às especificidades da causa, dilatando
prazos processuais e alterando a ordem de produção das provas, por exemplo, a
fim de conferir maior efetividade à tutela do direito (art. 139, VI). Cumpre-lhe, por
fim, exercer o poder de polícia no processo, requisitando, quando necessária, força
policial para tanto (art. 139, VII)”.
ANEXO I
RESOLVE:
I - vencimentos:
b) no Poder Judiciário dos Estados, os fixados nas tabelas das leis estaduais
respectivas.
II - gratificações de:
a) Vice-Corregedor de Tribunal;
f) Vice-Diretor de Escola;
g) Ouvidor;
i) plantão;
k) Decanato;
l) Trabalho extraordinário;
m) Gratificação de função.
III - adicionais:
IV - abonos;
V - prêmios;
VI - verbas de representação;
f) quintos; e
VIII - outras verbas, de qualquer origem, que não estejam explicitamente excluídas
pelo art. 5º.
Art. 5º As seguintes verbas não estão abrangidas pelo subsídio e não são por ele
extintas:
d) substituições;
e) diferença de entrância;
f) coordenação de Juizados;
g) direção de escola;
h) valores pagos em atraso, sujeitos ao cotejo com o teto junto com a remuneração
do mês de competência;
Art. 7º Não podem exceder o valor do teto remuneratório, embora não se somem
entre si e nem com a remuneração do mês em que se der o pagamento:
I - adiantamento de férias;
b) auxílio-moradia;
c) diárias;
d) auxílio-funeral;
f) indenização de transporte;
II - de caráter permanente:
a) auxílio pré-escolar;
Art. 10. Até que se edite o novo Estatuto da Magistratura, fica vedada a concessão
de adicionais ou vantagens pecuniárias não previstas na Lei Complementar nº
35/79 (LOMAN), bem como em bases e limites superiores aos nela fixados.
Anexo II
RESOLVE:
Art. 1º Determinar aos Tribunais que ainda não o tenham feito que, por seus
órgãos Plenário ou Especial, no prazo de 60 (sessenta) dias, editem atos
normativos regulamentando as autorizações para que Juízes residam fora das
respectivas comarcas.
Anexo III
I - advertência;
Il - censura;
IV - disponibilidade;
V - aposentadoria compulsória;
VI - demissão.
§ 2° As penas previstas no art. 6º, § 1°, da Lei nº. 4.898, de 9-12-1965, são
aplicáveis aos magistrados, desde que não incompatíveis com a Lei Complementar
nº. 35, de 1979.
Art. 7° O processo terá início por determinação do Tribunal Pleno ou do seu Órgão
Especial por proposta do Corregedor, no caso de magistrados de primeiro grau, ou
do Presidente do Tribunal, nos demais casos.
I - havendo dois ou mais magistrados, o prazo para defesa será comum e de dez
dias;
III - estando o magistrado em lugar incerto ou não sabido, será citado por edital,
com prazo de trinta dias, a ser publicado, uma vez, no Órgão oficial de imprensa
utilizado pelo tribunal para divulgar seus atos;
Art. 11. Ao juiz não-vitalício será aplicada pena de demissão em caso de:
Art. 12. O processo disciplinar será, a qualquer tempo, instaurado dentro do biênio
inicial previsto na Constituição Federal, mediante indicação do Corregedor ao
Tribunal Pleno ou ao Órgão Especial, seguindo, no que lhe for aplicável, o disposto
nesta Resolução.
Art. 13. O recebimento da acusação pelo Tribunal Pleno ou pelo Órgão Especial
suspenderá o curso do prazo de vitaliciamento.
Art. 14. Poderá o Tribunal Pleno ou o Órgão Especial, entendendo não ser o caso de
pena de demissão, aplicar as de remoção compulsória, censura ou advertência,
vedada a de disponibilidade.
Art. 15. No caso de aplicação das penas de censura ou remoção compulsória, o juiz
não-vitalício ficará impedido de ser promovido ou removido enquanto não decorrer
prazo de um ano da punição imposta.
Art. 17. Somente pelo voto da maioria absoluta dos integrantes do Tribunal Pleno
ou do Órgão Especial será negada a confirmação do magistrado na carreira.
Art. 21. Das decisões referidas nos dois artigos anteriores caberá recurso no prazo
de quinze dias ao Tribunal Pleno ou ao Órgão Especial por parte do autor da
representação.
Anexo IV
RESOLUÇÃO Nº 34, de 24 de abril de 2007.
CONSIDERANDO, por fim, a decisão proferida pelo Plenário deste Conselho Nacional
de Justiça nos autos do Pedido de Providências nº. 814,
RESOLVE:
Art. 1º Aos magistrados da União e dos Estados é vedado o exercício, ainda que em
disponibilidade, de outro cargo ou função, salvo o magistério.
Parágrafo único. Caso o magistrado não reconheça seu impedimento para atuar no
processo, nas hipóteses previstas nesta Resolução, a parte interessada poderá
promover a respectiva arguição nos termos da lei processual correspondente.
(Incluído pela Resolução nº 226, de 14.06.16)
Anexo V
RESOLVE:
Art. 2º A liberdade de expressão, como direito fundamental, não pode ser utilizada
pela magistratura para afastar a proibição constitucional do exercício de atividade
político-partidária (CF/88, art. 95, parágrafo único, III).
Art. 5º O magistrado deve evitar, nos perfis pessoais nas redes sociais,
pronunciamentos oficiais sobre casos em que atuou, sem prejuízo do
compartilhamento ou da divulgação, por meio dos referidos perfis, de publicações
constantes de sites institucionais ou referentes a notícias já divulgadas oficialmente
pelo Poder Judiciário.
Art. 6º O magistrado deve evitar, em redes sociais, publicações que possam ser
interpretadas como discriminatórias de raça, gênero, condição física, orientação
sexual, religiosa e de outros valores ou direitos protegidos ou que comprometam os
ideais defendidos pela CF/88.
Anexo VI
CONSIDERANDO que a referida ajuda de custo vem sendo paga por diversos
tribunais em patamares díspares, acarretando injustificável tratamento diferenciado
entre magistrados;
RESOLVE:
Parágrafo único. O valor devido a título de ajuda de custo para moradia não será
inferior àquele pago aos membros do Ministério Público.
I - houver residência oficial colocada à sua disposição, ainda que não a utilize;
II - inativo;
Art. 4º A ajuda de custo para moradia deverá ser requerida pelo magistrado, que
deverá: